Sunday, April 27, 2008

Ainda sobre a "desinformatzia", agora em francês...

Talvez nosso blog seja um dos poucos, em Língua Portuguesa, a insistir sobre o assunto desinformação - A Furiosa será, em breve, referência obrigatória sobre o tema, hehehe... -, mas o fato é que fica impossível abordar a catástrofe que se abate sobre Banânia, como resultado óbvio da que ronda o planeta, sem falar sobre uma das técnicas mais fundamentais de dominação ideológica já engendradas pelos totalitaristas de plantão. Se vocês fizerem uma pesquisa, encontrarão pouquíssimas informações a respeito disso, comparativamente a outros tópicos da "moda intelectual", com nome, sobrenome, local e data, digamos assim. No entanto, aqui, já informamos aos nossos fanáticos leitores que há um livro dificílimo de ser encontrado nas livrarias (na ótima Cultura, de Sampa, até o ano passado, ele podia ser encomendado. Agora, sumiu...), da autoria de Vladimir Volkoff, indispensável a quem quiser entender do riscado em pauta: Pequena história da desinformação. (post introdutório ao assunto, neste blog, aqui.).
Pois bem, aí vai mais bala na agulha, por conta da nossa obsessiva insistência: visitem este site francês - sob o título Sémantique de la désinformation -, que cita enfaticamente o nosso Volkoff, referência de leitura obrigatória quando o tema é desinformatzia, e aprendam mais detalhadamente sobre a importância crucial dessa matéria na estratégia da política revolucionária mundial.
Em suma, este é o verdadeiro "segredo de Tostines": aprofundamento dos estudos lingüísticos, especialmente na área semântica, de onde partem todas as diretrizes para uma eficaz manipulação das massas, o que podemos observar exemplarmente no seguinte trecho-aperitivo do supradito site:
"Discussion avec François-Bernard Huyghe*Par Pierre-Marc de Biasi, émission « Lexique de l’actuel » France Culture
PMB — (...) On s’y perd. François-Bernard Huyghe, que veut dire vraiment le mot “ désinformation ” ?
FBH — D’abord le sens le plus technique : ici le concept de désinformation existe bien avec un sens très précis. Dans les domaines de la cybernétique, des sciences de la communication, on parle de la désinformation comme d’un trouble de la communication : une mauvaise réception de données. En allant un peu plus loin, Watzlavick, fait des expériences en laboratoire sur la désinformation.
Paul Watzlavick, chercheur au Mental Research Institut, est considéré en France comme le chef de file de l’école de psychothérapie de Palo Alto dont les fondements sont diamétralement opposés à la psychologie traditionnelle et à la thérapie freudienne : Une logique de la communication, Seuil, 1974 ; Changements, paradoxes et psychothérapie, Seuil 1980.
Sa démarche, pragmatique, consiste à « manipuler » les patients en modifiant leur vision du monde et des autres, jusqu’à restaurer un état stable de leurs relations avec autrui et leur donner la sensation d’être guéris. Certaines écoles de commerce, y compris en France, enseignent les méthodes de Paul Watzlawick pour les appliquer aux relations commerciales et aux relations d’entreprise.Il s’agit d’étudier la réaction de cobayes, animaux ou humains, face à des expériences truquées : on propose par exemple à des sujets humains des séries de chiffres auxquelles il faut trouver un sens ; il n’y a en réalité aucun sens dans ces séries, mais si les sujets feignent d’en trouver un, et ils sont encouragés à cette fausse lecture par des récompenses. Le but est de mesurer comment le cerveau humain est capable de créer un système d’interprétation cohérent mais délirant à partir de données arbitraires et aléatoires. (...)"
Marx, o Groucho, comendo biscoito com Bollystolly...

Desarmando a desinformação: espalhem ISTO!


Não tem jeito. É de dar dó e profundo desânimo. A rede esquerdopata de desinformação e chantagem é deveras eficiente. Agora é Uribe, o alvo imediato e urgentíssimo do Foro de São Paulo. Nossa santa imprensa, naquele setor superconhecido dos pelegos de carteirinha vermelha, dificilmente abordará a questão sob o correto ângulo do direito ao contraditório, à contraprova, ao contra-argumento. Assim como o populacho de Banânia só é informado prioritariamente sobre os "Esteites" por intermédio das notinhas transplantadas do New York Times - ignorando todas as outras vastíssimas fontes da complexa mídia americana - dificilmente chegará às páginas da nossa grande "imprensada", com o devido destaque, esta informação do jornal El Espectador:

"25 Abril 2008 - 12:19pm
Fiscalía escuchará a reinsertado que acusa a ONG de sobornarlo para incriminar a Uribe
La Fiscalía General de la Nación anunció que escuchará al desmovilizado que acusa a una ONG de haberle ofrecido dinero para vincular al presidente Álvaro Uribe con la parapolítica.
24/04/2008 - 10:25pm Reinsertado da pormenores de su denuncia
Ferney Suaza denunció públicamente en el Sena de Apartadó (Antioquia) que una organización internacional de izquierda le ofreció 200 millones de pesos y asilo político en el exterior si hablaba de supuestos vínculos entre el presidente Álvaro Uribe y los paramilitares.
Suaza habló de la extorsión aprovechando la visita del presidente de la Cámara de Representantes, Oscar Arboleda, y los miembros de la comisión de paz del mismo organismo, Mauricio Lizcano y Edgar Torres. En el lugar también se encontraban representantes ante la OEA y de la Consejería para la reintegración.
Según se informó, el video en el que el reinsertado denuncia la extorsión está en poder de funcionarios de prensa de la Cámara de Representantes."
http://www.elespectador.com/noticias/judicial/articulo-reinsertado-denuncia-soborno-comprometer-uribe

O texto completo sobre o assunto está aqui, publicado pelo MSM na seção de cartas dos leitores, sob o título "Colômbia- armadilha contra Uribe."

