Monday, April 11, 2011

Dá-lhe Oriana! Um artigo no rastro do seu...



Lá vai bala - literalmente? -, na forma de um artigo que vai ao encontro (e não "de encontro a", OK, meninos e meninas?) do texto de Oriana sobre o assunto "desarmemos o cidadão idiota e deixemos os marginais dando gargalhadas..."
Ei-lo:

O impossível é que o desarmamento das pessoas de bem tivesse alterado o resultado da tragédia. O único efeito do desarmamento, ao contrário, seria deixar o caminho aberto para as próximas.
Eu antecipei no Twitter: "Massacre no Rio será usado por militantes do desarmamento. Não se engane! Eles querem só bandidos e psicopatas armados". Eram 13 horas. Dali a pouco, o ex-policial Rodrigo Pimentel já falava na TV em "retirar armas da rua". Depois vieram "especialistas". Jornalistas. Ministro da Justiça. José Sarney. Todo o front do atraso nacional querendo a nossa família tão indefesa quanto as crianças na escola de Realengo.
Como eu sabia? Ora. A única coisa que não se atrasa no Brasil é o atraso. Ele sempre chega na hora. Às vezes, até se adianta. Mas atrasar? Nunca! Um drama comove o país e lá está ele: pontual, previsível, irremediável - com o mesmo kit de ideias retrógradas, argumentos chinfrins e omissões providenciais já tantas vezes desmoralizado em outros lugares e épocas. Dilma Rousseff alegou ainda que o massacre "não é característica nossa". Nossa característica, eu dizia no artigo anterior, é sermos assassinados aos pouquinhos e espaçadamente, sem reparar na soma total. Matemática não é o nosso forte. Entre 65 países, tiramos o 57º lugar.

Para justificar a eficácia do desarmamento, Pimentel sacou as palavrinhas mágicas da persuasão contemporânea: "Está provado. É científico!". Nem precisou mostrar o estudo comprobatório, ou explicar por que bandidos e psicopatas devolveriam suas armas. Vai ver assistiu aos filmes do Michael Moore e acreditou. Nos Estados Unidos, o que é "científico", na verdade, é justamente o contrário. Segundo o estudo dos economistas John Lott e Bill Landes, "de 1977 a 1999, os estados que adotaram leis que permitiam o porte livre de armas apresentaram uma queda de 60% nos ataques contra indivíduos e uma queda de 78% nas mortes em consequência de tais ataques". Os motivos? Tanto o temor de uma reação pode dissuadir um criminoso quanto a presença de alguém armado pode interrompê-lo. E a maioria dos americanos sabe que nem sempre há tempo para esperar pela polícia.


Na imprensa e na internet, o Brasil inteiro comparou a tragédia no Rio às Columbines americanas. Prontamente, os jornais publicaram uma listinha de episódios similares. Mas e quanto aos massacres que não chegaram a acontecer? Ninguém vai publicar? É uma desfeita com os dois estudantes que, em 2002, na Virginia, pegaram suas armas no carro para neutralizar um colega atirador; com o policial de folga, porém armado, que levava sua filha à escola no dia em que um aluno resolveu matar os outros em Santee, em 2001; com o dono de um restaurante em Edinboro, que, em 1998, usou sua arma para render o aluno que matara um professor e ferira mais três; com o diretor que também pegou sua arma no carro para apontar a um estudante homicida em Pearl, em 1997. E por aí vai (sem contar episódios em casas, restaurantes etc.). Em vez de 12 mortos até a chegada da polícia, como em Realengo, cada um desses teve no máximo três. A propósito: três são menos que doze.

