Sunday, April 10, 2011

Desarmamento e outras mesmices

Imaginei quanto tempo os chatos do Viva Rio iam demorar para tentar aparecer as custas da tragédia alheia. A conversa é sempre a mesma: desarmar a população, e quando digo desarmar é desarmar os cidadãos de bem, as armas registradas. Porque as armas dos bandidos, que não são registradas, que entram no Brasil por leniência e corrupção do Estado, essas não serão removidas. Quando se fala em desarmamento estamos falando do cidadão que nunca fez nada de errado, mas antes de tudo estamos falando do Estado roubando mais um pouco da nossa liberdade individual para compensar a sua incompetência. Algo mais ou menos assim: não conseguimos prender os bandidos, então vamos fazer uma ação espetaculosa de desarmamento. E para aqueles que vão argumentar que o assassino não tinha antecedentes, logo poderia ter uma arma legal ( o que não era o caso!) eu digo: nossa sociedade, não só o Estado, estimula a exclusão, de forma cruel, daquele que não se comporta como a massa. Digamos que numa escola de pais moderninhos, daqueles que acham que lula é um ungido e que assaltante é de esquerda e assaltado de direita, um menino declare não gostar do Lula, prefere, digamos, o ACM (que Deus o tenha). Os coleguinhas vão reagir como se ele fosse um lunático e tratá-lo como tal. Ok, esse tipo de comportamento vai bem além da política, mas ele é exemplo do mesmo discurso comum que agora aponto: o uso da falácia ad populum - todos pensam dessa forma e se você pensa diferente você só pode estar errado. E se está errado é preciso convencê-lo a mudar de opinião ou excluí-lo.
Não gosto de armas em casa e nem vejo motivo para tê-las, embora tenha treinado artes marciais por anos. Mas simplesmente não admito a intervenção do Estado em minhas escolhas pessoais e mais do que tudo não permito ser nivelada por baixo. Porque quando o Estado me proibe de ter armas ele me nivela por baixo, lá ao lado do meliante que não se importa nem um pouco de matar para se dar bem.
Ninguém merece isso. O que realmente queremos é um Estado que cumpra com suas obrigações e que não se meta em minha vida, e mais: que consiga fazer seu trabalho com eficiência me cobrando o mínimo possível. Nem mais nem menos do que pedimos para uma empresa ou prestadora de serviços competente!!!

Oriana

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