Saturday, January 27, 2007

Clássicos e estado etílico...



Empolguei-me! Tomei o freio nos dentes, tô com a macaca! O tema é o máximo: classicismo. De onde saiu? Saiu de um comentário do post sobre Don Camilo e Pepone: realmente, "tiramos do baú" aquele delicioso filme, como poderíamos ter tirado as figuras de Theda Bara e Caruso. O gosto do ócio politicamente incorreto é que a volúpia da perfeição possível não tem mesmo idade. Um clássico possui esses traços de "caráter" que petralhas detestam: gosto de absoluto, sabor de eternidade, um paladar inconfundível. O que é excelente, pois, não se descarta, não se substitui, ou como gostam de dizer os adeptos das metáforas lulo-futebolísticas, "em time que está ganhando não de mexe" (uau, desse jeito transformo o Keiser num "muso inspirador"...).
O conceito é bastante elástico: temos música clássica, literatura clássica, filosofia clássica, cultura clássica, educação clássica e assim por diante. Atualmente, parece que a idéia está vinculada, por engenho e travessura dos deturpadores de sempre, a atmosferas caducas, ultrapassadas, quiçá "reacionárias" ou, às vezes, "fundamentalistas", ou seja, não passa de uma sombra de cadáver, conveniente às manipulações coletivistas de plantão.
O que incomoda a turma da utopia no discurso que se diz "clássico" são aqueles traços que precisam ser abolidos, varridos do horizonte de terráqueos distraídos, aqueles infelizes que se deixam guiar pela oratória de psicopatas que querem destruir todos os valores que podem salvar o que resta de decente neste planeta suicida. As monótonas mazelas humanas advêm exatamente desse caos pretensamente "libertador", uma das bandeiras mais velhacas da "mudernidade" analfabeta funcional e um dos fatores mais pontuais quando se trata de achincalhar o Logos. Sim, é o Logos que dá razão de ser ao adjetivo "clássico", nem mais nem menos. É ele que permite o acerto, por exemplo, a partir da consciência de um erro. Mas só a partir da consciência...
Em cada esquina midiática do nosso cotidiano só se ouvem agressões, cada vez mais petulantes, contra tudo o que, a duras e necessárias penas, foi erguido pela civilização greco-latina-judaico-cristã, seus cãnones morais, seus critérios estéticos, suas formas de organização social, enfim, seu modus vivendi, o único que realmente propicia uma existência livre e responsável, embora - quase sempre - gloriosamente atormentada, pois a graça absoluta dessa novela está na ...peleja! Chamem Ivanhoe - lembram dele? Era o Ivanhoé - assim mesmo, com acento agudo -, herói de um seriado de TV dos anos 60, baseado no clássico de Sir Walter Scott. Darling, traz meu hidromel porque eu não consigo sair da Inglaterra...

Imagens: uma antiga aquarela, capa do romance de cavalaria de Sir Walter Scott, e o rótulo de uma fantástica cerveja da marca Ivanhoe - será uma cerveja clássica?

Marx, o Groucho

Politicamente corretos são chatos!



Eu sempre achei estes moderninhos de Forum Mundial um saco. É uma gente muito sem noção. Conheci um humano-chavão, desses que vai (ia) ao Forum todo ano. Nunca vi ninguém tão lugar-comum. É um pouco ridículo. É incapaz de falar de qualquer assunto sem colocar exclusão social e excluídos na conversa.
Chega a dar pena...

Encontrei este artigo do Guilherme Fiúza no Mínimo. É delicioso...


Descanse em paz

O Fórum Social Mundial morreu. Que pena. O que será de Noam Chomsky, Tarik Ali, Bernard Cassen e todos aqueles monopolistas do bem, que viviam a adorável fantasia de serem os impávidos mosqueteiros contra o monstro neoliberal?

E aquela animada turma de Porto Alegre, que pagava ingresso e chegava ao êxtase ao ouvir, todos os anos, que George Bush é o mal e a globalização é o demônio? O que será dessas pessoas que se sentiam informadas e importantes naquele ritual requentado de filosofia do oprimido, onde só se ouvia o que se queria ouvir?

Ir ao Fórum Social, para essa turma, era como botar para tocar o mesmo velho disco da Joan Baez. Um sonho de revolução seguro, estático, confortável, sem o menor perigo de contato com a realidade. Uma espécie de spa ideológico.

Mas o Fórum Social Mundial morreu. E morreu virgem. Se você não era da claque do Noam Chomsky, você não entrava. Como é peculiar à esquerda “pura”, imperava ali o horror ao contraditório. Evidentemente, “fórum” era um eufemismo. Aquilo era uma performance, um show de verdades selecionadas na entrada e identificadas com crachá.

Representantes de governos, instituições multilaterais de crédito, empresas etc cansaram de tentar participar do evento. Todos barrados na porta. O Fórum Social jamais correu o menor risco de alguém questionar ao vivo o romantismo pueril de Tarik Ali, aquele que insinua que Bin Laden escreve certo por linhas tortas.

Não deixa de ser uma vitória. Com um pouco de clorofórmio e esparadrapo, a retórica anti-globalização finalmente atinge a mumificação – o estado que sempre almejou.

Parece que ainda estão agendados alguns protestos contra o capitalismo internacional. Nada de discursos, talvez só uns carros incendiados e uns MacDonalds depredados – apenas o suficiente para não ficar em casa sem fazer nada.

Mas não há motivo para desespero. Se a coisa apertar mesmo, o coronel Hugo Chávez arranja lugar tranqüilamente para esses intelectuais franceses e novaiorquinos numa dessas escolas de samba que ele patrocina. São grandes as possibilidades, portanto, do Fórum Social Mundial ter seu velório na Marquês de Sapucaí.
Ninguém poderá dizer que não foi um final feliz.

Afinal, existe alguma coisa mais chata do que os politicamente corretos?

Oriane

Friday, January 26, 2007

Primeira pessoa



Einstein - foto-arte de Andy Warhol

Adoro blogs porque aqui a gente pode escrever em primeira pessoa. A primeira pessoa foi abolida inteiramente da academia. O que deveria servir para aplacar egos que tendem a ser desmedidos, acabou por promover a impessoalidade dos trabalhos. Não há mais trabalhos autorais. Apenas comentários. O acadêmico de humanidades está quase sempre comentando e quase nunca criando.
Eu tenho a impressão que o mundo estagnou.
Seria esse o início do fim?
Onde estão os grandes gênios afinal? Não está na hora de aparecer um? Um Einstein, um Kant...
Penso que Stephen Hawking tentou ocupar este papel, mas não deu para ele. Temos Feynman, a minha melhor aposta de gênio da época, mas Muray Gell-mann também é grande. Mas tenho a impressão que a todos falta o chiste, a chama divina. Há muito não há uma grande descoberta, como a de Einstein, cuja manchete na época (procurei a imagem e não achei) foi: "Descoberta científica muda a face do universo".
Nosso Universo tem andado sempre igual...

Oriane

Wednesday, January 24, 2007

Para que, afinal, ler Orlando?


A situação é caótica, a abdução parece que vai longe. Alunos de classe média carioca, instados a comentar, analisar, - simplesmente opinar! - criticar um texto, costumam fazer o seguinte: resumem, mal e porcamente, o que leram (?), entre solavancos, espasmos e lacunas verbais gigantescas. Deu para entender? Sse você pedir a um deles para dizer algo, de sua própria lavra, sobre, por exemplo, o livro Orlando, de Virgina Woolf, ele incorpora o espírito de Zé Carioca e dispara: É a história de um cara que virou mulher no meio do livro e viveu vários séculos! É uma coisa maluca, este livro. E o cara era gay!
Nas asas da esperança, caprichando na boa vontade professoral, você volta à carga: "Não, não quero que me conte o que acontece, quero saber o que sentiu ao longo da narrativa, que pensamentos teve a partir da leitura, que idéias lhe trouxeram os aspectos simbólicos da obra etc."
Após um mutismo constrangedor e não antes de um esgar de doloroso enfado no rosto da torturada vítima, a resposta é cuspida assim: Olha, o cara era um nobre inglês afeminado, paquerou uma russa, levou um superfora dela, ficou superdeprimido e... não me lembro bem do resto! Acho que viajou para superlonge!
A essa altura do drama, um colega qualquer - em geral, uma moça arrebitada - mete a mão na massa, tentando melhorar a cena: Ele vira ela quando volta do Oriente! É isso que é importante!
Sentiram o caos? Parece um hospício. Eles não entendem o sentido denotativo do que lêem, quanto mais o conotativo! O professor quase sempre é obrigado a explicar várias vezes a mesma coisa, usando diferentes registros, dando exemplos os mais variados, louco para ver uma luz na escuridão. É difícil porque o vocabulário deles é pobre, a pressa é a marca registrada de todos os seus gestos, o foco mental NUNCA está onde deve estar, a capacidade de estabelecer relações lógicas um pouco mais complexas está perto de zero e qualquer esforço para superar esses problemas é encarado como uma imensa perda de tempo, um sacrifício insano. Afinal, para que serve ler "isso", não é mesmo? Há coisas tão mais úteis! Coisas que são lidas com o pé nas costas, coisas fáceis, digestivas, coisas que eles já sabem. Aprender é isso, girar em círculos sem sair do lugar, repetir o que, milagrosamente, já se sabe! Já se sabe, já se sabe, já se sabe... Que saco, que sono, que chatice ter de estudar...
Ah, também ocorre o inverso: quando se pede que façam, finalmente, um resumo, eles, só para contrariar, opinam! Em geral, essas opiniões são um amontoado de clichês mal alinhavados, pálidas cópias das palavras de alguém que falou sobre o mesmo assunto num programa de TV - daqueles que fazem picadinho de entrevistas com espevitados "intelequituais" tupinicóides, embrulham e mandam ... -, sei lá quando, não me lembro bem... Ai, que preguiça!

Marx, o Groucho

Monday, January 22, 2007

Odete Roitman forever!!!


Diante do domínio insofismável do politicamente correto, do paternalismo babaca, da esmola com a grana alheia travestida de justiça, somente Odete Roitman pode nos socorrer.

Este vídeo é imperdível!!!
Obrigada, desenhista...

Oriane

Sunday, January 21, 2007

O que têm em comum a Familia Adams, Pinky e Kathleen Turner?




A quem interessa o crime de lesa-mente? - perguntaria um aprendiz de Sherlock Holmes, criação de Sir Conan Doyle, mestre do método dedutivo para pegar criminosos. Vamos por partes (essa é da Mary Shelley, mãe de Frankenstein, pai do "Hermann Monster" e cia. Esses conterrâneos de Patsy e Edina são ótimos, não? ): a prática educacional, hoje em dia, tornou-se a infiltração grosseira, em todos os escalões - a começar pelas disposições do MEC -, da pseudomoral do "politicamente correto", uma praga que não passa de um simulacro, uma imitação avacalhada e pervertida, de um ethos universal, que por sua vez é calcado no relativismo absoluto (a esfarrapada "contradição em termos"...), também conhecido como moral laica, um pastiche filosófico mal e porcamente oriundo de um corroído pragmatismo que - pasmem os doutos! - já encontrava eco popular no ditado dance conforme a música. Como vêem, nada há de novo sob o sol, REALMENTE.
As táticas de conquista do poder são as mesmíssimas, só muda a nomenclatura, manobra que dá ares de modernidade - outra palavra indispensável ao arsenal semântico dos Cérebros de sempre - às teorias dos que estão sempre planejando dominar o mundo...
Ainda assim, no que concerne à sofisticação estratégica, houve um grande avanço, por obra e desgraça de Antônio Gramsci, no momento em que ele percebeu (Que fantástica obviedade! Que cara bocó!) que o alvo da repressão totalitária deveria ser a hipnose de mentes e corações em lugar da mera eliminação dos reclacitrantes, via encarceramento pro rata tempore ou imediato extermínio físico. O avanço extraordinário das tecnologias da comunicação serviu de catapulta a esses propósitos de "persuasão incruenta", acelerando espantosamente a eficácia daquilo que, na verdade, sinaliza uma descarada reeducação em massa, sem o ostensivo uso dos clássicos campos de concentração.
Uma cena emblemática - engraçadíssima, por sinal! - desse processo de conquista subliminar pode ser vista no filme A família Adams2, em que Wandinha (na interpretação magistral da já promissora Cristina Ricci) é trancada numa cabana, sendo obrigada a ver, ad nauseam, filmes água-com-açúcar como a Noviça Rebelde e congêneres.
Em Mamãe é de morte (Serial mom), outra comédia de humor negro desfavorável à pasteurização comportamental, vê-se Kathleen Turner, dona de casa exemplar e serial killer ultrapoliticamente correta, ser guindada a pop star, depois de um julgamento sensacional em que ela mesma se defende, obtendo plena absolvição ao desmoralizar, uma a uma, todas as testemunhas de seus estapafúrdios assassinatos, jogando-as contra a opinião pública por meio de uma retórica esplêndida, na qual se destaca o truque de arruinar o testemunho de uma velhinha bibilhoteira - eis aí um suculento argumento ad hominem... - ao denunciar que ela NÃO RECICLAVA LIXO! Isso deixou o júri indignado, ora vejam só!
Em suma: a mídia hoje é muito mais eficiente do que os velhos esquemas "pedagógicos" de, por exemplo, um Celso Freire, no quesito propaganda ideológica descarada, contribuindo para a manipulação doutrinária de pessoas que, por outro lado, não encontram nas escolas o contraponto, a crítica, a resistência a esse discurso insidioso, justamente porque esse espaço também já foi tomado pelo lado negro da força. "Tá tudo dominado", diria o exilado Boris Casoy...
É só dar uma olhada nas novelas globais - rigorosamente idênticas em suas estruturas ideológicas - para que todas as mazelas acima sejam flagradas de "a" a "z". O ritual maquiavélico está lá, desde a lenga-lenga contra o "preconceito" de qualquer calibre até a barafunda religiosa que mistura - nivelando por baixo, é claro -, como nunca se misturou antes "nestepaiz", ritos afros, cristãos e escolha-você-mesmo-o-sabor-do-misticismo-da-moda! Essa geléia geral, é, por definição, o caldo de cultura da implementação da Nova Ordem Mundial. É preciso rasgar, urgentemente, essa cartilha, embora nos pareça que essa metástase seja incontrolável.
Enfim, respondendo a Sherlock Holmes, a quem interessa o crime de lesa-mente? Ao Cérebro, ora! Felizmente Deus sabe o que faz, e ninguém é perfeito: o Pinky pode estragar tudo!

Imagens: Wandinha, Pinky e Kathleen Turner...

Marx, o Groucho

Saturday, January 20, 2007

O último estágio...



Olhem só que bonitinho e atual este texto do Se liga - cujo nome passou a ser Reality is out there -, referindo-se ao altíssimo grau de educação atingido por Banânia, que agora oferece, de grátis, oficialmente, aos seus diletos alunos, otras cositas más (homenagem a papai Chávez...), aquele "algo mais" que só dá quem tem em abundância:

"O Brasil, país onde a educação alcançou o estágio último de evolução, agora se dá o luxo de expandir as atividades extracurriculares nas escolas.

BRASÍLIA - As campanhas de prevenção à Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis terão um reforço significativo em 2007. Os ministérios da Educação e da Saúde serão aliados em um projeto pedagógico que levará preservativos ao ambiente escolar. As camisinhas, antes distribuídas em postos de saúde, estarão acessíveis aos adolescentes nas próprias escolas.

Para isso, haverá um concurso nacional voltado para os centros federais de educação tecnológica, os Cefets. Eles serão responsáveis pela elaboração de um projeto pedagógico e de uma máquina, semelhante às de refrigerantes, da qual os alunos retirarão os preservativos.

Em breve Jãozinho escreverá um bilhetinho de amor para Mariazinha:

Mariazinha, vossê çabe qui eu ti amu muito, de paichão. Axo que está na ora de nóis partir pra algu mais çério. A gente podíamos faser séquiçu oge de noite, né? Já descolei camizinha na máquina da escola. Comprei treis! HuaHuaHuaHuaHua! "

BollyStolly com SAKÊ!!! Meus sais!

Marx, o Groucho

A Banânia que ruge!



Alguém se lembra deste filme do excelente Peter Sellers? É uma comédia deliciosa sobre um "paiseco" falido que resolveu provocar os EUA para serem inexoravelmente derrotados e... anexados! O plano deu errado e eles venceram, digamos assim, a guerra. É uma sátira perfeita para Banânia, só que deveríamos torcer para que o "engenhoso" plano não desse errado. Após alguns anos de trapalhadas políticas e tentativas de virar nação, Banânia deveria se render à evidência de seu destino lamentável (remember Roberto Campos: "A ignorância no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor") e virar estado de algum país do primeiro mundo. O problema é que a coisa está caminhando mais para ser porão de republiqueta latrino-americana...

"Also a political satire, The Mouse That Roared underscores Kubrick's potent critique of the world's dangerous nuclear game. Although made five years earlier at the same Shepperton Studios in England, The Mouse That Roared has many ingredients identical to Strangelove's -- Sellers in three corresponding roles (the bumbling queen, the conscientious soldier, the conniving politician), a nuclear threat, war, and political manipulation. But Jack Arnold's film is also very different, in its unfailing light heart. While it encourages you to chew over the same ideas, the taste is distinctively sweeter.

Consider the gentle Tully Bascomb (Sellers), a soldier from Mouse's fictional European backwater burg, Grand Fenwick. Fenwick has one export, wine, whose value is significantly downgraded when a California winery puts out a copycat product. And so, Fenwick declares war on the United States. That design is the brainchild of the devious Count Mountjoy (Sellers again) and the Grand Duchess Gloriana (who else? Sellers), who figure that after a swift defeat, Grand Fenwick will begin to cash in the type of reconstruction that built Europe back up after WWII. Like Sellers' Mandrake in Strangelove, Bascomb is the peacenik innocent who gets caught up in a ludicrous geopolitical nightmare.

But Bascomb is no dummy. Put in charge of a ragtag army of 30 or so to invade America by tugboat (on which he can't keep from vomiting, being the seasick type), he seizes the initiative in a war doomed to fail. By the time the soldiers, armed with nothing but arrows, arrive in New York (rendered utterly silent by an air raid drill), Bascomb has become -- like Mandrake, Gump, and Chance -- the right guy in the right place at the right time. He lucks into finding the Einstein-like nuclear physicist, Professor Kokintz (David Kossof), whose construction of a fictional Q bomb (think Strangelove's Doomsday device) is the reason all of Gotham is huddled underground. He also falls in love at first sight with Kokintz's daughter Helen (Jean Seberg), before spiriting both away, with Q bomb in hand, back to Grand Fenwick.

The fact that access to New York is exceedingly easy or that the most dangerous nuclear device in the world is merely sitting on a desk in its creator's office is irrelevant to this relaxed film (though it's still annoying for some viewers, this one included). What matters is that Bascomb serendipitously lands in the bomb's neighborhood to salvage his Quixotic mission and restore glory to his nation. Even when the military spots Bascomb's countrified regiment, they're convinced (in a sure reference to pre-Cuban Missile Crisis Cold War hysteria) that the Fenwick band is from outer space. Within seconds, the rumors are flying and New Yorkers believe they're under alien invasion.

On its surface, Mouse conflates alien takeovers, nuclear holocaust, political machinations, and hyped up military conflict as much as any other Red Menace film of the period. But unlike those films -- and unlike Kubrick's Strangelove, which sets off the Doomsday explosion at the end -- Mouse is actually a comedy, not just a laughable exercise in paranoia. And so its parody, conspiracy, and madness only form the backdrop for a sweet love story, as well as another tour de force for Sellers' comic gifts. (It's Austin Powers without the bathroom humor.) The Q bomb is merely a means to bring Bascomb and Helen together, punish Mountjoy for his lunacy, and make the audience feel safe at home. Because of that, the film's satirical thrust is dampened considerably. (...)"

Imagens: cenas de The mouse that roared. (AQUI, um site interessante sobre o filme). Acima, a bomba Q. Não é lindinha? Embaixo, Peter Sellers, em um de seus três hilários papéis.

Marx, o Groucho

Ditadores...


Tenho uma amiga muito inteligente que fala que a diferença entre o gremlin lá da Venezuela e o apedeuta é que o gremlin acredita no que faz.Isso não me fez admirá-lo ou desculpá-lo. Acredito que grande parte dos males do mundo deve-se a governantes que se acham predestinados e que querem mudar o mundo. Estes malucos, verdadeiros "sigma 5", acham que só eles têm razão em suas crenças. Não sei se vocês já conversaram com comunistas e afins. Tenho uma amiga de infância comunista. Parei de discutir com ela quando ela bateu com uma lista telefônica em minha cabeça no meio de uma discordância que deveria ser amigável. A truculência se justifica para essas pessoas porque elas têm certeza que estão com a razão. Desta certeza advém que: eles estão certos e os outros errados e que os outros devem ser convencidos ou eliminados. Desta forma, essa gente está no mesmo patamar que os evangélicos que tentam te infernizar e que se sentem no direito de invadir sua tranqüilidade, dos islãmicos que ainda acreditam na conversão de todo o resto. O esquerdismo acabou se tornando um fundamentalismo. Neste sentido, somos meras figuras indesejáveis e que, apesar de pagar impostos, estamos sendo excluídos de nossa própria terra.
Hoje tinha um pseudo-intelectual defendendo o feioso venezuelano no jornal. Como alguém pode defender um ditador? Que vergonha!!!

