Saturday, November 25, 2006

Tudo sobre "preconceito", para petralhas: a luta continua!





Na semana da consciência negra (já viram expressão mais cretina? No tempo da minha bisavó, quem tinha consciência negra estava mal, muito mal, na fita: era, em geral, algum pulha com um tenebroso passivo de falcatruas nas costas.), surgiu, é claro aquela lenga-lenga de preconceito a torto e a direito - vide a declaração do Cabralzinho, aqui transcrita, citando o "grande intelectual Astrogildo", que forjou a máxima todo racista é um fdp, uma frase sofisticadíssima que até a nossa musa, Chauí, assinaria embaixo. Pois bem, aqui vai mais uma dica para petralhas politicamente corretos. Sabem MESMO o que é preconceito?
Preconceito é um enunciado fora de contexto. PRONTO! Agora, se virem! Vão procurar o que significa enunciado e contexto. Depois, tentem fazer a ligação (mais chique: nexo!). É, sem dúvida, um exercício e tanto, mas fazer o quê? Faz parte do nosso curso para patralhas bem-intencionados. Para os outros, passem amanhã!
Uma pista útil: contexto tem a ver com...realidade - pasmem! É penoso, mas vocês têm de ralar os neurônios. Vide sader, que chegou aonde chegou, cum laudem!
Exemplo-bônus: se você chamar um ladrão de... ladrão, não é preconceito porque ele é mesmo um larápio. Se o cara se sentir ofendido, trata-se de um caso de psicose, já que, estranhamente, ele não sabe quem é...
Fechando o raciocínio: se você impede um negro de entrar pela porta principal do seu prédio alegando sua negritude, isso é preconceito porque uma coisa não tem nada a ver com a outra . Todavia, se você impede um ladrão da vizinhança de entrar no seu prédio, isso não é preconceito pois há lógica no processo. Conclusão: preconceito é um conceito sem lógica, que, por sua vez, é o encadeamento entre o discurso e o não-discurso, inadequadamente chamado de "realidade" - afinal, se o discurso faz parte do real - como uma serpente comendo o próprio rabo -, é um contrasenso colocá-lo em oposição à categoria em que ele mesmo se encontra.
Chega, por hoje. Heráclito, Aris, darling, meus sais!!!

Marx, o Groucho

No comments: