Saturday, March 29, 2008

A "descobertura" do Jornal Nacional: cadê Cícero???


Em meio a mais uma tempestade de canalhice e empulhação do governo do Keiser, o que poderia se esperar do principal informativo da TV nacional? Uma ampla cobertura, certo? Uma chamada significativa na abertura do jornal, mais uns trinta por cento do tempo do programa dedicado à informação precisa sobre o que está ocorrendo no coração de Banânia, nos bastidores da Máfia que nos protege. O que aconteceu ontem no Jornal Nacional? Nada. O escândalo 4571 do desgoverno Lula ficou perdido num emaranhado jornalístico que ia da epidemia de dengue no Rio de Janeiro à cobertura dos resultados do Bolsa-família do... desgoverno Lula! Pelo visto os desmandos com a "coisa pública" viraram mesmo rotina, como uma gripe que se alivia com uma boa dose de aspirina. Quem se importa? A OAB com seu discurso sofístico que quase sempre nada diz de concreto? A oposição que perdeu o bonde do "impeachment" em 2006? Tirante as vozes de sempre, quem mais se habilita a, FINALMENTE, provar que a mulher de César TEM de parecer honesta SE é honesta? Parecer canalha, se comportar como canalha e falar como canalha são características típicas de canalhas. Quem se diz "outra coisa", que aja em conformidade com esse outro "padrão".
Estamos em 2008, segundo mandato do Keiser de Banânia. Nada mudou. Aí está outro apetitoso escândalo, tão cabeludo quanto aqueles dos anos anteriores. Até quando, Catilina-Lula - parafraseando Cícero -, vai ficar por isso mesmo???
Este é um país de idiotas.

Imagem: Cícero, o pai das Catilinárias, uma série de discursos feitos contra Catilina, um sujeito que tentava transformar o senado romano em sucursal de Brasília. Precisamos de alguém que escreva as petelinárias...

Marx, o Groucho, vestindo toga.

Friday, March 28, 2008

Pois é... apertem os cintos, o povo sumiu!


Este texto ótimo é da lavra da socióloga Maria Lucia Victor Barbosa. Ele vem a propósito da atual situação de Banânia, que parece um avião desgovernado indo direto para a "não-pista" de Congonhas. Sem piloto e sem povo, o que será que vai acontecer? Maria Lucia nos apresenta uma série de boas hipóteses, bem fundamentadas historicamente.

