Wednesday, July 25, 2007

Vídeo libertador

Encontrei esse vídeo no blog do Nemerson - Resistência -. Não aguentei e peguei. É para lavar a alma. ATENÇÃO: os mais sensíveis que detestam palavrão: não olhem. Para os que estão, como eu, morrendo de raiva do PT e sua corja, bem, é libertador.



E agora todos em coro...

Oriane

Tuesday, July 24, 2007

Sarkozy x Lula


Imagens: e aí? Quem vocês preferem como presidente?

Enquanto isso, na França de Sarkozy, esse que os esquerdopatas adoram criticar e dizer que não liga para o povo: houve um acidente na parte da manhã anteontem. Um ônibus carregando peregrinos poloneses trafegava em alta velocidade numa pista proibida. Morreram vários. Duas horas depois as autoridades francesas, incluindo o primeiro ministro, estavam no local. Por volta de meio dia, o líder máximo da Polônia chegou e, junto a Sarkozy, foi ao hospital consolar os feridos.
Sarkozy poderia ter sentado em seu gabinete e dito que a culpa foi do ônibus, como de fato foi, e não fazer nada. Mas não foi isso que ele fez. Ele se preocupou com as pessoas e não apenas em tirar o dele da reta. Isso é um líder.
Enquanto isso o nosso "líder" ficou trancado em palácio, exclusivamente pensando em sua própria imagem. Nenhum telefonema para as vítimas, nada!
Lula é o retrato de um sujeito egoísta que só pensa em si, na sua imagem e nas vantagens que pode obter. Tenho nojo dele. O detalhe sórdido é que aqui a culpa é, provavelmente, a inépcia do governo, que acabou escondendo a cabeça na areia, qual avestruz.

E pensar que essa gente adora meter o pau no Sarkozy.

E aí? Quem está mais bem servido de governantes?

Oriane

Esparsos

Outro dia saiu uma nota no jornal com o seguinte teor:

Os especialistas consideram que há um elo de causalidade direta, embora camuflado, entre os fatores que se conjugaram até o trágico acidente da TAM em Congonhas e os eventos anteriores que conduziram à cessação das atividades da Varig, principal responsável pela malha aérea brasileira até o ano anterior.

Sim, sem dúvida. A Varig, que podia ter sido salva, salvando com isso o emprego de milhares de pessoas, inexplicavelmente não teve ajuda. Por que será? Será que isso interessava a alguém? Com a morte da Varig, Tam e Gol passaram a mandar no mercado. Creio que já falamos aqui das estranhas conexões entre a família Constantino e os políticos. O fato é que com a queda da Varig estas empresas passaram a dominar o mercado e, apesar dos preços baixos, a enlouquecer quem anda de avião. Este governo não faz nada sem um ganhozinho...

Fazer um novo aeroporto? Já há 3 lá! Já podemos imaginar que a Gautama ou a OAS vão ser chamadas e que essa corja vai embolsar mais uns bilhões. Por que não fazem uma linha de trem? Para que mais um aeroporto?

Aliás, sobre o top, top, top:

“Assim, o sentimento que extravasei, em privado, foi e é de repúdio àqueles que trataram sordidamente de aproveitar a comoção que o país vive para insistir na postura partidária de oposição sistemática a um governo duas vezes eleito pela imensa maioria do povo brasileiro”, diz.

Isso traduz um pouco do que essa gente pensa: já que o governo foi eleito pela maioria, fazer oposição a ele só pode ser errado, não é mesmo? É isso que parecem pensar os petistas que chegam aqui para me esculhambar. Parei de publicá-los, não agüento mais tanta grosseria... mas a gênese do raciocínio é esse: o que é escolhido pela maioria é necessariamente o melhor e não deve ser contestado. Outro dia havia uma petista aqui dizendo que eu sou doente. A idéia é que se eu sou contra o governo é porque estou doente!

É mole?

Oriane

Monday, July 23, 2007

Bigodes e jornalismo "isento" !


Reitero nossa tese sobre a insanidade que se abateu sobre Banânia: ninguém quer enxergar aquilo que é, mas tão somente afirmar aquilo que deseja. Freud, Jung e Cia sairiam correndo daqui. Não dá para lidar com tamanho índice de irracionalismo, teimosia, caos neuronal, delírio.
A introdução deste texto se deve aos magníficos comentários - não é implicância, please! - da nossa bola da vez, por méritos próprios, o jornalista José Trajano. O cara, definitivamente, é cubanófilo de carteirinha: depois de ter elogiado as representantes daquele cadáver que procria no Caribe, dando como exemplo a "amável receptividade" da Regla Torres a uma entrevista requisitada pelo seu canal, a ESPN Brasil, o sujeito enlouqueceu de vez, ao tecer comentários ao episódio narrado neste blog sobre o quiprocó armado pelos cubanos após a vitória fajuta da sua judoca, repetimos, exuberantemente bigoduda!
O que disse dessa vez o primoroso rapaz? Igualou todo mundo e ninguém, é óbvio. Sim, sim, sim! Ele usou aquela famosa técnica que tantas vezes explicamos aqui, a grosseira falácia que põe todas as farinhas no mesmo saco, todas as ações no mesmo pedestal, todas as falcatruas no mesmo nível moral, todas as agressões no mesmo patamar de contundência. É ou não é um perfil de petralha?
O comentário falacioso: Vai dizer que as brasileiras também não xingam e dão unhadas? Quem não faz isso numa competição? Só faltou perguntar pela "primeira pedra"...
Na verdade, o que ele fez foi transformar os cubanos em vítimas de alguma misteriosa perseguição, logo em Banânia, que aplaude "cubanices" aos borbotões... Perseguição feita por quem mesmo, meu caro? Ai, que loucura, diria uma das musas da "zelite", Narcisa Tamborideguy!
Bem, perguntem ao gajo quais as equipes de vôlei, handball ou basquete, por exemplo, que têm reclamações a fazer em relação ao comportamento das outras equipes. Claro que existem eventualmente coisas desse tipo - ainda mais hoje, em pleno reino de Sauron -, mas não no VOLUME, INTENSIDADE e PONTUALIDADE que ocorrem quando cubanas estão envolvidas.
Nenhuma peruana, equatoriana ou americana saiu por aí dando entrevista sobre o comportamento desaforado das atletas brasileiras, senhor Trajano. Sem essa de "isenção", o velho truque jornalístico de sempre, manobra manjadísima para tapar o sol com a peneira e amenizar diferenças elucidativas.
Ah, a derradeira hipótese: os caras que fugiram da delegação de Cuba podem ter feito isso porque não agüentaram a "cobrança carinhosa" dos controladores de atletas. Ou das mulheres de bigode.
Nota: parabéns ao âncora da Bandsport, por ter narrado o episódio sem "clarear" as tintas para cima dos cubanos. Apenas informou o ocorrido, com todas as letras, como manda o figurino. Sem isenção calhorda.
Nota2: bigodudas do Brasil, uni-vos! E chegada a hora da depilação!

Imagem: foca superbigoduda, medalista de ouro em nado sem mutreta!

Marx, o Groucho, medalista em ping-pong colegial.

Estilo "fuga alucinada": medalha de ouro para Cuba!

Não é lindo? Já são três os atletas cubanos que "deram no pé", saindo de fininho pela porta dos fundos do Pan, enquanto a Regla Torres - aquela que saía sempre no tabefe com as nossas meninas do vôlei, nas priscas eras da intrépida Márcia Fu, lembram? -, para não perder o saudável hábito de baixar o sarrafo, saía xingando todo mundo até bater de frente com o judoca Aurélio Miguel, recolhendo as unhas. Tudo porque uma judoca brasileira, Érica, tinha perdido a luta - valendo a medalha de ouro - para uma cubana bigoduda, por conta de uma penalidade maluca do juiz, que considerou embromação o tempo que a menina levou para ajeitar o quimono. Isso depois de não ter punido a cubana, que havia cometido uma falta muito mais nítida, minutos antes.
É isso aí: gente que vive sob regime ditatorial não sabe lidar democraticamente com certas situações. Em geral, reproduzem o clima de opressão em que vivem, projetando-a sobre o adversário pela via da arrogância e da provocação, ou aproveitam a deixa e se mandam daquele paraíso caribenho, cantado em prosa e verso pelos esquerdopatas de Banânia....


Imagem: Fuga, do guatemalteco Carlos Mérida. Não é uma gracinha?

Marx, o Groucho

Saturday, July 21, 2007

Algo no ar


A anta na TV, dizendo as baboseiras de sempre, com atraso de três dias, para mostrar a cara às pessoas "despaiz", que já estão, efetivamente, dando sinais de cansaço (!!!) em relação ao seu histrionismo vagabundo. Vaia é pouco...
Marco Aurélio Garcia, mostrando a face cínica das petralhada, continua no cargo. Deve estar fazendo mais gestos engraçadinhos no recôndito da sua "privacidade", mais alucinado do que nunca, pois sua raiva deve ter batido o máximo "na escala Richter", depois do flagra da Globo.
Um certo coronel Ferreira, altamente didático em suas explicações, aparece num programa de entrevistas na TV, à tarde, dizendo que tudo no acidente da TAM aponta para uma aquaplanagem, especialmente pela presença de uma mancha escura na borracha de um dos pneus do avião, claríssimo indício desse fenômeno.
A caixa preta enviada aos USA não era a caixa preta que deveria ser enviada: já se pode desconfiar ATÉ disso, dessa aparente trapalhada, mais uma.
Estamos em pleno ataque de paranóia, pois o reino do petralhismo faz qualquer coisa para se manter no poder, qualquer coisa para esconder suas falcatruas e desleixos, qualquer coisa para simular o que é conveniente à manutenção do acesso ao erário. Tempos sombrios, tempos de tensão, tempos de nervos à flor da pele. Há algo no ar, e não são simples aviões de carreira derrapando em Congonhas...

Marx, o Groucho

Friday, July 20, 2007

Sobre o vídeo petralha


ESPALHEM ESSE VÍDEO PORNÔ PELOS SETE MARES! PELO SISTEMA SOLAR! Dêem de presente aos distraídos, façam adesivos e camisetas com suas imagens! Ele é o grande logo do desgoverno que nos assassina em todos os sentidos, moral, estético e físico!
Vão ao Maraca, no final do Pan, com faixas alusivas ao fato! Rasguem a fantasia dessa gentalha!

Marx, o Groucho, cheio de péssimas intenções

Explicando para quem não entendeu


Um esquerdopata entrou nos comentários, tecendo loas ao heroísmo de Che, Fidel e outras figuras do gênero, de forma a contestar a análise que fizemos sobre a esquerdopatia no post "O socialismo no divã". Taí o que dá não estudar direito as coisas sobre as quais nos interessamos: corre-se o risco de não se entender nada do que se leu, pagando o mico do "ceguinho em tiroteio"!
Resumindo e traduzindo: o que fizemos foi pôr em destaque os traços psicológicos de pessoas que se inclinam fortemente pelas idéias de esquerda, embarcando numa canoa furada. Não por acaso, o entusiasmo pelo discurso esquerdopata se manifesta, grosso modo, na fase adolescente. Quem consegue crescer, cai fora, se benzendo e fazendo toc-toc na madeira. Os outros viram petralhas, mais dia, menos dia...
A psicologia é um campo do conhecimento que prevalece sobre os demais porque tenta explicar os mistérios da psique, suas tendências, manifestações e patologias. O que ocorre com os "grandes líderes" da esquerda - leia-se Che, Lênin, Stalin e assemelhados - é que sofreram uma espécie de "upgrade": sua neurose tornou-se psicose, eles passaram de escravos a condutores de escravos, com todos os delírios de poder decorrentes. A recompensa de quem os segue e aplaude é, invariavelmente, algo parecido ao Gulag. O que se pode esperar de megalõmanos?
Então, ficamos assim: a massa neurótica que ainda chupa dedo e mama nas tetas do Estado é comandada e iludida por um bando de psicopatas, todos disfarçados, obviamente, de bonzinhos e salvadores do mundo. Felizmente alguns neuróticos se curam a tempo e vêem a enrascada em que estavam metidos. Eles dão testemunho da exceção que confirma a regra.

Imagem: torre de controle num Gulag, copiada depois pelas nazistas em seus campos de concetração. Know-how de cumpadre a cumpadre...

Marx, o Groucho, cheio de paciência

À altura do prostíbulo


Quem sabe alguma coisa sobre o código penal brasileiro conhece as expressões "crime doloso e crime culposo". No primeiro caso, o criminoso tem perfeita consciência do seu crime, pois assumiu todas as providências necessárias para levá-lo a "bom termo". No segundo, não há intenção direta de se cometer o delito, mas o cara é, mesmo assim, criminoso, por negligência ou omissão. É claro que, quanto maior é seu nível educacional, mais responsável ele é pelas conseqüências de seus atos. Igualmente, é óbvio, a posição que ele ocupa na esfera social - em especial, a pública - o investe de maior responsabilidade ainda.

Trocando em miúdos, um sujeito dentro do primeiro escalão do governo, num prédio do governo, vendo um jornal televisivo num eletrodoméstico do governo, não pode dizer que agiu numa esfera "privada", embora seu comportamento fique mais adequado num WC (ou, como diriam os ingleses, backstairs....) Ele é cumplice de uma quadrilha - já definida assim pelo promotor público Antonio Fernando Souza - que é culpada, no conjunto da obra, pelo crime de "assassinato culposo", via omissão e negligência, de todos os mortos da Gol e da Tam.
Esse execrável e sinistro Marco Aurélio Garcia teatralizou, em exemplarl estilo pornô, o que o governo pensa e faz com Banânia desde que chegou ao "puder". Talvez essa antológica imagem valha, FINALMENTE, mais do que mil debates, provas documentais, confissões, testemunhos, deduções lógicas, toda a parafernália que se acumulou sobre a cabeça petralha, sem NUNCA constituir um definitivo argumento contra os catastróficos desmandos da petralhada.
Perante a lerdeza mental dos infelizes "despaiz", o show de mau gosto, visto pela janela indiscreta de uma inspirada lente, pode ter acendido, enfim, uma luzinha, bem lá no fundo de suas brumas neuronais, sinalizando que o rei não só está peladão, mas que participa de bacanais "metafóricos" dignos do prostíbulo em que se transformou Brasília, com direito a sexo, mentiras e sacrifícios humanos. Bem, a lasciva e sexóloga sacerdotisa já sabemos quem é... Chamem o leão das Crônicas de Nárnia!

