Houve um tempo na China e no Japão, em que, por conta do zen - palavra japonesa para c'han, do chinês, por sua vez originária de dhyana, do sânscrito - surgiram muitas estórias alusivas à conquista de um estado superior de consciência, conhecido, aqui, ali e acolá, como "iluminação". São textos narrados em linguagem simbólica, a única forma, na verdade, de se transmitir o que é denotivamente intransmissível. Um desses relatos, bastante conhecido, no diz o seguinte:
"Um discípulo pergunta ao mestre o que era o zen, obtendo como resposta que, ao se conhecer o zen, as montanhas são montanhas, os vales são vales e os rios, rios; durante a prática do zen, as montanhas não são mais montanhas, os vales não são mais vales, nem os rios, rios; finalmente, ao se entender o que é o zen, as montanhas voltam a ser montanhas, os vales voltam a ser vales, e os rios, rios.
O discípulo, de mente ainda meio trôpega, intui vagamente, a partir daí, que as coisas são sempre as mesmas, mas, quando se tem a verdadeira compreensão de tudo, o que muda, no duro no duro, é o …olhar interior!
Entenderam??? Eis a formidável verdade se descortinando diante de nossa obtusa percepção: nunca antes "nestepaiz nos foi dada a imensurável dádiva de ter na presidência da república uma criatura que, além de mulher, atingiu o patamar dos iluminados, uma autêntica buda, um ser da mais pura linhagem dos grandes avatares, uma budilma! Portanto, não se iludam: Toda vez que ela nos dá a impressão de que está ouvindo a voz de um ponto eletrônico escondido sob as melenas - uma espécie de "paradinha" vocal que os venenosos chamam de delay … -, o que está de fato acontecendo é uma conexão com o seu verdadeiro "eu", o iluminado, o que ela conquistou, a duras penas, após ter compreendido, de modo fulminante, o significado da estorinha zen sobre acidentes e percursos geográficos. Assim sendo, em seu sempre misterioso discurso, a formidável e onipresente paixão pela área semântica de OLHAR e VER é o sinal óbvio de que a criatura atingiu um nível superior de consciência no exato momento em que olhou, deixou de olhar e voltou a olhar os jogadores do Santos, também conhecidos metaforicamente como montanhas, vales e rios!
Os estudiosos do zen sabem que a iluminação, depois de obtida, precisa de um tempo para se aperfeiçoar. Isso explica, de modo insofismável, porque a candidatíssima moça está, ainda, afinando seu psiquismo, dando um "espaço de tempo" entre o que ouve e vê e o que, de forma esplendorosa, verbalmente expressa: trata-se de um magnífico instante de humildade mental, pois, livre do seu embaraçoso ego, pouco se importa com o que os outros estão pensando sobre sua fala entrecortada de longas e sábias pausas, deliciosos momentos de reflexão interior sobre quilos de filigranas espirituais que as pessoas comuns não conseguem alcançar, posto que ainda não entenderam nada acerca de tão rarefeito estado de perfeição.
Pronto! Matamos a charada! Doravante parem de perturbar o silêncio da musa, parem de criticar sua aparente hesitação, seu rosto de feições impenetráveis, seu gosto pelas frases eivadas de sinalização esotérica. Encontramo-nos diante de alguém que está entre nós exclusivamente para nos guiar para o aquém e o além, para aquela parte, aquele lugar, aquela superior instância, aquela via só percorrida pelos mestres mais extraordinários… Ave Dilma, morituri te salutant!
Imagem 1 - mandala encontrado em escavações do baixo Rio Preto, com a ilustração da verdadeira face da musa!
Imagens 2 e 3 - a iluminada, na característica postura de preaching Buda, e o próprio, uma impressionante semelhança que não é mera coincidência, embora a musa esteja usando a mão esquerda, por questão de profunda coerência...
Marx, o Groucho, meditando furiosamente para votar NELA!