Saturday, October 30, 2010

A revolta de Emília!



A falta de raciocínio lógico é um dos desastres do nosso tempo. Eu atribuo isso a dois fatores: crise no ensino de matemática e falta de leitura. A pouca intimidade com os textos e a incapacidade de estabelecer relações entre fatores, distinguindo correlação de relação de causa e efeito, por exemplo, transformam qualquer cérebro num mingau. E  tolices pavorosas vão se multiplicando.(Reinaldão, inspiradíssimo.)


Como diriam os italianos de novela, PUNTO E BASTA! Ou os cidadãos de Banânia caem das nuvens em que flutuam, na mais profunda e desastrosa inconsciência da paróquia, ou chafurdam de vez no inferno da demência totalitária que se avizinha a galope.

Há tempos não falávamos sobre o MEC, esta excrescência abominável que só funciona como cabide de emprego - mais um… - dos asseclas do atual governo, abrigando retardados, vagabundos e canalhas de todos os matizes, todos girando como mariposas bêbadas ao redor do tutu-deles-de-cada-dia. Nas horas vagas, quando não estão no recreio, eles se lembram de que sua função precípua é ajudar no controle  - controle, controle, controle!!! - mental das pessoas que passam rente à palavra "educação", seja lá o que isso signifique para esses cérebros esfumaçados. Assim, volta e meia aparece mais uma travessura desse bando de desocupados crônicos. 

A bola da vez agora é o ataque aos livros de Monteiro Lobato, exatamente aquele indivíduo que ousou dizer um dia: "um país de faz com homens e livros". Alguém sente, hoje, falta disso? Claro. Não temos mais homens nem temos mais livros… que prestem! Os que valem alguma coisa são censurados, afastados, demonizados, no melhor estilo 1984, de Orwell, o profeta de sempre…

Lobato é o pai de Emília, a boneca mais inteligente da literatura infantil.  Num lampejo genial, o escritor paulista, em uma de suas melhores obras, a transformou no "cérebro" ambulante de Hércules, a quem ela chamava intimamente de "Lelé", em meio a mil deliciosas peripécias na Grécia Antiga: a de Péricles, a das fábulas de Esopo, a do sinistro Minotauro, entre outros personagens e figuras inesquecíveis. São textos deliciosos, cheios de informações preciosas e narrativas delirantes, regadas a pó de pirlim-pim-pim, um "must" lobatiano que assanhava a imaginação dos leitores que queriam voar em direção à aventura do conhecimento, pois a vovó da criançada do Sítio do Pica-Pau Amarelo, Dona Benta, era a mais liberal de todas as avós…

Então, em pleno século XXI, bem longe dos primeiros filósofos gregos, meia dúzia de burrocratas, travestidos de Jecas Tatus a soldo do Leviatã, todos egressos do pântano da miséria humana, resolvem censurar (Ai, que falta de imaginação!) o livro Caçadas de Pedrinho sob o pretexto absolutamente cretino de "preconceito racial", um das obsessões mais caras aos fanáticos do politicamente correto. É muito, muito cansativo aturar idiota!...

Sabe o que mais? Vão lamber sabão!!! E tenho dito!
Assinado: Emília de Rabicó!

Marx, o Groucho, relendo Os doze trabalhos de Hércules...


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