Sunday, July 15, 2007

A esquerdopatia no divã


Aprofundemos, agora, um assunto tangenciado muitas vezes neste blog: a necessidade de analisar, em linhas gerais, as raízes psicológicas das pessoas que se deixam enredar por ideologias que promulgam, em maior ou menor grau, a entrega da vida dos indivíduos ao controle de um estado-provedor-babá. Nesse aspecto, todas as propostas socialistas/comunistas encontram eco em uma simples expressão: medo de crescer. Chegar a tal conclusão é fácil, basta usarmos o método da depuração lógica que descasca - como uma cebola! - todas as camadas superficiais que servem de rótulo às idéias vendidas, ao longo de séculos, por gente que se diz de esquerda. Séculos? Sim, antes de Marx e adeptos já havia gente querendo se encostar em alguém, porque o homem é assim, sua estrutura psíquica é assim, seu comportamento mais banal é assim, sua tendência arquetípica é assim.
Observem seus familiares: tem sempre alguém pendurado no pai, na mãe, na tia, no primo etc. Tem sempre um cara jogando loucamente na pata de cavalo ou na loteria, toda semana, na esperança de "se dar bem" e não ter de trabalhar. Toda máquina burocrática de qualquer ente estatal, em qualquer ponto do planeta, prima - exatamente - por um sistema que dê ensejo a todo tipo de desvio do dinheiro público ou, no mínimo, por facilidades de ascensão a postos e cargos em que o ganho seja máximo e a produtividade, mínima. Poderíamos ficar enumerando, enfandonhamente, zilhões de exemplos, nacionais e internacionais, para provar isso, mas preferimos cortar caminho e ir ao ponto nevrálgico, desenrolando o fio da meada das premissas que acabam desaguando no nó górdio do "ser ou não ser adulto".
A enrolação é a seguinte: todo ser humano tem de crescer, sair do estágio infanto-juvenil, caracterizado, sempre, pela euforia da potência; crescer é assumir responsabilidades; responsabilidade - responsa + habilitatis, do latim - significa ter "habilidade em dar respostas às situações"; dar respostas significa enfrentar, solucionar, entrar em contacto com a realidade que nos cerca, interagir, fazer escolhas, isto é, promover a passagem da potência a ato; para dar respostas adequadas à realidade, tornar-se adulto, é preciso conhecer essa realidade, estudá-la, decifrá-la, compreendê-la; esse conhecimento traz, obviamente, liberdade, independência, autoconsciência, poder; a aquisição disso tudo implica esforço, dedicação, atenção, trabalho, trabalho, trabalho.
Pronto! Eis aí o resultado da análise proposta: se fizermos o caminho inverso, tudo se encaixa à perfeição, senão vejamos: a pessoa tende, por sua natureza paradoxal, à inércia, que se manifesta como preguiça; a preguiça gera dependência de terceiros, no caso em pauta, do papai-Estado; esse vínculo, eminentemente patológico, torna o sujeito um homem-massa, um ente coletivo, um escravo mental; destituído de poder, o infeliz não tem acesso a nenhum conhecimento autêntico, só a simulacros verbais, cortinas de fumaça que o mantêm alienado de qualquer chance de livre crescimento; em suma, a vida desse cara é um aborto, sua potência esvaiu-se pela ilusão, ele não passa de uma criança neurótica, incapaz de assumir seus atos.
Perfil final: o esquerdopata, neuroticamente falando, é um pateta ignorante, um sanguessuga, pois só lhe restou o emprego de parasita profissional, exercício para o qual, quase sempre, desenvolve alguns cacoetes específicos, como esperteza, chantagem emocional e joguinhos discursivos cuja eficiência se presta exclusivamente à manipulação de situações previamente conhecidas. Seu discurso, isento de sentido real, é crivado de clichês estúpidos. Sua cosmovisão é esquizofrênica, uma vez que seu nível de interação com a realidade é... um zero à esquerda - com trocadilho, por favor!
No fim do túnel, a premissa das premissas, o núcleo vazio da cebola: covardia existencial , cujo eufemismo óbvio é preguiça de ser...

Imagem: um ícone esquerdopata, em sua verdadeira face infantilóide...


Marx, o Groucho

No comments: