Em certos momentos me sinto bastante pessimista. Talvez seja mesmo um problema de exclusão, que é do que trata este blog. Uma exclusão especial: a exclusão dos que pensam. Se eu fosse relativista, diria que o lado de lá também acha isso de mim. Talvez estejam certos.Vamos aprofundar a questão: Paulo Coelho, membro da ABL, é um dos escritores mais lidos do mundo. Eu devia fica orgulhosa, mas não fico. Serei eu a errada?
Na filosofia, sei que há excelentes filósofos no Brasil, mas de quem mais ouço o nome é Chauí.
O que há de errado comigo? Por que será que não consigo achar esses brasileiros tão ilustres assim?
Cachorras, Tchan, estrelinhas lindas que, atuando, parecem elétrodomésticos falantes. Marx, o Groucho adora um programa de tardes, nem sei se há mais: Sonia Abraão. Ela ficava lendo e comentando revistas de fofocas.
Bush, Lula, Morales, quando penso em tudo isso eu percebo: estamos perdendo. O pensamento está perdendo a guerra. Tudo o que faz sentido é fácil, grosseiro, vazio. Pode ser apenas uma opinião, um ponto de vista. E provavelmente é. Mas ainda tenho direito a ele. Pelo menos por enquanto. Mas até que ponto um mundo que se nivela de forma tão tosca, que caminha para a massificação absoluta, não acaba por tornar-se necessariamente absolutista?
Já disse antes aqui: em breve teremos que escolher entre um binário marxista e um fundamentalista evangélico (ou islâmico dependendo de onde estivermos).
E essa tendência é mundial.
Oriane
1 comment:
A lucidez perdendo terreno para a loucura. Isso é clássico, mas, parece, nunca foi tão intenso. Ou melhor, nem sempre é tal como é então: uma epidemia.
Post a Comment