Imagem: a estrela decadente...
Já havia discutido aqui minha estranha opção por uma Monarquia anarquista. Acredito platonicamente que o governo deve ser exercido por intelectuais, pessoas preparadas para governar e que não se deslumbrem com o poder. O trecho a seguir foi retirado do Jornal Globo partindo de um livro do historiador José Murilo de Carvalho:
O excessivo rigor no trato da coisa pública — a base do próprio conceito de república — foi uma das marcas do imperador, que assumiu o governo precocemente aos 14 anos, mas nunca se deixou tomar pelo gosto do poder e das benesses que sua posição lhe garantiam. Muito pelo contrário. D. Pedro levava uma vida austera num palácio desprovido de fausto e proibiu que lhe aumentassem o salário sequer uma única vez nos 49 anos de governo após a maioridade, em 1840, vendo sua dotação reduzir-se de 3% a 0,5% do Orçamento imperial ao fim de seu reinado. Além disso, pagava as viagens do próprio bolso e recusou a pensão que o governo da República lhe ofereceu após derrubá-lo em 1889, ficando em dificuldades financeiras em seus últimos anos, já velho e doente no exílio em Paris, onde morreu no modesto Hotel Bedford em 1891. E não ficava por aí o desprendimento do monarca em relação às verbas públicas, por cujo controle os políticos republicanos têm se digladiado desde 1889. Também do próprio bolso, financiou os estudos de 151 brasileiros — 41 deles para estudarem no exterior, com a obrigação de retornarem ao Brasil ao fim dos cursos. E, na forma de ajuda aos pobres, muitas vezes despendia mais de 10% de seus ganhos anuais, numa espécie de bolsa família em pequena escala, como define José Murilo.
Que diferença para nosso babalorixá de Banânia, com sua bolsa ditadura, suas viagens de aerolula e o bolsa família com a nossa grana. O bolsa família do imperador saia do dinheiro dele e era voltado para educação enquanto que nosso guia gasta mais dinheiro com auto-propaganda do que com educação. Mas o que se poderia esperar de um presidente analfabeto e ignorante?
Gente assim não deveria sequer poder se candidatar!
Oriane
3 comments:
Eu sou Monarquista. Não anárquico, mas Monarquista. Já escrevi por minha opção lá em casa várias vezes.
Ao menos, a gente saberia que é um só quem rouba.
E viva os Orleans e Bragança.
Também sou monarquista David. Por isso adotei o nome da Duquesa de Guermantes. A anarquia fica por conta da necessidade de um Estado que não se meta em minha vida e não me sufoque com impostos...
Oriane
Analfabetos nao deveriam nem votar, quanto mais se candidatar a qualquer coisa que seja. Analfabetos funcionais idem.
Lamento decepciona-los, mas prefiro o presidencialismo mesmo, `a maneira americana. Ainda gostaria de ver implantado o voto distrital no Brasil.
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