A trágica marcha continua, um evento após outro, como num filme de terror. Não há marasmo, não há um bocejo de intervalo, a história vai-se desenhando como o previsto, não nas profecias - que se destinam a coisas bem mais elevadas -, mas no corriqueiro e banal exercicío da lógica, no humilde capítulo da causa-efeito: quem planta tiririca não pode colher jasmim; quem vota em Nosferatu, tende a ficar anêmico; quem elege esquedopata, colhe o caos...

Imagem: o Leão de Nárnia, maravilhoso símbolo de retidão e grandeza espiritual, tudo que está faltando em Banânia.

Marx, o Groucho, cheio de péssimas intenções

Vergonha!



Os esquerdopatas querem muito transformar esta tragédia numa espécie de torcida de futebol, a única metáfora que eles parecem compreender. O governo parece ter se preocupado com uma única coisa em todo este episódio: tirar o dele da reta. Nenhum pronunciamento de solidariedade de Lula, nada.
A esquerdopatia pretende negar a nós o justo direito de nos indignarmos por uma crise sem precedentes na história da aviação mundial. Uma coisa fica óbvia: é certo que as aéreas têm sangue nas mãos, mas isso só acontece porque a ANAC, órgão que substituiu o DAC, é de uma incompetência absurda. A ANAC, favorecendo interesses que nem imaginamos, liberou muito mais rotas do que as aéreas poderiam realmente suportar. Provavelmente era por isso que o avião voou com o seu defeito. Por isso acontece o caos aéreo. Ganância pura. Não nos esqueçamos da estranha relação que tem a família Constantino com políticos. Para quem acha que o defeito exime o governo de culpa um questão deve ser levantada: onde estava o órgão fiscalizador? Não deveria fiscalizar?

A reação dos elegantes assessores de Lula demonstra bem o raciocínio da esquerda. E aí petistas? Vão comemorar saltitando? Dançando que nem a Guadagnim? Como vocês pretendem comemorar esta vitória de Pirro? A elegância e a contenção nunca foram o forte dessa gente, mas o que vemos neste vídeo excede qualquer falta de pudor. Só podemos gritar a verdade: CANALHAS, SAFADOS,INSENSÍVEIS!!!!

E repito: isto não retira a culpa do nosso ineficiente governo, pois se as pistas estivessem em boas condições e se a ANAC fizesse seu trabalho, a tragédia não teria acontecido. E a ANAC não vai fazer seu trabalho porque lá só tem cumpanherada querendo garantir seu churrasco com cerveja nos domingos. Não entendem nada de aviação. Vejam lá no site Contas Abertas: gastaram mais dinheiro em viagens e diárias do que em manutenção e prevenção.

Volto a repetir: governo e aéreas têm sangue nas mãos.
Petistas: isso não é um jogo de futebol e aqueles que comemoraram ontem devem se envergonhar de tamanha falta de sensibilidade.

Oriane

Thursday, July 19, 2007

Mais detalhes

Um detalhe bizarro: em conversa com o executivo os controladores de vôo disseram que para operar idealmente precisariam contratar mais 600 operadores. O governo disse que não tinha dinheiro. Poucos meses depois contratou mais de 600 pessoas para cargos de confiança. Detalhe, o pessoal desses cargos, a maioria, é da tal SEALOPRA. Pessoas cuja qualificação é: amizade com o rei, galera da cumpanherada etc. Cada um destes apaniguados deve ganhar umas dez vezes o que ganha cada controlador de vôo.

Outra coisa: o que Franklin Martins fazia numa reunião de emergência sobre o caos aéreo? Procurava uma desculpa? Inventava uma ação para botar a culpa em alguém? Ah sim, agora já sabemos: ele estava lá para fabricar o tal laudo do IPT que os petralhas andam brandindo para dizer que o governo federal ( ah, o uso estratégico das minúsculas) não teve culpa.

Os aeroportos foram maquiados por um governo incompetente que só pensa em auto-propaganda.

Conheço alguns pilotos e gente ligada à aviação que me apontam algumas questões graves: a anac autorizou ( será que o burocrata levou uma graninha?) muito mais rotas comerciais do que os aeroportos e aviadoras suportavam.
Por pressão das aviadoras todos os vôos passam por Congonhas, o aeroporto com menos infra.
A anac destituiu o DAC, que era eficiente, nos seus cargos só há indicados políticos que não entendem do assunto.

Família Constantino e família Amaro, aviadoras e governo: vocês têm sangue nas mãos.


Oriane

Wednesday, July 18, 2007

Mais detalhes sórdidos...


Um detalhe interessante sobre o acidente de ontem: os controladores e pilotos já haviam pedido o fechamento da pista. A infraero disse que era desnecessário, que não oferecia perigo.
Vou citar um trecho: " Os operadores avisaram que a pista principal deveria ser fechada porque estava sem grooving, mas ninguém do governo quer saber de nada".

Isso não foi dito por alguém da Zelite, nem por mim, foi dito por um profissional da área. Sabe quando o governo vai admitir isso? Nunca! Vai dizer que foi falha humana, que o piloto desceu tarde, que a culpa é de Deus, São Pedro, sei lá...tudo menos eles.

Ps: Não publico nem leio mais comentários de petistas e simpatizantes dessa gente. Vocês já têm televisão, Carta Capital e agora o Franklin Martins. Deixem a gente em paz. Quando percebo um desses hidrófobos do Lula-petismo deleto na hora. Nem leio. Faz mal ao coração.

Oriane

Assassinos!

Hoje li no jornal que Lula é contra a possibilidade de se estipular um limite para a carga tributária, pois as contas não fecham. No mundo de incompetência e incapacidade em que este idiota vive, é claro que é mais fácil arrecadar mais dos otários, o povo que paga impostos, do que controlar as contas. Dá menos trabalho e sobra mais tempo e dinheiro para ele viajar. Além do mais, para que diminuir a carga tributária? É só a classe média, que os petistas detestam, quem paga a conta. Além do mais, ainda tem muito cumpanheiro desempregado precisando de uma vaguinha no governo com algum salário astronômico. Estamos nos matando de trabalhar para sustentar esta corja de incompetentes. Para pagar o salário do presidente da Infraero, da Marta deslumbrada e outros idiotas de igual calibre. Um bando de incapazes brincando de governar.
Detalhe: eles pretendem liberar 540 milhões para os deputados votarem a favor da manutenção da CPMF. Eles acham que esse dinheiro é deles. A mesma conversa safada do Pan: "Ah, mas o Lula deu dinheiro federal..." retardados! O dinheiro é nosso, não dele! NÓS NÃO VAMOS FAZER NADA?
Para mim este governo não é apenas incompetente, é assassino!

Oriane

Tuesday, July 17, 2007

...


Imagem: luto por tantos que agora sofrem por culpa da incompetência alheia.

Jesus! Está claro para mim que o único transporte seguro para os brasileiros no momento é a carroça. Trata-se do único transporte ao alcance da incompetência administrativa do governo. O único transporte que a era Lula seria capaz de administrar sem desastres. Para que recuperar rodovias e terminar obras em aeroportos? São usados apenas pela Zelite, o público chave de Lula é mais simples: prefere as estradas de terra.Fica decretado, então, que no governo Lula todos andam de carroça, para não dar trabalho ao administrador.
Nos próximos quatro anos não piso em aviões! Se quiser sair do país vou de ônibus até a Argentina e decolo de lá.
Gol, Tam, quantos acidentes serão necessários? Hoje fizeram uma reunião de emergência para discutir o assunto. Não preciso falar sobre a ironia disso. Trata-se de uma incompetência assassina. Vamos fazer as contas de quantos morreram pela incompetência governamental?
Liberar uma pista de aeroporto sem finalizar é crime. Os responsáveis deveriam ser presos, não apenas vaiados.
Apesar dos ônibus também não serem seguros vou passar a ir à Sampa assim, neste governo, quanto menos sofisticação melhor.

Amigos, isso foi um desabafo de uma brasileira deprimida que não aguenta mais tanta notícia triste do nosso país....

Oriane

Sunday, July 15, 2007

Uma fantástica explicação sobre as vaias no Maraca!


Em um programa da ESPN, o jornalista esportivo José Trajano resolveu "explicar" a vaia no Maracanã: culpa do orgulho carioca! Isso mesmo, os cariocas vaiaram Lula porque o evento do PAN É DELES e ninguém tasca! O cara foi rejeitado porque era uma espécie de penetra, um intrometido em festa alheia! Ou seja, os cariocas são um bando de boçais porque ignoram por completo que um presidente da república deve sempre mostrar o nariz e se manifestar em cerimônias públicas que abrem competições internacionais. A justificativa é sensacional porque tenta separar, num viés tresloucado, alhos e bugalhos. Para ocupar a presidência, o cara é adequado, para abrir os jogos Pan-Americanos, claro que não! Vaia nele!
Era evidente o constrangimento do jornalista, seu desespero para "entender" e justificar" aquilo que considerou um disparate inominável, uma vaia a um deus!
Premissa oculta: Lula, em nenhuma hipótese, pode ser vaiado por causa de suas estrepolias no poder, assim como jamais poderá ser apeado do cargo, mesmo em meio a um mar de lama como nunca se viu antes "nestepaiz"... Ele é ungido, intocável, sagrado.
Quando a gente diz que a psicose anda solta por aí..."

Marx, o Groucho

As vaias guardadas para a posteridade


Imagem: já falei que a série do Kibe Loco sobre as vaias está o máximo.


Reinaldo Azevedo, sempre diligente, poupou a esta preguiçosa o trabalho de garimpar todas as vaias. Está tudo aí embaixo, guardado para a posteridade. Poderia haver uma outra solenidade com a presença de congressistas. Eu adoraria ir e ainda prepararia a garganta. Nossa, deve lavar a alma vaiar até não poder mais, junto com milhares de pessoas, esses canalhas.

O Pan das sete vaias
Lula foi vaiado seis vezes na festa do Pan, como sabem. Na verdade, sete. Há uma vaia que não está sendo contabilizada aí. Alguns internautas ainda não viram ou não estão com a coisa devidamente organizada. Então vamos lá: 1ª vaia – Se você clicar aqui, tem acesso à primeira vaia da noite, quando é anunciada sua presença no Maracanã. Ouvem-se vozes dizendo: "Toma!". Galvão Bueno ainda tenta achar uma explicação para a manifestação. 2ª, 3ª e 4ª vaias – Acontecem quando há a saudação oficial, com a citação do nome do presidente: é vaiado em três idiomas... Clicando aqui, você ouve a saudação em português. Se a gente apura bem os ouvido, percebe um coro de vozes gritando, de forma ritmada, um dissílabo terminado em “ão” muito usado em estádios de futebol. 5ª vaia – A quinta vaia acontece quando Carlos Arthur Nuzman cita o nome de Lula. Talvez tenha sido a mais forte. Até agora, não achei no YouTube. 6ª vaia – Acontece quando o mexicano Mario Vázquez Raña, presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, chama Lula para abrir os jogos — coisa que o brasileiro acaba não fazendo. Veja o vídeo aqui. Clicando aqui, você vê o tratamento discreto que o Jornal Nacional dispensou ao episódio. 7ª vaia – Ela aconteceu, vejam só, já no ensaio geral, como se vê aqui. Na ordem cronológica, foi a primeira.

Oriane - a preguiçosa -, aproveitando o trabalho do Reinaldo Azevedo

A esquerdopatia no divã


Aprofundemos, agora, um assunto tangenciado muitas vezes neste blog: a necessidade de analisar, em linhas gerais, as raízes psicológicas das pessoas que se deixam enredar por ideologias que promulgam, em maior ou menor grau, a entrega da vida dos indivíduos ao controle de um estado-provedor-babá. Nesse aspecto, todas as propostas socialistas/comunistas encontram eco em uma simples expressão: medo de crescer. Chegar a tal conclusão é fácil, basta usarmos o método da depuração lógica que descasca - como uma cebola! - todas as camadas superficiais que servem de rótulo às idéias vendidas, ao longo de séculos, por gente que se diz de esquerda. Séculos? Sim, antes de Marx e adeptos já havia gente querendo se encostar em alguém, porque o homem é assim, sua estrutura psíquica é assim, seu comportamento mais banal é assim, sua tendência arquetípica é assim.
Observem seus familiares: tem sempre alguém pendurado no pai, na mãe, na tia, no primo etc. Tem sempre um cara jogando loucamente na pata de cavalo ou na loteria, toda semana, na esperança de "se dar bem" e não ter de trabalhar. Toda máquina burocrática de qualquer ente estatal, em qualquer ponto do planeta, prima - exatamente - por um sistema que dê ensejo a todo tipo de desvio do dinheiro público ou, no mínimo, por facilidades de ascensão a postos e cargos em que o ganho seja máximo e a produtividade, mínima. Poderíamos ficar enumerando, enfandonhamente, zilhões de exemplos, nacionais e internacionais, para provar isso, mas preferimos cortar caminho e ir ao ponto nevrálgico, desenrolando o fio da meada das premissas que acabam desaguando no nó górdio do "ser ou não ser adulto".
A enrolação é a seguinte: todo ser humano tem de crescer, sair do estágio infanto-juvenil, caracterizado, sempre, pela euforia da potência; crescer é assumir responsabilidades; responsabilidade - responsa + habilitatis, do latim - significa ter "habilidade em dar respostas às situações"; dar respostas significa enfrentar, solucionar, entrar em contacto com a realidade que nos cerca, interagir, fazer escolhas, isto é, promover a passagem da potência a ato; para dar respostas adequadas à realidade, tornar-se adulto, é preciso conhecer essa realidade, estudá-la, decifrá-la, compreendê-la; esse conhecimento traz, obviamente, liberdade, independência, autoconsciência, poder; a aquisição disso tudo implica esforço, dedicação, atenção, trabalho, trabalho, trabalho.
Pronto! Eis aí o resultado da análise proposta: se fizermos o caminho inverso, tudo se encaixa à perfeição, senão vejamos: a pessoa tende, por sua natureza paradoxal, à inércia, que se manifesta como preguiça; a preguiça gera dependência de terceiros, no caso em pauta, do papai-Estado; esse vínculo, eminentemente patológico, torna o sujeito um homem-massa, um ente coletivo, um escravo mental; destituído de poder, o infeliz não tem acesso a nenhum conhecimento autêntico, só a simulacros verbais, cortinas de fumaça que o mantêm alienado de qualquer chance de livre crescimento; em suma, a vida desse cara é um aborto, sua potência esvaiu-se pela ilusão, ele não passa de uma criança neurótica, incapaz de assumir seus atos.
Perfil final: o esquerdopata, neuroticamente falando, é um pateta ignorante, um sanguessuga, pois só lhe restou o emprego de parasita profissional, exercício para o qual, quase sempre, desenvolve alguns cacoetes específicos, como esperteza, chantagem emocional e joguinhos discursivos cuja eficiência se presta exclusivamente à manipulação de situações previamente conhecidas. Seu discurso, isento de sentido real, é crivado de clichês estúpidos. Sua cosmovisão é esquizofrênica, uma vez que seu nível de interação com a realidade é... um zero à esquerda - com trocadilho, por favor!
No fim do túnel, a premissa das premissas, o núcleo vazio da cebola: covardia existencial , cujo eufemismo óbvio é preguiça de ser...

Imagem: um ícone esquerdopata, em sua verdadeira face infantilóide...


Marx, o Groucho

Saturday, July 14, 2007

Tripudiando

A série do Kibe Loco sobre as vaias está deliciosa....

Oriane

A vaia...finalmente uma comunhão com o Rio.

Imagem: UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!

Lula ontem levou uma vaia daquelas no Maracanã. É sempre bom saber que há muita gente que não se deixa levar por aquele discurso falso e ensaiado. O Maraca em peso calou aquela empáfia que só os ignorantes sabem ter.
Onde será que anda o petista mala que vinha aqui no blog brandir a popularidade do Lula? Maravilhosa, aliás, a lembrança do Jornal Globo ao citar Nelson Rodrigues: “O Maracanã vaia até minuto de silêncio”...
Uau! Poucas pessoas, além dos juízes e bandeirinhas, tiveram a honra de uma vaia histórica no Maraca.

Um momento em que me sinto em comunhão com minha cidade...

Oriane

Tuesday, July 10, 2007

O primado da objetividade e a decadência espiritual

Imagem: Sistina - um clássico - o que ainda há de divino no homem contemporâneo?

A palavra-chave para definir o mundo contemporâneo é: objetividade. Este é o primado que permeia nossas vidas como um imperativo categórico: é preciso construir, ganhar vencer. Este é o único parâmetro aplicável à saúde mental e para avaliar a importância de cada um. Trata-se de um mundo superpopulado, onde a cada momento diminui o valor do indivíduo. Neste contexto, só há o reconhecimento do sujeito na fama, na objetividade e no poder. Todos os outros valores ficam derrogados em virtude destes. O afeto, a solidariedade, por outro lado, são tais quais a virtude inútil da filosofia e a opção pelo autoconhecimento e reflexão em detrimento da objetividade leva-os a tornarem-se valores anacrônicos. Se pensarmos o problema da política atual, veremos que a questão não é meramente econômica, mas espiritual. Se “amar ao próximo como a si mesmo” fosse um imperativo categórico, o mundo não seria o que é hoje.

Num mundo de objetividade, girar a roda é o que interessa, a isso os yogins chamam de Samsara – a roda da vida – onde no movimento da roda perdemos a noção de nossas instâncias. Cultura de massa, mídia, moda, são faces da objetividade que a todos pasteuriza na busca da objetivação do consumo. Se todos consomem o mesmo a produção em escala pode valer-se da facilidade de sempre repetir o mesmo. É neste mundo sem face que o Ego se impõe como necessidade de sobrevivência: num mundo em que o cidadão médio não tem voz, a necessidade de se fazer ouvir é imensa, é o contraponto natural à solidão da massa. Mas quando se quer ser diferente apenas para fazer valer a própria voz estamos apenas sendo iguais. Iguais no desejo de poder, iguais no desejo de destaque e, com isso, escravos da objetividade. O poder da sociedade deixa pouco espaço para escolhas, querer ser diferente é apenas uma outra forma de querer ser igual.

As relações familiares, neste contexto, precisam se adaptar à necessidade da objetividade. Sendo assim criamos nossos filhos na expectativa de que eles sejam iguais. A diferença é anti-objetiva, é hedionda. Todos sabemos que a verdadeira diferença machuca. O medo da dor é o que nos leva a procurar que a nossa família seja sempre igual às outras. Mas a família moderna não é apenas repetição de padrões, é um padrão que se desagrega por força da objetividade. Cada membro da família ocupa obsessivamente seu tempo com a produção, deixando pouco tempo para a afeição. Afeição – tomar a face do outro – é artigo raro numa sociedade onde o Ego é a força fundamental em direção à objetividade. È a grande mola motora que nos garante a satisfação de nossos desejos. O culto ao Ego é o culto ao prazer, á objetividade. A sociedade privilegia o Ego na medida em que é ele que se sobrepõe aos outros exigindo um culto a si mesmo. Este culto é fundamental para a mídia e para a objetividade. É neste culto que prevalece o desejo de ganhar, consumir, se destacar, prevalecer. Prevalecer sobre o outro é a tônica do Ego e da objetividade, contrapartida inevitável ao único imperativo categórico possível: “amar ao próximo como a si mesmo”.

Pais, filhos, amigos, amantes, já não são mais capazes de realmente se verem. A quantidade de informações sobre quem somos e o que são os outros, ditadas por modas, hábitos, imagens, sinais, é tão grande que a capacidade de ver é inexistente. Os outros são nossos desejos, projeções, imagens. Quando por um acaso o outro frustra nossa imagem dele temos um choque: quem é esse estranho? Nesta medida há apenas um sujeito que é o Ego, ensimesmado em uma prisão sem retorno. Se a satisfação imediata das necessidades é a essência da sociedade, aquele que as frustra é seu inimigo. Neste contexto a criação de filhos é uma relação esquizofrênica. É preciso conter os impulsos de uma criança sem reprimi-la. A sociedade, com a aceleração de seu progresso, passa a ser a cada dia mais permissiva com as crianças, pois que isso é naturalmente uma exigência para que estes tornem-se competitivos. Portanto, não podem ser sem limites a ponto de não suportar frustrações, nem fracos a ponto de não ter ambições. Valores espirituais? Onde há espaço para isso num mundo assim?

