Friday, April 11, 2008

A PETELITE: galinhas e porcos à solta...

Depois que os manipuladores da língua, a serviço de suas maquinações políticas, prostituíram deliberadamente a palavra - a ponto de as novas gerações não a reconhecerem mais em sua verdadeira etimologia -, elite passou a significar simplesmente um grupo que tomou o poder num dado país, usando meios pouco ortodoxos para chegar lá. Assim, qualquer vagabundo pode galgar às alturas alturas estatais, contanto que se enquadre nos esquemas estratégicos dessa turminha toda-poderosa.
Originalmente, elite denotava a excelência de um grupo numa atividade específica, com uma significação, pois, sempre positiva. Atualmente, a nova elite em Banânia atende pelo nome de Petelite. Os petralhas, devido a um longo e metódico "trabalho de sapa" (ai, que delícia de expressão!...), chegaram ao poder democraticamente, a partir do vozerio das urnas, o que não quer dizer que tenham de ficar lá, pintando e bordando, completamente à vontade, posto que isso não faz parte das regras democráticas. Essa aparente contradição da democracia é uma saia justa inevitável. Se o jogo democrático estabelece, como conditio sine qua, a liberdade de expressão - fator inimaginável em estruturas políticas totalitárias - qualquer tropa de choque de uma ideologia cleptodemente pode assaltar o erário após ter-se instalado na administração pública pela porta da frente eleitoral. Ora, sair dessa "saia justa" não é absolutamente difícil, basta que os instrumentos da própria democracia sejam acionados para defendê-la. Isso também é do jogo. Sim, é exatamente isso, a esquerdopatia criou a própria ilusão de chegar ao paraíso por aqui mesmo, usando como fachada grosseira a construção de "um mundo mais justo para todos". A História nos fornece abundantes elementos para a construção dessa análise, magistralmente demonstrada por George Orwell em seu alegórico livro A revolução dos bichos, em que os porcos, detentores do poder total pós-revolução, assumem escancaradamente que numa sociedade pretensamente igualitária há sempre elementos que são mais iguais do que os outros, ou seja, eles...
Hoje, em Banânia, só existe isto, a petelite e seus acólitos. Quem quiser viver bem, por estas dengosas plagas, tem de jogar o jogo deles, obedecer a eles, babar o ovo deles, prestar favores a eles, ou temê-los, é claro, porque há sempre um dossiê apontado para as costas de quem não entendeu o espírito da coisa.

Marx, o Groucho, preparando um dossiê contra Tarso Genro, hehehe...

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