Tuesday, June 05, 2007

Blogagem coletiva: meio ambiente.



Hoje é dia de blogagem coletiva, proposta por Lino rezende . O assunto é meio ambiente. Como vários blogueiros estão escrevendo e eu estou sem nenhum tempo, vou dar a lista dos participantes que encontrei no "Aqui não, Genésio".

Gostaria de falar sobre a poluição sonora, um problema que tem constantemente me enlouquecido. Como os retardados que só sabem dirigir com a mão na buzina, os idiotas que falam aos berros em lugares públicos, os adolescentes com sua música alta e por aí vai. Poderia falar também sobre a poluição visual que transformou o meu Rio de Janeiro numa aberração: prédios horrorosos, obeliscos bizarros, pichações em todos os muros.
Pois é, isso também é poluição. Nunca custa lembrar que estética e ética andam de mãos dadas.

Vamos deixar o egoísmo de lado e proteger nossa casa: a terra.

Um bom texto para ler é sobre a hipótese Gaia, de John Lovelok, um famoso ecologista...

Abaixo, os blogs participantes:

Carla, Laura, Taís Moraes, Poliane, Fábio, Ítalo, Mário, Luma, Jackie, Fernanda, Oscar, Cadinho RoCo. Ernâni Motta, Cris Penaforte, Marta Bellini, Renata, Cejunior, Denise, Karina, Ricardo Rayol, Taty Sabino, Ângela, Chris, Keityxinha, Flávio, Úrsula, Aninha Pontes, Betty, Vivien, Flávia Sereia, Mônica Montone, Bruna, Leticiah. Edhy, Patty, Enoísa, Nádia, Wilson, Mércia, As partes interessadas, Jeanne, Adriana, Meire, Cláudio, Saramar, Paulo, Dona Minhoca, Por que não, Chawca, Sandra, Whaner, Marina, Marcos, Nilza, Tina, Verinha, Dácio, Yvonne, Ronald, Mélica, Elisabete, Rosa, Geórgia, Fábio, Gérson, João Bosco, Maria Augusta, Lili, Lula, Grace, Kadu, Euza, Kaká, Ju Moreira, Olhos de Mel, J. Neto, Keila, Regina, Crys, Simone, Claudinha, Raquel, Lulu, Rafael, Lucy, Clau, Sérgio, Lúcia, Regina, Luci, Márcia, Carol, Vanna, A comentarista, Sam, Grazi, Chris, Samantha, Mari,

Oriane

7 comments:

patricia m. said...

Oriane, vou te confessar que tenho um pouco de medo dos eco-xiitas. Talvez medo nao fosse a palavra exata, mas sei la... Acho tudo isso extremamente exagerado, toda essa questao de aquecimento global, quanta bobajada. Tudo para politico se dar bem, mais nada.

Anonymous said...

Você tem razão e a cacofonia sonora, na maioria das vezes de mau gosto, é um problema sério, trazendo problemas. Se temos de cuidar do planeta, também temos de olhar este lado.
Muito obrigado pela participação.

Anonymous said...

Senhora Oriane:
Queira ler esse texto e entender um pouco o que é Anarquia. Olha; anarquistas JAMAIS são de direita.:
os anarquistas e a mídia
por Killing King Abacus