ELES TÊM POVO, E NÓS?
por Maria Lucia Victor Barbosa
Em 1881, na sua obra L’esclavage ao Brésil, o francês Louis Couty escreveu: “O Brasil não tem povo”. “Em nenhuma parte se encontrarão estas massas fortemente organizadas de produtores livres e agrícolas ou industriais, que, em nossos povos civilizados são a base de toda riqueza, bem como não se acharão massas de eleitores sabendo pensar e votar e capazes de impor ao governo uma direção definida”.
Este perfil da sociedade brasileira, descrito por Couty, nos remete a outras recordações. Sem nenhuma conotação terceiro-mundista de complexo de inferioridade, vem à lembrança que, enquanto a Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII na Inglaterra, dali se espalhava para o continente europeu e alguns lugares do mundo, no Brasil não se podia sequer falar em evolução agrária um século depois. Assim, enquanto a partir do Império Britânico se desenvolveram a técnica, a ampliação de mercados, o capitalismo industrial, na ex-colônia portuguesa utilizava-se até fins do século XIX o escravo no lugar da máquina, a força bruta em vez da tecnologia. E sob a mentalidade da Contra-Reforma, anticapitalista e antiprodutiva, o legado lusitano de lucro fácil e aversão ao trabalho metódico e produtivo, imprimia no tecido social os comportamentos que fazem de nós em grande parte o que somo agora.
Lembremos também que nosso Executivo já nasceu forte, assim permanecendo até hoje. E mesmo quando esse Poder, ao longo da história, deixou a desejar, tal fato não estimulou em nosso povo atitudes revolucionárias ou mesmo reações de protesto que, se aconteceram partiram de alguns grupos e não da sociedade como um todo.
A explicação de nossa proverbial passividade deve ser buscada em nossas raízes e como tão bem enfatizou Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil:
“Entre nós, o domínio europeu foi, em geral, brando e mole, menos obediente a regras e dispositivos do que a lei da natureza. A vida aqui parece ter sido incomparavelmente mais suave, mais acolhedora das dissonâncias sociais, raciais e morais. Nossos colonizadores eram, antes de tudo, homens que sabiam repetir o que estava feito o que lhes ensinara a rotina”.
A Espanha, que na bela imagem de Fernando Diaz Plaja “é como um licor forte que pode ser apreciado ou detestado, mas nunca bebido com a indiferença com que se toma um copo d’água”, legará também ás suas colônias seus valores, seu radicalismo. O espanhol foi deixando seu rastro, engendrando com as índias uma raça mestiçada, os crioulos, que herdaram os valores de Castela: orgulho, honra, coragem, fidalguia, aversão ao trabalho manual, individualismo.
A partir de 1810, inicia-se o processo de independência das colônias hispânicas com a participação de seus povos, algo que não ocorreu no Brasil. Entretanto, as revoluções das oligarquias nativas continham muito mais o elemento da tradição do que o da mudança. O que se desejava alterar era a composição do poder e não sua essência. Desse modo, surgirá na América de origem espanhola o desequilíbrio estrutural cujas manifestações mais graves e até hoje sentidas são a instabilidade política, o atraso econômico e, no plano cultural a desconfiança generalizada e o individualismo.
Mesmo assim, vemos hoje com relação a comportamentos cívicos, a diferença entre nós e os demais países latino-americanos. Estas sociedades são capazes de reação diante de governos considerados inaceitáveis ou pouco convincentes.
Vimos isso há pouco tempo na Venezuela, no movimento organizado por estudantes que disseram “no” ás pretensões de Hugo Chávez de se consolidar como ditador. Observamos o apoio do povo colombiano ao seu presidente Uribe, nas manifestações contra as sanguinárias Farc. Não têm faltado insurgências de bolivianos contra Evo Morales. E agora a classe média argentina está arregimentada e indo às ruas fazer “panelaços” contra a elevação de impostos das exportações de grãos.
No Brasil, o MST recrudesceu em violência, destruição, desrespeito á propriedade e ninguém tomou conhecimento. Uma epidemia de dengue, antes negada pelo ministro da Saúde, avança no Rio de Janeiro ceifando vidas, principalmente de crianças, e com possibilidade de se alastrar para outros Estados. Mas o presidente disse que nossa Saúde está perto da perfeição e todos acreditam. A violência urbana mata como se estivéssemos em guerra e as pessoas se deixam matar como moscas sem reclamação. A corrupção governamental é tanta que se banalizou e é tida como natural. E quando o presidente Luiz Inácio, tendo um ataque agudo de chavite diante do ditador de fato da Venezuela, bravateia em Recife como um Odorico Paraguaçu, que ligou para o presidente Bush e disse: “Ô Bush, o problema é o seguinte, meu filho: nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo, vocês vem nos atrapalhar, pô? Resolve! Todo mundo embevecido aplaude e a aprovação do grande líder sobe.
Será que passado tanto tempo depois da visita de Couty, ainda não temos povo?
Marx, o Groucho, vestindo um pára-quedas...

Monday, March 17, 2008

Lá vai o justo contraditório!

Lá vai o texto recomendado pelo nosso querido William, rebatendo o post sobre o garoto - o Portellinha - que foi impedido de estudar etc e tal. Só lembramos aqui que o cerne da questão é o mesmo, tendo em vista um outro episódio ocorrido há mais tempo, em Brasília, de um casal que educou os filhos em casa e depois não conseguiu que eles fizessem uma prova para obter um certificado escolar reconhecido pelo famigerado MEC: tiveram de entrar na justiça para ter o direito de educar a prole com seus próprios recursos e segundo seus próprios padrões de exigência intelectual. O espírito da coisa não muda, apesar das observações rigorosamente pertinentes de um de nossos 400.000 comentaristas. Na verdade não há interesse algum das "otoridades" de Banânia em que os melhores neurônios estudantis cresçam e apareçam sob o signo da batuta familiar. A palavra de ordem é o nivelamento "a nível de" presidência, para que a porção de imbecilidade totalitária seja distribuída igualitariamente pela terra brasilis. E revoguem-se as disposições em contrário, pois, afinal, essa é a Máfia que nos protege, hehehe...



Universitário de oito anos desiste de cursar direito na Unip


Publicada em 08/03/2008 às 18h31mO Globo Online
"RIO - João Victor Portellinha, o garoto de oito anos que foi aprovado para direito no vestibular da Universidade Paulista de Goiás (Unip), em Goiânia, decidiu que não fará o curso. O jovem universitário fora barrado na entrada da Unip, na última quinta-feira , quando tentara entrar na instituição para o seu "suposto" primeiro dia de aula. A decisão foi anunciada durante uma entrevista para o site UOL. (Entenda o caso: Menino de 8 anos passa para a faculdade)
- Acreditamos que a faculdade não mereça o João Victor como aluno já que não teve o respeito de recebê-lo e a responsabilidade de tratar o assunto como algo sério - disse o pai do menino, Willian Ribeiro ao site. Ele descartou entrar na justiça contra a universidade.
Os pais de João Victor chegaram a ir para São Paulo para uma conversa com o diretor geral da universidade, professor José Augusto Nasser. Eles pediram a permissão para que o garoto assistisse às aulas do curso de direito como "treineiro" no campus de Goiânia. (Saiba mais; universidade vai mal na prova da OAB)
O pai de João Victor disse na entrevista para o site que nos próximos dez ou quinze anos será normal garotos com a idade de seu filho cursando uma faculdade, assim como advogados exercendo a profissão com apenas 15 anos.
- A humanidade está evoluida. Para você ver, hoje as crianças já nascem até com dente. Eu sugiro que as universidades particulares comecem a preparar um ambiente para jovens dessa idade. A estrutura da educação está muito arcaica e precisa evoluir - discursou
Apesar de estar um ano avançado na escola, João diz que não se considerar uma criança superdotada, e como qualquer garoto gosta de brincar e jogar futebol. Perguntado por um internauta qual lei ele criaria se pudesse, o menino, que sonha ser juiz federal, disse obrigaria a construção de guaritas em todas as florestas para evitar que as pessoas desmatem a natureza, e também o uso de um filtro no cano de desgarga dos carros.
O ministro da Educação Fernando Haddad classificou a aprovação do menino de preocupante e informou que o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, vai avaliar o teste aplicado pela Unip. (Leia também: MEC vai investigar faculdade que aprovou menino de 8 anos).
A família agora aguarda novo calendário de exames vestibulares para que João Victor possa, novamente, disputar uma vaga em outra universidade."

Marx, o Groucho

Sunday, March 16, 2008

A Máfia que nos protege...


Bertolucci fez um filme, há anos, muito bonito e enigmático: O céu que nos protege (1990, baseado no livro de Peter Bowles, "The Sheltering Sky") . Areia, camelo e calor para todo lado, puro Saara. Corrupção, aridez existencial, falta de comunicação, o exotismo da presença do outro - e de outra cultura - na vida de um casal de turistas corroídos pelo solipcismo etc. Ok, vejam o filme...
Por aqui, o filme é outro: A máfia que nos protege. Lendo o post abaixo, o do garoto que o Estado de Coma Brasileiro não quer que estude, percebemos o quanto o veneno ditatorial da esquerdopatia se insinua sob as mais variadas capas de "proteção" ao pobre indivíduo de Banânia, nos melhores moldes da Máfia italiana. É o mesmo estilo, só que mais camuflado ainda. As pessoas que pagam proteção à Máfia sabem exatamente em que camisa-de-onze-varas estão se metendo, sabem do perigo, sabem que isso tudo é pura extorsão, bandidagem impiedosa. Em Banânia, muito antes pelo contrário, "as gentes" (lindo isso, não?...) se entregam à boca das hienas - sem essa de "leão", um bicho lindo! - de bom grado, caminham para o cadafalso tributário com um riso imbecil na boca, votam alegremente nos mesmos quadrilheiros para dar continuidade à mesma situação vexatória de paiseco terceiro-mundista, com uma educação de baixíssima qualidade, um sistema de saúde indecente, uma malha rodoviária vexaminosa, um aparato policial ineficiente, um caos total.
Ao mais, todas as instituições democráticas estão sendo desmoralizadas paulatinamente pela crônica chantagem da esquerdopatia que grassa em Brasília, e grande parte da imprensa se encontra cooptada pelos milhões de reais roubados ao povo mais beócio, mais mal informado, mais traído do planeta. Tudo em nome do social, tudo em nome de um país melhor, tudo por conta do politicamente correto, tudo para o bem de todos e felicidade geral desta REALMENTE riquíssima nação.
A nossa Máfia é pior do que a deles... Cadê o Eliot Ness??? Ou talvez o monstro do lago Ness?

