Tuesday, November 28, 2006

A burrocracia acadêmica faz sua vítima!


Vocês devem estar lembrados daquele meu post sobre os burocratas da academia. No final eu falava daquela minha amiga linda perseguida pela chefe de departamento feia. Pois bem, ela foi chantageada pela chefe. Isso mesmo, CHANTAGEADA! Agora sabemos porque essas pessoas querem tanto a chefia. É para se locupletar, para usar em benefício próprio. Elas disputavam uma bolsa e a "chefe" disse que se ela não desistisse faria um parecer negativo sobre ela ( estava em estágio probatório). Foi assim, no meio de uma reunião. Todos viram e vai ficar por isso mesmo. Minha doce amiga, que nunca fez mal a uma mosca me ligou arrasada. Foi terrivelmente prejudicada.
Por que os piores sempre se dão bem? Porque são capazes dessas vilanias que, para pessoas educadas, são impensáveis.
Os argumentos então: fulana não precisa, é rica...
Mérito, esforço, tudo isso vai pelo ralo.
Minha amiga era melhor, a chefe sabia que ia "dançar". Usou sua triste arma.
Não preciso dizer que ela é da esquerda. Daquelas convictas.
Para eles, este tipo de coisa é comum. Os fins justificam os meios, sempre. Ela acha que tem mais direito porque é mais pobre e vale tudo para suprir essa diferença.
Outro argumento "excelente" usado por ela: diz que minha amiga não pode opinar porque não tem produção acadêmica. Por produção leia-se pontuação da Capes. Minha amiga publicou uns 5 artigos. Todos de vinte páginas em revistas da Europa, revistas de prestígio. A tal chefe-bruxa tem milhares, pois ela edita uma revista e cada entrevista que ela faz ela conta como artigo. Cada uma dessas entrevistas valem tanto quanto artigos que são quase teses e que demandam meses de estudo.
O destino de nossa academia está nas mãos de gente assim. Vide Emir Sader...
Que horror!...

Oriane

1 comment:

Anonymous said...

Oriane cara,
A universidade brasileira foi inteiramente dominada pela lei da selva. Quando, no Quinhentos, Michelangelo e Rafael rivalizavam, só o faziam porque se admiravam intensamente. Havia nobreza, grandeza e poesia na rivalidade. Na universidade brasileira atual, porém, jamais se rivaliza por questões estritamente acadêmicas, mas, indefectivelmente, por motivos como aqueles apontados pela tal "chefe": produção acadêmica (cifras), grupos de estudo dos quais participa (mais cifras), e, last but not least, com frequência também a ideologia.
Sob que triste constelação viemos ao mundo, Oriane cara.