Marx, o Groucho, apostando que Uribe, infelizmente, não passa deste ano (não é mesmo, Celso Daniel???)...

Friday, April 25, 2008

Gosto se discute!


Ótimo o post abaixo, publicado no Indivíduo, de autoria do Pedro Sette Câmara. Trata-se de ar fresco em ambiente viciado pelos jargões, clichês e falácias maltrapilhas da esquerdopatia imbecilizante. Se dependesse dessa turma, ainda estaríamos acendendo o fogo com pauzinhos e inventando a roda todo dia de manhã. A única coisa em que eles são maravilhosos - e especialmente criativos - é o momento em que irrigam as próprias veias financeiras com recursos do tesouro público. Nisso eles são imbatíveis.

Definitivamente, a ditadura pretendida pelos amantes de um "mundo melhor" será sempre um estado de ignorância aterradora, por conta da qual um grupo de espertalhões travestidos de salvadores do planeta estará se locupletando permanentemente à custa de milhões de beócios idiotizados até a medula - diga-se de passagem, devido à própria preguiça mental -, imersos numa situação particularmente propícia ao controle mental das massas.

Eis o texto do Pedro:

Contra a tirania do gosto
É possível, a qualquer momento, ler um texto fresquinho de alguém que reclama da tirania do consumismo e do mercado sobre o gosto. Aparentemente somos todos obrigados a ouvir as músicas da Madonna e a assistir ao Big Brother, quando deveríamos estar ouvindo Bach e vendo o canal educativo. Lembro até de uma entrevista de alguém, talvez o Lobão, que dizia que os discos (foi na época em que os LPs ainda eram comercializados...) da Madonna deveriam pagar ICMS, o imposto sobre a circulação de mercadorias, em vez de valer-se da isenção dada a produtos culturais.
Ainda assim, não vejo como não observar: terá havido alguma época em toda a história na qual é possível viver num mundo de referências culturais absolutamente próprias? Em todas as épocas houve uma certa - ênfase em "uma certa" - tirania do gosto. Se você vivesse na Inglaterra elizabetana, provavelmente ouviria muito John Dowland, e a alternativa eram canções um tanto folclóricas. Em termos de literatura, havia Spenser, talvez edições de Chaucer, alguns clássicos greco-latinos. Se adiantarmos o calendário em uns 150 anos, veremos Rousseau como autor de best-sellers vendidos em toda a Europa e um leque de opções um tanto mais ampliado - mas nada que se compare ao que oferece uma única loja da Livraria Cultura, isso para não falar no cosmos paralelo representado pela Amazon.com.
Por isso é que fico impressionado: com o aumento do mercado, da atividade capitalista, da aceleração das trocas, isto é, das compras e vendas, ficou infinitamente mais fácil escapar da "tirania do gosto" da sua própria época.
Sentado em meu apartamento no Rio de Janeiro, sem levantar da minha cadeira, ponho os fones de ouvido ligados ao meu computador, que me oferece minhas interpretações favoritas de Wagner e Schubert, de canções medievais e renascentistas (adoro o grupo La Reverdie), de canções brasileiras, americanas e francesas. Posso em um segundo passar de "O tu qui servas", a mais antiga canção (com letra em latim) conhecida da cidade italiana de Modena ao álbum mais recente de Bruce Springsteen. Quando alguém fala que o rádio só toca o artista X, não tenho como não pensar: "mas você pode desligar o rádio e ouvir o que quiser".
Há 100 anos eu estaria integralmente submetido à programação das salas de concertos. Hoje eu posso passar o dia inteiro no YouTube vendo vídeos de Celibidache, meu maestro favorito. Eu seria idiota de não admitir que são experiências muito diferentes, mas seria igualmente estúpido de não admitir que há 100 anos eu poderia simplesmente nunca ouvir falar daquele que viria a ser o regente de minha preferência, ou ainda ouvir falar e precisar de ser rico o bastante para poder ir à Europa vê-lo e ainda correr o risco de não gostar.
Em suma, se você é curioso ou simplesmente deseja formar o seu gosto de modo particular, distante do gosto comum, nunca houve tantas opções. As modas sempre existiram e sempre existirão, mas você pode escapar delas com facilidade quase absoluta. Você pode gostar de filmes japoneses dos anos 1950, de poesia italiana do século XIX, de comida coreana contemporânea (apimentada e deliciosa), de estudar as divergências sobre a questão da eternidade do mundo na filosofia européia continental medieval. Você pode até consumir vorazmente poesia brasileira contemporânea, vendida à razão de 500 exemplares por título.
Por isso é que penso que, quando alguém reclama contra a tirania do gosto comum, tenho a impressão de que essa pessoa gostaria de ver o seu gosto pessoal replicado pelas massas. Afinal, nada impede ninguém de ter as suas referências pessoais, de viver em busca da imitação dos mestres do passado e do presente ou de arriscar uma síntese absolutamente original (com ou sem o risco da ingenuidade). E isto não se deve a uma suposta tirania do marketing e do capitalismo, mas à libertação do gosto que é proporcionada pelo próprio capitalismo. É muito melhor deixar o meu tributo voluntário e agradecido às caixas da Livraria Cultura e da Amazon.com, que apresentam opções, do que pagar por algo que parece uma opção mas é na verdade uma falta de opção.

