Sunday, April 29, 2007

Campanha Jabá para todos


Amigos,
nossa campanha por um Jabá para blogueiros já recebeu 801 assinaturas! E ainda ganhamos um banner novo feito pelo Kibe!
Morra de inveja, Crivella!!!! Se quiser copiar, é só botar a foto do Edir Macedo no lugar desta....
Se socialites burras e que gostam de aparecer acharem que também merecem um Jabá, é só colocar a foto da Preta Gil ( homenagem ao Kibe), mas aí não vai ser justo pois o qi delas é incomparável....

Oriane

Saturday, April 28, 2007

Dissecando Sader !


Excelente o post de Ângelo da Cia sobre um encontro - vade retro!- com aquela criatura que até hoje não se sabe se é psicopata ou um calculista mefistofélico, visto que não há uma terceira hipótese. Por enquanto, ficamos com a primeira opção, porque o Mefisto autêntico, pelo menos, é um cara inteligente.
A crítica negativa de Ângelo é didaticamente feita em cima do discurso da criatura, passo a passo, sem deixar pedra sobre pedra. Estão lá as mentiras, a ignorância laureada, a desfaçatez delirante e o cinismo irritante que leva qualquer cidadão pacífico à selvageria total (Ah, "um dia de fúria"! Que coisa boa, combina com A Furiosa...).
Sader é o tipo de pessoa que provoca aquilo que a Bíblia chama de ira santa. Se ele estivesse entre os vendilhões do templo, teria sido varrido, escorraçado, atropelado pela fúria crística: afinal, ele vende uma mercadoria podre, ele engana os consumidores, ele tenta atrair, para o abismo da inconsciência, todos os infelizes que ainda não estão vacinados contra a boçalidade. - a maioria das pessoas em Banânia.
Entre outras, é digna de nota a observação de Ângelo, ao confessar que suava e tremia, sentindo-se na cova dos leões, um ambiente inóspito sob todos os óbvios aspectos. Mesmo assim, teve a audácia de fazer uma pergunta ao Aiatolá da Boitempo, corrigindo-o sobre uma citação de Fukuyama, cujo prognóstico sobre "fim da história" passou à difusa autoria, é lógico, dos "americanos e neoliberais", mais uma demonstração do cuidado com que esse primor de pessoinha elabora seu texto - esse sujeito, repetimos, é professor!...
Outra aspecto interessante do post ocorre quando Ângelo fica em dúvida quanto à sua natural aversão ao fulano, ao percebê-lo como um homem velho, mais pra lá do que prá cá (e o boitox, e o boitox???), ou seja, acometeu-lhe uma certa pena, uma comiseração tardia.
Ângelo, não se esqueça jamais que, assim como a maioridade penal é uma falácia - a pouca idade do marginal determinaria o grau da sua responsabilidade -, os velhinhos de todas as épocas são completamente responsáveis por seus atos, exceto se, comprovadamente, já estiverem gagás. Ora, se Sader é gagá, não pode dar aula, fazer palestras, "organizar" livros... Hehehe... Ou pode? Cruzes, esquecemos de onde estamos!
Divirtam-se aqui.

Imagem: a turma dos vendilhões do templo, expulsa por Cristo, um belo El Greco. Lembramos que, para a psicologia analítica de C. G. Jung, o "templo" é um símbolo do Self, a totalidade da psique. Tirem suas próprias conclusões...

Marx, o Groucho

Friday, April 27, 2007

Fora Chinaglia!!! ,,,


Trecho de uma matéria hoje no Globo:

No momento em que o Conselho de Ética anistiava deputados mensaleiros que foram reeleitos, dirigentes da Câmara e líderes partidários decidiram adotar duas medidas para se defenderem de críticas e cobranças: a votação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) criando uma espécie de Advocacia Geral do Legislativo; e a abertura de um processo contra o comentarista Arnaldo Jabor, por críticas que fez à impunidade parlamentar.

Só tenho uma coisa a dizer:

FORA CHINAGLIA!!!!!!

Este é o pior congresso que já tivemos, e olha que somos experientes em péssimos parlamentares.

Todos têm o direito e o dever de fiscalizar o congresso e denunciar irregularidades.

Oriane

Thursday, April 26, 2007

Deputados: em dois meses usaram 1 milhão de litros de gasolina. Com a nossa grana!


Imagem: Chinaglia indignado por causa dos comentários de Jabor.

Encontrei a notícia de que Arnaldo Jabor estava sendo processado pelo inominável Chinaglia porque ironizou este inaceitável gasto de gasolina . Estava no blog da Clau, que tem sempre excelentes toques de utilidade pública.
O que será que podemos fazer pelo Jabor? Alguém sabe onde podemos encontrar aquele programinha que manda e-mails para o congresso e ainda atualiza o endereço dos nossos "amados congressistas"?

Clau indicava o texto abaixo, do blog do Diego Casagrande:

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta quinta-feira que são inadmissíveis as críticas feitas pelo jornalista Arnaldo Jabor aos parlamentares brasileiros. Ele afirmou que vai processar Jabor em nome da Câmara dos Deputados. “Chegou ao nível do inadmissível. E, como é inadmissível, vamos, em nome da Casa, processar o jornalista Arnaldo Jabor”, disse o deputado.

Chinaglia ainda qualificou como “defesa da democracia” a iniciativa de mover processo contra o jornalista e foi aplaudido por colegas da Casa. “A desqualificação da política não é um ato ingênuo, é retirar da mão popular e da sociedade o único instrumento para dirimir conflitos ou defender legítimos interesses.”

A revolta do presidente da Câmara aconteceu porque Arnaldo Jabor comentou reportagem que informava que os deputados brasileiros gastaram só em janeiro e fevereiro, 1 milhão de litros de gasolina, o que é suficiente para dar volta ao mundo 250 vezes. Jabor disse: “Todos sabemos que os nossos queridos deputados têm direito de receber de volta o dinheiro gasto com gasolina, seja indo para os seus redutos eleitorais, ou indo para o hotel com suas amantes, ou seus amantes. Quando é que vão prender esses canalhas? Ah, eu esqueci. Eles têm imunidade, têm foro privilegiado. É isso, aí, amigos otários como eu.”

Será que podemos ajudar a salvar o Jabor desta horrível injustiça?

Oriane

Wednesday, April 25, 2007

Escroques que usam Deus para dizer que não fizeram o que fizeram...

Vendo o desembargador Ricardo Regueira mencionando Deus a cada vírgula, eu me pergunto: por que todos os escroques citam Deus a torto e a direito? Na cidade onde mora minha mãe, já sabemos: quando alguém começa a dizer que não faria (ou não fez) isso ou aquilo porque é evangélico - ou usando Deus como desculpa-, aí podemos ter certeza: ele fez ou fará...

Garotões retardados e suas máquinas de destruição em massa

Uma observação sobre o garotão que atropelou a garota e fugiu: agora ele diz que não se lembra de nada, parece o Lula, não sabe de nada. Acontece que isso é regra neste país. Ninguém assume a responsabilidade por nada. Ano passado um parati atropelou uma mulher, que morreu, e também fugiu. No caso desta semana, o crime só não ficou impune por causa do heróico taxista que perseguiu o desgraçado. Uma amiga minha não teve a mesma sorte: um motorista inteiramente bêbado, tipo garotão irresponsável, num mercedão, abalroou o carro dela por trás. Quando ela pediu o cartão dele, ele não quis dar. Tirou uma nota de cinquenta e tentou dar para ela. Estava tão bêbado que mal se mantinha em pé. Ficou agarrando ela e falando umas barbaridades e rindo. Ela disse que ia chamar a polícia e o garotão fugiu largando-a lá, com um prejuízo de mil pratas. Ela anotou a placa. Tinha um monte de homem barrigudo, sem camisa, que foi olhar o acidente. Quando ela pediu para algum deles testemunhar, nenhum se prontificou. Ficaram lá com suas panças e sua covardia...
Até quando a maioria de brasileiros será grosseira, irresponsável e covarde?
Que vergonha do nosso povo!
A placa é de Sampa; William e a turma daí, se vocês virem o carro, tentem descobrir onde mora o canalha. A placa do retardado era: DVG 9744 - São Paulo. O carro era uma mercedes preta.

Vamos nos unir contra essa gente retardada!
Oriane

Tuesday, April 24, 2007

Esquerdistas acreditam ter o monopólio da bondade, e vale tudo em nome disso!

Imagem: Kiev, 1919 - massacre perpetrado pelos Bolchevistas - um dos vários. Foram milhões de mortos por causa deste regime tão compassivo que é o comunismo!

Vejam que delícia o seguinte texto encontrado no blog do Reinaldo Azevedo sobre uma entrevista do Franklin Martins:

O ESQUERDISTA
Indagado por Eleonora, Franklin se definiu como “de esquerda”. E o que é ser de esquerda? Ah, “é acreditar que o mundo é injusto e que essas injustiças não são naturais”. Uau! Eu também sou de esquerda, então. Mas, se eu sou de esquerda, Franklin não é. E vice-versa. Vai ver que a definição é, então, rasa, estúpida mesmo.