Oriane

Friday, January 19, 2007

Carta de retardado...


Pois é, hoje já tinha mais um retardado que escreveu na seção de cartas do Globo, falando que a violência contra ex-miss é culpa da Zelite. Falou mal da Zelite o tempo todo. Só faltou dizer que a culpa era da vítima...
Como essa gente é lugar-comum, os humanos-chavão...
Só fazem expressar seus ressentimentos. O que essa gente queria mesmo é ser elite...
Tudo que eles conseguem ser é nouveau riche. É só ver o apedeuta e seu post it... Õ raça!
Oriane

Comentário: Darling, a cartinha é mesmo de lascar! Cheira à luta de classes e todo aquele besteirol de sempre. Aliás, a Leila foi minha aluna (ooops!). Trata-se de uma boa pessoa, é empresária há muito tempo, gente legal. Mais uma que cai sob a sanha marginal do quadrilátero mais perigoso de Botafogo, cujos percalços eu conheço muito bem. Vou andar por ali, com armas sob a axila, num dia destes, he,he,he...

Marx, o Groucho

Thursday, January 18, 2007

Ode ao silêncio


Solidão e silêncio. Assim esta vida seria BOOOOOOOAAA!Esse é o primeiro passo para a lucidez. Não é à toa que a turma de antanho gostava de se isolar nas montanhas ou iam brincar de Robinson Crusoé, perdendo-se, de propósito, em ilhas fora do mapa. Os neuróticos modernos produzem ruído sem parar por uma compulsão típica de quem tem horror à pausa. Isso mesmo, à pausa, ao intervalo, ao fundo que molda a figura, à raiz de todas as coisas. Tivemos na família uma pianista. Só não foi famosa - chovia convite para tocar no exterior - porque largou tudo para cuidar do marido e dos filhos, uma opção que, hoje em dia, a teria condenado ao inferno. Pois bem, ela nos dizia, candidamente, que fazer música é... saber ouvir o silêncio! O que acontece entre as notas é tão importante quanto a emissão do som. Música, é pois, o conjunto perceptivo dos intervalos sonoros.
No budismo zen há várias referências à fertilidade desse contato, dessa sintonia, absolutamente sine qua non, com a ausência, a não-forma, a não-mente: esse é o vazio fértil que se opõe à cinzenta depressão do niilismo doentio.
É desesperador perceber que as pessoas estão megulhando de cabeça, há anos, no pântano do atordoamento, na voracidade da superexposição, na hipnose do ruído sem fim, na verborragia sem estancamento possível. Ninguém consegue ficar sozinho e calado, os jovens entram em pânico se seus celulares não tocam de quinze em quinze minutos. As empregadas e porteiros arrancam os cabelos sem os seus radinhos poluentes. Os restaurantes exibem televisões fazendo barulho de fundo enquanto os zumbis-fregueses tentam saborear (???) a comida mal mastigada, fazendo, é óbvio, muitos zumbidos... Crianças não sabem brincar sem dar gritos que estouram decibéis, chamando pirracentamente a atenção de todos, como se fossem seres invisíveis. Detalhe: eles são!
Não há existência sem silêncio. Portanto, seguindo a implacável regra do silogismo, estamos todos mortos...

Esse texto é uma homenagem à Oriane e a todos que estão enlouquecendo com o barulho que nos sufoca.

Marx, o Groucho - planejando o assassinato de vizinhos ruidosos.

Tuesday, January 16, 2007

Desventuras de ter telefone em Banânia...



Das desventuras de morar em Banânia.

Série telefone:

Tenho uma secretária eletrônica que atende o telefone automaticamente. Eu jamais atendo de primeira. Cansei de telemarketing, golpes de presidiários e propaganda de políticos feita com a minha grana. Meu recado era do tipo engraçado, dizia que a casa era minha e explicava a situação. Muito bem, noutro dia meu telefone tocou umas vinte vezes. Toda vez que a secretária atendia ficava um pouco e desligava. Achei que era uma turminha querendo ouvir meu recado e troquei por um simples. Continuou tocando insistentemente. Uma vez após a outra, sem intervalos. Resolvia atender. Segue relato:

Uma mulher com voz de pós-adolescente, daquelas beeeeemm retardadas, com uma voz entre "cachorra" e dãaaaa (ou seja, não era capaz de articular palavra. Dava para ver o cabelo pintado de louro e a boca mascando chiclete)...

Disse a imbecil: - Ãaaah, o Wilson está? (Isso depois de ligar umas trinta vezes seguidas e ouvir o recado que diz que esta casa é minha).
eu: Não, não tem nenhum Wilson aqui.
ela: Tem certeza ?(???????)
eu: tenho e devia ter ficado claro das trinta vezes que vc ligou... (silêncio abobalhado)
ela: Mas ele não mora aí?
eu: (suspiro)Não, eu já disse que só moro eu aqui.
ela: Mas esse é o número ...?
eu: Sim, mas não tem nenhum W. aqui...
ela: Mas esse é o número dele...
eu: Ele te deu o número errado.
ela: Mas qual o número dele?
eu: Não sei, por favor, pare de ligar para cá, não conheço nenhum Wilson e você deve ter pegado o número errado. (desliguei)
Pois bem, o telefone voltou a tocar insistentemente, até que pela vigèsima vez eu fui obrigada a desligá-lo.

Isso porque, em uma semana, a minha secretária pegou três ligações de telemarketing, sendo que numa dessas vezes uma amiga que estava aqui atendeu, e a mulher da IG pediu para falar comigo, e minha amiga disse que eu não podia atender. Sabem o que a mulher respondeu? - "Vou ficar ligando até ela atender!!!!!"

No último mês, duas ligações a cobrar: numa havia uma mulher aos prantos pedindo socorro (sabem como é, aquele golpe já batido, ninguém mais cai)e noutra, um garotão chamando mãe e pai e pedindo socorro. Em um mês minha secretária travou dois golpes de presidiário. Apesar da secretária, terei que pagar as ligações a cobrar.

Isso tudo, e ainda pago 35% de impostos sobre cada ligação e sobre essas ligações contra as quais a droga do Estado deveria me defender.
Acho que vou desligar essa porcaria...

Oriane

comentário: o Holden, personagem do Apanhador no campo de centeio, de Salinger, falaria EXATAMENTE assim...
Marx, o Groucho

Sunday, January 14, 2007

A via crucis de Ali Kamel

Querem que a gente se comporte como "cidadão", tiram nosso dinheiro na marra - em nome de um fajuto "bem-estar social -, fazem de Brasília um prostíbulo mal administrado, seqüestram a inteligência nacional a partir de lavagem cerebral midiática e "educacional", solapam todas as instituições democráticas, manipulam e compram as consciências generosamente disponíveis, massacram cotidianamente as pessoas que realmente trabalham, produzindo algo que preste, como o jornalista Ali Kamel - um dos raros seres "globais" que apresentam traços de normalidade psíquica - e ninguém RECLAMA!!! Asco!
Dêem uma olhada na inacreditável epopéia por que passou Ali Kamel (artigo: "Estado e cidadão", de 09/01/07, O Globo), no melhor estilo kafkniano, na tentativa de viajar com a mulher e as enteadas. A burrocracia quase impediu seu intento, a aflição foi enorme e o saldo ficou por conta da monótona constatação de sempre: isto aqui "NÃO É UM PAÍS SÉRIO"!
Enquanto isso, no lado negro de Banânia, todas as fraudes, todas as mentiras, todos os assaltos ao erário caem no olvido. O que importa é atrapalhar a vida das pessoas honestas. Motivo? Mero sadismo compensatório...
Leiam a via crucis do jornalista, resumida, porque é inviável fazer um link para o artigo no Globo, tal a complicação.

