Friday, March 09, 2007

Vida em outros planetas e o nosso caos...



Frank Drake e a sua famosa equação que tenta calcular o número de civilizações tecnológicas na nossa galáxia com a possibilidade de estabelecerem comunicações entre si. Crédito: SETI Institute


Esta semana estava lendo o excelente livro de Stephen Hawkin – Buracos Negros e Universos Bebês - . Trata-se de um pequeno livro com várias questões pertinentes à ciência atual. Um artigo em especial me chamou a atenção: nele Hawkin fala sobre a evolução do cérebro humano. A tese ( já comprovada) é a seguinte: o cérebro humano evoluiu de acordo com as leis da natureza e de acordo com a própria capacidade do homem até o momento em que surgiu a linguagem. Deste ponto em diante o homem dá um salto não acompanhado pela natureza na estruturação do cérebro. Em outras palavras – o homem adquire uma imensa capacidade intelectual, mas permanece com o cérebro de homem das cavernas -. Importante notar que os elementos mais fundamentais para a sobrevivência do homem das cavernas eram a violência e a agressividade. Isso explica porque grande parte da nossa ciência é investida em armas e destruição. A violência é elemento fundamental em nosso cérebro e é um instinto de sobrevivência, instinto esse que se volta contra nós em face da nossa capacidade de destruição. Uma arma de fogo na mão de um homem das cavernas gera o que estamos vendo: uma sociedade no caminho da auto-destruição.
A maior parte das vezes em que se pensa sobre a paz, sobre mudar a sociedade, não levamos em conta nossa história evolutiva, mas ainda vale este tipo de reflexão.
Ainda haveria saída para nós?
Os cientistas andam se impacientando com o fato de não termos ainda ouvido outra civilização. Isso poderia significar que não há nenhuma por perto ou que toda civilização que atinge um certo grau de evolução tecnológica ( o que nos permitiria ouvir seus sinais de rádio ) acaba por se auto destruir. A hipótese que seria provável é que as civilizações se destroem ao atingir certo grau de tecnologia. Esta hipótese já é proposta na equação de Drake, a mais importante equação do estudo sério de hipótese de vida em outros planetas.

A Equação de Drake é formulada como segue:
N = R* X fp X ne X fl X fi X fc X L
Onde:
N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
R* é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida que desenvolvem vida inteligente
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente, que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação
L é o tempo esperado de vida de tal civilização sem que se auto-destrua

Detalhe importante: o resultado desta equação é que deveria haver em torno de um milhão de civilizações em nossa galáxia. Pelas minhas contas a mais próxima deveria estar a uns 300 anos luz. Mas isso ainda nos deixa a questão: se é assim algum sinal dessa civilização já deveria ter sido ouvido. Qual o problema? Seremos os primeiros ou elas se destruíram? Pelo nosso próprio exemplo me parece que a segunda hipótese é a mais provável...

Pois é, por isso acabo sendo tão pessimista.

Oriane

2 comments:

Clau said...
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Anonymous said...

Componentes da Associação de Ex-alunos de Economia da UFRJ, com big foto FORA LULA E ASSEMELHADOS DO PT.

no persivo.blogspot


Coronel Aimar Baptista da Silva, Cel. ref. EB

PÕE LULA PRÁ SAMBAR
Estão tentando levantar um muro de... capim em torno do Brasil e ninguém faz nada, seja por conivência, conveniência, omissão, comodismo ou medo! Fora Lula! Fora PT e assemelhados!
“Chega de tanto se encolher,
Face à tão perversa farra,
Fora Lula do poder
Seja na lei ou na marra!”
E assim será salvo o Brasil!

não vejo chegar o dia em que o “camarada” Hugo Chavez, vindo ao Brasil intrometer-se nos nossos assuntos, encontrar-se com um... “bando de capitãos” que o ponham no avião, de volta a Venezuela, com pontapés no traseiro