Sunday, May 31, 2009

Lula - sentindo vergonha alheia...

Eu sei que todo mundo já viu, mas como trata-se da cidade dos meus antepassados, não deu para deixar passar.



Oriane

Saturday, May 30, 2009

Reinaldo Azevedo para meus amigos do exterior.


Tenho muitos amigos fora do Brasil que lêem este blog. Muitos não conhecem o Reinaldo Azevedo. Adoooro!

Vejam o delicioso post abaixo:


ONDE É QUE LULINHA ESTUDOU MESMO, LULÃO?

sábado, 30 de maio de 2009 | 5:53

Olhem, como se diz por aí, “na boa”, não sei como Lula consegue se olhar no espelho depois de fazer certos discursos. Tá bom, vá lá, eu sei. Eu mesmo já identifiquei aqui uma possível patologia psíquica: Lula é destituído de superego. Por que isso agora? Ontem, esse gênio da raça descobriu os culpados pela baixa qualidade do ensino: a classe média: “Uma das razões pelas quais a escola pública foi se deteriorando é porque grande parte da classe média se afastou dela. Para não brigar [por qualidade], decidiu colocar os filhos na escola particular. E pagar na mensalidade de 3º ano primário o mesmo preço de uma universidade particular”.

Lula, quando ainda dirigente da oposição, poderia ter dado o exemplo. Poderia ter posto os filhos para estudar na escola pública. Quem melhor do que ele para liderar o movimento, não é mesmo? Pois se preparem para uma revelação. Sabem o Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, o Ronaldinho de Lula? ESTUDOU EM ESCOLA PARTICULAR. É, em escola particular. Mais precisamente, no Colégio Singular, em Santo André, uma das mais conceituadas da região. Como eu sei? EU DAVA AULA LÁ.

Mas é claro que a coisa foi feita à moda Lula. Fábio estudou no Colégio Singular, mas com bolsa de estudos, entenderam? Lula, o burguês do capital alheio, pôs o seu prestígio político a serviço da concessão de um privilégio — ou vocês acham que ele não tinha dinheiro para pagar a escola do seu gênio empresarial? Tinha. Mas, vocês sabem, onde há uma mamata, Lula está lá, mamando. “O cara” até recebe pensão por ter lutado contra a ditadura, ora essa!!! Enquanto ele “lutava”, construía o PT, que o faria chegar à Presidência, constituía um patrimônio que nenhum outro trabalhador com o seu nível de instrução tem e garantia a melhor escola para os filhos — sem desembolsar um tostão por isso.

Do Singular, já saíram alunos que se transformaram em profissionais de primeiro time, alguns com renome internacional. Volta e meia, um ex-aluno de lá manda um comentário a este velho professor… Só tenho 47. É que comecei a dar aula muito cedo. Pois bem, não foi o caso de Lulinha. Cursou biologia, vagou aqui e ali etc. Quando o pai alcançou a Presidência, era monitor de Jardim Zoológico: “Lulinha, onde fica a zebra?” Ele indicava. “Lulinha, onde fica a anta?” Ele mostrava. “Lulinha, onde fica o jumento?” Ele dava o caminho. O pai chegou lá, e ele se transformou num empresário de enorme sucesso, não é? A Telemar — atual Oi, de que Sérgio Andrade, o principal financiador das campanhas do seu pai, é sócio — logo descobriu o seu talento para o mundo dos negócios. A fala a seguir é pura imaginação benevolente deste escrita: “Que é isso, Lulinha? Alguém com o seu talento em, bem…, em seja lá o que for, merece ser empresário”. E Lulinha virou empresário. A família Andrade gosta da família Lula. Custeou a educação de Lurian em Paris.

Como a gente vê, o Brasil continua mesmo a ser um país injusto. É preciso pôr um fim nesse regime que garante a existência de fidalgos — sejam eles da antes chamada “burguesia”, seja da antes chamada “classe operária”. O que o Brasil ainda não conseguiu ser, de fato, é uma República. É preciso pôr fim ao regime dos aristocratas. E Lula é o seu mais pançudo representante.

Mais uma vez, este senhor é flagrado a fazer o exato oposto do que enuncia e anuncia

Friday, May 29, 2009

Liturgia do cargo



Veja como eles se divertem às nossas custas. Francamente, eu até acho bacana quando um governante abre mão da liturgia do cargo. Mas tanta descontração...seria mesmo necessário? Eu sinto vergonha alheia e um pouco minha também, trata-se do presidente do meu país enrabando o governador do meu Estado. E ele está achando graça!!!

Wednesday, May 27, 2009

Arte com função social? Não obrigada!



Imagem: Barbara Kruger consegue fazer arte e denunciar o consumismo sem usar a estética-pobreza.