Com viagem marcada para as 23:00h, em o3/o1/o7, Ali Kamel, com medo da Linha Vermelha, saiu de casa - paranoicamente! - às 19:30h. No check-in, a bomba: pediram a autorização do pai das meninas para viajar. A agência de viagem informou que o genitor teria de fazer a autorização pessoalmente. Pois bem, o cara foi ao aeroporto prontamente, mas um funcionário da companhia aérea sugeriu que a Polícia Federal arbitrasse sobre o assunto: uma autorização pessoal valeria ou não? Já em clima de angústia total, os viajantes souberam que era necessária uma autorização escrita e com firma reconhecida! Bem, o pai estava lá e poderia escrever a autorização, não é mesmo? Sim, mas e o cartório para reconhecimento da firma? Informados sobre um cartório próximo, descobriram que não havia plantão no dito cujo, é óbvio! Por sorte, uma santa alma ouviu a história de terror e indicou um cartório que certamente estaria de plantão, no centro da cidade. Correram para lá às 21:30h, sendo informados de que o procedimento demoraria meia hora, tempo suficiente para a perda do vôo. Por conta disso, imploraram inúmeras vezes para serem recebidos pelo comissário, "que não poderia ser incomodado". Depois de, finalmente, serem atendidos, descobriram que um promotor teria - AINDA! - de dar um parecer que SERIA SUBMETIDO à decisão da juíza! A essa altura, o agente de viagens informava que estava tentando segurar o vôo mas que eles teriam de sair imediatamente para chegar a tempo de embarcar. Arrancando os cabelos, imploraram novamente pela agilidade do promotor, o que só conseguiram por meio de um funcionário mais compreensivo. Às 22:10h o promotor, que já havia redigido o tal parecer, resolveu mostrar a cara, com o intuito de fazer perguntas idiotas, tais como: por que as meninas tinham o sobrenome do pai e da mãe? Por que a mãe não tinha o nome do pai das meninas? Por que o pai se declarou divorciado, enquanto a mãe se dizia casada? O amigo de Kamel, pai das meninas, respondeu sucintamente: porque elas são nossas filhas, porque sou divorciado, porque ela se casou novamente.
O promotor teve a audácia de se explicar: "Ah, eu imaginei, mas me aconselhei com a juíza e achei por bem perguntar."
Às 22:30h, conseguiram sair em disparada para o aeroporto. Cruzaram a Perimetral e a Linha Vermelha, milagrosamente, em tempo recorde, entrando no avião às 23:10h!
Não é estarrecedor?

Imagem: O Cristo de El Greco, em plena forma...

Marx, o Groucho - com o saco na Lua.

Saturday, January 13, 2007

Sempre educação...


Esse artigo saiu na semana passada na veja. Sei que está um pouco passado. Mas vale a pena...


Autópsia de um fiasco

(*) Cláudio de Moura Castro
O fiasco da nossa educação fundamental começa a ser percebido. Há cada vez mais brasileiros sabendo que tiramos os últimos lugares no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), uma prova internacional de compreensão de leitura e de outras competências vitais em uma economia moderna. Sabem também dos resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), confirmando plenamente esse diagnóstico moribundo do ensino. Agora, cabe fazer a autópsia do fracasso, dissecando cuidadosamente o defunto: por que os alunos não aprendem?

Tão retumbante fracasso tem múltiplas causas. Contudo, o presente ensaio assesta suas baterias em uma causa fatal, mas pouco considerada. Vejamos uma constatação surpreendente e assustadora: o Pisa mostrou que os alunos das famílias brasileiras mais ricas entendem menos um texto escrito do que os filhos de operários da Europa e de outros países com educação séria. Portanto, não é a pobreza dos alunos ou das escolas que explica o vexame.

Por que nossos alunos não entendem um texto escrito? Submeto aqui a hipótese de que reina nos impérios pedagógicos e nos autores da moda uma atmosfera que desvaloriza a tarefa de compreender o que está escrito no papel. Veja-se a seguinte citação de B. Charlot: "Os saberes científicos podem ser medidos em falsos e verdadeiros, mas não os conteúdos de filosofia, pedagogia e história... (Fora das ciências naturais) o mundo do verdadeiro e do falso é do fanatismo, e não da cidadania".

Ou esta outra, de E. Morin, afirmando que, "em lugar da especialização, da fragmentação de saberes, devemos introduzir o conceito de complexidade". Critica também "o princípio consolidado da ciência, o determinismo - segundo o qual os fenômenos dependem diretamente daqueles que os precedem e condicionam os que lhes seguem". Ou ainda a afirmação de D. Lerner, de que "não faz falta saber ler e escrever no sentido convencional... Quem interpreta o faz em relação ao que sabe... Interpretações não dependem exclusivamente do texto em si".

Nesses textos, há asneiras irremediáveis e assuntos que coroariam um processo de amadurecimento intelectual. Contudo, para jovens que iniciam seus estudos, são fórmulas certeiras para uma grande balbúrdia mental, em uma idade que pede a consolidação de idéias claras e a compreensão rigorosa e analítica do texto escrito. Embaçamos o ensino ao solicitar aos alunos que "reinterpretem" o pensamento dos grandes cientistas e filósofos, segundo Mortimer Adler, "pedindo sua opinião a respeito de tudo".

Continua correto o conselho de Descartes de dividir o problema em tantas partes quantas sejam necessárias para a sua compreensão. De fato, a física de Newton é determinista. Nas melhores escolas, é com ela que se afia a capacidade de análise dos alunos - inclusive na terra dos autores citados. As ciências sociais adotam outro determinismo, expresso em distribuições de probabilidades. A filosofia requer ainda mais exatidão no uso da linguagem. Elegância e rigor precisam ser conquistados na língua portuguesa, e as primeiras lições devem ser exercícios de interpretação correta do que está escrito. Ao se enamorarem das idéias turvas acima citadas, nossos professores desviam as atenções que deveriam colimar o uso judicioso das palavras e embrenham seus alunos na indisciplina do relativismo, do subjetivismo e da "criatividade".

Wittgenstein foi ao âmago da questão ao dizer que "os limites da minha linguagem são também os limites do meu pensamento". Quem não aprendeu a usar palavras não sabe pensar. Para Spinoza, "as desavenças humanas são desavenças de palavras".

O grande desafio dos ciclos iniciais de uma educação é entender as relações entre sons, letras e significados, aprendendo a ler, para que se possa passar a ler para aprender. Lembremo-nos da obsessão de George Steiner, sempre em busca do sentido exato que os autores quiseram dar às palavras. Sem isso, o que vem depois é ruído, é o que respondem nossos alunos às questões cuidadosamente formuladas nas provas do Pisa e do Saeb. Esses miasmas intelectuais não oferecem os alicerces para um distanciamento crítico e produtivo do texto original - tarefa que só pode vir mais adiante.