Tuesday, April 15, 2008

O homem-massa de Ortega explica tudo!


Está aí a explicação definitiva de tudo o que anda acontencendo em Banânia. Já falamos disso neste blog, por diversas vezes, sempre chamando a atenção sobre os aspectos psicológicos que ensejam a desgraça que se abateu sobre nosso país, especialmente após a ascensão meteórica da esquerdopatia ao poder, magnificamente representada pela figura do Keiser. O artigo a seguir, publicado no MSM, resume praticamente tudo o que importa nessa análise, sob a sábia tutela do filósofo espanhol Ortega y Gasset, ilustre desconhecido das lides acadêmicas brasileiras, por motivos óbvios. Reparem na ótima definição das personalidades de Hitler e Stalin, perfeitamente análoga a do Senhor dos Anéis que nos desgoverna: "Hitler e Stalin foram, eles mesmos, exemplos de homens-massa no poder: vulgares, incultos, mas implacáveis e capazes de provocar fascínio (...)"
Eis aí o texto, na íntegra:

"Eu olhei nos olhos de Putin e vi três coisas:
um ‘K’, um ‘G’ e um ‘B’. “
– John McCain
Recentemente foi publicado na The New Criterion um ensaio de Anthony Daniels, no qual ele resume o conceito de “homem-massa”, do filósofo espanhol José Ortega y Gasset, como sendo aquele homem “que vai de uma distração a outra distração, que é presa de modismos absurdos, que nunca pensa em profundidade...”. Na primeira década do século XXI isso soa até familiar demais. Em 2008, vivemos numa sociedade dominada por “homens-massa”, engolida pela psicologia de massa, pela mídia de massa, pela escola de massa e pela ignorância em massa que atualmente nos circunda e avulta.
O grande público de hoje não é capaz de distinguir o importante do trivial. O que precisa ser reconhecido, e um dia será, é a distinção bastante real entre princípios elevados e aquilo que é vulgar, entre coragem moral e conformismo apenas desculpável, entre pensadores e embusteiros. E é a isto que tudo se resume. As massas cresceram fracas e indolentes. Elas não querem admitir a realidade porque nisso poderia haver uma cláusula de responsabilidade. Sendo esta a consideração principal, a negação de eventos-chave completa-se melhor através de uma maré enchente de trivialidades – a cápsula de escape da realidade do homem comum. Uma vez que você está perdido no Grande Oceano do Lixo Intelectual, serve qualquer meia-verdade, à qual você se agarra, mesmo que essa seja um bote furado e cheio de ratos.
Se tivéssemos sido treinados para pensar em termos hierárquicos em vez de em termos igualitários, se entendêssemos a base de nossa própria existência, nossa atenção crítica estaria instintivamente voltada para determinados assuntos, para aqueles que tocassem em nosso futuro político e econômico. Então, saberíamos que certas escolhas de estilos de vida são perniciosas à sociedade como um todo, que moedas fiduciárias (papéis-moeda) não duram para sempre, que ser brando na punição estraga a “criança”[1], que se você deseja a paz deve estar preparado para a guerra. Todavia, fica mais e mais evidente que o homem-massa de hoje perdeu seus instintos, perdeu de vista o que é importante e que julga tudo a partir de suposições falsas, feitas a partir de um ponto de vista igualmente falso.
Houve um tempo em que tínhamos uma civilização. Tínhamos padrões. Tínhamos noções de objetividade. Nós tínhamos uma cultura que não era vulgar. Nós olhávamos para os grandes homens do passado tal como olhávamos para a nossa posteridade. A arte era bela e tinha sentido. A política evoluía para longe da tirania. A economia dizia respeito à liberdade e responsabilidade. O que temos hoje? Temos Britney Spears e Jerry Springer. Nossos padrões erodiram-se seriamente. A subjetividade declarou, cinicamente, que a objetividade não existe. Tudo aquilo que continha princípios elevados, aquilo que não é vulgar, foi negligenciado.
Mas mais importante, e ainda mais desastroso, é que a emergência do “homem-massa” tem algo a ver com a emergência do totalitarismo (que ceifou as vidas de aproximadamente 100 milhões de pessoas no século XX). E é seguro afirmar que o totalitarismo ceifará ainda mais vidas no futuro. Mas as pessoas não querem acordar. Elas não querem reconhecer que o totalitarismo é real e avança. Ele cresce no solo da cultura de massa; leva à destruição e ao assassínio em massa, pois todo o conceito totalitário baseia-se em mentiras sustentadas pelo crime e dirigidas pela politização das frustrações e invejas pessoais. Alguma atrocidade faz parte da história quando um país invade outro, ou quando um comandante de cavalaria ou um chefe indígena cometem uma atrocidade. Os homens têm feito coisas terríveis uns aos outros ao longo dos tempos. Mas transformar o terror e o assassinato num sistema significa um novo tipo de regime.
O homem-massa não consegue ver os males do totalitarismo; ele não vê a inclinação de Hitler; ele não vê as letras”K-G-B” por detrás de Putin; ele nega o Holocausto; ele não se importa se o Irã construirá armas nucleares; ele acha que Rússia e China nunca começarão uma guerra global. O espírito filistino do homem-massa é encontrado em sua prontidão para acreditar na propaganda totalitária. É uma propaganda que inculpa a futura vítima.