Imagem: Robert Stack, na pele de Eliot Ness, do seriado Os intocáveis, e Debra Winger, no citado filme de Bernardo Bertolucci.

Marx, o Groucho, enlouquecendo de vez.

Thursday, March 13, 2008

E ainda acham que "estepaiz" é democrático...

O texto abaixo saiu no Estadão. Observem a loucura! Essa gente - OAB, PQP, a turma do MEC e associados... - arrota regras estapafúrdias, manipula a opinião pública, chama urubu de "meu louro", tudo sob a falsa legenda de "instituições democráticas", amantes da liberdade etc e tal - só se for da deles, hehehe....

Deixem o Portellinha estudar em paz
por Alexandre Barros (O Estado de S. Paulo 12/3/2008)

"Portellinha, contrariamente à impressão que o nome pode dar, não é perigoso traficante, compositor de samba ou bicheiro. Da mesma maneira que Luca Paccioli não é poderoso chefão da Máfia.
Paccioli, frade italiano, viveu entre 1445 e 1514. Foi professor de Matemática de Leonardo da Vinci e inventou a contabilidade de dupla entrada: receita e despesa. Sem ela não existiriam empresas modernas, pois não haveria como medir receita, despesa, lucros e perdas. Foi um dos maiores inventores da história do capitalismo, segundo Goethe.
João Victor Portellinha de Oliveira tem 8 anos (nem 18, nem 28). Mora em Goiânia. Inscreveu-se, pela internet, no vestibular de uma faculdade de Direito. Fez a prova em pessoa e ninguém o impediu. Foi aprovado. Matriculou-se.
Como você é fantástico, Portellinha. Precisamos de gênios. Políticos discutem como melhorar a educação. Você melhorou a sua, por conta própria. Ganhou, mas, se depender da OAB e do governo, você não vai levar.
Que bom que a IBM, quando desenvolveu o microcomputador, não exigiu diploma de um menino maluquinho chamado William Gates III, que havia largado a faculdade.
Se o maluquinho do William Gates III não tivesse sido contratado pela IBM para produzir o sistema operacional dos primeiros computadores pessoais, você não teria na sua mesa um computador com Windows. Eu não teria acesso à internet e não poderia ter feito, com precisão, a maioria das citações contidas neste artigo. Não saberíamos o que é um e-mail nem poderíamos ler o Estadão na tela. O mundo não seria o que é nem o terceiro homem mais rico do mundo se chamaria Bill Gates.
A OAB suspeita que o exame de admissão da faculdade não foi sério. Mas, mesmo que tenha sido sério, a OAB argumenta que um jovem de 8 anos não deveria ter sido autorizado a prestar o exame porque não pode ter maturidade para ser advogado.
Se o Portellinha vier a cursar a faculdade, seus pais estão dispostos a pagar pelo curso do filho. O que a OAB tem que ver com isso? E os burocratas do Ministério da Educação que dizem que ninguém pode cursar um curso superior sem antes haver feito os cursos inferiores? Mesmo que o interessado pague por isso e não ponha em risco a vida de ninguém, não pode.
Recentemente saiu a notícia de que as passagens aéreas dentro da América do Sul vão baixar de preço, gradualmente, até setembro de 2008. Isso quer dizer apenas uma coisa: até agora o governo nos protegeu contra preços mais baixos. Preferimos não ter essa proteção. Da mesma maneira que as tarifas aduaneiras nos protegem contra produtos importados mais baratos. Proteção desnecessária e indesejável.
Çábios (obrigado, Elio Gaspari) e autoridades de Ordens e Conselhos dizem que nos protegem do que não queremos ser protegidos. Potoca, apenas defendem seus associados contra concorrentes mais competentes ou que cobrem preços mais baixos.
Recentemente, Alan Robert, alpinista francês, escalou o Edifício Itália, no centro de São Paulo. No fim de sua maratona foi detido pela polícia e teve seu passaporte retido. Acusação: periclitação de vida.
Fica a pergunta: por que o Alexandre Barros tem o direito de andar de moto a 230 km por hora e ainda ganhar dinheiro e fama por isso e o escalador não pode subir o Edifício Itália, empreitada na qual ele só está arriscando a própria vida?
Já pensaram se o governo tivesse proibido outro jovem maluquinho de correr feito um desesperado em automóveis? Não teríamos tido Ayrton Senna. Morreu de acidente. Risco dele. Ninguém tinha nada que ver com isso. Estava arriscando a própria vida, e só ela. Virou herói nacional. Sua irmã faz obras de caridade com a herança dele.
Que culpa tem o Portellinha se os senhores da OAB só tiveram competência para virar advogados depois dos 18 anos? Com freqüência, com mais de 20.
A Universidade de Chicago tem 81 Prêmios Nobel (só de Economia, 25) e não exige nenhum diploma para que alguém estude ou lá desenvolva pesquisas. Qualquer pessoa que lá queira estudar ou desenvolver um projeto científico interessante pode, independentemente de sua idade e de cursos anteriores.
É claro que entrar para Universidade de Chicago assim, do nada, não é simples nem rotineiro, mas a porta está aberta. Basta ir lá e pedir para conversar com um grupo de professores que entendam do tema. Se conseguir convencê-los de seu mérito ou de sua criatividade, poderá ser admitido. A rigor, não precisa ter passado nem pelo jardim da infância.
Estou seguro de que alguns, ou muitos, não conseguiram transpor essas barreiras por insegurança dos mais velhos, ameaçados pela inovação e pela competição.
Deve ser por isso que Robert M. Hutchins, reitor da Universidade de Chicago entre 1929 e 1951, disse uma vez: “Depois de uma longa e penosa experiência, cheguei à conclusão de que professores são um pouco piores do que algumas pessoas, e cientistas são um pouco piores do que alguns professores.”
Pela lógica dos protetores do Portellinha, Hutchins nunca teria sido reitor da Universidade de Chicago. Foi escolhido para o cargo aos 29 anos e nele permaneceu por 21 anos.
Se deixarem o Portellinha cursar a faculdade de Direito e, o que é pior, se ele der certo (apesar de todas as cascas de banana que colocarão no seu caminho), o que vai ficar claro é que os escudos de competência atrás dos quais se defendem profissionais de todas as profissões vão derreter-se.
O problema não está nos precoces. Acho que decifrei a charada: está nos velhos! Os velhos é que têm medo da competência e da concorrência dos novos.
Conselhos e Ordens só cumprem uma função: protegem os consumidores contra preços baixos, eliminando a concorrência."
Imagem: o terceiro cara mais rico do mundo.

Marx, o Groucho, brindando à burrice nacional com ... Bollystolly!

Tuesday, March 11, 2008

Reportagem sobre a China no cangote do Tibete: e se o sinal fosse invertido?