Claudio de Moura Castro é economista
(Claudio&Moura&Castro@attglobal.net)


Oriane

Os macunaímas


Já estava com saudade de roubar as imagens da Gusta, do "Reaja Brasil".
Nos comentários ao post que tem esta foto há um de uma professora de 60 anos, Carmem Garcia Sanches, que vale a pena ser lido. Não é nenhuma novidade: as pessoas da classe média (aquelas que têm trabalho), principalmente os professores, não podem se dar ao luxo da aposentadoria. Conheço várias nesta situação. Até recebem aposentadoria, mas funciona mais como um digamos "aumento" do que aposentadoria, pois não param de trabalhar. Seja para sustentar uma família de desempregados, seja porque a aposentadoria não basta para sua susbsistência ( como, de resto, quase não bastava o salário), grande parte dos aposentados ainda trabalham.
Triste lembrar dos tantos que recebem sem trabalhar: marajás do serviço público, funcionários públicos que não trabalham. Minha amiga comunista diria: e os filhos de ricos que vivem da grana da família? Bom, até que me provem o contrário, a propriedade particular é intocável. Não me importa se é justo ou injusto o lucro dos banqueiros, mas eu sempre posso escolher não usar crédito. No mais eu pago doze reais pela manutenção da minha conta e não acho caro pelo serviço, mesmo sabendo que inclui usar minha imensa fortuna depositada para gerar lucros. Acontece que este dinheiro é privado, eu faço com ele o que eu quiser. Até emprestar aos banqueiros. Quanto aos impostos não há escolha. E é isso que diferencia uma sociedade que funciona de outra: o uso racional dos bens coletivos. Aposentadoria, salários de funcionários públicos, dinheiro do país, tudo isso é parte de todos nós. Se não há escolha devemos ao menos poder cobrar. E sustentar presidente que não gosta de trabalhar é de chorar. Chorar pelo nosso lamentável espírito de Macunaíma, lamentar por termos encontrado o próprio e tê-lo feito nosso presidente, lamentar porque nosso povo acha graça, lamentar porque esse é o nosso espírito público, lamentar por termos nascido em Banânia.
Mas há um consolo, há lugares muito piores.
Mas a nossa mentalidade é triste, muito triste. É o que temos de pior. Uma pena, um povo criativo, um lugar lindo e rico. Que pena que somos assim. E não tenhamos dúvida: o destino de povos assim é a escravidão e o desaparecimento. É a lei do mais forte. Nos fizemos fracos e assim nos mantemos por pura preguiça. O povo é preguiçoso e não quer lutar. Assim como seu presidente.
O que está acontecendo agora no Nordeste é a prova: os empresários e fazendeiros não conseguem mão de obra porque o povo não quer perder o bolsa família. Enquanto pessoas como a Dona Carmem Sanches não podem sequer se aposentar. Detalhe, Dona Carmem Sanches que não pode se aposentar, ajuda a pagar o salário do dorminhoco da foto, sua bolsa-ditadura, suas mordomias (entre elas um avião de onde ele não sai) e a graninha que faz com que o cara lá do Nordeste não queira mais trabalhar e que ajudou a reeleger o pançudo lá de cima.
Sacaram o lance? Dona Carmem trabalha para sustentar o cara que não quer trabalhar, é óbvia a conclusão. A parte boa é saber que ainda há gente honrada tentando viver neste país.

Oriane

Virótica


Vocês já conhecem o Site Advisor da Mcaffe ? Simplesmente incrível! Ontem não prestei atenção a um sinal vermelho dele e resolvi baixar um tema para meu xp. Queria fazer com que ele parecesse um Mac. Bom, acabei não conseguindo baixar nem instalar nenhum tema, com exceção de um chamado Zune, que é bom, mas não chega aos pés do windows xp. No tal site que estava assinalado como vermelho pelo Site Advisor, tentei baixar o tal que simula o Mac. Na hora em que apertei o ok para baixar foi que vi o sinal vermelho. Foi instantâneo: meu anti-vírus ( AVS – Time/Karspersky) e meu firewall ( Zone Alarm) começaram a apitar. Resumo da ópera: Tive que sair de casa e meu anti-vírus ainda não tinha conseguido arrancar o bicho. Estou até agora plugada no House Trendmicro limpando a bagunça. Meu anti-vírus está há duas horas passando num arquivo do iniciar ( com um nome que parece código) e não sai de lá. Acho que entrou em looping. Já restaurei o sistema e tudo. Acho que vou vencer a guerra, mas nunca mais vou ficar baixando porcaria.
É uma promessa de ano novo!

Oriane

Friday, January 12, 2007

Gatos



Para a galera que adora gatos. Este site tem fotos muito interessantes de gatos. Vale a pena dar uma olhada.
Oriane

Apedeutas


O novo Secretário de Segurança do Rio deu mostras de que entende alguma coisa: ele acredita que um dos maiores problemas do carioca é a falta de educação. Finalmente alguém (do governo) botou o dedo nessa ferida. Adoramos botar a culpa nos outros, mas e a nossa culpa? O Rio está como está também porque o povo é de uma falta de educação, uma grosseria sem limites. Vamos falar sério: nossa gente tem a profundidade mental do Homer Simpson! Se não entendemos que isso se refere a nós, nossa gente, não estamos entendendo nada.

Oriane

Thursday, January 11, 2007

O que anda pela rede


Observem este texto, retirado de um site sobre Química, definindo - muuuuuuuito por alto! - o que é Idade Média, sob o surrado rótulo de Idade das Trevas. Absolutamente pobre e preconceituoso, é um exemplo, entre milhares, do que anda por aí na rede, desinformando gente que vai pesquisar na internet e leva esses dados a sério, sentindo-se, depois, expert no assunto.
Mantivemos todos os erros de pontuação originais.

"A Idade Média é o período que vai de 476 (fim do Império Romano do Ocidente, governado por Honório) até 1453 (tomada de Constantinopla, cidade de Constantino, pelos Turcos). O seu início é marcado pela violência das invasões bárbaras e, na sua continuidade, pelo retrocesso intelectual proporcionado pelo modo de vida da época. Neste ínterim os povos que invadiram o Império Romano confrontavam suas crenças religiosas com o Cristianismo, e eram convertidos. Haja visto (sic) que quando os visigodos entraram no Império do Oriente, já eram cristãos, mas haviam (sic)os francos, os anglos e os saxões que eram pagãos. Mais tarde acabaram abraçando o catolicismo também.
A religião mudou muito os hábitos destes povos que foram impregnados de fé, nobres propósitos e belas virtudes. Havia uma curiosa organização política-econômica-cultural nestes idos. O nome é feudalismo, onde (sic) quem tinha o poder era o clero e a nobreza. Segundo a maioria dos historiadores esta organização política embrionou (sic) na Germânia, onde, após as invasões, os reis doavam terras aos seus mais ilustres guerreiros. Desenvolveu-se mais profundamente na França e na Alemanha, cujos soberanos chegaram ser (sic) muitas vezes mais pobres e menos poderosos que os senhores. Os territórios eram chamados de feudos, daí o nome de feudalismo a este sistema político-econômico (sic). O povo era mantido em "rédea curta" e constantemente dominado à força pelos nobres, e pelo clero através da ação religiosa. O comércio e a indústria tiveram grande decadência, visto que as guerras contínuas constituíam um obstáculo ao trabalho das populações laboriosas, ao passo que os suseranos, sempre envolvidos em lutas, não tinham tempo para cuidar dos assuntos de ordem econômica. A monotonia da vida, em época de paz, só era quebrada pelos trovadores que iam de castelo em castelo recitando infinitas canções de gesta e os romances de cavalaria (???). No campo da química é impossível de (sic) não comentar a figura dos magos, dos feiticeiros, dos senhores das coisas ocultas.
Estamos falando sobre os ALQUIMISTAS."

Well, por conta dos vários "sic", percebe-se o precário português do autor, além do verdadeiro samba do crioulo doido em que as informações chafurdam. Notaram a sutil (???) relação entre a influência da Igreja e o estado de regressão intelectual das pessoas? Haja...
Chamem a Régine Pernoud!

Imagem: o lindíssimo Alcazar de Segóvia, Espanha.
Marx, o Groucho

Wednesday, January 10, 2007

Galáxia do Sombrero.


As coisas da terra me aborrecem.

Vocês conhecem a galáxia do Sombrero?
Foi descoberta em 1781. Fica na constelação de Virgem e está a uma distância de 28 milhões de anos-luz da terra.

Peguei no site do Hubble. Eles disponibilizam um monte de papéis de parede maravilhosos do Universo. Podem clicar na imagem acima também: a definição é boa e a imagem é grande.
Vale a pena visitar.

É linda, não é mesmo?

Oriane

Monday, January 08, 2007

O carioca banal...


O Rio de Janeiro continua patético. No rastro da decadência tupinicóide - um esquisitíssimo, raro fenômeno, em que uma país consegue entrar em declínio sem nem mesmo ter chegado perto do apogeu! -, esta pobre cidade, com abortada vocação de maravilhosa, tornou-se cenário de filmes de terror classe "b". O carioca está abúlico, indiferente, cínico, no melhor padrão-zumbi-abduzido. Comporta-se à margem de qualquer atitude consciente, como se aquela musiquinha-relâmpago Tô nem aí fosse o verdadeiro hino da metrópole. Nada é com ele, nada o perturba, nada o deixa indignado . Parece que as atribulações do cotidiano o anestesiaram, exatamente como reza a cartilha analítica de Hanna Arendt: banalizou-se o mal, e dane-se todo o mundo...
Já estivemos em países paupérrimos, sem recursos naturais dignos de nota - com graves problemas de saneamento e de higiene, mazelas que também podem ser encontradas em rincões de Banânia - e, no entanto, jamais nos sentimos em perigo, por exemplo, andando à noite pelas ruas. Havia assédio de mendigos de todas as faixas etárias, mas a abordagem não era constrangedora, não continha ameaças veladas, não nos incomodava de forma alguma; pelo contrário, o que nos parecia mais evidente era uma atmosfera carinhosa, alegre, cativante. Essa experiência vital foi a prova concretíssima do que já sabíamos teoricamente: miséria não gera necessariamente crime, pobreza não é a mãe da violência. O diferencial percebido nessas viagens saltou-nos aos olhos pela via cultural, uma vez que as sociedades que visitamos são fortemente reguladas pelas noções, nítidas, de "certo e errado". Mais ainda, essas normas são oriundas de condições religiosas específicas, que garantem a punição ou a recompensa para além das fraquezas humanas, ou seja, há um superego muito sólido por detrás de possíveis falhas da legislação feita pelos homens, garantindo a correta interação social em termos de limites, deveres e obrigações, coisa que Cícero, romano, pagão e orador - não necessariamente nessa ordem... - já promulgava com todas as letras da Lei Natural.
Há alguns anos, a resposta de um de nossos alunos em sala de aula deu bem a medida do abismo cultural que se expande, cada vez mais, entre nossa sociedade-bandalha-bundalelê e as outras, citadas acima. Indagado por que não matava ou roubava, o lindo garotão de classe média disse que "não fazia nada disso porque a polícia... prende!" Bem, deixando de lado a piada relativa à possível "prisão", concluímos, com a concordância da bronca criatura, que, na ausência da repressão imediata, vale tudo! O negócio e ser "ixperto"!
Vida horizontal é isso. No final, nem cova rasa.

Imagem: Hanna Arendt, antes de tomar uma bollystolly.

Marx, o Groucho

Saturday, January 06, 2007

O Jaguar e o Veado - nada a ver ?...


Uma constatação importante a propósito de interpretação de textos literários (ou não....) é a de que a divergência entre as diversas abordagens feitas por indivíduos sobre o mesmo objeto, ou seja, a expressão escrita de um dado autor, não significa absolutamente que exista um reino de interpretações subjetivas - ou as célebres"verdades relativas" tão ao gosto da modernidade - em detrimento da análise objetiva do texto, evento que, assim, sempre remeteria à impossibilidade de uma interpretação minimamente "adequada" sobre a coisa em foco. Pelo contrário, o máximo que se pode afirmar é que o objeto de estudo permite, devido à sua própria riqueza intrínseca, diversos vieses interpretativos, algo como a estorinha indiana dos três ceguinhos apalpando um elefante: cada um deles identificou o bicho de uma forma diferente, como se estivessem falando de três seres distintos. Na verdade, os três aspectos percebidos eram, objetivamente, partes reais e pertinentes do mesmíssimo animal. O próprio processo de análise, cujo princípio é a fragmentação do todo em seus constituintes, leva necessariamente à idéia de que existem visões díspares sobre o tema abordado, conceito que pode conduzir à ilusão da "subjetividade absoluta". É fácil verificar a distorção paratáxica - originada na incapacidade do sujeito de relacionar as partes e o todo, ou seja, a unidade que lhes dá razão de ser - quando se exige que as narrativas propostas apontem para qualidades que realmente existam no tecido da obra. Ninguém pode ver o que não está lá, mesmo que de forma sutil. Ora, se está lá, pertence ao corpo do objeto e ter sido, ou não, capturado pela observação de um dos estudiosos não lhe diminui a existência. Em suma: se há, ou não, um "eu" para nomear o cachorro Chico, isso não quer dizer que o cão não exista. Portanto, a interpretação mais exata de um texto vai existir na medida que seus estudiosos tiveram capacidade de apreender todas as suas vertentes de significação. Se o observador do objeto é capaz de identificá-lo como "x","y", z", a partir de referências que só ele, o observador, possua (leituras, experiência, estudo específico sobre o assunto etc), o que está ocorrendo, na verdade, é uma relação lógica de identidade entre conteúdos do sujeito observador e conteúdos do objeto observado. Se o objeto não os possuísse, o observador não poderia identificar nenhum dos conteúdos projetados. Obviamente um texto complexo, com ampla gama de significações, dará margem a uma enxurrada de análises bastante diferentes entre si. Na ausência dessa riqueza, as análises tenderão a convergir num discurso mais ou menos homogêneo. Por outro lado, as análises que estiverem além ou aquém da objetividade exigida serão necessariamente o reflexo da tal distorção paratáxica, indicando uma clara inadequação perceptual do sujeito em relação ao objeto, o que resultará, sintomaticamente, na falta de exemplificação coerente e na presença da uma teorização elíptica, com o conseqüente ônus das conclusões disparatadas, entre outras evidências de precariedade epistemológica.
Resumo da ópera: análises diferentes sobre o mesmo texto literário podem indicar não só a diferença perceptual entre os analistas - o que implica o "filtro" cognitivo de sua cosmovisão - mas a complexidade do objeto analisado. A convergência entre ambas as instâncias ratifica a possibilidade do conhecimento da coisa. O afastamento desse paradigma pode indicar a incapacidade do indivíduo de lidar com o real, o que indicaria o sintoma de diversos tipos de distúrbios psíquicos: autismo, falta de concentração, recolhimento esquizóide, alucinações são apenas uma parte dessa festa de Babette... Ah, há também os abduzidos... He,he,he...