Quer dizer que a direita considera, então, o mundo justo? Mais: quer dizer que ela considera que as injustiças nascem em árvores? Há, nessa definição, mais de 200 anos de malandragem teórica. Com ela, fabricaram-se os grandes crimes do século 20. É por isso que Franklin, ao falar de seu passado, disse que “lutou pela democracia”. Falso! Ele não queria democracia. Ele queria uma ditadura comunista.

Alguém reivindicar para a esquerda a primazia da justiça é ignorância de causa ou má-fé. Quem distribuiu mais justiça social, benefícios e qualidade de vida? O capitalismo — deveria ser chamado de “direita”? — ou a esquerda? Ah, mas eu sei bem o que essa crença significa, não é? Se Franklin é de esquerda, se Lula é de esquerda, e se um esquerdista é contra as injustiças, tudo o que ele fizer, embora não pareça, será para garantir mais igualdade no mundo.

Não me refiro a Franklin em particular: estou cada vez mais certo de que um esquerdista está sempre empenhado em cometer ou em justificar alguma forma de crime, nem que seja moral.

Já tive esta discussão com inúmeros esquerdistas. Sempre eles se colocam como os compassivos na contrapartida dos outros que, para eles, são sempre fascistas. Canso de contra-argumentar que o nazismo era um governo de esquerda. Mas esquerdistas, em geral, não são muito cultos, acham que esse hábito de leitura é coisa da Zelite. Mas eles realmente acreditam deter o monopólio do bem-estar no mundo. Concordo com o Reinaldo: se querer distribui justiça social é monopólio da esquerda, então sou de esquerda. Acho que a única diferença é que eu, Reinaldo etc detestamos qualquer espécie de tirania.
Odeio ter que ficar lembrando isso, mas os governos de esquerda são os mais sanguinários e tiranicos. Haja vista Lênin, Stalin, Mao, Pol Pot, Fidel...

Não sei porque, mas lembrei de uma entrevista de Frei Beto. Ao ser perguntado por que Cuba tinha tanta prostituição, saiu com a seguinte pérola: é porque as prostitutas cubanas são muito cultas...
Non sequitur perde... é assim que raciocinam os esquerdistas, um negócio bonito de se ver.

Oriane

Lula, o cabeça de bagre!

Imagem: ficou tosca, mas sendo do Lula não haveria como ser diferente.

“Se eu pudesse acabaria com o Ibama”. A confissão de Lula foi ouvida por interlocutores íntimos dele. Lula está irritado com as exigências feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conceder licenças ambientais. E, sem elas, emperra ou anda devagar a execução de projetos país a fora. É O CASO da construção de duas usinas hidrelétricas no rio Madeira. Ela pode afetar a natureza ao impedir a migração de quatrocentas espécies de peixes — um deles o bagre. Mas Lula está pouco se lixando para a sorte do bagre e de seus parentes. Cobra que as usinas saiam do papel. “Querem jogar o bagre no meu colo”, queixou-se ele na semana passada. E emendou: “Alguns peixes não podem travar o desenvolvimento do país”.

Claro que quando entregamos a presidência da república para um tosco como o apedeuta, devemos imaginar que tais coisas devem acontecer. Não se pode esperar muita profundidade de um sujeito como ele. Lula não está nem aí para os bagres. Aliás, Lula parece desconhecer qualquer idéia que se assemelhe com longo prazo. Meio ambiente? Aposto que ele acha que isso é coisa de boiola. Pessoas como o apedeuta só conseguem imaginar o futuro com um prazo de cinco minutos. Mais do que isso é demais para o intelecto dele.
Interessante, para um cabeça de bagre como ele, não se preocupar com seus pares soa como egoísmo puro. Sem querer ofender os bagres, é claro!
Aliás, Deus me livre, mas o que seria um interlocutor íntimo de Lula? Dá até medo pensar nisso...

Oriane

Monday, April 23, 2007

A igreja Universal vai morrer de inveja!

Este é um movimento que o Serjão criou, e eu tirei do blog do David.

Afinal nós, conscientes do nosso importantíssimo papel na sociedade, também fizemos por merecer um pouco do dinheiro de Banânia!

Oriane

Mais um comunista francês se metendo na nossa vida

Céus, por que será que brasileiro gosta tanto de comunista francês? Aliás, por que será que esses comunas detestam tanto a classe média? A gente vê algum deles falando mal dos ricos? Não, só da classe média. Vejam as pérolas que o "educador" Jean Hérbard soltou:

Foi um erro dos anos 50 repartir o mundo entre duas escolas, a particular e a pública. Porque o que faz a democracia num país é a possibilidade de todas as crianças estarem aprendendo na mesma escola. O lugar onde se partilha uma cultura comum é absolutamente essencial numa democracia.
Não se pode deixar a classe média confiscar a cultura somente para ela. Senão vamos para um mundo em que cada um estará fechado em seu condomínio, com cerca elétrica.

O resumo das idéias do cara é o seguinte: ele acha que a classe média deveria tirar os filhos da escola particular e botar na pública. Para favorecer a convivência, sabe?
Conheço pessoas "duras" que adorariam fazer isso, pois se matam de trabalhar para pagar a escola dos filhos. Uma amiga está desempregada e todo o fundo de reserva dela é para pagar a escola das filhas, uma outra se mata em mil bicos pelo mesmo motivo. E sabe por que senhor educador francês? Porque a escola pública no Brasil é um lixo. E, graças ao governo do apedeuta, vai piorar ainda mais. Para quem não se lembra ele adora bater no peito, tal qual orangotango, para dizer que nunca leu na vida. Aliás, já disse que acredito ser ele um analfabeto funcional. Se é que não é analfabeto mesmo, e esconderam isso da gente. Nossa escola pública não ensina nada a ninguém. Salários aviltantes, escolas caindo, tudo errado! Como ele pode esperar que as pessoas troquem a escola particular por isso? A verdade, o que sabemos com certeza, é que todos nós gostariamos de ter saúde, educação e segurança de graça, popr conta dos impostos abusivos que pagamos. E não temos. Nós, a classe média que estes comunas detestam tanto, nós, que sustentamos este elefante branco, não temos nenhuma contrapartida do estado (só escrevo com minúscula enquanto essa gente estiver no poder), que só faz nos atacar e jogar contra a classe pobre. Por que isso? O que nós fizemos além de pagar imposto para sustentar bolsa família, luz na favela etc?
Será que isso é um plano secreto da França para destruir o Brasil? Sugerir que todas as crianças sejam expostas à bisonha educação pública?
E os ricos, o que ele sugere? Irem para a Suiça? Ou os amigos ricos ficam fora dessa?
E que estória é essa de que a classe média confisca a cultura para si? De onde ele tirou esta noção? Olha, não sei não, mas o discurso desse francês parece o daqueles caras do PSTU.

Caramba, não tenho a menor paciência com esses socialistas de araque!

Oriane

Sunday, April 22, 2007

Vamos reproduzir este texto! Todos devem saber como pensava nosso enésimo ministro!

Imagem: Mangabeira e Lula. Será que Mangabeira foi abduzido? Será esse um clone?

Achei a pérola abaixo no Blog da Clau. Estava procurando por ele. Foi um texto escrito por Mangabeira Unger em novembro de 2005. Mudou de idéia seis meses depois, apoiando a reeleição. Mangabeira Unger anda tentando sumir com esse texto, mas como nós blogueiros somos malvados, vamos distribuir por aí. Todo mundo deve saber o que pensava o ministro! Como diz Reinaldo Azevedo: Interessante! Unger não consegue manter uma opinião por seis meses, mas será o homem do longo prazo...

Segue o texto:

Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.

Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos.

Afirmo que a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura. Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério.

Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens.

Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.

Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou.

Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas.

Afirmo que as bases sociais do governo Lula são os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produção, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjugação econômica e a desinformação política. E que seu inimigo principal são as classes médias, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da República.

Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o país acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo.

Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidadãos é negar o direito de presidir as comemorações da proclamação da República aos que corromperam e esvaziaram as instituições republicanas.

Excelente texto, professor!

Valeu, Clau!

Oriane

Lula, o sábio!

http://resistenciabr.files.wordpress.com/2006/12/lula-copy.jpg

Mais uma de Lula, o iluminado:

“A engenharia brasileira construiu o carro
do futuro para diminuir o aumento da caloria
no nosso planeta”

Já que ele não faz nada mesmo, pelo menos podia ficar calado! Essas coisas envergonham a gente.