Neste momento podemos sentir uma sensação bastante heideggeriana – o homem é indissociável de mundo – não podemos separá-lo de seu contexto. Neste sentido a conclusão é óbvia: o mundo segue um rumo sem solução, uma implosão onde uma imensidade de Egos incomunicáveis acaba por se destruir. Uma Guerra em tal mundo não é só provável, é inevitável.

Existiria solução para tal conjuntura? A massificação da cultura tornou-a de má qualidade, e aqui tomamos uma posição diferente de Christopher Lasch, que acreditava que esta massificação era por causa das necessidades do capitalismo, um problema de cima para baixo, embora acreditemos que isso ocorra pela necessidade de se nivelar a produção cultural de grande escala por baixo.

Neste ponto encontramos nossa cisão com o Comunismo. Se por um lado um mundo mais solidário é desejável, por outro lado o mérito é insofismável. Algumas pessoas estudam 14 horas por dia e outras nenhuma. Poderemos realmente equipará-las? Não advogamos que haja uma diferença de inteligência, mas apenas uma de vontade. A questão da dissolução da sociedade atual passa pela superpopulação e a diminuição do valor de cada um, passa pela concentração de riqueza e passa, principalmente pela unificação da cultura em torno do culto às massas. E esse é o perigo fundamental. Se todos não desejassem essa mesma objetividade, não haveria essa necessidade do acúmulo de riqueza que gera a sua contrapartida numa pobreza. As multidões que partem para as cidades partem em busca do sucesso, da fama, do dinheiro. Nem todos passavam fome no campo, muitos viviam, em vários países e épocas, em suas terras e levando uma vida modesta, mas desejando a cidade e os outros, destacar-se dos outros, ser reconhecido pelos outros. Ser reconhecido é a contrapartida ao medo da solidão. É este o medo que a todos impulsiona em direção à sociedade.

Se a sociedade é a força que se impõe na contrapartida do que verdadeiramente somos, a solução pode ser remar na direção contrária à massa e à cultura que ela produz. Onde vemos multidões busquemos o recolhimento. Onde vemos leitura fácil, procuremos os clássicos. Tenho visto constantemente a leitura dos clássicos ser rejeitada por ser difícil, elitista. Tudo o que é difícil é anti-objetivo. Elitista é tudo aquilo que é longe do povo, mas será esse sempre um demérito? Neste ponto Ortega Y Gasset faz um excelente contrapartida a Christopher Lasch: não se pode popularizar a cultura sem esperar com isso um decréscimo considerável da educação e da sofisticação. A massificação da sociedade diminuiu a qualidade cultural e não há como negar isso. A cultura de massa espera ser compreendida por todos e nem todos têm a mesma capacidade de compreensão. A vida social de hoje desestimula a leitura. Raros os jovens hoje que se atreveriam a escarafunchar os sete volumes de Proust. Para quê se eles podem encontrar vídeos fáceis no youtube e informação abundante no cinema. Recolhimento, leitura, solidão, reflexão, devem deixar de ser vistos como chatos ou “coisa de gente chata”. Isso seria um bom primeiro passo.

O encontro do homem consigo mesmo passa por uma desintoxicação. Nem tudo na cultura é “droga”, muita coisa é fundamento. Separar o joio do trigo é um passo importante: separar espiritualidade de auto-ajuda (o ápice da objetividade aplicada), a pseudo-ciência da ciência, o alimento para o espírito da distração. Neste processo o outro ocupa função decisiva. Deve surgir como encontro e nunca como necessidade. Deve ser aceito, pois julgar é oprimir o outro com a nossa vontade. Só está em paz aquele que aceita as coisas como elas são, sem desejar que sejam diferentes. Só está em paz aquele que supera a própria vontade. Essa é a essência do homem civilizado, o que nos distingue dos animais e é aquilo que pode, finalmente, nos redimir enquanto civilização.

Como vocês podem ver, ainda não me enforquei. Não sei se volto a falar de política, não enquanto o meu trauma com os impostos não passar.

Oriane

Monday, July 09, 2007

Tão certo como o céu nos cair sobre a cabeça!


Voltando à saudável prática de dar nome aos bois, lá vamos nós mexer em uma terrível casa de marimbondos: ninguém tem a obrigação de gostar disso ou daquilo, muito menos por decreto. Deu para entender?
Examinemos a questão, tendo em vista seu exato sentido: pessoa alguma TEM de gostar de homossexual, heterossexual, pansexual, branquela, negão, careca, loura burra, mpb, música clássica, batata baroa, filme brasileiro, barata cascuda, bienal de Sampa, ateu, fanático religioso,
balada e otras coisitas. Deu para entender o espírito da coisa?
Ninguém é obrigado a NADA, por obra e graça do livre-arbítrio, pilar irredutível da dignidade humana. Gostar ou não gostar do raio-que-o-parta é foro íntimo e ponto final. Por incrível que pareça, o mandamento crístico refere-se a AMAR, não a GOSTAR: são verbos tremendamente diferentes, ora pois! Explicamos: entenda-se por mandamento uma lei ditada pela estrutura natural do SER que, se desobedecida, traz conseqüências tão certas como dois e dois são quatro - o velho taoísmo também entende isso cristalinamente. Da mesma forma, se jogarmos uma maçã para cima sem sairmos do lugar, a fruta, mesmo a "contragosto", nos cairá sobre a cabeça - como o céu cairia sobre os gauleses Asterix e Obelix, hehehe!
É preciso entender a fundo essa questão de "leis", "gostares" e "amares". Amar se refere, sempre, à instância da lei natural, com todo seu cortejo de causas e efeitos universais, sobrepondo-se, assim, a motivações particulares, egoístas ou circunstanciais. Dessa forma, pode-se amar sem gostar, não é incrível e racionalissimo? Pode-se detestar, por exemplo, um japa e amá-lo profundamente, salvando-o da boca de um jacaré no alto Xingu - xingue-o depois! Amar dizendo palavrão tem mais valor do que ser bonzinho em meio a uma dúzia de aplausos pré-datados.
Santo Agostinho entendeu profundamente essa sinuca de bico ao dizer que deve-se odiar o pecado e amar o pecador. Contudo, nem mesmo a amar somos obrigados, mesmo sabendo das implicações a que estaremos expostos se optarmos por uma outra via.
Em suma, se comer chocolate loucamente for a derradeira sina do indivíduo, pode-se escolher a obesidade. Se espancar uma pessoa indefesa for um impulso sadicamente prazeroso, pode-se escolher uma temporada na cadeia. Pode-se fazer qualquer coisa, enfim, só não se pode reclamar da sorte ao final de tudo, pois o jogo da existência tem regras próprias, queiramos ou não. Esse é o significado de se assumir as próprias escolhas, como gente grande...

Imagem: Asterix e Obelix, por Tutatis!
Marx, o Groucho

Sunday, July 08, 2007

Vamos à guerra!