Uma vez que a presente ordem social esta aí, é impossível evitar a interação com as várias facetas da estrutura de poder. Aqueles de nós que se autodenominam anarquistas precisam escolher tornar essas interações claramente antagonistas e conflitantes, refletindo nosso desejo de destruir completamente a estrutura do poder. Tal escolha requer reconhecimento do inimigo. Quase todos os anarquistas reconhecem que o Estado e o Capital são facetas da estrutura do poder e possuem algum entendimento mínimo de como eles funcionam como tais. Cada vez mais anarquistas estão reconhecendo que a tecnologia e a ideologia são também parte de uma rede de poder. Poder-se-ia pensar que por isso eles tirariam a devida conclusão de que o sistema tecnológico para a disseminação da ideologia, a mídia (eu uso a palavra mídia para me referir especificamente a este sistema na sua totalidade, não para me referir a específicas ferramentas com as quais ele costuma desempenhar sua função, uma vez que algumas destas ferramentas podem ser usadas de maneira diferente, mesmo contra esta função) é uma parte inerente da estrutura de poder e, portanto, um inimigo de toda rebelião e de toda tentativa de criar uma vida livre. Mesmo em face da intensa concentração da mídia nas mãos de pouquíssimas megacorporações (um fato que deveria revelar algo da sua natureza), existem ainda alguns anarquistas que desejam diretamente, e de uma forma não conflitual, interagir com ela numa tentativa de comunicar idéias anarquistas no seu próprio terreno. Isso demonstra a falta de compreensão de como a mídia funciona.
A mídia desempenha um papel específico na estrutura de poder, um papel que, em um estado democrático, se torna não somente essencial, mas também central ao funcionamento do poder. Mas antes de continuar, é necessário confrontar as ilusões que muitos têm sobre a democracia. Enquanto é verdade que a democracia pode apenas significar um processo decisório que oferece a todos os os envolvidos uma palavra ou um voto em cada decisão (o porquê disto ser incompatível com a anarquia é um assunto a ser melhor tratado em outro momento por questões de breviedade), na época atual, a democracia é também e principalmente um sistema de Estado e poder social que mantém a paz social através da permissão do maior espectro possível de opiniões. O Estado democrático é capaz de permitir essa amplitude do espectro de opinião exatamente porque opiniões são basicamente sem substância. Opiniões são idéias que foram esvaziadas de toda vitalidade. Separadas da vida, e de qualquer base projetual, elas se tornam falação inofensiva que por fim fortalece o Estado democrático por fazê-lo parecer tolerante e aberto se comparado aos Estados feudais ou ditatoriais.
A partir disso, a função política da mídia deveria ser óbvia. Ela é o mediador e processador da opinião democrática. Ela devora as complexidades da vida e da interação social, das relações internacionais e da insurgência, do colapso cultural e da necessidade econômica... a totalidade da realidade no presente, e a mistura formando uma pasta entre seus dentes, então as digere e as caga... bosta. Todas as complexidades, toda a vitalidade, toda a realidade com a vida real foi secada, e somos deixados a decidir se essa massa de informação marrom é boa ou não. A realidade de onde esta bosta foi produzida está tão distante que nós "sabemos" que não podemos influenciá-la diretamente, então ao invés disso compramos a lógica binária do Estado democrático, discute-se no bar sobre a merda da bosta e vota-se naqueles políticos em que a bosta exala o aroma mais doce. Ser a favor ou contra esta guerra, aquela lei, qualquer que seja o candidato, a política ou o programa, não é ameaça alguma ao poder. O propósito da mídia é justamente promover o pensamento pré-digerido que nos mantém passivos em face de uma realidade distante, sempre pronto para escolher as opções oferecidas pelo Estado democrático, opções que terminam todas sujeitando ao poder do Estado e do capital aquele que escolhe.
A mídia possui uma outra função essencial. Ela é a criadora de imagens para consumo. Ela cria celebridades e personalidades para as pessoas procurarem e viverem através delas de modo vicário.
Ela cria imagens de papéis para as pessoas imitarem de modo a inventarem sua "identidade". Ela cria imagens de eventos separados da vida e colocados acima dela. É através dessas imagens, ingeridas acriticamente, que as pessoas vêem e interpretam o mundo, formulando suas opiniões desta sua irrealidade virtual. Na medida em que a mídia é bem sucedida, o resultado é uma população passiva, previsível, consumindo o lixo servido pela ordem social.
