Tuesday, May 15, 2007
Clô e as "desigualdades" em Banânia...
Igualdade é desejável quando se quer uma sociedade que dê ensejo, a todas as pessoas, de ter uma vida digna, com saúde, educação - material e moral - e segurança, tudo de primeira qualidade, uma vez que os impostos cobrados são sempre de altíssimo valor. A idéia estaciona aí, porque esse é o seu limite. Estarão os japoneses "discriminando" as mulheres porque elas não podem fazer sushi e sashimi? Elas, as japas, sairão à ruas, de faca em punho, berrando por "igualdade" e direito ao trabalho, só porque não pode haver uma sushiwoman na cozinha nipônica?
Um maneta pode se sentir discriminado porque não o aceitam num curso de piano? Um ceguinho pode processar sei lá quem porque não é aceito para o curso de controlador de vôo? Pois é, nem todo mundo tem acesso natural a tudo. Há habilidades particularíssimas, exigências físicas e psíquicas, especificidades tais, em vários campos de trabalho, que travam as pretensões de alguém quanto a determinadas atividades. Além disso, há dons, há tendências, há vícios psicológicos, há um monte de coisas que determinam a possibilidade - ou não - de se escolher uma área de trabalho, um ganha-pão à altura da capacidade do indivíduo. Desconhecer as diferenças, ignorar a óbvia diversidade humana, é provocar na população, sistematicamente, desejos megalômanos, metas histéricas, alvos utópicos, o que, sem dúvida, trará em seu rastro, como conseqüência lógica, frustração, raiva, ódio, todos aqueles ótimos sentimentos que servem de caldo de cultura e fértil adubo à manipulação das massas. Sempre em proveito de uma minoria esperta, é claro. O fim do processo é o mesmo de sempre: todos igualados pela cova rasa.
Pois bem: uma deputada histérica resolveu encarnar todas as mulheres do Brasil - eis aí um ranço "igualitário", a ofensa coletiva... - quando Clodovil, eleito democraticamente por mais de um milhão de pessoas, fez um comentário irreverente e generalizante sobre certo comportamente feminino muderno - um tanto inspirado na boa e velha Messalina - e, de lambuja, chamou a deputada de "feia". Ou seja, o cara externou duas opiniões sinceras e pode levar um processo pela cara. Ele foi grosseiro? Sem dúvida. Constatações, como já vimos aqui, são quase sempre desagradáveis para o objeto da constatação. Mas há algum lugar mais adequado à grosseria explícita do que o Congresso Banânico?
No Executivo, o Keiser é, disparado, o "top de linha" em gafes e ofensas, com a diferença de que ele não constata nada, ele ofende mesmo - pelo menos à inteligência! - e ninguém ousa falar em processá-lo, nem mesmo pelas falcatruas em que seu governo anda envolvido desde que chegou ao poder. Em suma: verdades merecem processo, mentiras, não. Essa é a ética politicamente correta.
Parafraseando George Orwell, em Banânia é assim: todos são "processáveis", mas alguns são mais "processáveis" do que os outros...
Marx, o Groucho
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4 comments:
Sabe como se chama issoem técnicas de guerra? Manobras diversivas. Um teatro imenso para tirar do foco o que relamente está acontecendo nos bastidores.
Um abraço.
Furiosa... sabe o que eu acho mesmo ??/ as pessoas perdem muito tempo com tipos como Clodovil e se esquecem de elementos muito mais perigosos e nefastos quanto Ciro Calote Gomes...espia aí meu blog pra tu ver... abs e sucesso...
Patricio
Concordo com o David. O nosso Congresso eh podre por natureza, nao fazem nada de util. Preocupam-se em votar feriado de Frei Galvao e em fazer uma tonelada de grupos de estudo e CPI's. Ou seja, nao legislam mesmo! A funcao primordial do Congresso ja foi esquecida ha muito tempo. Mas gostaria de adicionar uma coisa: com a ajuda da MIDIA, porque a midia se preocupa muito em passar para o resto do pais essas questiunculas. Isso deveria ser considerado ridiculo, mas tao ridiculo, que reporter nenhum deveria noticiar tal "fato". No entanto, deu em todos os jornais. Ve-se que para os cidadaos de Banania essas fofocas de lavadeiras (sem querer ofender as mesmas) sao de suma importancia!
Ela deveria ter tirado sarro da bicha velha, ter chamado de boiola que não trepa mais, algo assim, e ficava por cima na história. Agora deu espaço para a franga sapatear, aguenta!
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