O totalitarismo se ergue porque o homem-massa é suscetível e é fundamentalmente um ignorante, apesar de notavelmente “bem-informado”. A inércia do homem-massa aceita o que é ditado pela burocracia. Ele não tem nenhuma “grande idéia” ou “fé” para resguardá-lo da acomodação e transigência convenientes, ou da participação no genocídio. O oportunismo sem questionamentos do homem-massa permite-lhe exemplificar aquela mesma “banalidade do mal” à qual se referiu Hannah Arendt, em seu livro Eichmann em Jerusalém. Afinal de contas, o homem-massa sob Hitler[2], sob Stalin, se defenderia dizendo que estava apenas fazendo o seu trabalho. Ele estava apenas obedecendo a ordens.
O homem-massa é inócuo ou sinistro? Ele faz o que faz de propósito ou precisa de um planejador maligno, tal como Hitler? O que significaria dizer que o extermínio em massa de judeus na época de Hitler foi um fenômeno sociológico que nada teve a ver com a intencionalidade? Dito de outro modo, o que significa dizer que o Holocausto foi alguma coisa outra que não uma conspiração contra vítimas específicas? O que significa dizer que o aviltamento sistemático de um povo foi em virtude de “um processo histórico”?
Eu não acredito que o resultado, de um lado, seja possível sem a intenção do outro lado. Não há nada diabólico a menos que seja intencional. E tudo que é intencional é individual. Hitler era um indivíduo. Seus companheiros de crime eram indivíduos. Cada um foi responsável por suas ações individuais. Não serve como desculpa declarar-se apenas um dente da engrenagem maior. Cada um obteve alguma satisfação particular na perseguição, pilhagem e matança de judeus. Imaginar que pessoas assim não podem existir, apenas porque a sua imaginação é muito limitada, é esquecer aquilo que a história já provou.
Se irromper outra guerra genocida, quais nações serão vitimadas? Quais nações estão sendo vilipendiadas atualmente? Duas nações, especificamente: (1) a dos judeus e (2) a dos americanos. A falha em não compreender a significância desse aviltamento e a falha em não reconhecer suas origens, é, de fato, uma falha triste e sombria.
Como Bernard Chazelle chamou a atenção recentemente em seu ensaio intitulado Anti-Americanism: a Clinical Study [Antiamericanismo: um estudo clínico], não há um antifrancesismo, um antipolonismo ou um antiespanholismo. E por que não há? Porque “o antiamericanismo está isolado: é um testamento vivo...”. Bem, não tão sozinho assim. É preciso lembrar o anti-semitismo, sendo ainda necessário juntá-lo ao Holocausto.
O aviltamento de um povo inteiro é algo similar a amaciar uma carne. A tarefa do aviltamento a deixa pronta para o forno.
Foi Paul Johnson, o historiador inglês, quem escreveu: “O antiamericanismo é a doença predominante entre os intelectuais de hoje”. O que ele deveria ter dito, mas falhou em esclarecer, é que os “intelectuais” de hoje são fraudes; eles são homens-massa, exatamente como aqueles a quem Ortega y Gasset se referia em seu livro A Rebelião das Massas. O fingimento de erudição e o fingimento de pensar apenas encobrem a baixeza e torpeza de alguém que, nas palavras de Anthony Daniels, “não reconhecerá aqueles que lhe são superiores”.
O homem-massa adquire idéias do mesmo modo que os ratos adquirem pulgas infestadas de peste bubônica. Ele é infectado por elas. E é perfeitamente possível que alguém dissemine a infecção intencionalmente. Pondere a seguinte sutileza: quando um estrategista americano pensa a respeito de mísseis nucleares, ele pensa em termos de dissuasão. Quando um estrategista russo pensa a respeito de mísseis nucleares, pensa em aniquilar os inimigos. Estrategistas nucleares americanos, de Herman Kahn a Vincent Pry, estavam especialmente preocupados com a dissuasão. Já os estrategistas russos, de Sokolovskiy a Sidorenko, estavam principalmente preocupados com a aniquilação do inimigo. A diferença de conceitos é importante – apesar de ser facilmente negligenciada ou nem sequer percebida.
O ódio é o ingrediente, e fazer com que os americanos odeiem-se entre si têm sido um truque especial. Talvez o homem-massa, ao odiar aquilo que tem grandeza, incline-se a odiar o seu próprio país, se a grandeza deste for suficiente. Nesse caso, um inimigo ardiloso não precisaria levantar nem um dedo sequer – ainda que a União Soviética tenha movidos céus e terras para espalhar, de 1950 a 1991, o ódio antiamericano. Uma das técnicas de propaganda mais eficazes envolvia plantar histórias falsas nos jornais ocidentais. Tais eram as “medidas ativas” de Moscou. No que diz respeito a essa técnica, o recente desertor da SVR [KGB], Sergei Tretyakov, confidenciou ao autor Pete Earley: “Nós dizíamos [após o colapso da União Soviética]: ‘Ok, agora nós somos amigos. Vamos parar de fazer isso’. E a SVR [KGB] fechou o Diretório A [Medidas Ativas]. Mas o Diretório A submeteu-se apenas a uma mudança de nome. E isso foi tudo. Ele tornou-se o Departamento MA [Medidas de Apoio], e as mesmíssimas pessoas que o dirigiam sob a KGB, continuaram a fazê-lo para a SVR”.
O homem-massa é uma criatura facilmente manipulável. Ele é presa fácil dos adversários, dos vendedores de óleo de cobra e de charlatães de todo naipe. Por favor, permitam-me dizer-lhes, caras massas: vocês têm sido o alvo especial de uma variedade superior de propaganda. Vocês foram alvejados. Vocês foram tapeados. Os fornos estão sendo aquecidos neste exato momento.

[1] NT: “Sparing the rod spoils the child”. É evidente que o autor não advoga a punição física de crianças, muito menos com varas. No contexto apresentado, a expressão idiomática, já antiga, aplica-se aos adultos à rédea solta, “crianças” sem punição, quer na área criminal ou quanto às transgressões morais cada vez mais toleradas; em suma, é ao crescente laxismo da sociedade americana que o autor se refere.
[2] NT: Hitler e Stalin foram, eles mesmos, exemplos de homens-massa no poder: vulgares, incultos, mas implacáveis e capazes de provocar fascínio e infundir terror na mente de outros homens massa. Ver Hitler e os Alemães, Eric Voegelin, São Paulo: É Realizações, 2008.
© 2008 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com


Marx, o Groucho

Friday, April 11, 2008

Oriane Guermantes - de volta e ainda mais furiosa!!!


Se pensarmos na estranha relação entre ter muitos filhos e seguir cegamente um líder, certamente não faremos uma associação imediata. Entretanto estas são duas das características fundamentais de nosso sistema límbico, ou seja, do que há de mais instintivo em nós, aquilo que é puro instinto. Já havia falado sobre o fato do nosso cérebro ser igual ao do homem das cavernas. Não obstante, a linguagem nos permitiu um avanço intelectual pouco compatível com nosso cérebro reptiliano ( uma outra forma de chamar o sistema límbico). Kant já havia dito que o que nos diferencia dos animais é a capacidade de controlar nossos instintos. Os instintos mais básicos que guardamos são: maternidade, sobrevivência, territorialidade e hierarquia. Seguir líderes cegamente é um instinto e a única forma de combater instintos é educar o cérebro. O cérebro, como sabemos, é um músculo e precisa ser exercitado. Se só exercitamos uma área, esta área se sobrepõe sobre as outras. Daí podemos perceber que o mesmo instinto que gera muitos filhos gera a necessidade de seguir cegamente um líder.


Quanto mais deseducada uma sociedade, mais torna-se presa a instintos básicos como violência, maternidade, síndrome de boiada.


A imensa popularidade de Lula deixa bastante claro quais os instintos básicos que regem nossa sociedade e, talvez, quem sabe não seja a explicação da terrível aversão que todas estas pessoas sentem ao conhecimento.


São instintos contrários.


Oriane

A PETELITE: galinhas e porcos à solta...

Depois que os manipuladores da língua, a serviço de suas maquinações políticas, prostituíram deliberadamente a palavra - a ponto de as novas gerações não a reconhecerem mais em sua verdadeira etimologia -, elite passou a significar simplesmente um grupo que tomou o poder num dado país, usando meios pouco ortodoxos para chegar lá. Assim, qualquer vagabundo pode galgar às alturas alturas estatais, contanto que se enquadre nos esquemas estratégicos dessa turminha toda-poderosa.
Originalmente, elite denotava a excelência de um grupo numa atividade específica, com uma significação, pois, sempre positiva. Atualmente, a nova elite em Banânia atende pelo nome de Petelite. Os petralhas, devido a um longo e metódico "trabalho de sapa" (ai, que delícia de expressão!...), chegaram ao poder democraticamente, a partir do vozerio das urnas, o que não quer dizer que tenham de ficar lá, pintando e bordando, completamente à vontade, posto que isso não faz parte das regras democráticas. Essa aparente contradição da democracia é uma saia justa inevitável. Se o jogo democrático estabelece, como conditio sine qua, a liberdade de expressão - fator inimaginável em estruturas políticas totalitárias - qualquer tropa de choque de uma ideologia cleptodemente pode assaltar o erário após ter-se instalado na administração pública pela porta da frente eleitoral. Ora, sair dessa "saia justa" não é absolutamente difícil, basta que os instrumentos da própria democracia sejam acionados para defendê-la. Isso também é do jogo. Sim, é exatamente isso, a esquerdopatia criou a própria ilusão de chegar ao paraíso por aqui mesmo, usando como fachada grosseira a construção de "um mundo mais justo para todos". A História nos fornece abundantes elementos para a construção dessa análise, magistralmente demonstrada por George Orwell em seu alegórico livro A revolução dos bichos, em que os porcos, detentores do poder total pós-revolução, assumem escancaradamente que numa sociedade pretensamente igualitária há sempre elementos que são mais iguais do que os outros, ou seja, eles...
Hoje, em Banânia, só existe isto, a petelite e seus acólitos. Quem quiser viver bem, por estas dengosas plagas, tem de jogar o jogo deles, obedecer a eles, babar o ovo deles, prestar favores a eles, ou temê-los, é claro, porque há sempre um dossiê apontado para as costas de quem não entendeu o espírito da coisa.

