Friday, December 21, 2007

Chesterton e rabanadas!


Feliz Natal e ótimo 2008 aos nossos fiéis e pacientes leitores! E, como presentinho básico, aí vai um texto de Chesterton, o lúcido:

"Filosofia para a sala de aula
G. K. Chesterton (tradução de Roberto Mallet. )

O que o homem moderno precisa aprender é simplesmente que todo argumento tem em sua base uma suposição; isto é, algo de que não se
duvida. É claro que você pode, se quiser, duvidar da suposição que está na base de seu argumento, mas nesse caso estará começando um
argumento diferente com uma utra suposição em sua base. Todo argumento começa com um dogma infalível, e esse dogma infalível só pode ser discutido se recorrermos a algum outro dogma infalível; você jamais poderá provar seu primeiro enunciado, ou então ele não será o
primeiro. Isso é o bê-á-bá do pensamento, que tem um ponto especial e positivo: pode ser ensinado na escola, como o outro bê-a-bá. Não
começar uma argumentação sem antes declarar seus postulados é algo que pode ser ensinado em filosofia como é ensinado em Euclides, numa sala de aula comum com um quadro-negro. E penso que deveria ser ensinado de maneira simples e racional mesmo para os jovens, antes de saírem para as ruas e serem entregues à lógica e à filosofia dos meios de comunicação.Muito da nossa confusão sobre religião e das nossas dúvidas advém disto: nossos céticos modernos sempre começam afirmando aquilo em que não acreditam. Mas mesmo de um cético queremos saber primeiro em que ele acredita. Antes de discutir, precisamos saber o que é que não se discute. E essa confusão aumenta infinitamente pelo fato de que todos os céticos do nosso tempo são céticos em diferentes graus da dissolução que é o ceticismo. Agora, você e eu temos, espero, esta vantagem sobre todos esses hábeis novos filósofos: não estamos malucos. Todos nós acreditamos na Catedral de São Paulo; muitos de nós acreditam em São Paulo. Deixem-nos afirmar claramente este fato, que acreditamos em um grande número de coisas que fazem parte de nossa existência, e que não podemos demonstrar.
E por ora deixemos a religião fora de questão. Afirmo que todos os homens sãos acreditam firme e invariavelmente em um certo número de coisas não demonstradas nem demonstráveis. Permitam-me apontá-las resumidamente:
1ª. Todo homem são acredita que o mundo ao seu redor e as pessoas que nele estão são reais, e não uma ilusão sua, ou um sonho.
Nenhum homem começa a incendiar Londres na crença de que seu criado logo o acordará para o café da manhã. Mas o fato de que eu, em
qualquer momento dado, não estou em um sonho não está demonstrado nem é demonstrável. O fato de que existe alguma coisa exceto eu mesmo não está demonstrado nem é demonstrável.
2ª. Todos os homens sãos acreditam não somente que este mundo existe, mas que ele é importante. Todo homem acredita que há em nós
uma espécie de obrigação de nos interessarmos por essa visão ou panorama da vida. O homem são consideraria errado o homem que dissesse: Eu não escolhi esta farsa e ela me aborrece. Sei que uma velha senhora está sendo assassinada no andar de baixo, mas estou indo dormie. Que exista alguma obrigação de melhorar as coisas que não foram feitas por nós não está demonstrado nem é demonstrável.
3ª. Todos os homens sãos acreditam que há algo que chamamos eu, ou ego, que é contínuo. Não há um centímetro de matéria em meu cérebro que permaneça a mesma de dez anos atrás. Mas se
eu salvei um homem em uma batalha há dez anos atrás, sinto-me orgulhoso; se fugi, sinto-me envergonhado. Que haja algo como esse "eu" que permanece não está demonstrado nem é demonstrável. E isto é mais do que não demonstrado ou demonstrável, é matéria de discussão entre muitos metafísicos.
4ª. Por fim, a maioria dos homens sãos acredita, e todos os homens sãos na prática assumem-no, que eles têm poder de escolha sobre suas ações, e que são responsáveis por elas. Seguramente é possível estabelecer alguns enunciados simples, modestos como os acima, para fazer com que as pessoas saibam em que apoiar-se. E se o jovem do futuro não deverá (no momento) ser instruído em nenhuma religião, poderá ser ao menos ensinado, clara e firmemente, sobre três ou quatro sanidades e certezas do pensamento humano livre. "

Marx, o Groucho, e Oriane de Guermantes, comendo rabanadas ao Porto!

Essências, acidentes e o Churchill de Banânia...


Ser branco, azul ou amarelo é acidente. Ter olho castanho ou azul, também. Nascer em berço de ouro ou de pau-a-pique, idem. Queixar-se a quem? Não há escolhas aí, como não há escolha em relação ao clima da cidade onde se vive. Pode-se mudar de cidade, isso sim, quando há condições para tanto. Só há escolha quando há opção e liberdade para se escolher isso ou aquilo.
Liberdade é premissa essencial, o que vem a ser uma redundância besta: se algo é premissa é porque é essencial. Tudo o mais, se na esfera do acidente de percurso, não passa de conversa fiada para boi dormir. Olha-se para os homens e aterradoras diferenças são vistas: diferenças de caráter, diferenças de sensibilidade estética, diferenças físicas.
Não se podem construir, deduzir, estabelecer regras duradouras sobre a efemeridade, sobre a aparência circunstancial. Não se pode levar a excepcionalidade das exceções ao estatuto de norma, de padrão a ser observado. Toda vez que se faz isso, subverte-se o fluxo existencial das coisas, instaurando-se reinos de terror, miséria, sadismo absoluto, desumanidade completa, tudo com base legal, é claro...
Homens não podem "consertar" homens, homens não têm poder algum sobre o andar da carruagem da vida, na qual são apenas passageiros, jamais os condutores. Toda vez que alguém se arvora em guia dos povos, libertador dos oprimidos, líder dos descamisados, paizinho da nação ou mãezinha dos pobres, a vaca vai pro brejo numa torrente de sangue, suor e lágrimas, como antecipava Churchill às vésperas do enfrentamento total ao nazismo. Depois dele, não apareceu mais ninguém para espezinhar os totalitários de sempre, os Lênin, os Stalin, os Pol-pot, os Castro, só para ficar nos mais notórios. Essa gente procriou como bactérias de uma peste negra que se espalha por aí há anos, sempre encontrando ótimas ratazanas como hospedeiras necessárias à sua proliferação.
Quem será o Rodox das nossas baratas, nosso Churchill da esquerdopatia? Quem será o Racumin de Banânia???

Marx, o Groucho, disfarçado de mata-mosquito.

Saturday, December 15, 2007

Heteronímia, superego e a sorte dos orcs...




Lembram dos heterônimos de Fernando Pessoa, o genial poeta portuga? Pois bem, atacou-nos síndrome parecida hoje: a psique de Marx, o Groucho, acordou ombro a ombro com uma inusitada alma gêmea, um misto da noiva de Kill Bill com o mascarado de V de Vingança, um toque romântico de Conde de Monte Cristo e um pouco da anarquia de Emília de Rabicó! Claro que não vai dar boa coisa! Essa explosão de personalidades sob a égide de uma só se deve à pressão psicológica que esmaga o cérebro um tanto perturbado de alguém que SOBREVIVE em Banânia e não se submeteu à abdução reinante. O que lhe restou foi um ar fresco de loucura controlada, para não dar muito na vista. A delirante criatura atazanou a mente marxista durante toda a noite, sem dar trégua: "Larga este país, larga este país! A vaca está indo pro brejo, não tem mais jeito! Vai explodir Brasília, vai trucidar o Keiser, o Senado e o Congresso! Não vai sobrar ninguém! Grrr!"
Só que amanheceu, e, como diria o heterônimo furibundo e melancólico, de Pessoa, Álvaro de Campos, acometeu-me aquela visguenta pachorra:

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
(Adiamento)

Pronto! Saíram ilesos todos os orcs que sufocam Banânia! Essa é a eterna vantagem deles: o nosso superego não permite malvadezas em nome de uma ira santa... Eles sempre estarão à mercê, isso sim, da justiça divina, pois a dos homens já foi para o brejo há séculos...

Marx, o Groucho, tomando vinho do Porto.

A retroalimentação da burrice e a derrota de Darth Vader!