Para enlouquecer um pouco mais, vejamos o fio da meada louca que hoje enrola Banânia:

Os cubanos não estavam "ilegais" no Brasil, mas foram deportados. Os cubanos foram abordados e drogados por gente esquisita que queria "aliciá-los". Os cubanos pediram asilo à Alemanha, mas juram de pé junto, segundo a imprensa de lá, que queriam voltar para casa porque têm família Ora, cubano fujão com família é cubano preso, porque rola chantagem, sempre: ou volta logo ou os parentes viram picadinho. Por isso o braço lulista de Fidel agiu a jato! Foi um ato de piedade, ENTENDEM?
Cubano procura ser um ótimo atleta porque essa condição pode ser propícia a fugas quando a delegação cubana sai para competir. Cubano repatriado é chamado de traidor porque quer usufruir da liberdade de ir e vir. Cubano não é dono de seu corpo, de seus talentos: eles pertencem ao Estado, que os explora conforme seus caprichos políticos. Cubano não pode tomar "cuba libre" porque isso não existe.
Cubano não pode. Nada.

Brasileiro não pode vaiar presidente porque isso configura golpe. Brasileiro não pode viajar de avião porque o governo não deixa: os vôos são uma roleta-russa. Brasileiro não pode saber para onde vai o tutu que paga de impostos porque o destino do dinheiro é uma caixa-preta - literalmente explosiva.
Brasileiro não pode reclamar de nada porque não tem a quem reclamar: todas as "otoridades" do país são omissas, velhacas e incompetentes, não necessariamente nessa ordem. Brasileiro não pode usar tênis Prada porque vira inimigo público número um. Brasileiro tem de ser pobre pra ser mais brasileiro - rico, só do partido e seus afilhados. Brasileiro não pode falar português direito porque isso ofende o chefe do Executivo desta joça.
Brasileiro não pode. Nada.
Eu, hein!!!!!!!!!!!!!!

Imagem: Cena de Duck Soup, filme dos Irmãos Marx, sobre a guerra entre Freedonia e Sylvania.

Marx, o Groucho, preparando a revolução!

Decifrando os mistérios de uma retórica ditatorial.


"Órgãos da imprensa local de países pobres e pessoas sãs interessadas no esporte começam a se perguntar por quê (sic) seus talentos desportivos lhes são roubados depois de tantos investimentos e sacrifícios para formá-los." - Diário Granma, órgão "oficial, único, sozinho e exclusivo", do governo cubano.

Ok! Mãos à obra! Vamos por partes, à Jack, o estripador - com crase mesmo:

1 - Pergunte-se: quais órgãos da imprensa, quais países "pobres"? Nomes! Nomes! Trata-se do uso de informação incompleta, "genérica", para impressionar o interlocutor. Esse recurso permite afirmações em cima do nada.

2 - Só se roubam pertences alheios, certo? O talento roubado é, afinal, de quem? Dos indivíduos ou do Estado? As pessoas "talentosas", nessas condições, não se pertencem?

3 - Os investimentos feitos "para formar" os talentos saíram de Marte ou de Vênus? O dinheiro empregado nesse projeto esportivo é de que origem? Não será do bolso dos próprios cidadãos candidatos a atletas "talentosos"?

4 - Os alegados "sacrifícios" são porque a abstração chamada "estado" malhou suou, nadou, correu e saltou enquanto os atletas, sentadinhos no banco, observavam o hercúleo esforço?

5- Pessoas "insanas" podem, sim, se interessar por esportes: todos os atletas cubanos que concordam em ser escravos de Fidel são um tanto insanos, e nem por isso deixam de ser eventualmente ótimos esportistas, ora! Ao mais, destacando-se nos esportes, eles têm uma porta aberta, sem tubarões à vista, para escapar da ilha, o que, convenhamos, é um ótimo incentivo para ganhar uma medalha de ouro!

Imagem: a famosa Escrava Isaura, na capa do livro de Bernardo Guimarães, esforçando-se para levar a medalha de ouro a seu dono, apesar do peso da corrente, hehehehe...
Este blog propõe a adoção da trilha sonora da novela sobre a escrava mais famosa do planeta como o novo hino de Cuba! Alguém nos arranja a melô em MP3?

Marx, o Groucho

Sem o charme da Emília...

Alguém pode nos explicar essa implicância da mídia com a expressão "risco de vida"? Só pode ser mais uma manobra besta das antas do PLA - Politicamente Correto, ARGH! -, tentando pôr a língua, como sempre, numa camisa-de-força. Essas pessoas parecem ignorar que existem em determinadas construções lingüísticas, na estrutura de qualquer idioma, supressões naturais de alguns termos, um fenômeno chamado elipse, capaz de justificar aparentes ilogicidades. Esta é uma delas: "risco de vida" é, em sua forma original, risco de PERDER a vida. "Perder", aqui, é a palavra em elipse, causadora de estranhos espasmos de indignação nos neurônios dos "reformadores da natureza"- todos, infelizmente, sem a graça da Emília de Rabicó...
Quem se preocuparia, por exemplo, em corrigir o significado de pois não, que quer dizer "sim", e o de pois sim, que quer dizer "não"? Só um beócio daqueles que ficam enchendo lingüiça, neuroticamente, em nome de uma outra língua possível.
Por outro lado, percebam que esse é um dos mil exemplos do cacoete que infesta as pessoas mordidas pelo vírus do PLA: querem controlar tudo, todo o tempo, numa preparação maliciosa para os novos tempos do porvir, os tempos anunciados por Orwell. Essa é a fase, digamos, do laboratório. Haja cobaia...
Toda essa questão decorre do fato de que, por detrás do discurso, palpita a realidade. O texto sinaliza, sempre, um modo de se capturar recortes daquilo que apelidou-se de ser, nas lides filosóficas . Ora, o ser inclui a língua, mas é ela que o traz à tona da consciência, num processo que nos remete ao extraordinário paradoxo da cobra comendo o próprio rabo, simbolizado por ouroboros, na antiga Alquimia.
Em suma, se a parte não pode ser maior do que o todo, é preciso manter-se uma espécie de reserva verbal à mão, uma janela aberta ao ar fresco, a fim de que o ser possa continuar fluindo livremente pelas sinuosas corredeiras do simbólico ( isso é exatamente o oposto da idéia de pré-conceito/preconceito, que não passa de um invólucro-espectro, abandonado pelo espírito que outrora o vivificou). Na verdade, tal reserva é o melhor antídoto contra a neurose.
Acontece que há um pequeno problema: o único modo de se viver essa instância psíquica mais saudável passa necessariamente pelo desapego do ego, o vaidosíssimo monstro que está na base de todas as desgraças humanas. O ego é aquela praga que não deixa o ser... ser! É a máscara que gruda na cara, e ninguém consegue tirar mais. É a cansativa previsibilidade de todos os atos e palavras, fator que transforma o circo das relações pessoais em um teatrinho cretino, pois as narrativas já são conhecidas, de antemão, por todos os atores. Como um gigantesco e tentacular clichê, tudo fica esclerosado e ranzinza desde sua podre raiz: não há mais a seiva do ser correndo pelas veias verbais, a fala tornou-se um sopro monocórdio: o Logos tirou férias.
Um dos resultados imediatos dessa tragédia, na conduta de suas vítimas, a tentativa de "converter" os outros à própria reles medida discursiva ( lembrem-se do leito de Procusto, que já explicamos aqui), o que só pode ser feito pela manipulação da linguagem, uma revolução semântica que instaura coisas absurdas, só para começar o joguinho sujo, como os riscos de morrer/ex-riscos de vida, os verticalmente prejudicados/ex-anões, as profissionais do sexo/ex-prostitutas, os afro-descendentes/ex-negros de todas as cores e assim por diante. Em pouco tempo o sentido real das palavras vai para a cucuia, a mente das pessoas passa a flutuar (???) no marasmo do nada-para-o-coisa-alguma, sempre no mesmo padrão hipnótico, porque agora a ilusão total se instalou de vez em suas pobres vidas; esse é um panorama perfeito para a plena vigência de um estado totalitário, posto que, onde não há mais o sentido de realidade, só as diretrizes de poder prevalecem. A essa altura, já houve um upgrade da neurose para a psicose, e não há mais volta. Eis aí é o reino da insanidade completa...
Que tédio!
Imagem: a famosa boneca de Monteiro Lobato, que se danou toda ao tentar "reformar" a natureza...

