Monday, November 27, 2006
Put the blame on mame, cantava Gilda...
René Girard, pouco badalado pelos intelectuais tupinicóides - desconhecem-no ou fingem que ele não existe, famosa técnica de assassinato simbólico - é o autor de um excelente estudo sobre a figura arquetípica do bode expiatório. Não, pets (não é bonitinho desse jeito?), não se trata de cruzamento de cabra com telescópio! É uma formidável História - assim, com maiúscula - sobre o problema da culpa humana. Em quem jogá-la?
O maior bode da humanidade foi o Cristo, exatamente o ser sem-culpa. Todos os outros têm telhado de vidro, aqui e ali. O processo é inconsciente, é óbvio, posto que a consciência elimina todas as sombras e tropeços. Assim, não há ninguém que não projete no outro suas próprias culpas. Qual é a graça disso? Simples, o outro apanha no lugar do culpado, que se sente aliviado, por tabela, mas... incólume! Ideologias enraizadas no totalitarismo facilitam in extremis a irrupção desses ataques de projeção coletiva, quase sempre teleguiados por um líder tipicamente rodrigueano, ou seja, um canalha. Os nazistas culpavam judeus e cia, os comunistas culpavam a tudo e a todos (leiam o Arquipélago Gulag) sob o rótulo genérico de anti-revolucionários.
Hoje em dia os esquerdopatas culpam, igualmente, qualquer um que não reze pela sua cartilha, embora o Grande Satã americano lidere, com folga, sua lista negra. A sanha é tanta que professores dessa, digamos, - tá na moda! - raça, brindaram ferozmente à queda das torres gêmeas no EUA, em um departamento de universidade pública. Não há limite para essa gente quando se trata de exorcizar suas taras, usando a pele alheia: o conde Drácula perde longe!
Sugestão ao leitor: da próxima vez que sentir culpa, coma chocolate, pequena, ou passe na tabacaria e compre um charuto, dos bons - mas sem nenhuma maracutaia lulo-castrista, hein?! Ai,ai,ai!
Imagem: Rita Hayworth cantando Put the blame on mame, em Gilda, uma mulher como nunca houve uma outra antes, frase anterior a Lula.
Marx, o Groucho
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