Oriane


Saturday, April 21, 2007

Estudante profissional de 30 anos ganha boquinha no ministério dos esportes...

stalin.jpg

Imagem: Stalin batendo palmas para os vagabundos profissionais

Sei que muitos dos que frequentam este blog são universitários. Os que estudam em Universidade pública devem conhecer a famosa figura do estudante profissional. Trata-se daquele cara que estuda na universidade vários anos, mas que você nunca viu na sala de aula, ou por outra, até viu, mas ele entrou junto dos militantes do PSTU para falar dos "porcos capitalistas". Nas reuniões de departamento, comissões de bolsa, comitês, o cara está sempre . Aula que é bom, nada! Estes caras ficam , infernizando aqueles que querem estudar, galgando posições de poder na burocracia universitária. , quando você precisa de um prazo para defender sua tese é este idiota que decidirá. Ele e vários outros militantes que também nunca foram à aula. Descolam uma representação em movimento estudantil e toca de viajar às nossas custas. Depois disso não querem sair mais da universidade. Na minha, um cara famoso que está na graduação uns dez anos. foi a vários lugares com a grana da universidade. Nunca o vi em sala de aula.

Quando dei aula na pública virei inimiga desta gente. Não havia semana em que não pedissem para entrar e protestar contra algo ou fazer campanha para o grêmio. Eu jamais permiti que entrassem. Pediam e eu negava e ficavam com cara de furiosos do lado de fora. fui ameaçada e tudo. Outro dia, como aluna, na véspera das eleições, eles entraram. O discurso é que nós deveríamos votar no Lula para impedir que a "ultra-direita" capitalista chegasse ao poder. Me retirei e depois reclamei com a professora. E ainda falaram em nome de todos os alunos, pois fazem parte do grêmio. Enfim, a barbárie.

E hoje no Globo me deparo com a seguinte notícia:

Para ocupar a secretaria executiva do Ministério do Esporte, segundo cargo mais importante na pasta, foi nomeado o estudante de medicina Wadson Nathaniel Ribeiro, de 30 anos. Ele não tem qualquer experiência na área, mas tem duas qualificações para a indicação: é filiado ao PCdoB e trata-se de um ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), tal qual o ministro do Esporte, Orlando Silva...
...Wadson estuda medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele presidiu a UNE entre 1999 a 2001 e atua vários anos no movimento estudantil.

E aí, vocês reconhecem esse cara? Eu reconheço, é o estudante profissional e ele vai ocupar um cargo a respeito do qual não entende nada. E sabe quem vai pagar por isso? Nós, os otários que nos matamos de trabalhar e entramos no mercado de trabalho com muita dificuldade. Neste governo, privilegiado é aquele que não faz nada, o vagabundo mesmo. Vide nosso presidente.


Oriane

Friday, April 20, 2007

Franklin Martins: o com-TV.

Imagem: Franklin Martin - é bom estar do lado do poder - .
Ok, já sabemos que o objetivo de Franklin Martins é o mesmo de Lula, Pink e Cérebro: dominar o mundo. Ele, assim como vários esquerdistas brasileiros, acredita que o início desta grande cruzada é destruir as organizações Globo. Alguma espécie de frustração, um ódio-amor, sei lá o que move essa gente. No caso de Franklin Martins é despeito mesmo, tomou um pé da emissora no ano passado. Mas acho entre cômico e ridículo. Sabe aquele slogan idiota - o povo não é bobo, abaixo a rede Globo - ? Bem "forum social" não?
Para justificar a rede pública, entre outras pérolas, o Sr. Martins me saiu com essa:
Por que não podemos ter um programa que nos fale sobre a África? Pelo menos 30% do povo brasileiro vêm da África. Por que nenhum telejornalismo no Brasil tem um correspondente num país africano? A TV comercial é obrigada a trabalhar buscando o grande público — disse.
Uau! Agora entendi porque o Franklin Martins foi defenestrado da Tv privada: ele não tem o menor jeito para a coisa. Se ele acha que o grande público está realmente interessado num programa sobre a África, então é porque não entende nada de audiência, público, televisão. Sempre falo sobre a cultura do ressentimento: se não posso ter eu odeio. Franklin não pode se manter na TV privada, então resolveu criar uma TV só para ele.
So sweet!!!! Diga-se de passagem que já tive o prazer de trabalhar numa editora que editou um livraço sobre a África. Era o nosso pior encalhe. Tudo bem que isso não prova nada, mas precisam ver a cara de paisagem que as pessoas fazem quando indico este livro. Ninguém está nem aí para a África, isso inclui os afro-descendentes. Principalmente o público de televisão que, em geral, não está muito aí para a cultura. Quer entretenimento mesmo. O que significa dizer sem paternalismo boçal: o que diabos a África tem a oferecer em termos de programa de entretenimento, ou mesmo como entretenimento em si ( afora a belíssima paisagem)? Mesmo sendo a cultura Africana riquíssima, como de fato é, alguém assiste programa de cultura aqui? Será que ele acha que programa de cultura dá audiência? O tal "grande público" também não está nem aí para a cultura. Um programa sobre as riquezas culturais da África teria 0 de audiência. Editoras de cultura, como Ateliê Editorial, Paraula etc estão sucumbindo por falta absoluta de público. O que vende mesmo é Paulo Coelho.
Sabe, ficaria muito curiosa para ver a audiência desta TV se não soubesse que ela vai ser feita
com a nossa grana. Nó nos matamos de trabalhar para sustentar esta porcaria de governo que só pensa em marketing e mesmo quando pensa nisso é incompetente. Tão incompetente a ponto de dar uma TV a quem não entende nada do assunto.
O que recebemos em troca de nossos caros impostos? Saúde, segurança, educação? Não, recebemos propaganda e frases estúpidas de efeito ( ou por outra, só fazem efeito em retardados).
Quanto vai custar essa farra? Em vez de implementar esse lixo por que não diminuir a CPMF?
Eu sei porque eles querem tanto fazer esta "coisa". Agora toda a "cumpanherada" vai poder dizer que trabalha na televisão.
Vai ter bastante emprego para todas essa gente.
Caramba, essa TV vai ser....
Oriane

Thursday, April 19, 2007

Pentecostal pisa na bola, e a culpa é dos católicos!

Imagem: Leirner. Na verdade, poderia ser qualquer um. Essa coisa de comunista que odeia a Igreja!... Na verdade, são todos muito parecidos (é só ver a foto do Lula).

O bispo (ou seja lá o que for) Crivella, evangélico, inventou uma proposta bisonha para que as igrejas sejam contempladas com a lei Rouanet. Um absurdo. Os católicos ficaram horrorizados. Diga-se de passagem que os evangélicos de denominação séria também ficaram horrorizados.

Aí aparece um artista plástico chamado Nelson Leirner dizendo a seguinte pérola:

É o maior absurdo que já ouvi na face da terra (até aí tudo bem, também achei isso.). Uma palhaçada. Faz parte de todo panorama que nós vivemos. Acho que eles querem fazer isso junto com a visita do Papa (????????????????????????).

Hein????? Então o Bispo Crivella que é evangélico neopentecostal propõe este absurdo e a culpa é do Papa? Será que o Sr. Leirner acha que são todos a mesma coisa? Ou será que é um destes esquerdistas "na moda" que acha que é "legal" culpar a Igreja Católica por tudo? Será que ele acha que Igreja é "tudo" a mesma coisa? Ou será que quis causar "sensação"?
Conheço as obras de Leirner, sei que são boas. Boas não, ótimas! Mas as declarações dele me fazem vê-lo como um boçal. Não ouço as músicas de Caetanto e nunca mais volto numa exposição de Leirner.
Acho essa gente que culpa a Igreja por tudo tão lugar-comum! Não há arte que sobreviva ao lugar-comum.
Oriane

Michelangelo - a celebridade renascentista.

Imagem: Moisés de Michelangelo - seria mais uma obra inspirada no Laocoonte?

No post abaixo eu peço para minha amiga historiadora da arte que me lembre quem foi que disse que a contemporaneidade escolhe mal suas celebridades. Eis a resposta dela. Como ela já é quase um elemento do blog vou dar a ela, provisoriamente, o nome de Diotima...

Oriane bela,

foi o grande Ortega y Gasset, em A Rebelião das Massas.
Pouco após a morte de Michelangelo, o artista e historiador da arte Giorgio Vasari profetizou que a cerimônia fúnebre em honra a Michelangelo “sarà cosa che né’ papi né gl’inperatori né’ re non l’ànno auta mai” (isto é, será algo que nem papas, nem imperadores, nem reis tenham tido jamais). E assim foi. Com perdão, permito-me transcrever abaixo uma passagem de um texto que escrevi sobre o epistolário do artista:


"Apesar da insistência com que neste período o duque Cosimo I Medici, freqüentemente através de Vasari, convida-o a restabelecer-se em Florença sob a sua proteção (cfr. cartas LVIII e LIX), as duas últimas décadas de vida de Michelangelo transcorrem quase ininterruptamente em Roma, onde mantém sua antiga casa em Macel de’ Corvi. Nestes anos, o artista é praticamente soterrado por encomendas artísticas, invariavelmente provenientes do papado ou das mais seletas casas nobiliárias romano-florentinas; paralelamente, realiza obras que presenteia a amigos ou que simplesmente conserva para si próprio. Sua fama cresce extraordinariamente a partir de meados dos anos 1540, assim como a admiração universal pela grandeza de sua obra; o apelativo "divino" -empregado pela primeira vez, salvo erro, por Ariosto em 1532 - tornara-se corrente na segunda metade dos anos 1540. Quaisquer opiniões de Michelangelo acerca da arte e de projetos artísticos, durante estas décadas, divulgam-se com uma celeridade inédita; copiam-se suas obras; suas rimas difundem-se; publicam-se, além das biografias de Vasari (torrentiniana) e Condivi, os escritos de Giannotti, Hollanda, Varchi e Doni; realizam-se diversos retratos seus , e os mais destacados personagens do âmbito político, artístico e religioso tanto italiano como estrangeiro alternam-se em visitá-lo e render-lhe hiperbólicas homenagens.
Não apenas suas obras, mas também sua vida é alçada ao palco: Buonarroti transforma-se,malgrado seu, em algo parecido ao que contemporaneamente chamaríamos “pessoa pública”, sendo seus atos constantemente escrutinados, suas decisões debatidas, suas preferências emuladas. Como um reflexo natural disto, a parte final do epistolário, tal como se o conhece atualmente, é a mais copiosa: qualquer missiva de Michelangelo, por insignificante que fosse, era guardada por seu destinatário como a mais preciosa relíquia . (...)
Imediatamente após sua morte, Fidelissimi escreve a Cosimo I informando-lhe acerca do sucedido e reiterando o desejo expresso por Michelangelo de ser sepultado em Florença; no dia seguinte Averardo Serristori, embaixador do duque, envia-lhe outra carta avisando-lhe que, já havendo sido inventariados seus bens em presença de Volterra e Cavalieri, não se encontrara nenhum dos desenhos que o duque esperava receber: “dicono che già abbruciò ciò che aveva”. Vasari conta como Leonardo, quem finalmente chegara a Roma no dia 21, conseguira secretamente trasladar o cadáver de Michelangelo - disfarçado, como uma mercadoria, no interior de uma caixa - a Florença, a fim de evitar os protestos dos romanos, que poderiam reclamar a honra de albergar seus restos mortais . O corpo chega a Florença no dia 10 de Março, supostamente incorrupto ; Vasari recebe-o na alfândega e, em nome da Accademia Fiorentina, coordena sua transferência primeiramente à Compagnia della Assunta, e, de lá, no dia 12, à Santa Croce – igreja que, como se sabe, albergava os restos de alguns dos mais ilustres cidadãos florentinos, constituindo uma espécie de equivalente ao Pantheon romano. Vasari conta que, tendo-se espalhado por Florença a notícia de que o cadáver de Michelangelo havia chegado à cidade e estava prestes a ser trasladado a Santa Croce, uma multidão acorreu a acompanhá-lo, de maneira que foi com dificuldade que se conseguiu transportá-lo ; uma vez lá, o corpo foi provisoriamente depositado em um jazigo, sobre o qual, ao longo dos dias sucessivos, afixaram-se inúmeros poemas latinos e vernáculos em honra ao mestre . Durante os quatro meses seguintes, organizar-se-iam, sob a supervisão de Vasari e do presidente honorário da Accademia, Vincenzo Borghini, as espetaculares exéquias de Michelangelo, as quais, inteiramente financiadas por Cosimo I e projetadas conjuntamente por Vasari, Bronzino, Cellini e Ammanati, se realizariam por fim no dia 14 de Julho em San Lorenzo, onde se encontrava a maior obra florentina de Buonarroti. Jamais um artista fora honrado com tanto fausto e pompa. A igreja, vestida de negro e albergando em sua nave um enorme catafalco atrás do qual erguia-se uma altíssima pirâmide de velas, encontrava-se abarrotada ao iniciar-se a cerimônia com um solene Réquiem; após a finalização da missa, Varchi pronunciou uma longuíssima oração fúnebre dividida, segundo o uso, em três partes, nas quais respectivamente louvava a perfeição de Michelangelo nas três artes, admirava sua vida e obra como poeta, filósofo e teólogo, e finalmente exortava os ouvintes a celebrar sua vida antes que lastimar sua morte. Em uma carta escrita ao duque Cosimo – quem não pôde comparecer à Igreja por não se encontrar em Florença naquele momento – no próprio dia 14, Vasari afirma que nunca anteriormente se haviam reunido tantos destacados artistas, juristas, nobres, políticos e letrados, como naquela ocasião."

Como diria o bom e velho Cícero:
o tempora, o mores...

Diotima

Tuesday, April 17, 2007

Sociedade do Espetáculo

Imagem: um dos livros da minha vida - A Sociedade do Espetáculo, Guy Debord.

Esta semana havia uma longa discussão no jornal a respeito da carta de Du Moscovis sobre seu problema com fotógrafos e caçadores de celebridades. Sequer li a carta, não me interesso por estas coisas, mas adoro ler as cartas dos leitores do Globo. A maioria das cartas de outro dia era sobre esse assunto. Vários leitores se deram o trabalho de escrever para o jornal, se solidarizando com o ator.
Já escrevi aqui várias vezes sobre o culto às celebridades e o quanto isso era pernicioso. Fenômeno mundial, levou um historiador da arte (amiga historiadora e leitora do blog: atualize-me, pois esqueci quem era...) a afirmar: a contemporaneidade escolhe muito mal suas celebridades. Falava assim com base na grande celebridade da Renascença: Michelangelo, esse sim uma celebridade a ser admirada. As celebridades de hoje: Alemão, Luciana Gimenez, Latino...pessoas que mal falam português e provavelmente nunca leram um livro na vida.
Lembrei-me do excelente livro de Guy Debord: A Sociedade do Espetáculo. Nele Debord comenta que o espetáculo tomou tal dimensão que já não se pode separar o que é real do que é "espetáculo". Não se pode mais separar o que é arte, de verdade, e o que é apenas mídia. Também não se pode mais diferenciar um bom político do que é apenas um produto da mídia. A mídia toma conta de nossas vidas nos dizendo quem somos e o que fazer.
Já cansei de entrar em lojas onde a vendedora tenta me vender algo dizendo: todo mundo está usando. Para mim é a frase mágica, aí é que não compro mesmo! O que leva esta pessoa a crer que eu quero ser igual a todo mundo?
Por que existe esta cultura de massa? Não seria uma necessidade de se nivelar tudo por baixo para planificar o consumo? Venda em massa, essas coisas. O efeito colateral é essa bizarrice de celebridades. Quando jovem, adorava Caetano; hoje em dia o detesto, não por causa das músicas, mas pelo seu excesso de celebridade. Tudo se pergunta a Caetano, como se a opinião dele sobre economia fosse importante apenas porque ele é uma celebridade. Caetano entende de música, este é o ofício dele. Sua exposição na mídia faz com que aqueles que gostam de música possam detestá-lo, mesmo gostando da música dele.
Du Moscovis estava certo? Claro que sim, mas ele é fruto e faz parte desta estranha máquina de moer carne. Nada sei quanto ao seu talento, mas sua raiva deveria se voltar contra este bando de atores de malhação, ou gente recém-saída do BBB, que se deslumbra com essa idéia de ser celebridade e alimenta estes lixos. Adoram sair na Caras, na Quem etc. Alguns ligam para o jornal e avisam: vamos para lá etc...
Contra esses é que ele deveria se insurgir. E quanto às milhares de pessoas que consomem estas porcarias? São frustrados, com uma vida pobre e triste, porque precisam viver a vida de alguém para poder ter algo. É triste, principalmente se pensarmos que estas pessoas seriam muito mais felizes se fossem à biblioteca e pegassem um livro de graça para ler. Mais barato e eficiente do que uma revista de fofocas. Estes atores, que ganham fortunas por conta de sua celebridade, deveriam tentar emprestar sua imagem para estimular leituras e batalhar contra estas celebridades instantâneas que acabam transformando todos em farinha do mesmo saco. Será que a arte de Du Moscovis é melhor que a de Kleber Bambam? Provavelmente sim, então cabe a ele demonstrar como os Bambans da vida estão ajudando a enterrar a arte.
É só olhar a temporada atual de Malhação: os atores são tão ruins que até o público está reclamando. Vou tentar ver um dia desses para comentar, embora minha televisão não tenha antena: só serve para DVD. Para ver tv aberta tenho que fazer à moda antiga e usar um bombril em cima de uma antena velha. Trabalho demais para ver lixo. Mas estes atores estão lá por um motivo, são lindos, modelos, filhos de atores, amantes de diretores etc. Só isso os faz acreditar que podem ser atores. Mas não podem! E contra isso os atores deveriam se insurgir, como fez Fernanda Montenegro. São essas pessoas, em geral superficiais, ignorantes, que acreditam que a beleza é tudo, ou seja, que acreditam no poder do espetáculo enquanto espetáculo, sem talento ou trabalho, são elas que estão destruindo o trabalho dos verdadeiros atores. Estas pessoas são pouco melhores do que eletrodomésticos falantes, mas com uma cara lindinha.
Quem pode suportar exposição de pinturas de Jô Soares, Vera Fischer, enquanto tantos artistas sérios não têm onde expor? Quem pode suportar artistas que, por serem filhos de artistas famosos, conquistam espaço na mídia no lugar de tantos talentos que não têm QI?
"Sociedade do Espetáculo" é isso, uma perversão do que é a verdadeira arte, a aparência no lugar do conteúdo, a profundidade sendo descartada em favor do que é fácil de entender. A incapacidade de compreender mais do que três frases seguidas. As imagens tomando o lugar das palavras e um vocabulário que se reduz a cada dia. Atores medíocres que ganham dez vezes mais do que artistas de verdade.
Enfim, o fim de todas as nossas ilusões utópicas de uma cultura que possa produzir algo de bom.
Triste destino para nossa humanidade.