Ok. Ninguém tem coragem de atirar no Keiser porque seus índices de aprovação seriam altos - seriam porque, no país das fraudes, dos mensalões e dos recordes imbativeis de corrupção, é impossível ter-se confiança plena em pesquisas disso e daquilo. Acontece que o famoso "óbvio ululante" do Nelson Rodrigues diz o seguinte, com todas as letras: o cara parece estar sempre em alta PORQUE NINGUÉM BATE NELE, porque a oposição em Banânia é apenas um apêndice caudal da situação, um simulacro do que seria um autêntico jogo democrático, uma areia grossa no olho já escotomizado de pessoas que não têm a mínima idéia do que seja democracia real porque há décadas vêm-se criando condições propícias para a implantação de uma ditadura pós-stalinista "nestepaiz". As reações coléricas do Keiser são apenas o sintoma de uma impaciência, a brecha no olho de Sauron, por onde se vislumbra o verdadeiro estado de coisas sob a capa do teatro que se engendra em Banânia.
Por essa fresta da máscara petralha, sintetizada pela face bronca, etílica e grotesca do "pai dos pobrinhos" idiotizados pelo cupim da ignorância, candidatos a uma eterna condição parasitária por obra e graça do maquiavelismo das esquerdas, o que se vê é a impaciência de quem pensa que vai ganhar na reta final e está perdendo as estribeiras pelo excesso de concessões à conveniente simulação de que se trata realmente de uma corrida de cavalos SÉRIA. O monstro de Garanhuns está ficando indócil, os manipuladores do circo-Brasil estão doidos para rasgar a fantasia e arreganhar os dentes.
Esse é o perigo que a petralhada corre, mostrar a cara feia antes do momento certo, demonstrar excesso de confiança em suas cartas marcadas, deixar transparecer suas verdadeiras intenções um segundo antes do irreversível amadurecimento da ignorância nacional. Qualquer interrupção na retroalimentação da burrice - não se bate nele porque "ele" está em alta e "ele" está em alta porque não se bate "nele"!- pode começar a reverter o quadro de dominação esquerdopata em Banânia. Isso ficou claro como água nesse episódio da queda da CPMF. Há uma tênue, mínima luz em meio à névoa reinante, sim! Se alguém conseguir ver para além da brecha no olho vermelho de Sauron, para além das brumas que cobrem o sol de uma autêntica consciência política, para além da grotesca dominação sobre o que resta de inteligência e honestidade nestas plagas, o que surgirá adiante é a convicção de que é preciso mandar a covardia às favas e meter o saco na cabeça da serpente: ela acabará sufocada pela própria auto-suficiência porque o lado negro da força não é - e jamais será - onipotente. Há sempre uma falha, há sempre uma brecha, há sempre um passo em falso - não, eles não chegarão lá. O que está em questão é o número de cadáveres que ficarão pelo caminho. Alerta, pois! Vade retro Darth Vader!

Marx, o Groucho, com ares de Jedi...

A prancheta do delírio


Frase de efeito "retardado", expelida por um mito gagá que tem exatamente na belelequice seu melhor traço de personalidade - os outros são bem mais sombrios:

A arquitetura não é o principal, o principal é a vida, a gente tem que trabalhar para fazê-la mais justa.

Destrinchemos a pseudo-sabedoria do bolchevique centenário, idade que assenta de forma bem menos constrangedora em Dercy Gonçalves, a autêntica.
Sim, a arquitetura não tem a menor importância porque não passa de um álibi para elevar às esferas da "intelectualidade" esquerdopata, preponderante nestas plagas, o nome de um sujeito que planeja horrendos fornos crematórios em que se incineram livros do nascer do sol ao poente. Nesse mesmo espaço, pelo seu gosto íntimo, estariam queimando, na verdade, corpos de capitalistas selvagens...
Sim, o principal é a vida, um bem que não passa de um zero à esquerda, literalmente, segundo uma análise cuidadosa - repleta de fatos históricos verídicos, estatísticas corretas, testemunhos incontestes e farta documentação não-adulterada - feita a propósito do desastre planetário causado pela supina ignorância do comunismo, cada vez mais assanhado na América Latrina e até hoje defendido com unhas e dentadura por esse ícone da distorção paratáxica, a múmia mais notória deste fim de ano.
Sim, a gente tem de trabalhar para fazer a vida mais justa. Resta-nos perguntar em que este senhor exatamente trabalhou a favor dessa justiça toda, a não ser sobre a prancheta do seu delírio, desenhando coisas de gosto duvidoso, tão distantes da vida real quanto as teorias que sempre defendeu, as mesmas que prometem um mundo melhor e entregam Gulags por erro de cálculo...
Niemeyer não é um mito da arquitetura, é um sintoma ambulante da doença mental que se perpetua em Banânia.

Imagem: os cem anos de Dercy, a lúcida...

Marx, o Groucho, comendo panetone.

Sunday, December 02, 2007

Pavlov, infantilismo e TV pública: ligações perigosas...


A percepção que nos invade após termos visto, uma vez mais, uma encenação de debate cultural na televisão, é a de que algumas pessoas, ainda vagamente conscientes de que há algo de podre no reino de Banânia, tentam esboçar um gesto de legítima defesa da própria sanidade, acenando com uma tímida, pálida afirmação do que, no fundo de suas almas, sabem ser o discurso correto a defender. Entretanto, o que vem à tona de sua expressão é tão suave, tão frágil, tão verbalmente capenga - sobretudo do ponto de vista da argumentação lógica - que a impressão que nos fica é a de um bando de colegiais balbuciantes e ansiosos, oscilando entre a necessidade de pôr a boca no trombone e o medo de fazê-lo diante da concretíssima possibilidade de um severo puxão de orelha das "autoridades escolares", que podem estar representadas, pura e simplesmente, pelos colegas de turma, os onipresentes líderes negativos.
Essa é a questão: a sociedade brasileira, hoje em estado de estupor, parou naquela fase infanto-juvenil em que meninos tímidos, vagamente cientes de que têm de fazer "alguma coisa" em relação ao seu papel na vida comunitária, não ousam tirar a bola que emprestaram aos mais desaforados e caras-de-pau, decerto aqueles que a tomaram para jogar um jogo sempre em seus próprios termos - com a bola alheia, é claro...

A esquerdopatia tornou-se um clichê de tal monta, criou uma atmosfera tão comum em todas as esferas da sociedade - principalmente nos meios de comunicação -, que qualquer reação visando a contrariá-la frontalmente tornou-se uma gafe social, uma pisada de bola, uma falta de educação, uma demonstração de incultura, ou, na pior das hipóteses, uma tentativa de suicídio, posto que certas verdades são realmente intragáveis para os delicados estômagos da esquerda, nada tolerantes quando têm de digerir algumas "inconveniências".
Em suma, criou-se um padrão pavloviano de estímulo-resposta, que impede as pessoas de dizer o que lhes passa pela cabeça sem salivar de medo. Se isso não é uma síndrome completa de estado ditatorial, minha mãe era uma jaca!
E não se iludam: quem faz o servicinho sujo de eliminar os futuros dissidentes do regime que está-se instalando por aqui são os descerebrados que obedecem cegamente às ordens do pensamento único, o mesmo que impede que se leve a uma emissora de TV, pública ou não, alguém que possa falar ÀS CLARAS e sem papas na língua sobre os malefícios, a ignorância, o atraso e a opressão totalitária que se escondem sob determinadas narrativas cinematográficas que, volta e meia, são objeto de debates promovidos com o único propósito de passar a idéia de que "nestepaiz" existe o contraditório e o desejo REAL de se conhecer honestamente alguma coisa além da babaquice esquerdopata de praxe.
Quem quiser que acredite nisso, vendo e aplaudindo os programas da nova TV "pública", o mais puro exercício de democracia desde a antiga Grécia!

Imagem: o famoso cão de Pavlov, preparando-se para um debate na TV pública!

Marx, o Groucho

Mais um simulacro de debate...