Fui assistir uma exposição de arte no centro. Que lindo, que coisa sofisticada, vocês devem estar pensando. Nada disso, respondo eu, era uma dessas exposições tipo meio da rua, com um monte de gente tomando cerveja em cima de um lodinho nojento. Pode piorar? Pode! Tema social, estética favela. Gente, tinha um carrosselzinho dividido em 4 cores escrito: “preto, branco, amarelo, vermelho”...simbolizando as 4 raças!!! Ah, que metáfora sutil e inspirada. Mas o melhor vem depois. Segura a respiração, senta: na parede de um dos caixotes da favelinha metafórica estava escrito: “ coração de criança”!!!!!!!!! Aaaaahhhhh, não é lindo? Meigo... . Bom, o que dizer do resto? O chão cheio de uma terra suja, para dar a impressão de favela, enfim, a idéia da instalação era fazer você se sentir numa favela onde obviamente os habitantes imaginários deveriam ser muuuiiito piegas além de detestáveis construtores. A tal favela metafórica era bem pior que a original.
Por isso Platão cismava com os artistas: para fazer cópia da cópia não precisamos de arte!
Gente, o que fizeram daquela arte que inspirava a alma? Arte cujo objetivo é simplesmente a beleza?
Há algum tempo reclamei muito da última Bienal de artes que fui ver em Sampa. Chamei aquela de a Bienal da feiúra e ainda me lembro de um dos meus argumentos: essa mania de tema social na arte está acabando com a beleza. A estética não é mais baseada no belo e no agradável, mas na função social. Vale tudo para denunciara óbvia pobreza e desigualdade no mundo, inclusive adotar a feiúra como símbolo estético!!! É um sem fim de imagens de pobreza, desolação, favelas, crianças desnutridas... nenhum problema contra a denúncia da desigualdade, mas chamar isso de arte é uma concessão que não posso fazer. Depois quando chegamos nas mulheres fruta como símbolos sexuais ninguém entende nada. Esse é o caminho!
Arte é um dos meus assuntos prediletos, e a arte contemporânea não me passa despercebida: nomes como Barbara Kruger, Jeff Koons, Nam June Paik, e aqui no Brasil: Helio Oiticica, Leonilson. Cildo Meireles e, porque não, o maravilhoso Bispo do Rosário, esse sim usando de forma autêntica a estética da pobreza e criando uma verdadeira arte póvera ( ok gente, eu sei que este nome é específico de um movimento da Itália/ 60s)!!! Esses artistas não são presos a temáticas e criaram um belíssimo acervo de arte contemporânea. E tudo isso sem torrar nossa paciência com essa chateação de arte-com-função-social...

Sunday, May 24, 2009

A polidez


Tenho feito um estudo teórico sobre a pequena ética e encontrei este texto no discurso LA POLITESSE*, um texto não traduzido para o português. Vejam que delícia...


Jovens estudantes, no fundo da verdadeira polidez vocês encontrarão um sentimento: o amor pela igualdade. Mas existem várias maneiras de amar e de compreender a igualdade. A pior de todas consiste em ignorar completamente a superioridade de talento ou de valor moral. É uma forma de injustiça, fruto do ciúme, da inveja, ou de um desejo inconsciente de dominação. A igualdade reclamada pela justiça é uma igualdade de relação, e consequentemente uma proporção, entre o mérito e a recompensa. Chamemos de polidez das maneiras, por assim dizer, uma determinada arte de demonstrar a cada pessoa, pela sua atitude e pelas suas palavras, a estima e a consideração às quais ela tem direito. Não poderíamos dizer que essa polidez expressa ao seu modo o amor pela igualdade?

* De la politesse, Discours de remise des prix à de jeunes lycéens prononcé en 1885, cité in Mélanges, textes de 1885 et de 1892, PUF, Paris 1972 - Bergson



Me orgulho, como boa editora que sou, de ler todo livro sempre até o fim. Nesta cruzada heróica já li todo o tipo de lixo. Só para dar uma ilustrada: li a série “Deixados para trás” uma série de onze livros escritos por dois fanáticos evangélicos americanos chamados Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins. Já li, por força da profissão ( sou paga para isso) todo o tipo de porcaria, mas acabo por citar os evangélicos acima porque o paralelo com o lixo que estou lendo agora é irresistível. Estou tentando, a duras penas, terminar a série Crepúsculo da Stepheny Meyer. Um verdadeiro horror, sem trocadilhos infames. Ela, também uma fanática religiosa, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – o nome já diz tudo – escreve um livro chato, careta, repetitivo e, acima de tudo, de um moralismo que beira a pieguice. E essa coisa é sucesso absoluto, Bestseller!! Longe de mim reclamar deste gênero: sou uma leitora apaixonada de Harry Potter, mas o livro da dona apocalíptica é de matar. Gente, eu sou guerreira, já li de tudo, não reclamo de nada, mas transformar aqueles vampiros emo e aquela garota retardada em sucesso editorial pode ser sinônimo de grande competência do editor, mas sem dúvida alguma apavora pensar que tipo de leitor transforma esta coisa em sucesso.
Bizarro.

Thursday, May 07, 2009

Sobre impostos e a farra das passagens...



Faço minhas as suas palavras Sr. Luiz Carlos Prates, embora com sotaque bem diferente...
Como todos já sabem: odeio pagar imposto para sustentar esses novos ricos !!!!

Oriane

Tuesday, May 05, 2009

Pregação evangélica

Eu sempre falo que esses pastores evangélicos que mal sabem ler e juram que leram a bíblia são um fenômeno de emburrecimento absurdo. Ver pastor evangélico de igreja de segunda pregando é quase uma viagem antropológica. Com vocês, um pouco de antropologia.
Valeu Sedentário Hiperativo.



Oriane