Imagem: é impressão nossa ou o pobre felino está embrulhado para presente? Reparem, ao fundo, a atenção do veado, todo cornudo, pronto para dar nos cascos se o jaguar avançar.

Marx, o Groucho

Cadê Dostoievski?


Olhem só que ótima observação foi feita na no MSM, no setor de "Cartas", a respeito de um artigo de Ipojuca Pontes, por um senhor chamado Luís Gustavo - os grifos são nossos:

Sobre artigo de Ipojuca Pontes

Amigos, como de hábito o sr. Ipojuca Pontes publica artigo brilhante e que demonstra toda a sua cultura e erudição. O texto é irretocável. Permitam-me apenas tecer um comentário que me ocorre no momento, que seria como que uma nota de rodapé ao que escreveu o ilustre Ipojuca: Dostoievski escreveu toda a sua obra monumental, maravilhosa, gigantesca, notem bem, à mão. Isso mesmo, tudo o que o gênio russo escreveu saiu de sua mente extraordinária e foi para o papel através do bico de pena. De resto, todos os grandes escritores e filósofos até o advento da máquina de escrever.

Então eu pergunto: por que, dadas as condições materiais dos dias de hoje, do computador e etc., a humanidade não consegue mais gerar um Dostoievski, nem um Tolstoi, nem um Balzac, nem um Musil, nem um Proust, nem um mísero Machado de Assis? Ipojuca respondeu, mas não frisou: porque as ondas de niilismo, de destruição revolucionária, de depredação do cristianismo em geral e da Igreja em particular, do desprezo pela herança ocidental, da subversão dos princípios da autoridade e da ordem, produziram, notadamente a partir da segunda metade do séc. XX, as gerações mais hedonistas, mais egoístas, mas idiotizadas, mais ignorantes, e, por isso tudo isso, mais desesperadas que a nossa pobre humanidade já produziu.

Como, então, esse mundo acelerado e doentio, fanático por prazeres e avesso a qualquer responsabilidade, pode dar à luz um gênio do tamanho desses citados, cuja grande força estava em tirar de dentro de si mesmos, de dentro de suas contradições e reflexões, de seus sofrimentos e dilaceramentos, os temas de que tratavam?

Se alguém já disse que a Revolução destruiu o que a França tinha de melhor, eu diria que o fantasma ou o espírito que habitou o corpo dessa Revolução venceu o Ocidente, e destruiu tudo, simplemente tudo o que havia de bom. Jamais teremos um outro Dostoievski.
Um grande abraço.
Luis Gustavo

Comentário: síntese perfeita do que está acontecendo neste planeta cada vez mais culturalmente mambembe.

Marx, o Groucho

Deneuve



Ou está meditando, ou está ouvindo o hino francês, ou está sentindo pontadas no peito ou... Sabe-se lá! A única coisa clara, depois de tanto falarmos em feiúra e falta de gosto estético, é pôr gente bonita no horizonte. Já fizemos isso aqui e continuaremos fazendo. Ninguém agüenta tanto bolchevismo explícito, Keiser da língua plesa, Aldo Rebelo, Bienal fajuta, ódio demente à aristocracia moral, funk, punk e perdigotos verbais sem umas bengalas - ou um "Colt" 45 - a mão, não é mesmo, darling ???

Marx, o Groucho - de volta de pequena viagem...

Thursday, January 04, 2007

Devia ter colocado esta no Natal

Reflexões de ano novo.


Amigos, sei que esse Blog anda devagar. Marx viajou e eu...bem, essa coisa de ano novo.
Todo ano novo acabamos fazendo uma retrospectiva-análise-forçada de toda a nossa vida. Não sei quanto a vocês, mas toda a vez que faço isso acabo ficando uma semana de cama.
Na noite de ano novo, tenta-se fugir do Rio, mas como deixei para a última hora acabei não indo. Sabe como é: cidade conflagrada, bandidos querendo a grana para o feriado, enfim, depois de certa hora ou em certos dias é melhor não ir a lugar algum.
E aí você tem que escolher entre pessoas histéricas afetando uma alegria que não sentem, ou festas mais discretas em que rola uma certa melancolia.
Este ano até que me dei bem: uma festinha discreta com amigos alto-astral. Para quem nunca se sente bem nessas datas...
Fiquei estarrecida com a estória da mulher que tentou entrar no mar sem a perte de cima e foi cercada por populares que a chamaram de "vagabunda" e tentaram apalpá-la.
Não haveria a necessidade do comentário: que barbárie. Qual exatamente é a mentalidade de nosso povo? Se a mulher fica de peito de fora é porque é vagabunda? Está pedindo para ser estuprada? Não fiquei espantada, sei que nossa gente é assim: tacanha, com uma falsa moral, uma maldade sub-reptícia que em tudo se insere. Um triste povo que em pleno sec. XXI ainda se encontra na barbárie. São mentalidades pouco além do animalesco. Mentes incapazes de qualquer forma de sofisticação.

Penso muito nesta questão da arte e da literatura: nada me tira da cabeça que precisamos de um pouco mais de beleza. Mas quando olho para o relevo desta cidade imagino que devo estar enganada.
Mas a equação sempre chega ao mesmo ponto: precisamos de educação. Essa é a única prioridade. Infelizmente não gera votos. Essa falta de educação aliada a uma preguiça que parece generalizada acaba nisso que estamos vendo - A decadência total -.

Agora vocês imaginem: estas são algumas das minhas reflexões de ano novo. Dá para entender porque estou há uma semana de cama?

Oriane

Tuesday, January 02, 2007

Primeiro dia sem os molequinhos...



Tudo bem, Lula tomou posse. Falou as besteiras de sempre, bateu no peito, sabe como é.
Mas nada tira dos cariocas sua comemoração.

ACABOU. Os garotinhos foram. Tchau.

Primeiro dia sem garotinhos, sei que o assunto está redundante, mas o alívio é enorme.
Já sinto um clima diferente na cidade.

Os leitores me perdoem, mas ainda devo passar uma semana chutando cachorro morto.

E com que prazer!!!

Eu sempre detestei crianças mesmo...

Oriane

Monday, January 01, 2007

Livres do casal mais repugnante do planeta.



Existe algo maravilhoso para se comemorar neste primeiro dia de 2007:

Estamos livres da porquinha e do suininho!!!
Livres deste maldito casal garotinho.
Livres dessa gente horrível!!!!
Eles e seus filhos horríveis.


Olha como são bizarros! Um atentado ao bom gosto.
Diane Arbus ia amar, ela só fotografava bizarrices...

Fora! Gente feia!!!!!

Oriane



Peguei essa no José Simão.
Ótima não?

Oriane