Ontem, sábado, na TV-E, ou BRASIL (a tal emissora pública que vai combater a mídia "golpista" com o nosso tutu, é claro), perpetrou-se mais um daqueles programas ridículos que, sob o disfarce de debate cultural, injeta quilos de confusão ideológica nas mentes enfraquecidas dos zumbis de Banânia, tudo rigorosamente dentro da mais que previsível estratégia cultural esquerdopata. A estrovenga chama-se "Cadernos de Cinema", e a ficha do filme, analisado por quatro pessoas que odeiam a lógica tanto quanto a feérica coordenadora do debate, Vera Barroso, é idêntica à do site da emissora - os negritos são nossos:

"Memória e História em Utopia e Barbárie", filme lançado em 2005 pelo documentarista brasileiro Silvio Tendler, aborda e interpreta os 50 anos que precederam o início do século XXI: o pós-Segunda Guerra Mundial, os movimentos de contra-cultura, as lutas pela independência das antigas colônias africanas e asiáticas, as ditaduras militares na América Latina, a Guerra do Vietnã e as outras invasões e guerras que ocorreram neste período.
Alcançou um público de 300 mil espectadores até 2007. Prêmios Margarida de Prata – CNBB (2005) Jornada Internacional de Cinema da Bahia (2005) - Prêmio especial do júri.

Nenhum dos "debatedores", após a exibição dessa joça, disse coisa com coisa, nem mesmo o jornalista e professor da UFF, Felipe Pena, aquele mesmo que se retirou do programa de Lucia Leme por se sentir coagido após ter feito críticas ao desgoverno do Keiser.
Uma debatedora, professora da PUC, tentou criticar negativamente (tadinha!...) o comunismo explícito que norteia o roteiro do documentário - que não passa de um panfleto de propaganda descarada, recheado de depoimentos de psicopatas e beócios delirantes como Eduardo Galeano, Apolônio de Carvalho e José Celso Martinez -, mas seus argumentos saíram pífios e confusos - bem "acadêmicos, portanto-, mesclando-se à salada verborrágica geral, da qual a única coisa que uma pessoa poderia depreender, sem dúvida, é que a esquerda é uma coisa linda, romântica, cheia de boas intenções e nobres ideais, sempre perseguida e boicotada pelos perversos imperialistas americanos, capitalistas, golpistas, direitistas etc e tal, cujos representantes, obviamente, jamais poderiam abrir a boca para defender suas idéias em Cuba, China ou Coréia do Norte, como TAMBÉM JÁ não podem fazê-lo, em democrático SOSSEGO, nesta porcaria verde-amarela, cada vez mais rubra, em que todos os parasitas adoram crescer.
Em um dos próximos posts, algumas pérolas chutadas pelos "analistas" e venenosas observações sobre o texto de apresentação do filme. Tudo para melhorar o escotoma dos petralhas!

Imagem: o livro que eles não querem ler. Aliás, só mais um...

Marx, o Groucho

Thursday, November 15, 2007

As crianças treinadas de Chávez

Apesar do que disse Marx, o Groucho, eu não viajei! Estou aqui e encontrei este inacreditável vídeo no blog do Reinaldo Azevedo. Vale a pena reproduzir e pensar: até que ponto não estamos chegando lá? Se alguém tiver dificuldade com o espanhol, trata-se de uma criança de uns cinco anos fazendo um discurso em que se diz reservista do exército de Chávez. No discurso ela também ataca a imprensa, o capitalismo. Vamos encontrar, na fala da pobre criança, todos aqueles clichês que costumam indicar um ente cujo cérebro está perdido para sempre.

De arrepiar!!!


www.Tu.tv


Oriane

Wednesday, November 14, 2007

Bom feriadão!


Aos queridos e fiéis "furiosos" que costumam ler nossos textos: Marx está indo passear em Minas, enquanto Oriane se manda para um lugar onde possar continuar meditando sobre metafísica fundamental e matemática profunda!

Bom feriado para todos!

Marx, o Groucho, e Oriane de Guermantes.

Hei, Hei, Hei, Juan Carlos é nosso Rei!!!!!!


Eu sei que estou atrasada, mas:

Hei, Hei, Hei, Juan Carlos é nosso Rei!!!!!!




Oriane - feliz com seu eu monárquico...

Saturday, November 10, 2007

Exemplo de distorção paratáxica ou as invasões do MSE...



Olhem só o excelente exemplo do que é distorção paratáxica, um conceito que, volta e meia, evocamos por aqui, como um dos mais graves sintomas do elevado grau de psicopatia em que se encontram os orcs de Banânia e simpatizantes, neste trecho do texto "Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro", transcrito no Resistência:

"Elege-se uma opinião como uma segunda natureza, uma trincheira impenetrável, mesmo quando todas as evidências demonstram a sua fraqueza. E este compromisso vira um credo, uma religião em torno da qual se desenvolvem as referências e as redes de relacionamento do indivíduo. Este constrói sua identidade não através do exame crítico do que acontece à sua volta, mas por meio da adesão incondicional àquilo que for mais favorável aos seus interesses imediatos. O melhor caminho é para onde o vento sopra..."

Perfeito! A segunda natureza é a quintessência da couraça neurótica. A construção da identidade, a partir da adesão incondicional a uma hipnose coletiva gerada pela perversão do arquétipo divino - uma ideologia, um partido, um líder populista mimetizando o lugar da divindade-, constitui precisamente a face doentia de um "eu" que perdeu o própreio rumo. Essas pessoas vão na onda, seguem os ventos, realmente, "para onde eles sopram", dizem amém às ordens mais estapafúrdias, contanto que não tenham de pensar. Essa é a tese: todo neurótico, no fundo no fundo, é um preguiçoso existencial, posto que abdicou inteiramente de seguir o caminho da individuação (Vide C.G.Jung), uma tarefa que requer atenção, esforço, solidão. Eu, hein!... Quanta mão-de-obra! Tô fora!
É mais fácil deixar-se levar, é mais fácil acompanhar bovinamente a massa, no meio da qual, ele, o preguiçoso por opção, sente-se protegido, mimado, incensado. Invariavelmente, esse tipo de rebanho acaba no fundo do abismo - a loucura bate à porta, logo ali, porque o inconsciente SEMPRE vem buscar o que lhe pertence, por conta das invasões bárbaras do MSE, o Movimento dos Sem Eu!

Im
agem: a preguiça brasileira, neurótica como ela só...

Marx, o Groucho

Museu do comunismo - um excelente site.


Colaborando com o Pedro Sette Câmara, de O Indivíduo, aí vai um link para o imperdível site do Museu do Comunismo. É bom para petralhas - que obviamente passarão ao largo... - e para curiosos, bem intencionados, que simplesmente queiram aperfeiçoar sua cultura geral, adquirindo melhores argumentos no combate à abdução vermelha que foi implantada em Banânia.
O texto do site é em Inglês, essa abominável língua imperialista!...
Como aperitivo, aí vai um trecho da página principal - os grifos são nossos:

"Never again." The tyranny and atrocities of Nazi Germany have been justly condemned by world opinion for over 50 years. But it is only recently that Communist despotism has begun to receive remotely similar attention.

It would be a great tragedy if Communism disappeared from the earth without leaving behind an indelible memory of its horrors. Communism was not essentially about espionage, or power politics, or irreligion. Rather it was a grand theoretical synthesis of totalitarianism... a theory which millions of people experienced as the practice of murder and slavery.

The roots of Communism lie squarely in the works of the philosopher Karl Marx. But at the same time, as we shall see, the tradition of Czarist absolutism also became an important source of Communist inspiration. The first exhibit to open explores the Marxist and Czarist origins of the Communist movement."

Marx, o Groucho



Dá-lhe, senhor cachaça!



Esta é do blog "Movimento da Ordem e da Vigília"... Banânia pode comemorar mais um episódio de vexame explícito protagonizado pelo Keiser, dessa vez no Chile. Enquanto isso, Chávez deitava e rolava em cima dele, esse trouxa megalomaníaco e pinguço...

"TUDO É MOVIDO PELA MANGUAÇA!
O deboche é coisa chula, mas ninguém melhor que o bufão do Chávez para protagonizar a grotesca cena onde ele ironizou Lula o quanto pode. Na verdade, Chávez apenas externizou (de forma grosseira) o quanto comunga da desconfiança mundial de que a descoberta da Petrobras não merece crédito.
Lula apresentaria na sua fala os principais programas sociais brasileiros, mas acabou não discursando depois do discurso irônico de Chávez. Oficialmente, a desculpa foi a de que o venezuelano teria falado mais que o combinado, tomando o tempo de Lula.
No entanto, nosso Blog arrisca outro palpite. Cláudio Humberto chegou a comentar em sua coluna que o Lula teria “celebrado” a bordo do “AirForce 51”, a descoberta das tais reservas de petróleo.
Perambulando por aí, encontramos várias fotos sobre o evento que, no mínimo, reforçam nossa teoria de que Lula estava impossibilitado, inclusive, de parar em pé sobre o tablado, para tirar foto oficial junto dos 21 chefes de Estado na 17ª Cúpula Iberoamericana.
As fotos de Lula despencando do tablado são do Estadão que, gentilmente, se limitou ao título: “No Chile, Lula causa surpresa ao saltar de tablado”, sem a menor paixão por desvendar a razão do “súbito” que teria levado nosso “estadista” tupiniquim a cair do palco feito uma jaca madura.
Quanto à foto do Lula brindando com as demais autoridades, ela é do Portal Terra. Simples juntar os fatos, não é? Que vergonha!"