Marx, o Groucho, preparando um dossiê contra Tarso Genro, hehehe...

Tuesday, April 08, 2008

Desconstruindo o Keiser, esse ilusionista...

Mui lúcido o artigo a seguir, de César Benjamim, que entende do riscado petralha por ter militado nessa banda por longo tempo. O texto desconstrói o medíocre joguinho semântico do Keiser, que se especializou em brincar com as letrinhas em vez de estudá-las, trocando os nomes de bois antigos, sempre de autoria alheia, para dar a impressão de que são bois novos em folha - como fez com o bolsa-esmola e outros projetos do gênero - pois lhe falta competência, tanto quanto lhe sobram de preguiça e esperteza, para engendrar algo de realmente edificante em termos de administração pública.
Enquanto isso, o país despenca ladeira abaixo, entregue às baratas e, principalmente, aos mosquitos...
Eis o texto, com grifos nossos:

Em direção a lugar nenhum
Por César Benjamin
Dias atrás, mais uma vez, o presidente Lula comparou seu PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) ao Plano de Metas, do governo Kubitschek, e ao 2º PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), do governo Geisel. É um delírio. Esses últimos expressavam considerável esforço de pensamento sobre a economia brasileira.
Propunham-se a realizar mutações ou alterações de qualidade, separando épocas. O PAC não é nada.
O Plano de Metas produziu um salto impressionante na infra-estrutura e nas indústrias de base, associado à passagem da industrialização a um novo patamar, com a implantação do setor automobilístico, dotado de elevada capacidade de encadeamento. Somou-se a isso a construção de Brasília, chamada "metassíntese", que refez os eixos de deslocamento no interior do país e, para o bem e para o mal, alterou todo o processo de ocupação do território nacional. O 2º PND, por sua vez, completou o ciclo de industrialização por substituição de importações, conduzindo-o até os insumos básicos e a indústria de bens de capital, expandindo atividades estratégicas, como a produção de petróleo e a transmissão de grandes blocos de eletricidade, além de, igualmente, abrir setores novos, entre os quais a indústria nuclear.
Muito se pode debater sobre acertos e erros desses planos, bem como sobre os respectivos contextos, mas não lhes faltavam ousadia e implicações de longo prazo. Para ficarmos no Plano de Metas, realizado sob fortes restrições externas, ele envolveu diretamente cerca de 25% da capacidade produtiva do país. Foram estudados os pontos de germinação e de estrangulamento, a interdependência dos setores e a demanda derivada dos investimentos, definindo-se então metas ambiciosas para cinco áreas prioritárias: energia, transportes, indústrias de base, alimentação e educação.
Os resultados impressionam até hoje. Em cinco anos, a malha de estradas pavimentadas cresceu 100%, a produção siderúrgica, 82%, a geração de eletricidade, 36%, o transporte ferroviário de cargas, 32%, e assim por diante.
Ao reiterar comparações entre essas experiências e o PAC, até mesmo com vantagem para este último, o presidente Lula mostra que não teme o ridículo. Pois, repito, o PAC não é nada. Ou melhor, é apenas uma catalogação de projetos preexistentes, quase sempre miúdos, concebidos isoladamente, sem visão sistêmica ou capacidade estruturante, sem perspectiva histórica, sem a vocação de produzir mutações.
Os documentos oficiais que apresentam a previsão de investimentos federais e os indicadores macroeconômicos durante a implantação do PAC mostram o tamanho da pequenez. A União deve investir 0,6% do PIB, e as estatais, 3,7%. Nem esses diminutos recursos são novos, pois estavam previstos no Orçamento ou nos planos das empresas, especialmente a Petrobras e a Eletrobrás.
A gestão macroeconômica hostil ao crescimento se mantém: o superávit primário e os juros permanecerão altos, o câmbio ficará onde os especuladores desejam. Continuamos crescendo menos que a média do mundo, perdendo posições.
A rotina de governo tornou-se um permanente espetáculo. A tímida execução do Orçamento da União e os investimentos das estatais viraram PAC, e o PAC é Lula. Não há mais coisa pública. É um tremendo retrocesso político e cultural. O presidente não se constrange em cumprir uma agenda de vereador federal, inaugurando, freneticamente, insignificâncias e promessas. Comporta-se como um animador de auditórios. É ágil para discursar, mas seu governo não executa: nos últimos meses, apenas 12% dos recursos anunciados foram efetivamente desembolsados.
As claques aplaudem. O povo gosta. Políticos sôfregos pegam carona.
E o Brasil não vai a lugar nenhum.
Quem viver verá.
(César Benjamim, economista, é editor da Editora Contraponto)

Marx, o Groucho, com suspeita de estar com dengue!

