Saturday, May 26, 2007

Censura acadêmica e Greta Garbo, tudo a ver!


Uma nação doente é aquela em que as pessoas perdem por completo a noção de autocrítica, o senso de humor e a consciência do que é realmente certo e errado. Essa é, hoje, a situação do nosso país.
Há fortes indícios, se olharmos com acurácia os fatos históricos, de que o homem marçano - bela expressão de Fernando Pessoa para designar um tipo de gente que nasce, vive e morre sem saber ao que veio, reproduzindo-se como gado e marchando para o matadouro sem a mínima noção de perigo. - é escravo do "outro", um ente coletivo de face invisível e voz onipresente que dita regras invariavelmente cerceadoras da liberdade, em todos os seus níveis. Essa gente PEDE para ser oprimida, PEDE para ser censurada, PEDE para vomitar regras ditatoriais estúpidas, PEDE para vigiar e denunciar os passos do vizinho que não reza pela mesma cartilha. Não estudam, não refletem, só repetem como papagaios o que o discurso totalitário vigente manda dizer e fazer. Eles não agem, eles reagem com a mesma obediência cega e "salivante" de um cachorrinho de Pavlov. Essa turma, os adeptos de Sauron - sempre ele, o símbolo do mal no Senhor dos Anéis... - se arrasta por aí, farejando vítimas, caçando (e cassando!) a individualidade alheia. Não dialogam - porque não sabem fazer isso, é óbvio -, dão porrada como hienas hidrófobas, ameaçam, chantageiam. Eles são os porcos que não merecem pérolas, pois não sabem identificá-las, apreciá-las, honrá-las. Estão por toda parte, como um enxame de abelhas assassinas em filme de terror. Repetimos: ESTÃO em toda parte! Na mídia, na internet - invadindo blogs com comentários imbecis e querendo aparecer de qualquer jeito -, no meio acadêmico, em todas as áreas de influência cultural.
Eis um pequeno e estarrecedor exemplo de como andam as coisas, a que ponto a gosma do Sauron de Banânia já se infiltrou pelas artérias "destepaiz": o corpo docente de uma faculdade carioca recebeu um comunicado da direção para que evitem qualquer referência a nuances sexuais - leia-se, claramente, homossexualismo - e raciais de toda ordem, incluindo-se brincadeiras e olhares que possam ser mal interpretados pelo paranóico corpo discente. Isso tudo aconteceu porque alguns alunos ameaçaram entrar na justiça contra professores que andaram "fora da linha" do que eles entendem como "boa conduta".
Resultado: docentes ameaçados, acuados, proibidos de falar o que bem entendem em sala de aula. Entretanto, como sabemos, elogiar genocidas, isso pode. Debochar do Papa, isso pode. Pôr Che Guevara no altar, isso pode...
Mistura total do público e do privado, desconhecimento completo do que seja o estado de direito, manisfestação de barbárie e caos, como já está acontecendo na USP. Terrorismo mental, patrulhamento ideológico grosseiro, apologia do crime, isso PODE.
E olhem só que análise interessante do exemplo acima: alguns estudantes(???) ousam fazer esse tipo de chantagem porque as faculdades particulares têm medo de perder alunos e ir à falência, ou seja, a culpa acaba sendo do maldito capitalismo - e que bom que se pode usá-lo contra ele mesmo, sem dar na vista! Que legal essa tal de dialética, não é ???!!!
Chamem Fred Astaire e Cid Charisse, dançando em Meias de Seda, uma refilmagem musical de Ninotchka - uma espécie de Olga pelo avesso...-, com Greta Garbo no papel de uma agente soviética enviada a Paris para resgatar três colegas que não resistiram à gandaia "capitalista". Obviamente ela também acabou ficando por lá porque sabia que se retornasse à "mãezinha russa" sem cumprir a missão acabaria como picolé na Sibéria. Peguem na locadora. É um clássico, com músicas de Cole Porter, irresistíveis. E deprimentemente capitalistas, é claro...

Marx, o Groucho

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