Oriane

Sunday, April 15, 2007

Observação do Espaço Profundo: não tem preço...


Esta é a belíssima Galáxia do Sombrero - M 104. Ontem eu a ví em plena cidade do Rio de Janeiro com um binóculo 10 x 50. Foi uma emoção imensa ver este que é meu objeto astronômico predileto ( é o papel de parede do meu computador há anos) com um binóculo. É claro que a visão com o binóculo é muito difusa. Vemos uma mancha, mas não há como errar: as galáxias, quando estamos prestando atenção, são inconfundíveis. Um espécie de mancha em meio às estrelas. É uma delícia poder olhar para algo tão distante. Esta época do ano a Galáxia do Sombrero, que fica na constelação de Virgo, é de fácil localização. Virgo faz um passeio pelo centro do céu ao longo da noite. Se alguém se interessar, pode pegar os mapas por horário e localização no site Astronomia no Zênite. Neste site não estão listados os objetos deep space. Mas os planetas estão lá. Para encontrar os objetos deep space eu aconselho comprar a Astronomy Brasil e olhar. Mas há vários mapas que mostram estes objetos. Para quem tem binóculo é uma distração que não tem preço!

Oriane

Pessoas vêem o mal e desviam o olhar. Em breve, nada haverá que sirva de refúgio aos olhos.


Há a desinformação. Há o aparelhamento da mídia. Há uma bolha e vidro gigantesca, isolando os bananenses do que acontece lá fora e, por óbvio, aqui, neste "solo gentil". Há uma imensa preguiça macunaímica impedindo as pessoas de acessarem as fontes disponíveis - ainda... - na interent, à procura do contraditório, da precisão discursiva, da notícia amputada, da verdade factual. Dêem uma olhada neste texto, direto do Telegraph. Quantas pessoas sabedoras disso você conhece?

The Christian victims of Iraq
Holy Week is a time when Christians think of the crucifixion of Jesus. This year, they should also be meditating on another crucifixion: that of a 14-year-old boy, nailed to a cross by Islamists in Iraq.
This diabolical crime was part of a campaign by jihadists to extinguish one of the most ancient Christian Churches in the world, that of the Assyrians. Thanks to the indifference of the West, the campaign is going jolly well.
Assyrian Christians, who belong to the Syrian Orthodox Church and a number of other small, ancient Churches, worship in (and sometimes speak) the mother tongue of Jesus, Aramaic. A few weeks ago, I had the honour of attending the liturgically rich and strange Syrian Orthodox Vespers in Westminster Cathedral.
I don't know if the Christian teenager who was crucified in Basra last October knew Jesus's language, but by the time the Islamists had finished with him he certainly knew a great deal about his suffering.
The West's lack of interest in the fate of the Assyrians is disgusting, as you can read in this brilliant article by Ed West in the Catholic Herald. Here is how the piece starts:

When they cook a dish in the Middle East, it is traditional to put the meat on top of the rice when they serve it. They kidnapped a woman’s baby in Baghdad, a toddler, and because the mother was unable to pay the ransom, they returned her child – beheaded, roasted and served on a mound of rice.
The infant’s crime was to be an Assyrian, but this story, reported by the Barnabus Fund, went unnoticed in the West, like so many other horrific accounts of Christian persecution in Iraq. Since the invasion of Iraq, Muslim militants have bombed 28 churches and murdered hundreds of Christians. Last October, Islamists beheaded a priest in Mosul in revenge for the Pope’s remarks about Islam at Regensburg.
(...)
Posted by Damian Thompson at 31 Mar 07 16:08

Eis um dos numerosos comentários sobre o texto acima:

I am grateful to Damian Thompson and to the Telegraph for drawing attention to this appaling campaign. Other media sources which fail to report stories such as the crucifixion of the 14-year old in Iraq do us a serious disservice. Their control of information and the resulting deficit offers an explanation for any apparent lack of Western interest in the plight of ordinary Christians persecuted in the Middle East.

Imagem: Missa em uma Igreja Ortodoxa Síria, em Bagdá.

Marx, o Groucho

Saturday, April 14, 2007

Eram os deuses burocratas?

Se não bastasse uma emblemática chamada na televisão, conclamando os cidadãos a regularizarem seus títulos de eleitor sob a descarada ameaça de perderem sua gloriosa "cidadania" (a chamada mostra a imagem de uma pessoa sendo apagada gradualmente, como se sua existência dependesse dos rituais burocráticos exigidos pelo Big Brother!), a mais recente novidade para controlar o indivíduo do meio acadêmico - um dos alvos preferenciais da revolução incruenta proposta por Gramsci -, patrocinado obviamente pelo MEC, é o cadastramento obrigatório num troço chamado SINAES (Ah, as siglas! Como eles adoram isso!). Trata-se de um imenso banco de dados cujos limites se perdem nos labirintos da neurótica burocracia dos atuais amantes do poder. O rastreamento de milhões de indivíduos é cada vez mais rápido, eficiente, inexorável.
Só falta o "chip" subcutâneo, mas eles chegam lá, só estão preparando o terreno, pelo velho método de cozinhar o sapo em fogo lento...
Eis o limiar do inferno: você só existirá, só terá direito à locomoção e ao cumprimento de determinadas tarefas referentes à medíocre rotina da sua sobrevivência, se cumprir o que "eles" determinam, exigem, programam. Sem aderir ao discurso oficial, você é ninguém. Nenhuma divindade, pagã ou não, exigiria tanto. E eles pregam uma sociedade "laica", os imbecis... Deuses de mierda.
Chamem os "incas venusianos"! Socorro, National Kid!!

Imagem: National Kid, um bizarro herói japonês, "cult" dos seriados de TV dos anos 60.

Marx, o Groucho

A sinistra colheita


"Tá lá um corpo estendido no chão!" Esse era um bordão das transmissões esportivas do rádio, do tempo de Mário Vianna - aquele, com dois "n"! -, Jorge Curi e Valdir Amaral. O primeiro, ex-juiz, era comentarista de arbitragem; os outros, simpáticos locutores esportivos, muito queridos em seu meio. A frase ilustrava de forma tragicômica a queda de um jogador no gramado, violentamente atropelado por um colega de profissão. Well, todo esse nostálgico intróito é para dizer o seguinte: jogaram ao chão e estão pisoteando a inteligência "destepaiz". O que foi semeado durante anos de manipulação ideológica está florescendo bem aí, sob os narizes distraídos, quiçá incautos, de pessoas que subitamente mostram-se assustadas com o altíssimo nível de ignorância que assola Banânia.
O esquema causador desse panorama horrendo, inspirado em Gramsci, prosperou loucamente nesta terra de zumbis, dando dividendos sinistros cuja eliminação é praticamente impossível. Está tudo definitivamente "dominado" - outro bordão, by o "exilado midiático" Boris Casoy. Não é pessimismo, é senso de realidade: não tem mais volta! Estragaram gerações inteiras com doses maciças de desidratação neuronal, chuparam tudo, vampirizaram a seiva mental da população, substituindo-a por um líquido escuro, fétido, do tipo que escoa diretamente em direção ao esgoto. Foi-se a alma, foi-se a gentileza graciosa e espontânea que só se manifesta quando o espírito é apascentado com o alimento nutritivo da liberdade amorosa. Tempos de opressão, manipulação e brutalidade externa afugentam as chances de alguém expressar, deixar fluir o que tem de melhor. Vai-se o trigo, resta o joio. Ou, como diziam as vovós de antanho, come-se hoje o "pão que o diabo amassou".

Marx, o Groucho

Thursday, April 12, 2007

Anarquista ou monarquista: eis a questão

















Imagens: Lula, num momento iluminado, e D. Luiz, um dos pretendentes ao trono.