Marx, o Groucho, tomando uma BollyStolly, em solidariedade ao presidente cachaceiro...

Sunday, November 04, 2007

Um aninho - he,he,he...




Brincadeira! Nosso modesto blog, cujo nome vai passar de furiosa à furibunda se a coisa em Banânia continuar do jeito que está - o que é mais do que provável -, fez um ano em 21 de outubro! Como novembro começa cheio de movimentos bélicos venezuelanos, fofocas do gás com a Petrobrás e o Keiser cuspindo as sandices de sempre, resolvemos, por conta da ilustre data que já foi para o brejo da memória, republicar alguns posts, escolhidos a dedo, lá do início dos tempos furiosos, para mostrar que nada mudou sob o sol destes tristíssimos trópicos: a bagunça compulsiva, o gosto pela ignorância, o crescente sadomasoquismo e o processo de abdução em massa continuam os mesmos, em inexorável ascensão "nestepaiz". Nossa esperança é que Oriane, em seus estudos metafísicos, seja abduzida pela mente superior e nos leve junto, de carona, para um outro mundo, realmente melhor, sem ter de passar por toda aquela parafernália de aeroporto entupido pelo entulho da incompetência estatal... Amém.
(Mensagem para Clau: Yogananda para presidente!)

Marx, o Groucho - soprando velinhas com Oriane e as AbFab!

Princípio da homeopatia


Pois é, o que mata pode curar... No meio do caos que assola o país do Lulalá, brilha uma esperança cujas raízes (Alô,alô, alma do Sérgio B. de Holanda!) psicopatológicas se explicam assim: se brasileiro tivesse construído forno crematório no período nazista, os cadáveres dos judeus teriam ficado mal-passados! Tal qual a idéia de Nelson Rodrigues, a vocação tupiniquim para o complexo de viralata nos faz cativos da CRÔNICA falta de eficiência, tanto para o bem quanto para o mal. Por exemplo, é fato que a turma da URSS que financiava as atividade de Prestes e Cia no Brasil, alvo soviético para uma tomada do poder à epoca, ficou TIRIRICA da vida com o desvio de recursos e trapalhadas estratégicas dos militantes tupiniquins, o que provocou um puxão de orelha tipicamente comunista: suspenderam o envio do ouro de Moscou e mataram os que foram ingênuos o suficiente para irem à Rússia prestar contas - pessoalmente - de sua incompetência. Prestes, vivaldino, tirou o corpo fora (fonte: Camaradas, de William Wack).
Resumo: pela lógica, a reeleição lulística pode significar o fim do Estado de Direito no Brasil, num médio prazo, mas a esculhambação cultural que nos levou a isso pode, também, impedir que cheguemos às vias de fato simplesmente porque o Brasil É UMA CHANCHADA da ATLÂNTIDA.
Ave, homeopatia, morituri te salutant!

Marx, o Groucho


Tudo sobre "preconceito", para petralhas: a luta continua!

Na semana da consciência negra (já viram expressão mais cretina? No tempo da minha bisavó, quem tinha consciência negra estava mal, muito mal, na fita: era, em geral, algum pulha com um tenebroso passivo de falcatruas nas costas.), surgiu, é claro aquela lenga-lenga de preconceito a torto e a direito - vide a declaração do Cabralzinho, aqui transcrita, citando o "grande intelectual Astrogildo", que forjou a máxima todo racista é um fdp, uma frase sofisticadíssima que até a nossa musa, Chauí, assinaria embaixo. Pois bem, aqui vai mais uma dica para petralhas politicamente corretos. Sabem MESMO o que é preconceito?

Preconceito é um enunciado fora de contexto. PRONTO! Agora, se virem! Vão procurar o que significa enunciado e contexto. Depois, tentem fazer a ligação (mais chique: nexo!). É, sem dúvida, um exercício e tanto, mas fazer o quê? Faz parte do nosso curso para patralhas bem-intencionados. Para os outros, passem amanhã!
Uma pista útil: contexto tem a ver com...realidade - pasmem! É penoso, mas vocês têm de ralar os neurônios. Vide Sader, que chegou aonde chegou, cum laudem!
Exemplo-bônus: se você chamar um ladrão de... ladrão, não é preconceito porque ele é mesmo um larápio. Se o cara se sentir ofendido, trata-se de um caso de psicose, já que, estranhamente, ele não sabe quem é...
Fechando o raciocínio: se você impede um negro de entrar pela porta principal do seu prédio alegando sua negritude, isso é preconceito porque uma coisa não tem nada a ver com a outra . Todavia, se você impede um ladrão da vizinhança de entrar no seu prédio, isso não é preconceito pois há lógica na sua atitude. Conclusão: preconceito é um conceito sem lógica, que, por sua vez, é o encadeamento entre o discurso e o não-discurso, inadequadamente chamado de "realidade" - afinal, se o discurso faz parte do real - como uma serpente comendo o próprio rabo -, é um contrasenso colocá-lo em oposição à categoria em que ele mesmo se encontra.
Chega, por hoje. Heráclito, Aris, darling, meus sais!!!

Marx, o Groucho


Cabralzinho, Zumbizinho e a tara pelo genocídio


Não tem mais jeito, a tal "idade das trevas" chegou mesmo, bem depois da inocente Idade Média (Leiam Luz sobre a Idade Média, de Régine Pernoud, um texto esclarecedor.). Cabralzinho, ingrato herdeiro de garotinho, soltou esta pérola, a respeito de uma frase de Astrogildo Pereira, em dia de Zumbi - todo dia, aqui, é dia de Zumbi... - "Há uma verdade no mundo. Todo racista é um FDP. A frase é de Astrogildo Pereira, grande intelectual, fundador do Partido Comunista Brasileiro em 1922." (fonte: O Globo, em 22/11/06)
Arregaçando as mangas do raciocínio, do trecho supra deduz-se que:
1- há algum vínculo misterioso entre a "grande intelectualidade" e defensores do comunismo. Só tipos do calibre de Hugo Chaves, que censura até Papai Noel, crê em comunista intelectual.
2- por incrível que pareça, a turminha de esquerda admite, de repente, não mais que de repente, que existem ... verdades! As deles, claro, inusitados paradoxos, oscilando loucamente na dúvida cruel: entre o relativo e o absoluto, mon coeur balance.
3- esquerdopata taxa os outros, a torto e a direito, de FDP, denotando um traço de caráter acadêmico-simiesco, bem ao gosto da tal colega de Oriane. O estilo é o homem.
4- Cabralzinho é um ícone, mais um, dos nossos políticos infectados pela Língua de Pau. Daí à homenagem a Zumbi, é um pulo...
5- E finalmente, Astrogildo, quem? Parodiemos, então, esse grande intelectual: todo comunista é um FDP. Tá bom assim? Ou é um imbecil, única alternativa no horizonte conceitual. Tertium non datur. Homeopatia neles!

Sinceramente? Língua de Pau combina com Cara de Pau, não é? O caso é grave: como alguém que faz a apologia de genocídios pode ser apontado como "intelectual"? Sob que justificativa moral? Diria, com certeza, Jung: psicose coletiva...

Marx, o Groucho



Lei de Gerson

Hoje fui ao banco, e - enquanto esperava numa enorme fila - só havia dois caixas. Um para os idosos e outro para os outros. Eis que entra um sujeito aparentando uns 55 anos, cabelo grisalho etc. Olha a nossa fila (não idosos) e olha a outra, vendo que a nossa é muito maior entra na dos idosos. Assim, na cara de pau, e ainda fica com aquele riso amarelo de quem sabe que está levando vantagem às custas dos outros. Fiquei furiosa. Fui perguntar ao caixa e ele disse que não era a função dele verificar as identidades. A fila estava enorme, várias mulheres esperando em pé. Estava no Banco do Brasil, é claro.
Depois os funcionários públicos não sabem porque a gente não gosta deles. É isso, na hora de pagar os salários nós comparecemos com os impostos. E na hora de alguém nos proteger? Tem alguém lá? Quer dizer que o cara sabe que tem uma fila enorme, que o cara entrou no caixa dos velhinhos para ser "esperto" e não tem ninguém do banco para vir em nosso socorro?
Quem protege o cidadão honesto afinal?
Essa cultura da lei de Gerson é uma das coisas mais escrotas dos brasileiros. Todo mundo quer se dar bem, nem que seja furando a fila.
Quando ele saiu, puxei palmas para o velhinho e ainda perguntei se ele não precisava de uma bengalinha... ele deu um sorriso irônico.
Não sei por que tentei, a moral não faz parte dos valores dele. Nosso povo é totalmente sem esperanças. Merece o presidente que tem.

Oriane



E a bolsa-ditadura do apedeuta?

Agora, vem cá...
A maior imoralidade é que o apedeuta continua recebendo a bolsa ditadura. Quem foi que pediu para ele lutar? Fui eu? E ele ficou preso? Foi torturado? Não, o safado ficou quinze dias detido e perdeu a presidência do sindicato. E recebe quase cinco mil por mês por causa disso. Conheço muitos torturados, gente importante e dura, que trabalha para viver e se recusa a receber essa bolsa. Dizem, com justa razão, que não é justo fazer o povo pagar pelas escolhas deles. Mas Lula não, mamar nas tetas do estado é com ele mesmo.
E aqueles filhos obesos?
É de tanto comer às nossas custas...
Devolve nossa grana!!!

Oriane


Cunhambebe e Godiva: juntando a fome com a vontade de comer ...



Tomando carona no texto de Oriane sobre a "horrorível" Bienal em Sampa, voltamos a um tema que jamais sairá de cartaz enquanto Bullshitland não tomar vergonha na cara: a educação tupinicoide é uma batida de trem, do tipo TGV, francês, superveloz. Que desastre, hein?
Insistimos no ponto crucial da questão, relacionando a Estética à Moral e à capacidade de raciocinar com Lógica. Explicando: quem acha que a Arte - que enseja a expressão do Belo - desenvolve-se à revelia da Moral - que conduz à apreciação do Bem - e que ambas nada têm a ver com a Razão, que apague a fita e comece tudo de novo. Essa noção é o sintoma mais descarado de fragmentação psíquica, a tal doença que nos ronda há décadas, por conta da programadíssima falência do simbólico. Trocando, mais ainda, em miúdos, uma sociedade mostra sua face por meio da manifestação de uma variada série de produtos culturais que se interligam necessariamente por um notório zeitgeist (alemão não é chique, darling?). Assim, onde, por exemplo, grassa a vulgaridade, o gosto intragável pelo desregramento, o culto à indisciplina e à falta de limites morais, viceja, igualmente, a absoluta incapacidade para a elaboração de qualquer nível razoável de criação estética. Ou seja, vai tudo para o mesmíssimo buraco de indigência formal, pois o fio condutor do Logos foi rompido, restando o caos em todas as suas tenebrosas instâncias. A imoralidade é feia e a feiúra é imoral porque ambas agridem a Razão.
Tal panorama assustador agrava-se há décadas, a reboque de uma propaganda insidiosa e rigorosamente simplista, que vem sempre atribuindo a uma classe social, delineada, mal e porcamente, pelos estereótipos de "burguesia dominante, opressora e exploradora" - uma execrável vilã, bem na linha teórica do "bode expiatório" de René Girard -, o mofo de um conservadorismo caracterizado pela prática de normas e preceitos antiquados, candidatos ao banimento sumário pelo fato de representarem mecanismos de manutenção de um "modus vivendi" parasitário, incompatível com as propostas "revolucionárias e progressistas" dos profetas da chatice, aqueles, superbonzinhos e compreensivos, que têm como meta o paraíso na terra, a erradicação da pobreza, a igualdade entre os homens, aquela xaropada que costuma encarnar a isca psicológica perfeita para as futuras vítimas de um festim canibal. Haja comilança...
Análises da realidade, focadas a partir de recortes epistemologicamente precários, levam a narrativas ideológicas indigentes e, à adoção, pura e simples, dos livros da musa uspiana, Xuxaí, como a cereja do bolo por tamanho esforço intelectual!
Um bom exemplo dessa distorção paratáxica fica por conta de um monte de gente que leu as orelhas dos livros de Freud e, ato contínuo, desandou a ver sexo em tudo, cacoete conhecido como surto-do-pau-pra-toda-obra, principal leitmotiv de dez entre nove textos teatrais em Banânia. O fenômeno é muito comum e está intimamente ligado àquela famosa "lei do menor esforço": se eu tenho um modelito "muderno"- obviamente, compatível com as minhas neuras - para enunciar todos os sentidos do mundo, por que vou-me esforçar em conhecer outros ângulos? Aliás, por que perder tempo em conhecer alguma coisa, não é mesmo?
Bem, aí vem um petralha e diz: Ah, mas vocês também estão adotando um modelito! Claro, Pedro Bó! Acontece que há modelitos universais e modelitos particulares, justamente aqueles meramente circunstanciais, criados a partir de ataques de solipcismo agudo, os projetados sob o influxo de uma tara específica, de um rancor inconsciente etc e tal. Paradigmas, assim estatuídos, morrem na praia da inaplicabilidade porque não resistem a uma análise lógica. Ok, a "lógica é mais uma ilusão", diz aquela "raça" que costuma pagar um mico, tamanho King Kong, quando tropeça com armadilhas como as que Alain Sokal preparou para seus pares acadêmicos num momento de agudo bom humor (leiam Imposturas Intelectuais de Alan Sokal e Jean Bricmont.) Só nos resta, então, apagar a vela deles, como fez Tokusan com seu discípulo zen... Arre!

Nota paranóica: sim, sim, já sabemos que é proibido falar negativamente sobre canibalismo porque a Antropologia diz por aí que os povos que o praticam o fazem em rituais simbólicos, cheios de boas intenções, com o inocente intuito, quase sempre, de adquirir as excelsas qualidades - ops! - dos devorados, blá,blá,blá... Chamem Cunhambebe ou devorem uma caixa de chocolates Godiva, que não foram criados por aquela mulher que gostava de andar, peladona, a cavalo!

Imagens: Cunhambebe, um canibal tapuia, e Lady Godiva, a pelada achocolatada.

Marx, o Groucho - comendo chocolate, uma delícia asteca, como a "pequena" da Tabacaria, do Fernando Pessoa.



A cultura do ódio


Diane Arbus - Menino com Granada.

