Tuesday, May 01, 2007

"Goiabeira" Unger by Olavo: na mosca!




Sobre a vergonhosa adesão do Goiabeira ao governo petralha - por uns polpudos trocados, é claro -, conclui-se que corrupção é quando o outro leva vantagem e eu, não. Olavo faz uma excelente análise do episódio, num texto que aborda, também, os birutas de Virginia Tech: o assasssino e sua musa. Leiam, na íntegra, aqui.

O texto de Olavo:

"Casta de malditos

(...)
Mas, voltando aos intelectuais ativistas, dois acontecimentos recentes ilustram da maneira mais enfática o espírito que anima essas criaturas.

O primeiro, naturalmente, é a pressa indecente com que o prof. Roberto Mangabeira Unger aceitou um cargo no governo que ele vinha insistentemente rotulando – aliás com razão -- de “o mais corrupto da nossa história”. Acrescentando à obscenidade o cinismo, o ex-professor de Harvard prontificou-se a retirar suas críticas, atribuindo-as à ingenuidade de ter acreditado na mídia antipetista, sem nem mesmo lhe ocorrer que alguém pudesse desejar saber por que o arrependimento de tê-las publicado só lhe veio depois do convite para o ministério, nem um minuto antes.

O objetivo do intelectual ativista é sempre e invariavelmente o poder. Sua atividade intelectual é apenas um instrumento ou um derivativo provisório, sem qualquer significado em si mesmo. Não li toda a obra do prof. Unger, mas a parte que li não continha uma só página de análise da realidade: só a expressão obsessivamente insistente de projetos, de utopias, de deveres que as pessoas deveriam cumprir se elas tivessem a felicidade de ser o prof. Unger e se o mundo não fosse injusto ao ponto de ter feito desse profeta iluminado um simples professor universitário e não uma reencarnação de Júlio César ou Gengis-Khan. O prof. Unger sempre discursa na clave do “dever ser”, com profundo desinteresse pelo “ser”. Ante a oportunidade de exercer ainda que uma migalha insignificante de poder no governo podre de um país falido, situado na extrema periferia do mundo, ele não se fez de rogado como Jonas ante o chamamento divino. Mais que depressa, atirou ao lixo a camuflagem de estudioso e mostrou o que é: um oportunista afoito, ávido de meios para “transformar o mundo” à sua imagem e semelhança."

Imagens: money makes de world goes around, já cantava Liza Minnelli...

Marx, o Groucho

2 comments:

Anonymous said...

Ele está atrás do seu tirano de Siracusa. Mas me surgiu uma questão: por que Unger pertence ao partido da Igreja Universal? Não é crível que ele aceite as doutrinas daquela igreja... O que ele faz lá, próximo dos sedizentes bispos? Não é coisa de se esperar de um professor de Harvard! Será que os contatos dele com os bispos são freqüentes? Será que ele tem na cabeça algum projeto de reforma moral-religiosa, e pretende colocá-lo em execução por meio dessa igreja, que tem grande penetração nas camadas mais pobres? Deve ser maluco, esse Mangabeira...

patricia m. said...

Olavao, como sempre, imbativel.