Mas, assim como criminosos não seguem leis e psicopatas não precisam de motivações, esquerdistas dispensam a realidade e criam suas próprias relações de causa e efeito. Se o porte de armas no Brasil dos 26 mortos por 100 mil habitantes fosse tão comum quanto nos Estados Unidos dos 6 mortos por 100 mil, nada garante, de fato, que o massacre teria sido evitado ou interrompido, embora isto fosse, ao menos, possível. O impossível é que o desarmamento das pessoas de bem tivesse alterado o resultado da tragédia. O único efeito do desarmamento, ao contrário, seria deixar o caminho aberto para as próximas. (Para FARC, PCC, Comando Vermelho, ADA, atiradores escolares etc.) Sem prender bandidos, sem vigiar fronteiras, sem combater o tráfico, sem investir em cadeias e manicômios, o governo já nos trouxe a "pacificação". Agora, só pede que entreguemos nossas armas.

Um dos avisos mais comuns nos jardins das casas e mansões americanas é o de "Armed response" - o primo sarado do tradicional "Cuidado com o cão". Aqui, a depender de Rodrigo Pimentel, José Sarney, e do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, você já tem todo o direito de escolher o seu: "Roube sem bater", "Mate após o café" ou "Estupre devagar, que é mais gostoso".
Imagem: modelitos para usar contra a Jihad que se instalou no Rio! 
Marx, o Groucho, azeitando a armadura medieval ao cair da tarde...


Sunday, April 10, 2011

Desarmamento e outras mesmices

Imaginei quanto tempo os chatos do Viva Rio iam demorar para tentar aparecer as custas da tragédia alheia. A conversa é sempre a mesma: desarmar a população, e quando digo desarmar é desarmar os cidadãos de bem, as armas registradas. Porque as armas dos bandidos, que não são registradas, que entram no Brasil por leniência e corrupção do Estado, essas não serão removidas. Quando se fala em desarmamento estamos falando do cidadão que nunca fez nada de errado, mas antes de tudo estamos falando do Estado roubando mais um pouco da nossa liberdade individual para compensar a sua incompetência. Algo mais ou menos assim: não conseguimos prender os bandidos, então vamos fazer uma ação espetaculosa de desarmamento. E para aqueles que vão argumentar que o assassino não tinha antecedentes, logo poderia ter uma arma legal ( o que não era o caso!) eu digo: nossa sociedade, não só o Estado, estimula a exclusão, de forma cruel, daquele que não se comporta como a massa. Digamos que numa escola de pais moderninhos, daqueles que acham que lula é um ungido e que assaltante é de esquerda e assaltado de direita, um menino declare não gostar do Lula, prefere, digamos, o ACM (que Deus o tenha). Os coleguinhas vão reagir como se ele fosse um lunático e tratá-lo como tal. Ok, esse tipo de comportamento vai bem além da política, mas ele é exemplo do mesmo discurso comum que agora aponto: o uso da falácia ad populum - todos pensam dessa forma e se você pensa diferente você só pode estar errado. E se está errado é preciso convencê-lo a mudar de opinião ou excluí-lo.
Não gosto de armas em casa e nem vejo motivo para tê-las, embora tenha treinado artes marciais por anos. Mas simplesmente não admito a intervenção do Estado em minhas escolhas pessoais e mais do que tudo não permito ser nivelada por baixo. Porque quando o Estado me proibe de ter armas ele me nivela por baixo, lá ao lado do meliante que não se importa nem um pouco de matar para se dar bem.
Ninguém merece isso. O que realmente queremos é um Estado que cumpra com suas obrigações e que não se meta em minha vida, e mais: que consiga fazer seu trabalho com eficiência me cobrando o mínimo possível. Nem mais nem menos do que pedimos para uma empresa ou prestadora de serviços competente!!!

Oriana

Tuesday, April 05, 2011

Falácias e a estranha liberdade de apreciar aqueles que não amamos

a quem ousar criticar o filme de Leni Riefenstahl por suas lamentáveis escolhas em vida só tenho uma coisa a dizer: não repitam seu erro...



ps: para os pouco rápidos: falácia ad hominem: um Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia, ou erro de raciocínio, identificada quando alguém responde a algum argumento com uma crítica a quem fez o argumento, e não ao argumento em si ( fonte: Wiki).

Oriane