Escolhendo transmitir idéias através da mídia se esta escolhendo alimentar o monstro mastigador com essas idéias, para oferecer a alguém esta coisa vazia de vida. Para anarquistas isto não faz sentido. É impossível para a mídia retratar o anarquismo como uma práxis em vida ou a anarquistas como indivíduos complexos e multidimensionais. Não é, portanto possível expressar idéias anarquistas de uma forma conveniente, que valha a pena, através deste fórum. As idéias seriam mastigadas e defecadas como uma opinião entre muitas, uma bosta a mais da qual o odor o público pode discutir. Os indivíduos viventes são mastigados e defecados na forma de imagens - de esquisitos, de pensadores intelectuais, de desordeiros de rua - mas essencialmente como imagem e não seres que agem e vivem. A mídia é parte da estrutura de poder, e, como tal, é nossa inimiga. Não há como jogar o jogo dela e ganharmos.
Um notório exemplo de como esse processo funciona pode ser visto na matéria sobre anarquista que apareceu no 60 minutes logo após as manifestações contra a OMC em Seattle. Esta colagem de 12 minutos de entrevistas e imagens foi provavelmente o melhor que os anarquistas poderiam esperar da cooperação com a mídia. E do início ao fim a mídia levou a cabo sua tarefa. De mais de duas horas de entrevistas e várias horas de gravações dos eventos de Seattle, o editor do programa selecionou o que eles (ou seus patrões) queriam usar para compor esta breve matéria. Usando o título "Os Novos Anarquistas". Estes experts em mediação já fizeram uma separação entre os espectadores e estas novas "celebridades", esta nova "subcultura". Os especialistas em construção de imagens entrevistaram um ao qual eles chamam de "guia filosófico" separadamente dos outros anarquistas. O entrevistador e este ao qual a mídia atribuiu um papel de guia sentaram cara a cara como iguais. Os outros anarquistas foram entrevistados como um grupo, alguns deles sentados no chão, e com o ângulo da câmera dando a impressão de que todos estavam sentados mais abaixo que o entrevistador. Um espectador que nao tivesse muito conhecimento ficaria com a impressão de que estes "novos anarquistas" são seguidores de um líder, mesmo que este seja apenas chamado de "guia filosófico". Muito claramente o entrevistador direcionava o que era dito com as suas perguntas - afinal de contas esta é sua especialidade. Por permitir a entrevista transcorrer de modo normal, aqueles anarquistas jogaram exatamente o jogo na mão da mídia. Por responder às perguntas, eles enfraqueceram seus argumentos, caíram em clichês tais como a velha e obtusa visão sobre a destruição de propriedade não ser violência e ajudaram a futuramente marginalizar e espetacularizar eles mesmos. Eu não vi ainda um retrato da mídia desses "novos anarquistas", dos anarquistas de Eugene" (um termo que os anarquistas de Eugene fariam bem em destruir o quanto antes), ou qualquer termo que um jornalista, entrevistador ou apresentador escolhe para usar que não fosse manipulativo - já que é assim que a mídia funciona.
Na esteira das manifestações em Seattle, tem sido dada muita atenção aos anarquistas na mídia, particularmente enfocando a questão da destruição de propriedade. Muita coisa perturbadora mas que não surpreende têm aparecido a partir daí. Alguns anarquistas têm começado a se preocupar com a sua imagem na mídia. Deste modo há aqueles anarquistas que condenam a destruição de propriedade porque ela dará aos anarquistas uma imagem pública ruim. Mas estes são tão ridículos que me perturbam menos daqueles que publicamente insistem que "destruição de propriedade não é violência". Usando este argumento que aparece freqüentemente na mídia, os anarquistas estão se deixando levar pelos valores desta sociedade: eles estão medindo suas palavras para encaixá-las no ponto de vista do diálogo democrático. Este ponto de vista procura forçar a ação revolucionária a se enquadrar na equação moral da violência/não-violência. Para anarquistas que determinam suas ações por eles mesmos, em seus próprios termos, tais equações são inúteis: elas não possuem significado. Central para a ação anarquista no presente é a necessidade de destruir o Estado, o Capital e todas as instituições de poder e autoridade de modo a criar a possibilidade para cada indivíduo se realizar completamente como quiser. Tal destruição completa - destruição de um mundo - abarcando a civilização - será violenta. Não há sentido em negá-la ou fazer sua apologia por isso. O que cada um de nós faz para alcalnçar isso é determido por cada indivíduo em termos de seus desejos, sonhos, capacidades e circunstâncias - em termos de vida que ele está buscando criar para si próprio. Ela não possui relação com nenhum tipo de moralidade. Portanto, como anarquistas, não há porque lidar com questões tais como: "A destruição de propriedade é violência ou não?", "É isto um ato de autodefesa ou um ataque ofensivo?". Não temos motivo para ligarmos para isso. Nosso desejo é atacar e destruir todas as estruturas de poder e isso determina nossas ações. Essas outras questões são baseadas nas normas morais hipócritas do poder, que não serve a outro intento além de colocar pesadas correntes em nossa capacidade de agir. Então para que nos serve falar à mídia sobre estas questões nos seus termos, usando seu modo de falar sobre essas questões e seguindo seu protocolo? De fato, para que nos serve falar à mídia de qualquer forma?