Thursday, April 03, 2008

O assunto é o mesmo, mas quanta diferença! Galileu, Ideli e Mão Santa...

Passeando pela rede - propositalmente em Língua Portuguesa - descobrimos como anda a cultura nativa a respeito, digamos assim, de qualquer coisa, desde mitologia grega até religião comparada, passando por Filosofia, História e outros campos do conhecimento, amplo geral e irrestrito. Para nossa tristeza, escolhendo como tema da pesquisa o badaladíssimo episódio sobre Galileu Galilei (não por acaso, mas por causa da espantosa bobagem recentemente publicada no Estadão, onde se informou que Galileu vai ganhar uma estátua no Vaticano porque teria sido queimado pela Inquisição, tadinho! O sujeito morreu velhinho, em casa, cheio de Botox...), encontramos tanta besteira, tanta desinformatzia no melhor estilo da Língua de Pau, tanto preconceito contra o Catolicismo em particular e o Cristianismo em geral, tanta falta de cultura e vontade sincera de ESTUDAR primeiro para julgar depois, que mudamos imediatamente de rumo, partindo para as páginas em Inglês. O assunto é o mesmo, mas quanta diferença!, como diria aquele velho anúncio de xampu: diferença de forma, de conteúdo e de perspectiva mental. Tal diferença cai como luva em tudo que tem sido exposto por aqui, no que diz respeito à lamentável situação cultural em Banânia. Por toda parte, só se vêem crassa ignorância, amor irrestrito à inércia intelectual, fofoca preconceituosa como alimento do espírito e clichê imbecil como sustentação do pensamento. Os reflexos dessa trágica situação espalham-se pelas instituições, pela mentalidade do povo (aquele, o que "não existe"...) em todos os níveis sociais e por todas as instâncias da vida desta pobre republiqueta, onde um oportuno bate-boca de lavadeiras ensandecidas liquida com uma sessão plenária do Senado, durante a qual, mal ou bem, tentava-se debater a penúltima (sempre haverá outra.) trapalhada do desgoverno do Keiser de Garanhuns - confiram aqui essa "perda de tempo senatorial" no embate verborrágico de ontem à tarde, entre a maliciosa Ideli-Salvati-a-pele-de-Lula e o bem intencionado e divertido senador Mão Santa.
Agora, engalfinhem-se com o texto a seguir, em Inglês, sobre Galileu e a Inquisição, escrito num estilo informativo e organização textual muitos anos-luz da maioria esmagadora dos "sites" que versam sobre o mesmo assunto em Português. Sá cumé? Questão de níver... hehehe...