A respeito do post abaixo de Marx - Mais uma radiografia do futuro de Banânia - Já havia falado aqui neste blog do susto que tomei ao ler duas cartilhas de Filosofia para segundo grau. O assunto era espoliação, exclusão, cidadania etc, nada de Filosofia. Os livros indicados eram Marx, Saussure, Galeano, vejam só, como se Galeano fosse filósofo...
Pois bem, esta semana li a PCN - Parâmetros para o ensino de segundo grau. Publiquei uma parte dos meus comentários no Filósofo de Mau Humor.
O documento nem era tão ruim, mas na própria lei já percebemos o perigo. Os artigos pertinentes à Filosofia e Sociologia só falam em cidadania. Parece ser este o único assunto a ser tratado no currículo. A persistência me chamou a atenção. O currículo de Filosofia parece tender a ser uma extensão da Sociologia, sendo que ambas devem tratar de cidadania, distribuição de bens na sociedade, igualdade entre os homens, e por aí vai. O interessante é que o documento já parte dos princípios: a sociedade é desigual, nossa sociedade é excluída, deve-se lutar pela mudança deste modelo - o capitalismo-. Simples assim, sem disfarces, para qualquer um que leia.
Há passagens como pérolas que propõem o aperfeiçoamento enquanto pessoa humana (sic), o que diabos é isso??? Ficaria fascinada se não me lembrasse que isso é o que chamam parâmetros para o ensino de filosofia para o segundo grau. Meu Deus, o que essas crianças vão aprender? A ter ódio? Ressentimento? Será que as crianças da escola pública já não têm isso em excesso? Elas não vão aprender a contrapor, o que deveria ser a função da Filosofia, mas a pensar todas a mesma coisa. Todas unidas pelo laço do ressentimento.
Se temos alguma dúvida, é só olhar a situação atual. Todos se sentem excluídos, principalmente porque esta é a nossa visão de povo da América Latina. Eu sou mais realista, não me sinto excluída, me sinto bárbara mesmo. Mas mesmo com algumas exceções, é assim que somos ensinados a perceber a realidade. Este adestramento vem sendo perpetrado há mais de 10 anos, sendo que suas influências, o pensamento de Gramsci e sua turma da pesada, já se insinuava há bem mais tempo.
A noção que se teve de educação é, há muito, ligada à inclusão, igualdade etc. Não que esses conceitos estejam errados. Nada disso, é bom promover, na medida do possível, a igualdade, mas trata-se de igualdade perante o Estado. As pessoas não podem ser tornadas iguais à força, pois elas são naturalmente diferentes. Aqui queremos igualar as pessoas à força sem igualar sua relação com o Estado. Uns são mais iguais que outros. Claro que isso fala dos mais ricos, mas fala também dos amigos do Rei. Esses, muito mais do que os ricos, sâo mais iguais que os outros.
O fato é que o incitamento das classes baixas contra as altas já vem ocorrendo há bastante tempo. E o resultado, junto ao fato de que a diferença entre ambas só fez crescer, é a violência que estamos vendo. Para as classes baixas o inimigo é todo aquele que tem alguma coisa. Qualquer coisa. Não importa se você se mata de trabalhar todo dia, você é o inimigo porque conquistou algo. Os pobres roubam os um pouco menos pobres. Como no assunto do post que coloquei outro dia, a questão passa a girar em torno da inveja.
O que estamos ensinando em nossas escolas, por culpa dos Darcys Ribeiros da vida, é a invejar aqueles que, por esforço ou sorte, são mais favorecidos que nós.
Esse é o discurso por trás da "cidadania", reconhecimento da desigualdade na distribuição das riquezas, e busca de um mundo melhor.
Todos queremos um mundo melhor, trata-se de um proposta unânime. Mas isso não se consegue incitando o ódio, mas apenas o amor. Podemos recorrer a São Paulo - I Cor.13 - o amor acima de tudo é o fundamento da vida. Quando ensinamos nossas crianças a odiar estamos decretando nossa própria morte. Regimes calcados no ódio nunca trouxeram prosperidade.
O problema não é político, é espiritual. Karl Marx vivia às custas de Engels, pois este era o seu ideal, viver às custas de algo mais forte, sustentado por sua própria ideologia. Ninguém me convence que ele não tinha uma terrível inveja de seu protetor.

Oriane
PS: dêem uma olhada no livro de Paul Johnson, Os Intelectuais. O sujeito era realmente um baixo-astral só... - Marx, o Groucho (o verdadeiro!)


Mais uma radiografia do futuro de Banânia

Um texto revelador, mais um, denunciando o estado educacional (???) de Bullshitland, com todas as sombrias previsões que a lógica nos permite desenhar.

"REVOLUÇÃO SILENCIOSA - por Diego Casagrande, jornalista
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio. Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevê e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
(...) Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades. Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.(...)

A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar. Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valoração do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem. Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é democrática. Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos não serve. Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de suas indenizações. Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de ser “humano” e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros. Ter é incompatível com o ser.

Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do ano que vem. A decisão é do Ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público.(...)

(...) Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz parte da revolução silenciosa -, as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário. Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os males.(...)

No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo. (...)
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo freis betos e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que “tem” e é “dono” de algo, enquanto outros nada têm. Como se houvesse relação de causa e efeito.

Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro “Geografia”, obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro. (...)
Por meio desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de “alguns” e que assentamentos e pequenas propriedades familiares “são de todos”. Aprendem que “trabalhar livre, sem patrão” é “benefício de toda a comunidade”. Aprendem que assentamentos são “uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais”. E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem? João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros. (...)

Essa é a revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas. Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.

Tristes são as conseqüências. Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio. Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes.(...)
O antídoto para a revolução silenciosa? Botar a boca no trombone, alertar, denunciar, fazer pensar, incomodar os agentes da Stazi silenciosa. Não há silêncio que resista ao barulho." (o texto, na íntegra, aqui.)

Comentários - A sigla MEC nos dá arrepios - é um filme de terror classe B -, há décadas. É mais um rótulo vazio, uma excrescência jurássica, especialmente por incluir a palavra educação, eufemismo típico da Língua de Pau para disfarçar doutrinação. Cheira a controle estatal cretino, cheira a cabide de emprego, cheira à burocracia bolchevique, cheira a infindáveis reuniões que não levam a nada - uma mise-en-scène a serviço da embromação -, cheira à controle sanitário de "corações e mentes". Em suma, cheira mal: dêem a descarga...

Marx, o Groucho


Um primor de estupidez


Olhem só a que nível de belelequice ultrapiscótica chega a petralhada, lendo este trecho sobre Frei Betto, extraído do texto de Carlos I.S. Azambuja, Frases que fizeram a História – 1ª parte:

"Frei Beto, no II Fórum Social Mundial, usou da palavra e, lá pelas tantas, disse que a sociedade do futuro mais livre, mais igualitária e mais solidária se define em uma só palavra: socialismo. Pediu uma salva de palmas para Karl Marx e disse que o homem novo deve ser filho do casamento de Ernesto Che Guevara e Santa Teresa de Jesus."

Well, seria um estupro, darling!

Marx, o Groucho



Da barbárie à decadência, sem escalas...


Quem gosta de ópera ou de clássicos sabe que o conhecimento e o gosto por tal cultura não é instintivo. Para gostar de uma ópera é preciso acostumar-se com ela, conhecer a história e ouvi-la várias vezes. Não é um conhecimento fácil, assim como não é fácil compreender a arte barroca. São saberes difíceis, que exigem concentração, recolhimento profundidade. Não é para qualquer um no sentido de que nem todos buscam, mas é para qualquer um na medida em que todos podem ter.
Os patrulheiros de plantão diriam que isso é coisa da Zelite. Pode ser, mas não se trata de uma elite financeira, mas sim de pessoas que cultivam a beleza, o recolhimento. As pessoas atualmente só querem o que é fácil, rápido, que não exija recolhimento e silêncio.
O estudo de tais artes promove um indivíduo capaz de crítica, mas principalmente, capaz de ter senso estético. Alguém que leia Balzac, Wilde, Proust, não é capaz de falar aos berros num restaurante, coçar o saco, enfim, agir como um símio. As letras clássicas são um antídoto contra a grosseria e a vulgaridade.
Pois bem, vários livros fundamentais para o conhecimento nunca chegaram ao Brasil. Nosso primeiro doutorado em História da Arte tem apenas dois anos, e nasceu de um esforço particular dos professores da UNICAMP. Seria fundamental que houvesse no Brasil uma editora como a Fondo de Cultura do México que tem um maravilhoso catalogo de clássicos. Quase sempre me sirvo desta editora ( principalmente pelos preços acessíveis ) para comprar livros de que preciso.Enquanto isso, as cartilhas de segundo grau são todas sobre espoliação, não importa qual a matéria (existe um post antigo meu sobre isso, o susto que tomei ao olhar as cartilhas de segundo grau de história e filosofia - está embaixo do post " consumatus est"), o governo investe fortunas em livros e cartilhas que falam todos a mesma coisa! Letras clássicas e boa educação viraram artigos politicamente incorretos, coisas da Zelite. O certo agora é ler livros fáceis da esquerda, nada de Weber, que é muito difícil (aliás, nada de Marx, é muito caudaloso - os livros não podem ter muito mais do que 100 páginas-), Proust é coisa de desocupado rico e boa educação, delicadeza, gentileza são valores vilipendiados e associados à Zelite.
A tal poderosa da minha universidade, que é extremamente grosseira, já me disse várias vezes: eu sou grossa mesmo, sou de esquerda (sic), boa educação é coisa de gente fraca, em cima do muro. Gente riquinha que não deveria estar aqui... nunca consegui discutir com ela, está além da minha capacidade. Da última vez tive um ataque de choro e vomitei. Eu aprendi cedo a jamais gritar ou ser estúpida com os outros. Essas armas eu não tenho. Portanto, eu perco, perco sempre.
Esses são os valores que agora imperam no Brasil. Estamos nos tornando um povo grosseiro, identificado com o que há de pior e vulgar, nivelado por baixo. Esta gente, que fala tanto em construir um país melhor, está transformando nosso povo numa massa de ignorantes incapaz de competir internacionalmente. Quem perde são os poucos intelectuais sérios, que precisam buscar educação e livros fora do país, a peso de ouro.
Conheci um menino de rua na Argentina, ele citava Borges e conhecia Gardel, tinha orgulho de sua cultura. Os nossos meninos mal sabem falar.
Nós não devemos nos enganar: nosso povo está se tornando mais grosseiro do que já era. Com isso está se tornando mais animalesco e mais agressivo. O pouco valor que se dá a vida hoje é conseqüência direta da falta de cultura, da falta de cultivo.
Um povo cultivado é naturalmente mais civilizado e menos agressivo.
Não sei quem disse isso, mas concordo: o Brasil está passando da barbárie à decadência, sem escalas.

Imagem: Jeremias, de Michelangelo, detalhe do teto da Capela Sistina, evoca a melancolia. Ver também: Dürer - Melancolia e o Heráclito-Michelangelo, de Rafael, na Escola de Atenas.

Oriane


Clipping - comentando comentários

Algumas observações sobre os comentários de nossos 400 leitores diários:

"...e esse discurso de não ser nem de direita nem de esquerda é típico de direitistas reacionários que querem enganar os outros e não se reconhecem como de direita. Pelo menos é isso que todo esquerdista diz..."
Pois é, eles dizem qualquer coisa que simplifique os dados de realidade, de forma grosseira. Existe a simplificação inteligente, mas a deles é aquela que elimina partes essenciais do todo, privilegiando as que interessam, em geral, as acidentais. Isso é nítido em discussões com esquerdopatas. Por exemplo: certa vez amigos meus desandaram a conversar sobre místicos cristãos - que raridade!... - desembarcando em Teresa D'Ávila. Pois bem, o máximo que veio à baila foi uma interpretação "erótica" da belíssima estátua de Bernini - ilustração de uma postagem abaixo - é a tal velha história, do tempo da vovó-guru: cada um dá o que tem, não é mesmo? No caso em pauta, o modelito é freudiano, mal lido e pior absorvido, que transforma qualquer coisa num caso de monótono imbróglio sexual.
Da mesma forma, viciados em seus pequenos paradigmas espistemológicos, esquerdopatas só enxergam o mundo a partir daquele esqueminha caduco, intragável, com suas eternas lutas de classe pré-fabricadas, relativismos cínicos, éticas mambembes e outras pragas advindas de um paupérrimo e esclerosado recorte da realidade, sobre o qual o barbudo alemão, pai da raquítica criança filosófica, teve dúvidas atrozes em seus raros momentos de clarividência, ao fim de uma vida repleta de furúnculos morais. Sabe o que é mais? A alma brasileira está em estado de depressão... Haja Stolly, sweetie...

Imagem: metáfora da muderna alma brasileira, carcomida pela esquerdopatia epidêmica, he,he,he...

Marx, o Groucho


A burrocracia acadêmica faz sua vítima!


Vocês devem estar lembrados daquele meu post sobre os burocratas da academia. No final, eu falava daquela minha amiga linda, perseguida pela chefe de departamento feia. Pois bem, ela foi chantageada pela chefe. Isso mesmo, CHANTAGEADA! Agora sabemos porque essas pessoas querem tanto a chefia. É para se locupletar, para usar isso em benefício próprio. Elas disputavam uma bolsa e a "chefe" disse que se, ela não desistisse, faria um parecer negativo sobre ela (estava em estágio probatório). Foi assim, no meio de uma reunião. Todos viram, e vai ficar por isso mesmo. Minha doce amiga, que nunca fez mal a uma mosca, me ligou, arrasada. Foi terrivelmente prejudicada.
Por que os piores sempre se dão bem? Porque são capazes dessas vilanias que, para pessoas educadas, são impensáveis. Os argumentos, então: fulana não precisa, é rica...
Mérito, esforço, tudo isso vai pelo ralo. Minha amiga era melhor, a chefe sabia que ia "dançar". Usou sua triste arma. Não preciso dizer que ela é da esquerda. Daquelas convictas.
Para eles, este tipo de coisa é comum. Os fins justificam os meios, sempre. Ela acha que tem mais direito porque é mais pobre, e vale tudo para suprir essa diferença.
Outro argumento "excelente" usado por ela: diz que minha amiga não pode opinar porque não tem produção acadêmica. Por produção leia-se pontuação da Capes. Minha amiga publicou uns 5 artigos. Todos de vinte páginas em revistas da Europa, revistas de prestígio. A tal chefe-bruxa tem milhares, pois edita uma revista e cada entrevista que ela faz ela conta como artigo. Cada uma dessas entrevistas vale tanto quanto artigos que são quase teses e que demandam meses de estudo.
O destino de nossa academia está nas mãos de gente assim. Vide Emir Sader...
Que horror!...

Oriane


Povo merece sua molusca excelência...


O imperador de Banânia, o molusco lesado, colocou a culpa da violência nas políticas econômicas do passado e disse que a violência é, muitas vezes, questão de sobrevivência. Ele é tão abilolado que pasmem, estava falando do crime dos franceses! O cara não tem a menor idéia do que está falando.
Acorda, molusco burro! O cara que matou os franceses não passava privação, era educado, eles pagaram faculdade para ele. Ele assassinou brutalmente seus benfeitores. Não tem nada a ver com exclusão, necessidade, pobreza. Tem a ver com caráter, tem a ver, senhor molusco, com comportamentos como o seu, pessoas que querem ganhar sem trabalhar, que querem se dar bem em cima dos outros. Na falta de bolsa-ditadura, ele roubava os amigos. Assim como vossa molusca excelência faz: rouba-nos com a bolsa ditadura, a bolsa-reeleição e a graninha do seu filho obeso. Sua excelência é o que de mais podre já houve no Brasil. Explora nossos bons sentimentos em seu favor.
Sabe como é a mentalidade do assassino? Largou a faculdade porque não queria estudar, assim como o senhor molusco não quis. Dá muito trabalho, não é mesmo? Trabalho é chato, mas como fazer para comprar o tênis da moda? Ou a camisa oficial da seleção? Ou consumir tudo o que se quer? O cara deu um desfalque de 80.000 reais. Necessidade? Isso é um dinheirão! Para quê? Provavelmente para comprar a chuteira do Ronaldinho ou um loira cachorra qualquer.
Essa é a mentalidade do nosso povo...

Oriane


Um surto: contraditório para petralhas e a divina Scarlett.


Prosseguindo em nossa campanha converta um petralha no próximo verão, aí vão os meios para se atingir um razoável equilíbrio analítico, em termos de se estabelecer o contraditório em questões rotineiras, relativas ao embate (???) esquerdo-diretóide (consultar Jung, que inventou o... psicóide !). Na verdade, estamos às voltas com um delicioso surto de implicância pedagógica, mas vá lá... Ah, antes que eu me esqueça, esse post vai, com todo respeito de Buffalo Bill por Touro Sentado (eles eram amigos, eles eram!), para nossa indignada-full-time-Juju.
Você adorou "Olga" e "Os diários de motoclicleta"? Leia o livro-reportagem de William Wack, Camaradas, em seguida ao Manual do perfeito idiota latino-americano, de Álvaro Vargas Llosa et alii. Acha que Stalin pirou (sífilis, essa burguesinha...) e traiu as idéias de Lênin e Paul Paul McCartney? No mesmo barco, o amarelo Mao, o afrancesado Pol Pot et caterva? Tente encarar O livro negro do comunismo, de Stéphane Courtois e Jean-Louis Margolin.
Tem como ponto pacífico que Marx era um cara cheio de boas intenções? Leia Paul Johnson, em Os intelectuais. Crê piamente que o barbudo alemão era um gênio da Filosofia? Procure um capítulo sobre ele na História da Filosofia de Júlian Marías. Depois, para destrinchá-lo visceralmente, vá de Raymond Aron, em O marxismo de Marx.
Detalhe importante: pegue esses textos com Chauí e Sader à mão. Afinal, é MESMO para chafurdar nas diferenças conceituais, sem dó. Se ficar muito caro comprar tanto livro, apele para a política educacional do Kaiser, que faz tudo pela boa leitura "nestepaiz". Há milhares de excelentes bibliotecas públicas - atualizadíssimas com o que há de melhor no planeta, desde os papiros de Cleópatra às confissões da Surfistinha! -, acolhendo pessoas ávidas por publicações de TODO o TIPO. Eis aí o espetáculo de crescimento intelectual!
Dica-bônus: tá de mau humor, tá ranzinza, tá cuspindo marimbondo? Alugue filmes dos Irmãos Marx, episódios das AbFabs, assista a turma do Monty Python ou veja A noviça rebelde de trás para frente porque dizem que é tremendamente esotérico!
Se tudo for inútil, reveja ... E o vento levou, especialmente as cenas em que a divina Scarlett O'Hara termina suas falas com a antológica expressão I won't think of it now.... I'll think of it tomorrow.