Tratando com a mídia no seu terreno, se escolhe abandonar suas próprias ações nos seus próprios termos. Como o episódio do 60 Minutes tornou tão claro, tratar com a mídia no seu terreno é aceitar a delegação. Modifica-se as próprias idéias em favor dos mestres da "comunicação" para que sejam mastigadas em mais opiniões no mercado ideológico. Entrega-se a realidade de sua vida a esses experts separadamente, para serem transformadas em imagens de 60 segundos de eventos isolados. Modifica-se a atividade de comunicação para aqueles cuja especialidade é a "comunicação" de mão única de não-eventos e não-idéias desvitalizados, pré-digeridos que criam consenso social. E então se reclama de como se foi mal representado na mídia. Por que se escolheu ser representado afinal de contas? A escolha de aceitar a representação da mídia não é menos uma aceitação da delegação do que o voto ou a direção. A rejeição da delegação, tão central a um anarquista e a uma perspectiva insurrecional, inclui a recusa de tratar com a mídia em seus termos.
Se considerarmos a autodeterminação e a auto-atividade como bases fundamentais para a prática anarquista, o caminho para comunicarmos nossas idéias é claramente criar nossos próprios meios de comunicação. Pichações, cartazes, comunicados, jornais, revistas e rádios piratas podem todos serem usados para expressar idéias anarquistas sem que sejam passadas através dos mecanismos de mastigação da mídia. Estes meios de comunicação autodeterminados podem ser distinguidos da mídia por não serem tentativas de mediar opiniões e imagens enquanto clamam objetividade e servem um pasto pré-digerido para uma audiência passiva: eles são verdadeiras tentativas por parte dos anarquistas de expressarem suas idéias não somente em palavras mas também no método através do qual se expressam. É claro que esses métodos, os quais podemos tomar em nossas próprias mãos, não alcançarão nem aproximadamente o número de pessoas que um grande jornal, revista ou programa de TV atingem. Mas tais considerações poderiam apenas ter algum importância para aqueles que querem evangelizar, para aqueles que vêem a anarquia como um sistema de crença ao qual devemos converter as pessoas para haver algum dia a revolução. Para parafrasear alguns camaradas italianos: se alguém não tem mercadorias para vender, para que servem sinais de néon? E na era do reinado do Capital, evangelização - mesmo a evangelização anarquista - é marketing ideológico. Para aqueles cujo interesse é criar suas vidas da sua maneira e destruir a sociedade que impede isso, tal marketing é inútil.
Infelizmente, desde as ações anti-OMC em Seattle, a mídia tem sacaneado o meio anarquista, e tem havido anarquistas dispostos a dar o que eles querem Indubitavelmente, a mídia continuará a caçar anarquistas poe tanto tempo quanto a anarquia seja um item mercantilizável. É portanto necessário que nós anarquistas reconheçamos que a mídia é parte da estrutura de poder do mesmo modo que o Estado, Capital, a Religião, a Lei... Em outras palavras, a mídia é nosso inimigo e nós devemos tratá-la como tal. Neste sentido, a ação de três italianos anarquistas - Arturo, Luca e Drew - tornam-se exemplares. Quando um jornalista invadiu o funeral de um companheiro deles à procura de um suculento bocado de notícias, eles bateram nele.

Tradução de Leo Vinícius

A Furiosa said...

Nossa pseudo-anarquia já foi contestada muitas vezes, mas nunca com tanta verve...
Obrigada Leo Vinícius, mas não vou retirar nosso epíteto anrquista, ele vem nos trazendo muitas discussões interessantes, como este texto, por exemplo...

Poliane Latta said...

Se vc está enlouquecido com a poluição sonora... Nunca venha para a Índia!! Aqui é um desastre de sons enlouquecedores nas ruas!! Só tem buzina o tempo todo!!

Bela participação!!
Estamos nessa tb!!

Anonymous said...

Ola Oriane, nao concordo com a Patricia M, quando ela diz que o
aquecimento global e tudo bobajada
pode ate ser,entao a blogagem cole
tiva tambem e, mas se nao iniciar-se alguma atitude, quando e que comecaremos ja que as geleiras ja
estao derretendo? Muito bom o seu blog parabens, voltarei mais vezes.

Anonymous said...

Estou com a Patrícia.