Sunday, November 26, 2006

Belelecas!


Aquela história de "não-discurso", no post anterior, fundiu a cuca, já meio beleleca - extraordinária invenção da minha avó, cujo significado é ruim dos neurônios -, de alguns petistas de plantão. Um deles veio argumentar comigo sobre o tênue, discutível e (HIRC!) "relativo" conceito de realidade e, em conseqüência, de discurso. Para a turma da Chauí (vide o famoso livro adotado em 12 entre 10 "dificuldades" brasileiras, Convite à Filosofia.), tudo é discurso, o ser é um pântano verbal, no qual alguns infelizes afundam, necessariamente, enquanto outros, os vivaldinos, nadam do jeito que lhes dá na telha. Não há norte, bússola, normas, paradigmas estáveis para essa cambada de psicopatas. Um dia, bocejando, um deles ouviu falar que "tudo flui" (Panta rei), adorou a idéia e esquizofrenizou de vez: Oba, se tudo é e não é, tudo é...relativo! Entenderam? Leitura filosófica fajuta dá nisto, um desastre que descamba, fatalmente, para a famosa moral petralha, também conhecida, desde tempos imemoriais, como Deus para mim, Diabo para os outros; na versão moderna, o bônus do Estado para mim, o ônus dos impostos para os outros. A propósito, há um post do Reinaldo, hoje, falando sobre a proposta de Lula para a reforma do PT em seu segundo mandato: que sejam MAIS INTELIGENTES! QUE FAÇAM "MENAS" TRAPALHADAS! Tradução óbvia: não deixem pistas das próximas vezes, suas bestas! Em suma: o problema semântico persiste, por conta do tal relativismo esquerdopata. "Inteligência" é esperteza, "moral" é o que lhes convém, "liberdade" é controle de tudo, "moral" é a ética politicamente correta, "Deus" é o Partido etc. A principal característica dessa gente é um surdo, malévolo, empedernido, revoltado, invejoso, sombrio orgulho. Ego. Aquele, o da queda arquetípica. Repito: não querem servir. Resta-lhes ser escravos. Viva Sauron!

Imagem: genial quadro de Hieronimus Bosch, 1490, Holland - Removing the Stone of Madness.

Marx, o Groucho

1 comment:

Clau said...

Teríamos muitas pedras a remover por aqui... e confesso, usaria o mesmo método. Eles merecem.
Beijos