Imagem: Vivian Leigh, a insubstituível intérprete de Scarlett O'Hara.

Marx, o Groucho




Saturday, November 03, 2007

Oriane, a revolta de uma furiosa convertida em analítica!











Aconteceu assim: estava passeando na praia, as nuvens se abriram e Deus falou comigo. Simples assim. E disse: “filha, tu só te preocupas ( sim, Deus sabe usar a segunda pessoa) com coisas terrenas, deves procurar as coisas do espírito...”.

Quando Deus fala conosco, bem, a única coisa a fazer é obedecer....

Amigos,

Desapareci por dois meses sem dar muita satisfação. Não sei se isso é contra a etiqueta blogueira, mas não havia espaço mental para alimentar o blog e meu interesse pela política acabou inteiramente. Percebi o óbvio: uma minoria razoavelmente esclarecida não está conseguindo ser um contraponto à maioria favorecida por ações assistencialistas que, a curto prazo lhes alivia a penúria e que a longo prazo acabará com todos. Não sei mais que tipo de coisas ainda se pode dizer contra a ignorância, contra o comportamento bovino das massas.

Acabei por me voltar inteiramente para o meu estudo. Isso me remete a um paralelo interessante: quando resolvi estudar filosofia queria saber de onde vinha, o que era, para onde ia. Acabei levando uma lição de humildade e hoje estudo filosofia da linguagem para conseguir saber se o que dizemos corresponde ou não a uma realidade de mundo.

Para tanto preciso estudar as noções de Russell sobre Descrições Definidas e Nomes Próprios. Depois, sou obrigada a ler as objeções de Frege à Russell. Depois, é claro, as objeções de Kripke à Frege. E as objeções de Lycan, e as de Putnam, o solipsismo Talibã de Berkeley e as objeções de Quine. Enfim, estudamos ainda filósofos que estão vivos e discutindo furiosamente o que são palavras e frases e o que elas realmente significam. Essa questão acaba por aproximar definitivamente a filosofia da matemática na medida em que a lógica pura lida, assim como a matemática, com raciocínios puros. No estudo profundo da filosofia da linguagem a metafísica é fundamental: seriam os objetos idéias puras ou uma referência a coisas que existem?

Tudo isso para descobrir por que o ente e não antes o nada...

É por essas e por outras que Lula e sua trupe de ignorantes não me interessam mais. Prefiro pensar em coisas mais edificantes. Se os leitores deste blog só nos visitam para ouvir impropérios contra essa gente, não se preocupem: continuo furiosa e louca por lançar vitupérios contra esse bando de novos-ricos-sem-gosto-e-sem-cultura. Mas, por hora, estou num momento mais filosófico.

Como já disse anteriormente: ordens superiores...

Oriane – num momento puro-espírito...

Sunday, October 28, 2007

Che e Huck, unidos por um Rolex...


Ah, os meandros da lógica, que delícia...
Che Guevara, aquele asmático incorrigível e assassino trapalhão, - quem diria? - era chegado a um ícone do luxo desprezível das elite branca! Disse Elio Gaspari que o herói dos "incluídos do lado de fora" usava um Rolex quando foi morto pela pífia e descamisada polícia boliviana. Mais: ele tinha um outro e, talvez, um terceiro, não localizado, provavelmente roubado pela raça humana, essa incorrigível criatura que desdenha das ideologias ao se deparar com um objeto, digamos, de certo valor comercial, tudo por culpa do capitalismo selvagem, é claro!
Então, como ficamos? Ora, usando a fantástica fábrica de silogismos fajutos da esquerda (leia-se, incapacidade de formular corretamete as relações lógicas), podemos inferir o seguinte:
Premissa maior -
Todas as pessoas que usam Rolex são porcos capitalistas exploradores e merecem, por isso, serem assaltados pela bandidagem, como ocorreu com Luciano Huck.

Premissa menor -
Che Guevara gostava de usar um relógio Rolex - (e, pelo visto, guardar mais dois, de reserva.)
Conclusão inevitável:
Che Guevara era um porco capitalista e merecia ser assaltado.


O complemento necessário ao silogismo acima fica por conta da polícia da Bolívia, comprovadamente inepta até a medula, que exagerou no assalto a Che e acabou por matar o cara só para ficar com o cobiçado relógio - se Che tivesse sido preso na Suiça, talvez tivesse conservado o relógio e a vida: por lá eles estão cansados de ver as horas em máquinas de fino trato.
Essa incompetência latrino-americana é terrível...

Marx, o Groucho, pensando seriamente em comprar um Rolex com tutu de uma ONG, ou seja, com dinheiro público. Assim, em caso de assalto, todos os que pagam impostos estarão sendo punidos, inclusive o ladrão.

Tuesday, October 23, 2007

John Wayne, quem diria, acabou no Bope!


O feitiço está virando contra o feiticeiro? Pois é. Banânia é o país onde todos esperam por algo que não chega nunca, uma tonelada de vergonha na cara. Mais uma vez é preciso alertar sobre o que está por baixo dessa situação psicológica nada saudável: a promoção de um caos social absolutamente propício à tomada de poder, às escâncaras, pela esquerdopatia reinante. Isso aconteceu na Alemanha e pariu Hitler; aconteceu na Rússia e pariu Stalin. Em Banânia, quem será parido?
Todos os setores da sociedade, em maior ou menor escala, estão sob o jugo de uma hipnose imbecilizante, programada, há anos, com o propósito de emperrar o raciocínio correto, uma crítica honesta que permitiria reverter o quadro de insanidade que nos sufoca. A Razão foi expulsa a pontapés, e o que ficou em seu lugar foi a manipulação emocional das pobres almas tupinicóides, situação perfeita para a remoção completa do Estado de Direito. A desmoralização sistemática dos poderes que caracterizam a democracia - com a conseqüente promoção de uma conveniente histeria coletiva - é o cavalo-de-Tróia que promoverá sua derrocada, pois quando todos abdicam, por descrença total em tudo, de recorrer aos poderes constituídos (especialmente ao Judiciário), é a hora de o lobo assumir as funções de justiceiro, de grande líder e paizinho dos desesperados, ocupando os espaços transformados, propositalmente, em terra-de-ninguém. Mas, felizmente, nem tudo é perfeito nesse tabuleiro de xadrez. Querem um recente e claríssimo sintoma disso? Os aplausos que eclodem nas salas de cinema, totalmente catárticos, a favor das ações do Capitão Nascimento, parecem indicar que o "inconsciente dos embananados" grita por um herói, exige que alguém assuma a função desse arquétipo, "arrumando a casa" e equacionando os problemas que sinalizam o referido caos estatégico. O problema é que a esquerda acaba de levar um susto, posto que algo atravessou o samba de seus planos: o povão, pelo menos por enquanto, identificou a figura do herói na pele "errada"! Isso é preocupante, não é mesmo? Fazem a cama para um líder esquerdopata se esbaldar, mas quem se deita nela é um cara da... polícia, um dos setores marcados pela desconstrução tática das esquerdas. Algo está dando errado! Que chato... Será que aqueles filmes hollywoodianos da década de cinqüenta, em especial os de Far-West, deixaram algum resíduo na mente das pessoas? Estão ressuscitando o mocinho errado, reencarnaram o John Wayne? Taí! A culpa, de novo, só para variar, é dos americanu!
O que ainda pode salvar Banânia é a sua exasperante vocação para a falta de profissionalismo. Gramsci deve estar se revirando no túmulo...

Imagem: John Wayne, no filmaço Rastros de ódio.

Marx, o Groucho, fazendo treinamento no Bope.