Esta semana um anônimo postou no blog dizendo que não achava nosso blog anarquista. Achava elitista mesmo. Não tirei o anúncio da nossa anarquia atribuída a Deus, pois as que aqui escrevem são de fato anárquicas. Quem nos conhece sabe que não há outro epíteto que nos sirva melhor. Por outro lado, sou uma leitora assídua de Bakunin, Tolstói e de toda a turma da pesada. Tolstói é uma imensa inspiração para mim, por isso mesmo me situo como anarquista cristã. Acredito piamente que se todos amássemos uns aos outros a situação não estaria deste jeito e não haveria a necessidade de um Estado regulando tudo. Mas sou obrigada a concordar com o anônimo: estamos bem mais para monarquistas do que para anarquistas. Eu votei na monarquia parlamentarista na época do plebiscito. Marx também.
Daquele plebiscito tomei uma raiva determinada daquele ator barrigudo (cujo nome desconheço) e daquela propaganda absurda pelo presidencialismo. O lema daquela idiotice era: você vai deixar roubar seu voto? E aparecia o tal ator barrigudo botando o voto no bolso com uma cara sugestiva e dizendo isso. Dispensa explicações essa cretinice. Serve perfeitamente para o povão que não tem intrumentos para perceber como o parlamentarismo é um sistema sofisticado de governo. E mais, que o voto distrital seria uma solução inteligente para um país das dimensões do nosso. O povão acha que votar diretamente no presidente é a única forma de se sentir votando. Aliás, muitos parecem ter a estranha ilusão de que a escolha da maioria é a melhor escolha, como demonstrou Marx, o Groucho, usando a divertida metáfora: "manure must taste great 'cause a million flies can't be wrong."
Seria difícil entender a sutileza do parlamentarismo, ainda mais com a forma canalha como a campanha presidencialista foi feita. Deveria ter havido um processo de propaganda enganosa contra aquilo. Não foi uma campanha informativa, foi manipuladora e mentirosa. Aliás, tentaram repetir a cretinice no plebiscito das armas, mas não sei bem por que não colou. Aquela coisa de chamar a bancada a favor do porte de bancada da bala foi triste! E dizer que quem era a favor de ter armas era contra a paz? E aqueles artistas todos dizendo: não quero armas, sou da paz! Ou seja, votar contra eles era ser contra a paz. Manipulação pura!
De qualquer forma, além de parlamentarista, sou a favor da monarquia, sim. Acho melhor ter um idiota que foi preparado a vida inteira para governar governando do que um idiota semi-analfabeto que não entende nada de administração. Idiota por idiota, prefiro o mais preparado. Mas nem por isso deixo de achar todos idiotas. Gosto de um escritor de ficção chamado Douglas Adams. Na galáxia de Adams só governava aquele que não queria o poder. Eram arrastados para a presidência. Se uma pessoa deseja o poder é porque já há um problema no caráter. Desejar o poder, em geral, significa o desejo de prevalecer sobre os outros. A idéia de que os governantes buscam o bem de todos é utópica e fala de governantes muito raros e que não existem mais. As forças que dominam hoje, muito mais fortes que o governante, impedem algum espírito mais arrojado de assumir o poder com desejos mais altruístas.
A monarquia resolve um de meus problemas: aquele herdeiro nem sempre desejou o poder. O poder, entretanto, corrompe. Por isso a maioria das monarquias convive com o parlamentarismo. Com isso, quem viaja para cima e para baixo representando o país é o chefe de Estado. Como Nobres costumam ser ricos, não há o perigo do Estadista se deslumbrar e ficar dando a volta ao mundo e pagando mico às nossas custas. Já fez isso quando jovem com o dinheiro da família. Na chefia do governo teremos o primeiro ministro, líder do partido mais votado. Assim, ao votar no cara que lhe dará satisfação em seu distrito, você ainda está, indiretamente, escolhendo o chefe de governo. Se o chefe de governo mostra-se inepto, acaba caindo. O chefe de Estado nunca poderá por o país em risco, ele é mais um diplomata do que qualquer outra coisa. O parlamentarismo é o melhor possível dentre as escolhas ruins! O sitema de freios e contrapesos é mais eficiente. Aliás, num dia desses vou escrever sobre como funciona este sistema aqui.
Mas qualquer governo me aborrece. Mesmo sabendo que ele procura regular as relações entre os cidadãos, detesto ver-me cerceada pelo Estado. Detesto pagar impostos, detesto ser proibida de fazer coisas sem concordar com isso. Acho o estado uma afronta ao indivíduo. Nivela a todos por baixo e acaba nunca oferecendo o que precisa oferecer. Detesto qualquer governante e concordo inteiramente com Proudhon: "Todo aquele que levantar a mão sobre mim para me governar é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo". Mas sei que abolir o Estado, dado o nosso paupérrimo grau de civilização, ainda é uma utopia.
Quando a gente detesta o governante, pessoalmente, e ainda o acha estúpido, a questão gera uma depressão profunda e uma enorme desesperança.
Minha resposta ao anônimo ficou imensa, mas sempre me vejo obrigada a explicar este meu estranho anarquismo.

Oriane

Tuesday, April 10, 2007

E no congresso: liberou geral!


Alguém já percebeu como anda o congresso ultimamente? Já sacaram que "liberou geral"? Não trabalham mais nas segundas, (aliás, quando é que eles trabalham?) vão aprovar o próprio aumento, CPMF até o fim deste governo horroroso que só usa nosso dinheiro para sustentar a "cumpanherada que, diga-se de passagem, também detesta trabalhar....regras mais flexíveis para o nepotismo...
Enfim, Chinaglia, como não poderia deixar de ser, inaugurou a era do "vale tudo". Se o congresso ainda foi uma pálida esperança de por um freio na irresponsável administração do apedeuta, agora tornou-se fonte de vergonha e tristeza. Nunca antes na história deste país o congresso teve tanto descaso em relação ao povo. Partidos como PP, PMDB e PTB parecem só estar lá para agenciar verbas, botar no bolso e ir para casa. Nenhum trabalho, nenhuma lei que nos proteja de um governo incompetente e falido. Apagão aéreo? Que nada, em vez de resolver o problema eles provavelmente vão querer um avião para cada Estado, para servir os ilustres deputados.
Clodovil, Collor, enfim...
Enquanto isso, o povo que poderia mudar essa "coisa" está mais preocupado com a "dança da modinha", as popozudas, comprar o tênis do Ronaldinho, enfim, com o nada na cabeça que tem sido a marca característica da nossa gente. Gente pobre que trabalha o mês inteiro para juntar dinheiro e comprar um celular último tipo. Com essas nobres preocupações, pensar em quem votar fica a cargo da propaganda. Deputado é que nem o tal tênis: saiu na mídia e tem uma boa embalagem, a gente leva! E tome de Chinaglia, Maluf e toda a turma de mensaleiros e ladrões.
Aristóteles bem que avisou no seu quadro de possibilidades de governo: a democracia, quando dá certo, é o melhor dos mundos, quando dá errado, é o pior....
Triste viver neste país, muito triste....

Oriane

Monday, April 09, 2007

Escola e propaganda marxista

Recentemente escrevi sobre o susto que levei ao ler uma "cartilha"para o ensino de Filosofia no segundo grau. Quando li os tais parâmetros para ensino de Filosofia, outro susto: "cartilha" e parâmetros pareciam um folheto de propaganda marxista. A cartilha de Filosofia só falava em exclusão, espoliação etc. A indicação de livros era absurda: indicava Eduardo Galeano, Frei Beto, estas coisas, nada de Kant, Descartes, enfim, nada de filósofos. Se vocês quiserem a íntegra, procurem no meu outro blog:peripatética.
Hoje no blog do Diego Casagrande vejo o desabafo de uma mãe que tirou sua filha da escola por causa da doutrinação marxista. Vou colocar na íntegra abaixo. O fato é que acabei entrando num ótimo site chamado Escola sem Partido. Pus o link aqui no blog. Visitem, denunciem, esta luta é fundamental para não imbecilizar nossas crianças mais do que elas já estão...
Vejam o post, é deprimente...

Acabei de tirar minha filha, de 14 anos, do Colégio Pentágono/XXX (unidade Morumbi - São Paulo) em protesto contra o método pedagógico "porno-marxista" adotado pela escola no ensino médio este ano. O xxxxxxx XXX, xxx xxxxxxx xxxx xxxxxxxx xxx-xxxxxxxxxx xx xxxxx xx xx xxxx xx Xxxxxxxx Xxxxx-XX, xxxx xxxxxxxxxx xxxx xx xxxx xx xxx xxxxxxx xx xxxx xxxxxx, xxxxxxxxx xxxxx xx xxx xxx xxxxxx. X Xxxxxxxxx -- xxx, xxxx xx Xxxxxxx, xxx xxxxxxxx xx Xxxxxxxxxx x xxxxxxxx -- x x xxxxxxx xxxxxxx-xxxxxxxxx.

As provas de desvio moral-ideológico são incontáveis. Numa apostila de redação, a escola ensina "como se conjuga um empresário" e, para tanto, fornece uma seqüência de verbos retratando a rotina diária deste profissional:

"acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc, etc".

A página 4 da apostila de Gramática ostenta a letra de uma música de Charlie Brown Jr, intitulada Papo Reto (Prazer É Sexo O Resto É Negócio) - assim mesmo, tudo em maiúscula, sem vírgula. Está escrito:
"Otário, eu vou te avisar:
o teu intelecto é de mosca de bar
(...) Então já era,
Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer".
Noutro exemplo, uma letra de Vitor Martins, da música Vitoriosa:
"Quero sua alegria escandalosa
vitoriosa por não ter vergonha
de aprender como se goza"
As apostilas de História e Geografia, pontilhadas de frases-epígrafes de Karl Marx e escritas em 'português ruim', contêm gravíssimos erros de informação e falsificação de dados históricos. Não passam, na verdade, de escancarados panfletos esquerdejosos' que as frases abaixo, copiadas literalmente, exemplificam bem:
"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era " desprovido de alma". Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? Aos comerciantes do tráfico de escravos e aos proprietários rurais. Assim, o negro dava lucro ao comerciante, como mercadoria, e ao latifundiário, como trabalhador. A história pode, dessa forma, ser manipulada para justificar e legitimar os interesses das camadas dominantes em uma determinada época".
(Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. Em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos 'índios e as mais gentes'. Dizia o documento, aqui transcrito em português da época, que "com authoridade Apostolica, pello teor das presentes, determinamos, & declaramos, que os ditos Indios, & todas as mais gentes que daqui em diante vierem á noticia dos Christãos, ainda que estejão fóra da Fé de Christo, não estão privados, nem devem sello, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, & que não devem ser reduzidos a servidão").
Outra pérola do samba do crioulo doido, extraída da apostila de História:
"O progresso técnico aplicado à agricultura (...) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher".
(OK, feministas. Agora, tratem de explicar a importância e o poder das inúmeras deusas na mitologia dos povos mesopotâmicos, especialmente Inana/Ishtar, chamada de Rainha do Céu e da Terra, Alta Sacerdotisa dos Céus, Estrela Matutina e Vespertina e que integrava, com igual poder, a Assembléia dos Deuses, ao lado de Anu, Enlil, Enki, Ninhursag, Nana e Shamash. Na Suméria,"tanto deuses quanto deusas eram patronos da cultura; forças tanto femininas quanto masculinas estavam envolvidas com a criação da civilização. A realidade dos papéis das mulheres dentro de casa estava em perfeito acordo com a projeção destes papéis no mundo divino". (Tikva Frymer-Kensky em seu livro de 1992, In the Wake of Goddesses: Women, Culture and Transformation of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York).
Mais delírio marxista de viés esquerdológico:
"Estas transformações provocaram a dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, dando lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado". (Definição de propriedade privada, classes sociais e de Estado, em sentido marxista, no neolítico, nem Marx!).
Calma, não acabou: No capítulo sobre a Mesopotâmia, a apostila informa que o deus Marduk (grafado Manduque) ordenou a 'Gilgamés' que construísse uma arca para escapar do dilúvio. (Gilgamesh é, na verdade, descendente do Noé caldeu/sumério, chamado Utnapishtin/Ziusudra. É Utnapishtin que conta a Gilgamesh a história da arca e do dilúvio. Há versões em que Ubaretut, filho de Enki, é que é o verdadeiro Noé, Utnapishtin apenas revela a história do dilúvio a Gilgamesh).
Outro trecho informa que o "dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra". (Em Genesis (19,24), lê-se: "O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra". Além disto, a destruição de Sodoma e Gomorra nada tem a ver com Noé, e sim, com o patriarca Abraão e seu sobrinho Ló).
Outros achados:
"Diz a tradição que Sargão era filho de um jardineiro, o que nos faz pensar que, nesta época, como era possível alguém das chamadas camadas baixas da sociedade, ter acesso ao poder?". (Que reflexão revolucionária! E que estilo!)

No capítulo " Geografia das contradições" lê-se:

"Uma das graves contradições relaciona-se à economia: na sociedade capitalista quase todos trabalham para gerar riquezas, mas apenas uma minoria burguesa se apropria dela(sic)" (...) Por outro lado, é necessário compreender que a sociedade foi e é organizada por meio das relacões sociais de produção. Entre nós, e na maioria dos países, temos o modo de produção capitalista, em que a relação básica é representada pelo trabalho. Nele encontram-se os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores que, não possuindo os meios de produção, vendem sua força de trabalho". (Marxismo puro, simples assim)

O mais grave é que estas apostilas, de viés ideológico explícito, vêm sendo adotadas por um número cada vez maior de escolas no País. Além das escolas próprias, o XXX faz parcerias com quem queira adotar o xxxxxxx, como aconteceu este ano com o Colégio Pentágono, onde minha filha estuda desde o primário. Estas apostilas têm de ser proibidas e as escolas-parceiras e o XXX têm de ser responsabilizados.

É a escuridão reinante".

Mírian Macedo é jornalista e mãe.

IDENTIFICAÇÃO SUPRIMIDA POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL PROFERIDA PELO MM. JUIZ DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO-SP, NOS AUTOS DO PROC. Nº 586/07


Pois é, por essas e por outras é que a juventude está como está...

Oriane

Sunday, April 08, 2007

Páscoa


Páscoa quer dizer passagem. Expandindo o conceito, a data comemora a fuga dos judeus, do Egito para a Terra Prometida, no Antigo Testamento, passando de um contexto de escravidão, para um outro, de plena liberdade.
No Novo Testamento, a Páscoa marca os últimos dias de Jesus na sua condição humana, passando pela humilhante morte na cruz, um sacrifício extraordinário, - pouco entendido em sua dimensão completa, inclusive por muitos cristãos - até a Ressurreição, na forma de um corpo glorioso, um fato que contém a verdade das verdades, não sob uma rubrica meramente "simbólica", discursiva, mas sob o impacto estonteante de uma outra vida possível, transcendente, vertical, incompreensível para os adoradores daquele outro mundo possível, horizontal e politicamente correto...
Aí vai um belíssimo trecho de Chesterton:

"It was well that the tomb should be sealed with all the secrecy of ancient eastern sepulture and guarded by the authority of the Caesars. For in that cavern the whole of that great and glorious humanity which we call antiquity was gathered up and covered over; and in that place it was buried. It was the end of a very great thing called human history; the history that was merely human. The mythologies and the philosophies were buried there, the gods and heroes and the sages. In the great Roman phrase, they had lived. But as they could only live, so they could only die; and they were dead..."

"And if there be any sound that can produce silence, we may surely be silent about the end and the extremity; when a cry was driven out of that darkness in words dreadfully distinct and dreadfully unintelligible, which man shall never understand in all the eternity they have purchased for him; and for one annihilating instant an abyss that is not for our thoughts had opened even in the unity of the absolute; and God had been forsaken of God..."

"On the third day the friends of Christ coming at daybreak to the place found the grave empty and the stone rolled away. In varying ways they realized the new wonder; but even they hardly realized that the world had died in the night. What they were looking at was the first day of a new creation, with a new heaven and a new earth, and in a semblance of the gardener God walked again in the garden, in the cool not of the evening but the dawn."

Feliz Páscoa a todos!
Imagem: Cristo no Juízo Final, obra-prima de Michelangelo, na Capela Sistina, Vaticano.

Marx, o Groucho
e Oriane

Saturday, April 07, 2007

Cuidado com os psicopatas da internet!!!

Por estes dias encontrei, por culpa minha, uma psicopata na internet. Nenhuma novidade, esse "lugar" está cheio de malucos. Pessoas sem rosto que acham que vale tudo, já que não estarão cara a cara. Já não falo apenas da boa educação, quanto a isso já perdi a esperança há muito tempo, o brasileiro não tem solução. Ponto final. Berço ou se tem ou não (trata-se, afinal, de um berço metafísico... Puro mistério.) Infelizmente essa é a lógica da coisa. O fato é que muitos até têm dinheiro, mas não têm berço. Daí que freqüentam a internet, bons restaurantes etc., mas não sabem se comportar, interagir, dialogar. O que mais me "fascina" é a agressividade. Uma certa idéia de que se o outro dá uma estilingada a reação deve ser com escopeta, para deixar bem claro, assim, quem é o mais forte. Pessoas sarcásticas que, em feudos empobrecidos, procuram agarrar-se ao pouco que lhes resta, diminuindo o outro para se fortalecer.
Triste sina...
Psicopatas são 10% da população e na internet estamos irremediavelmente expostos a eles. Por isso não dou jamais o meu nome, o risco que se corre é imenso, melhor apostar no anonimato. Um meio como a internet presta-se a todo o tipo de mal-entendido e também a crimes, perseguições e belezinhas no gênero. É fácil mentir, caluniar, injuriar, pois o contato pode nunca ser feito.
Conheci algumas pessoas pela internet, algumas maravilhosas, mas a maioria não "batia bem". . Mas toda vez que me deparo com alguém muito intransigente - como petralhas -, muito agressivo ou sem consideração, fico pensando se a decadência de nossa civilização já não seria irremediável. Compaixão, delicadeza e polidez são palavras esquecidas relegadas a um passado em que o outro ainda significava algo.
Mas o que mais me constrange são aquelas pessoas que já vêm logo brandindo títulos: sou isso, sou aquilo etc. E a gente acaba ficando assustado: uau, se fulano é professor é fácil entender a situação da educação no país! Se não consegue se comunicar, como pode ensinar? Mas - é pule de dez! - este tipo de pessoa, que fica brandindo currículos, costuma ser o mais estúpido, burro mesmo. Estilo Sader, sabe como é? No Brasil de hoje, essa é uma estatística confiável...
Em geral, um defeito é comum a estes psiconautas: projetam nos outros tudo o que eles são. Aí, você já sabe, não adianta conversar, tudo o que essa gente sabe fazer é não compreender. A não compreensão é seu único título, sua única missão sobre a Terra. Negar é preciso!
Cuidado com os psicopatas da WEB. Sempre estão disfarçados de cordeiro, mas estão lá, prontos para atacar os distraídos.
Não mexa com eles, não cometa erros, nunca se sabe quando podem atacar.

Imagem: Diane Arbus - Menino com granada

Oriane - em pânico.

Thursday, April 05, 2007

Noblesse oblige


Noblesse oblige é uma arte esquecida, arte para poucos. Aquele ato que é causado por um dever moral, nobre, uma gentileza interna que determina a razão. Arte dos que têm berço e cultura, coisas das quais, hoje em dia, somos instados a ter vergonha.Não tenho vergonha de meu berço, nem de minha cultura. Os adolescentes de hoje lêem Gossip Girls, na minha época líamos Eça e Dostoiévski. Noblesse oblige é deixar um idoso sentar no seu lugar espontaneamente, sem precisar de um aviso aos berros relembrando. Nunca consegui ficar sentada no metrô enquanto há um idoso em pé.
Nunca consegui ser grosseira com quem me ofendeu e pediu desculpas. A compreensão também é noblesse oblige. Compreensão, generosidade, etiqueta, artes perdidas na terra da "farinha pouca meu angu primeiro". Pessoas que vociferam por seus direitos tendem a esquecer o direito alheio. Na academia então, tenho visto vilanias inacreditáveis! Alguém é convidado para escrever um artigo ( acadêmicos em início de carreira se estapeiam por artigos) que não é sua especialidade, tem um amigo naquela especialidade e esconde deste amigo. Escreve um artigo porcaria só para dizer que escreveu. Alguns colegas escrevem um artigo e mudam o título, oferecendo-o a vários veículos diferentes. Este é o mundo dos "espertos", um mundo onde absolutamente tudo é nivelado por baixo.
Estes vociferantes de plantão costumam achar que educação é coisa da Zelite, ou mesmo que é uma arte que deve ser abolida. Faz sentido, a educação, a noblesse oblige, não traz vantagens imediatas para ninguém, é uma satisfação interna de quem procura estar bem consigo e com os outros. No mundo do egoísmo, é abolido o senso de pensar-se no outro. A afeição, tomar a face do outro, perde o sentido na razão em que o eu deve prevalecer na qualidade de ente competitivo.
Como já disse, tenho orgulho do meu berço, da minha história, da nobreza. Hoje em dia ter orgulho disso é considerado politicamente incorreto. Pois é, sempre fui politicamente incorreta e também me orgulho disso.
Abaixo a grosseria e viva o bom, o bem e o belo!Se preciso, ainda morrerei pela minha nobreza, algo pelo qual ainda vale a pena morrer.

Oriane - Duquesa de Guermantes

Wednesday, April 04, 2007

Executiva nacional do PP - Parecem os irmãos Metralha!



Executiva Nacional do PP:
Paulo Maluf
José janene
Pedro Correa
Pedro Henry
Severino Cavalcanti

Vem cá, por que o Ministério Público ainda não enquadrou o PP como Formação de Quadrilha?

Na executiva de um partido que é governista temos: dois cassados, dois mensaleiros, um que foi preso por roubo...
Acho que eu não quero saber quem são os outros integrantes do partido...
Vade Retro Satanás!!!!!

Oriane

Sunday, April 01, 2007

Bibliografia necessária: "A manilha e o libambo"


Para aclarar as mentes confusas ou, apenas, dar de comer a quem tem fome de bibliografia de boa qualidade, aí vai uma dica indispensável: A manilha e o libambo, de Alberto da Costa e Silva. É um calhamaço e tanto, mas deve ser levado a sério porque conta, tim-tim por tim-tim, a história dos negros envolvidos pela escravidão. Mapas, datas, informações surpreendentes, quilos de coisas interessantíssimas a respeito do tráfico de escravos através dos séculos. Recomendamos fortemente sua leitura para a "ministra" da "desintegração" - ótima idéia da Oriane!
Talvez, se ela tiver a ousadia de passar pelo sumário e chegar ao final, ela se desintegre...
Oh, sweetie, quanto veneno!

Marx, o Groucho

Os imaturos "lingüísticos" e as moscas ...



Concordando em gênero e número com Oriane - não existe concordância de grau... - , deixo cá, uma vez mais, uma análise sobre as agruras gramaticais de Banânia.
A norma culta, ao contrário do que muita gente julga, não é o ápice, o pico de uma pirâmide de registros lingüísticos a ser conquistados. Embora se possa dizer que, pelo caráter temporal dos passos de uma aprendizagem, ela seja uma tardia aquisição do indivíduo, trata-se mais uma descida, uma escavação em busca das raízes, das fundações do edifício verbal do que a sobreposição de ornamentos num telhado.
Apreender (assim mesmo, com dois "e"), estudar a norma culta permite o domínio dos operadores lógicos do intelecto em sua potência máxima, assim como, por exemplo, alguém sabe que praticar o balé clássico é base indispensável para a aquisição de outros estilos. A idéia é bastante pertinente, uma vez que, contrariando certos esquemas “mudernos”, é do mais completo, do melhor e mais essencial que se estrutura o conhecimento. Daí se justifica, por exemplo, o conceito de “teoria” (do grego Theos, Deus), o abstrato arcabouço de coordenadas que facilita a abordagem empírica dos fatos: não é preciso reinventar a roda toda vez que se vai construir um carro.

O que as pessoas não entendem é que a frase “nada se cria, tudo se copia” é a máxima das máximas: o que percebemos no objeto está nele desde sempre e a Razão – com maiúscula... - é o meio que nos permite “perceber” a gestalt implícita nas coisas. Essa é a causa da erva-daninha da atualidade, o “relativismo” ou “escolha você mesmo o sabor”, ou, ainda, meu “ego constrói o mundo à minha sua imagem e semelhança”, péssima paródia, movida a hybris, das prerrogativas divinas. Talvez essa distorção psíquica explique o “furor democrático pela votação”, o princípio do consenso, a estatística que vai contabilizar, como se fosse um cérebro autônomo, todas as excrescências subjetivas da turba-multa, tentando extrair, da quantidade, a qualidade do “denominador comum”, a “verdade relativa” de um umbigo tresloucado - diretrizes calcadas em valores quantitativos não podem gerar conclusões qualitativas. É um método, muito cômodo, de se arrancar nada de coisa alguma: pela lógica, como poucas pessoas se dedicam ao exercício dos neurônios, o resultado da votação será sempre o triunfo da mediocridade. A soma de nulidades individuais será sempre a expressão coletiva da ignorância elevada à categoria de “insight”: a million of flies can’t do the service of a wise man.

A propósito dessa entronização acachapante da quantidade sobre a qualidade, há um trecho brilhante sobre o assunto, numa citação de Ryan McMaken, editor do Western Mercury, tirada do site de Lew Rockwell:

At times like these I think back to my high school math teacher who when encountering a class unified behind an incorrect answer would declare, "manure must taste great 'cause a million flies can't be wrong."

Em suma: a norma culta é aquilo que se conscientiza a partir da observação do material lingüístico disponível. E, acrescente-se ainda, é “culta” em oposição à aquisição “natural”, ou seja, exige-se de quem aprende um esforço, uma atividade, uma disciplina para obter esse conhecimento, diferentemente de uma criança de cinco anos que fala pelos cotovelos, mas não tem a mínima noção do que está fazendo: aprendeu, literalmente, de ouvido... E aí, vota-se no Kaiser, espelho meu... Não será esta uma nação de imaturos???.

Imagem: Linus, dos Peanuts, e duas moscas brasileiras na fila para votar...
Marx, o Groucho