Reportagem da revista Época (janeiro de 2008), extensa, conta as agruras tibetanas em mãos chinesas desde a invasão. Ela fala da política chinesa de terra arrasada, conta das manobras chinesas para destruir os traços da cultura local que ainda insiste em resistir ao estupro ideológico chinês; narra como os chineses lidam com o turismo interno - preferencial, é lógico - e o externo - severamente controlado, é lógico também... - de modo a evitar as péssimas influências estrangeiras e o mau comportamento dos simpatizantes da causa tibetana que, eventualmente, teimam em defender suas convicções "separatistas".
É chinês para cá, chinês para lá, tudo muito direitinho, com todos os "efes e erres" de uma reportagem bem feita: estatísticas, entrevistas oportunas, lindas fotos etc. Vamos, agora, ao espírito da coisa: em nenhum momento do texto aparecem as palavras comunista ou comunismo, deu para entender? As idéias totalitárias são chinesas, as manobras políticas são chinesas, a opressão burocrática é chinesa, a "grife" da mão de ferro que esmaga os tibetanos é exclusivamente chinesa. Não há a mais leve alusão ao regime comunista que inspira o comportamento "humanitário" dos... chineses!
Invertam os sinais da matéria de Época, imaginem os americanos - ou gente dessa banda infecta - cometendo todos esses delitos execráveis e façam suas apostas para avaliar o grau de incidência das palavras "imperialismo", "capitalismo" e "extrema direita" no texto dessa hipotética reportagem.
É isso aí, como sempre dizemos por aqui: toda manipulação das pobres gentes começa e acaba nas garras do discurso. E dá-lhe língua de pau!!!
PS: quem quiser dar uma olhada na causa tibetana espie aqui.
Imagem: a portentosa muralha da China, expressivo símbolo para os que entendem símbolos...

Marx, o Groucho

Sunday, March 09, 2008

Um pouco de Fritz Perls e invasão de territórios...


I do my thing and you do your thing. I am not in this world to live up to your expectations And you are not in this world ...

Essas palavras são de Fritz Perls, pai da Gestalt-terapia. Traduzindo, o trecho nos diz que não estamos no mundo para satisfazer as expectativas alheias nem vice-versa. Assim, cada um trata de si e Deus de todos, o que não significa, em momento algum, que devemos chafurdar em solipcismo neurótico, muito antes pelo contrário: somente quando estamos realmente atentos ao nosso "eu" é que podemos entrar em contato vibrante, direto e transparente com o "outro", o que caracteriza um estado de autêntica liberdade de expressão. Tudo o que foge a isso corre o risco de cair no chavão, no repeteco requentado, no clichê estéril, na manipulação do ambiente, na representação, enfim, de tudo o que verdadeiramente não somos.
Em teatro tal idéia é mais nítida ainda, em especial para os que o estudam a sério. Saber a diferença entre representar e interpretar é o divisor de águas entre um bom e um mau ator. Ora, todos nós estamos o tempo todo nessa encruzilhada: ou estamos NOS interpretando ou estamos representando algum papel completamente incompatível como o nosso ser. Essa segunda instância é a mais corriqueira, é claro. Por conta dela, vive-se numa intragável atmosfera de falsidade e hipocrisia, onde qualquer senso de realidade é mero acidente de percurso.
Toda essa lenga-lenga psicológica vem a propósito da enjoativa patrulha ideológica que a esquerda costuma "perpetrar" contra os que discordam de suas idéias emboloradas: eles realmente se metem onde não são chamados, bem-vindos ou requisitados. É uma turma que precisa de tratamento urgente, uma terapia que os faça compreender o básico do enunciado de Perls, em bom português camoniano: metam-se com as suas coisas enquanto nos metemos com as nossas. Qualquer ultrapassagem desses limites existenciais nos autoriza a ação imediata, a retaliação, o bombardeio do território que fica pra lá de Marrakesh, como Uribe no Equador, hehehe...
(Ei, turma da Geografia fajuta, não vão pôr Marrakesh na América bolivariana, please!)
Imagem: Fritz Perls, de bom humor...
Marx, o Groucho

Wednesday, March 05, 2008

Víboras em sala de aula..