"The Inquisition was a Catholic Church tribunal that existed to protect the Church from heresy. There were many inquisitorial tribunals in different nations and at different times beginning in the 13th century. Some of these were more powerful than others, but all inspired fear in the hearts of those called to appear before them. During the late 16th century and into the 17th, the Church was in a battle for survival. Protestantism was spreading throughout Europe and the Church, believing that it had to defend its primary theological precepts against the heresy of Protestantism, instituted another version of the Inquisition. It was before this tribunal that Galileo was called to defend himself against heresy, a charge brought against him because of his teaching that the earth revolved around the sun and that the sun, not the earth, was the center of the universe (heliocentric theory). Copernicus had said that about 100 years before. His theory had been condemned by the Church as heretical since it seemed to contradict the Bible and, therefore, Church teaching which said that the earth was the center of the universe (geocentric theory). However, contrary to what most people think, the Church did not actually oppose the science behind Galileo's theory of a sun-centered universe. In fact, quite a few of those Churchmen who sat in judgement of Galileo were themselves scientists. What the Church was afraid of was that Galileo's theory would lead to an individual interpretation of Scripture and that was something the Church feared. Remember that the Church was at this time involved in fighting and defeating the Protestant movement spreading throughout Europe. Galileo, therefore, had to be stopped at all cost!What exactly happened when Galileo was ordered to appear before the Inquisition tribunal?It's interesting to note here that Pope Urban VIII who ordered Galileo to stand trial had been admirer of his. In fact, while still a cardinal, he had written a poem about Galileo's ideas. What finally destroyed Galileo was not his scientific theories, but the fact that he was publishing those theories as fact. He had already been ordered by the previous Pope not to publish his theories. The Church now felt it necessary to silence Galileo because they felt that his ideas, if accepted by the masses, could undermine the power of the Church at that time. The Church believed that the uneducated masses would not be able to reconcile the science of Galileo's universe with the theology of the Scripture. Remember the Church was fighting a religious war against the Protestants!After being questioned for eighteen long days, Galileo, tired and ill, offered to write a book refuting his idea that the sun was the center of the universe. The offer was accepted, but that was not enough to please the court. Galileo was forced to retract his beliefs in a public ceremony at the Church of Santa Maria Sofia Minerva. There he said I, Galileo Galilei, son of the late Vincenzio Galilei of Florence, aged 70 years, tried personally by this court, and kneeling before You, the most Eminent and reverend Lord Cardinals, Inquisitors-General throughout the Christian Republic against heretical depravity, having before my eyes the Most Holy Gospels, and laying on them my own hands; I swear that I have always believed, I believe now, and with God's help I will in future believe all which the Holy Catholic and Apostolic Church doth hold, preach, and teach.But since I, after having been admonished by this Holy Office entirely to abandon the false opinion that the Sun was the centre of the universe and immoveable, and that the Earth was not the centre of the same and that it moved, and that I was neither to hold, defend, nor teach in any manner whatever, either orally or in writing, the said false doctrine; and after having received a notification that the said doctrine is contrary to Holy Writ, I did write and cause to be printed a book in which I treat of the said already condemned doctrine, and bring forward arguments of much efficacy in its favour, without arriving at any solution: I have been judged vehemently suspected of heresy, that is, of having held and believed that the Sun is the centre of the universe and immoveable, and that the Earth is not the centre of the same, and that it does move.Nevertheless, wishing to remove from the minds of your Eminences and all faithful Christians this vehement suspicion reasonably conceived against me, I abjure with sincere heart and unfeigned faith, I curse and detest the said errors and heresies, and generally all and every error and sect contrary to the Holy Catholic Church. And I swear that for the future I will neither say nor assert in speaking or writing such things as may bring upon me similar suspicion; and if I know any heretic, or one suspected of heresy, I will denounce him to this Holy Office, or to the Inquisitor and Ordinary of the place in which I may be... Galileo could have been imprisoned or even sentenced to death for his actions, but because of the intervention of his many friends in high places, Galileo was sentenced to house arrest for the rest of his life! During his house arrest, Galileo wrote Discourse on Two New Sciences, a book which summarized his law of motion and his mechanical research, and which lay the foundations for classical physics(The full text of Galileo's statement denying his belief in the heliocentric theory can be found at http://www.fordham.edu/halsall/mod/1630galileo.html)"

Marx, o Groucho

Tuesday, April 01, 2008

O hospício é aqui: a profecia de Machado de Assis.

Excelente e definitivo o texto abaixo, publicado no site MSM, a propósito do comentário de um leitor sobre o que seriam "teorias conspiratórias" em Banânia. Reparem na irrepreensível argumentação - os grifos são nossos:

"Prezado sr. Kleber: gratos pelo seu gentil contato.
A dura verdade é que no Brasil chegamos ao ponto onde assuntos reais, palpáveis e facilmente verificáveis, como o Foro de São Paulo, os projetos de uma Nova Ordem Global e a crescente aliança entre grupos revolucionários de todos os matizes com megaespeculadores e bilionários internacionais, para citar apenas alguns exemplos dos assuntos que chocam muitos leitores que freqüentam as páginas deste MSM, assumiu ares de teorias da conspiração.
Enquanto isso, discos voadores, aquecimento global causado pelo homem, a tumba perdida de Jesus Cristo, o poder secreto da maçonaria, da Igreja Católica, da Opus Dei, a "farsa" da conquista da Lua, o fim do comunismo, a "ética" do PT, e inúmeros outros assuntos mitológicos, absurdos, claramente farsescos e não raro circenses, assumem ares de verdade revelada na mídia brasileira, demonstrando a que ponto a incapacidade de pensar e a necessidade atávica de viver num ambiente de sonho e alucinação chegaram neste país."
O resultado grotesco é que temos comentaristas de futebol opinando sobre política, vigaristas profissionais posando de políticos honrados, um autêntico bufão mitômano como presidente da República, e todo mundo achando isso a coisa mais normal do mundo. Em outras palavras, a realidade pode e muitas vezes é mais fantástica do que a ficção, e ai está o Brasil para não nos deixar mentir.
Atenciosamente,
Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA"

Voltando, eis aí a questão que vive saltitando nas linhas deste blog: é espantoso o quadro de corrosão psíquica que tomou conta "destepaiz", cujo primeiro sintoma grave foi a eleição de Lula. Ela revelou um quadro patológico que rapidamente se transformou em epidemia (ou "psicorragia"), deflagrada pelo segundo mandato do emblemático energúmeno e pelas recentes pesquisas sobre a sua crescente popularidade. Sim, há um hospício em construção, exatamente ao nosso redor, seguindo ao pé da letra o inspiradíssimo conto de Machado de Assis, O alienista, que, dessa forma, assume proporções de profecia... Será abdução? Puseram alguma coisa na água? Será o mosquito da dengue? Não, é a tática petralha dando certo do Oiapoque ao Chuí. É método, é método, é método...
Espelho meu, espelho meu, quem é mais petralha do que eu??? Somente o povo de Banânia tem essa resposta nos sombrios confins de sua cada vez mais óbvia doença mental.

Imagem: o profético e genial Machadinho.

Marx, o Groucho, experimentando uma elegante camisa-de-força.