Está ficando divertido! Raramente "comentamos comentários", mas já era hora de dialogar um pouco com alguns visitantes deste blog.
Atenção, Sr. Gangorra, comentarista do post "Mais do que blindagem!": sim, todo mundo ("Todo mundo e ninguém" são dois personagens do Auto da Lusitânia, de Gil Vicente, escritor de teatro luso do séc.XVI, ora pois...) faz isso e aquilo, todo mundo escarra na rua, todo mundo põe parente no emprego mais próximo, todo mundo vota no Keiser, todo mundo diz bobagem dez vezes ao dia. Perguntaria, fleumaticamente, um inglês da melhor cepa: and so? E daí, cara???
Não se segue - consultar o manual sobre falácias no capítulo dedicado a "non sequitur" -, dessa constatação ÓBVIA, que NÃO se façam estatísticas e críticas negativas das peraltices que rondam a presidência da República, não é mesmo? Se for modismo em Banânia todo mundo se atirar da janela, o senhor vai se jogar, também, da sua "gangorra"? Essa mania, ou melhor, esse método petralha de igualar desiguais, com o intuito de esboroar responsabilidades e esfumaçar culpas, é mais velho do que a Sé de Braga. Inventa outra. Aliás, se todo mundo, um dia, morre mesmo, por que o senhor não se suicida?
Quanto ao seu argumento sobre atirar a primeira pedra, o perdão a que se refere o Cristo nesse trecho evangélico nada tem a ver com o pseudo-arrepedimento de políticos hipócritas que estão muito mais para sepulcros caiados e raça de víboras do que para mulheres adúlteras e não merecem, exatamente por isso, a mínima consideração. Pelo contrário, chicote neles! Ao mais, no caso do Keiser, uma pedreira inteira caindo sobre sua cabeça seria muito pouco, em termos de metáfora, é claro...
Ok, ok, o comentário do senhor Gangorra é uma brincadeirinha, mas não resistimos à réplica!
Imagem: rosto da 1ª edição das Obras completas de Gil Vicente (1562), escritor que já se apresentou neste blog, mui valioso para quem deseja sinceramente entender certas artimanhas de argumentação.
Marx, o Groucho
3 comments:
Pelo jeito o camarada militante anda aprontando das suas por aqui. O bicho é um baita mala sem alça.
É incrível como a multidão que defendia "a ética na política" passou, do dia para a noite, a dizer que "todos são iguais". Parece que nem se lembram do chavão que usavam antes!
O Sr. Gangorra faz piada, mas já está se tornando insuportável ouvir a repetição dessa justificativa.
Marx, o Groucho, anda fóbico com petralhas. Temos sido invadidos por eles, uma patrulha chatérrima. Pareceu petralha, ele já saca o trabuco...
Só eu sei a verdade sobre a identidade secreta do camarada Gangorra...
Oriane
Post a Comment