Lá vamos nós de novo para a sala de aula, ouvindo a mesma lenga-lenga de sempre, o mesmo discurso tosco, boçal, de alunos que, em sua esmagadora maioria, não sabem direito o que é certo ou errado em NENHUM contexto. Alunos que arrotam auto-suficiência e impudica arrogância como se já tivessem nascido com o dom da sabedoria-sem-esforço-algum. Eles não lêem nada mas sabem tudo.
Eles são orgulhosos desse pseudoconhecimento inato e o atiram ao rosto do professor sem a menor cerimônia. Eles pisam e esmagam a voz dos pouquíssimos colegas que escaparam da peste que os contaminou - eles são os embriões dos tiranetes do futuro.
Eles não sabem o que são valores. Eles desconhecem o que é hierarquia. Eles ignoram o que é história, tradição, cultura geral. Eles destilam seu ódio gratuito a tudo aquilo que solenemente juraram não estudar porque dá um imenso trabalho a seus parcos neurônios embotados pelo consumo de drogas: lógica, religião, hitória das civilizações, filosofia, gramática... Eles confundem, em conseqüência dessa catastrófica falta de educação, alhos com bugalhos, as essências com os acidentes, os meios com os fins, as causas com os efeitos e, sobretudo, libertinagem com liberdade.
Eles cospem chavões como se fossem máximas do oráculo de Delfos, eles são as pequenas víboras gestadas pela sistemática infiltração esquerdopata na esfera educacional de Banânia ao longo de décadas. Eles são os canalhas de amanhã, instalados no poder.
Pobre país o nosso, incubadora maldita de seres acéfalos.

Marx. o Groucho

Monday, March 03, 2008

Chega de bandalha no Itamaraty!


Uma dica do Reinaldo sobre mais um vexame de Banânia:

"Envie seu protesto ao Itamaraty e ao Senado contra a o apoio covarde do governo brasileiro às Farc e aos filoterroristas Chávez e Correa. Em linguagem respeitosa, envie o seu protesto ao Itamaraty contra a posição do governo brasileiro em face da agressão de que é vítima o povo colombiano. Envie os e-mails para os seguintes departamentos:

- Assessoria de Imprensa do Gabinete do ministro Celso Amorim
imprensa@mre.gov.br
- DEA - Divisão da Organização dos Estados Americanos
dea@mre.gov.br
- DHS - Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais
dhs@mre.gov.br

Envie, depois, uma cópia de seu protesto para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Não é preciso mandar cópia a todos os membros. Basta que ela chegue ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o presidente.
O e-mail do senador é este:
heraclito.fortes@senador.gov.br
Espalhe esses endereços na rede."


Imagem: o palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, ex-símbolo de dignidade diplomática...

Marx, o Groucho, enjoado de tanta baixaria...

Saturday, March 01, 2008

O hábito não faz o monge nem o presidente...


Cargos não conferem autoridade automática a quem os ocupa se não houver respeito ao ritual que eles exigem, ou seja, um conjunto de parâmetros normativos pelos quais seus eventuais ocupantes devem se pautar, demonstrando que estão realmente à altura da responsabilidade de que foram investidos. Parece complicado? Não, não é. O Keiser, trocando em miúdos, não tem carta branca para pisotear a função de que foi democraticamente investido. Sua conduta como chefe executivo "destepaiz", simplesmente porca em todos os sentidos, o desinveste de suas prerrogativas presidenciais. Seu discurso tosco, boçal até a medula, petulante, desafiador, cada vez mais delirante em sua euforia megalômana de "dono da bola" e ungido do deuses, precisa encontrar, no que resta de lucidez desta pobre sociedade brasileira, uma resposta contundente, desassombrada, justa, corajosa e, sobretudo, eficiente.Alguém tem de dizer que o rei está nu, com a mão no cofrinho público, a cabeça nas nuvens do Aerolula e os pés na jugular de quem sustenta verdadeiramente esta nação. Mas isso tem de ser feito às claras, sem rapapés e meias palavras, o que é pura perda de tempo quando o inimigo já dominou quase todo território disponível, a começar pelas consciências maltrapilhas que se recusam a enxergar a desfaçatez desse títere da esquerdopatia mundial.

Marx, o Groucho