Marx, o Groucho

Nosso candidato para 2010


Este blog propõe um candidato para as eleições de 2010: o Barão de Munchausen! Mentir por mentir, o cara tem muito mais charme, estilo, graça e inteligência. Pelo menos suas histórias são mais verossímeis do que as que andam contando no atual governo. A gente vai se divertir à beça, na verdaderia - aí, sim! - cartilha "relaxa e goza". Se ele se recusar a ser candidato, temos um reserva: Peter Pan. Esse, lembrem-se, é muito experiente em Terra-do-Nunca "antes nestepaiz", um lugar onde ninguém quer crescer, o que nos soa bastante familiar, não é mesmo?
Aliás, a propósito da palavra candidatura, ela se origina de "cândido", que quer dizer "puro", "inocente". Não é uma beleza de ironia? Os mistérios da origem das palavras nos reservam surpresas estapafúrdias como essas, em que a realidade trai, literalmente, as raízes verbais que a denotam. Um outro caso curioso: Lula é também molusco, certo? Moluscos são invertebrados. Já viram coincidência mais bonitinha? Como ele é sempre candidato à presidência, temos em cartaz no cine Banânia, permanentemente, essa soma esquisita de "ente invertebrado com pureza d'alma". Mais parece uma figura literária, uma metáfora intransponível... Ó, Eça, socorrei-nos! És tu o escolhido dos deuses, em sessão espírita, para escrever a biografia do Keiser! Que caldo daria, Deus meu, que caldo!

Imagem: o Barão, cavalgando o mundo!

Marx, o Groucho, atacado de literatice.

Thursday, July 05, 2007

De maçarocas ao grande prostíbulo chamado Banânia...


Chegou-nos às mãos um livro sobre políticas de saúde "psiquiátrica" no Brasil, assinado por vários "experts" no assunto, gente recheada de pós-isso e pós-aquilo, essa praga que banalizou a conceito de Academia em Banânia, reles manobra ideológica capaz de revirar nos túmulos os seculares ossos da turma de Platão.
Vocês sabem o que é uma maçaroca? Sabem o que é um texto que nada diz e tudo esconde? Sabem o que é um discurso vazio que tem a pretensão de se mostrar didático? Sabem o que é escrever catataus de palavras que se destroem umas às outras porque, definitivamente, não conseguem entrar em acordo? Pois é, está lá, a fina flor da verborragia universitária, sempre, é claro, produzida às custas do nosso suor cotidiano.
Até quando, Dio mio, até quando a zumbilândia vai dançar sobre as nossas cabeças, escarnecendo de tudo que é justo, belo e bom? Até onde vai essa epidemia de demência programada, ceifando presentes e futuros, porque o passado já levou a breca? Até que ponto os Cíceros - sim, eles ainda existem! - de Banânia terão de agüentar os textos vagabundos e as más intenções de milhões de Catilinas de proveta? Até quando este puteiro mal administrado continuará de portas abertas ao público, sugando corações e mentes e cuspindo conteúdos da mais fétida cloaca? Quando a paciência se esgotar, talvez seja tarde demais, só haverá Catilinas trinfantes e Cíceros esmagados.

Imagem: Cícero - cuja pronúncia latina é "quíquero"- , denunciando Catilina. Pintura de Cesare Maccari.

Marx, o Groucho, de péssimo humor.

Sunday, July 01, 2007

Tio Rei, Nelson, Dostoievsky: um denominador comum.


Reinaldo Azevedo é especialmente brilhante quando fala de coisas mais amplas como conceitos filosóficos e temas afins, que rondam o espaço do Absoluto. Neste domingo, 1 de julho de 2007, ele nos brinda com esta texto definitivamente... "definitivo"!

Vocês sabem que Céu e Inferno são simbologias fortes e ainda presentes no catolicismo. Se me perguntassem como imagino o inferno, a minha resposta seria mais ou menos assim: “É onde não há qualquer hierarquia ou senso de prioridade; é onde as verdades são todas horizontais; é a selva escura dantesca onde a luz não pode mais definir contornos, e todas as distinções se anulam; é o lugar onde a razão não incide para distinguir valores; o Inferno é o lugar da igualdade absoluta, em que todas as vontades podem ser exercidas; o Inferno é o reino da plena liberdade — e, portanto, da imposição da lei do mais forte; é onde não há interdição nem proibição; é o Reino da Morte”.

Ok, para Banânia virar o reino da morte na concepção reinaldina falta pouco! Todos os sinais estão aí, todos os sintomas pululam pelas esquinas. Só não os vê quem não quer, por uma questão de psicopatologia: referimo-nos ao célebre escotoma, conceito citado várias vezes neste blog, o qual se refere a uma deficiência visual que acomete os seres que não querem enxergar, por crônica fobia ao Desconhecido, um nome sofisticado para o óbvio ululante de Nélson Rodrigues - outro sujeito sensacional que falava de todas as misérias humanas no melhor estilo dos autênticos mestres da palavra - não fosse ele um grande admirador de Dostoiewsky.

E por falar nisso tudo... Neste exato momento, em algum lugar dos morros cariocas, ergue-se a voz do tal reino da morte, entoando as macabras delícias do funk. É domingo e tudo vai mal, como diriam aqueles vigias medievais (egressos dos oitocentos filmes feitos sobre o Corcunda da Notre Dame...) que faziam a ronda noturna pelos becos tortuosos das cidades, coisa que não existe no Rio de Janeiro moderno, essa pobre terra-de-ninguém...

Imagem: A ronda noturna, 1642 - Rembrandt e seu maravilhoso estilo claro-escuro, cheio de contrastes misteriosos...
Marx, o Groucho, deprimido.