Saturday, October 30, 2010

A revolta de Emília!



A falta de raciocínio lógico é um dos desastres do nosso tempo. Eu atribuo isso a dois fatores: crise no ensino de matemática e falta de leitura. A pouca intimidade com os textos e a incapacidade de estabelecer relações entre fatores, distinguindo correlação de relação de causa e efeito, por exemplo, transformam qualquer cérebro num mingau. E  tolices pavorosas vão se multiplicando.(Reinaldão, inspiradíssimo.)


Como diriam os italianos de novela, PUNTO E BASTA! Ou os cidadãos de Banânia caem das nuvens em que flutuam, na mais profunda e desastrosa inconsciência da paróquia, ou chafurdam de vez no inferno da demência totalitária que se avizinha a galope.

Há tempos não falávamos sobre o MEC, esta excrescência abominável que só funciona como cabide de emprego - mais um… - dos asseclas do atual governo, abrigando retardados, vagabundos e canalhas de todos os matizes, todos girando como mariposas bêbadas ao redor do tutu-deles-de-cada-dia. Nas horas vagas, quando não estão no recreio, eles se lembram de que sua função precípua é ajudar no controle  - controle, controle, controle!!! - mental das pessoas que passam rente à palavra "educação", seja lá o que isso signifique para esses cérebros esfumaçados. Assim, volta e meia aparece mais uma travessura desse bando de desocupados crônicos. 

A bola da vez agora é o ataque aos livros de Monteiro Lobato, exatamente aquele indivíduo que ousou dizer um dia: "um país de faz com homens e livros". Alguém sente, hoje, falta disso? Claro. Não temos mais homens nem temos mais livros… que prestem! Os que valem alguma coisa são censurados, afastados, demonizados, no melhor estilo 1984, de Orwell, o profeta de sempre…

Lobato é o pai de Emília, a boneca mais inteligente da literatura infantil.  Num lampejo genial, o escritor paulista, em uma de suas melhores obras, a transformou no "cérebro" ambulante de Hércules, a quem ela chamava intimamente de "Lelé", em meio a mil deliciosas peripécias na Grécia Antiga: a de Péricles, a das fábulas de Esopo, a do sinistro Minotauro, entre outros personagens e figuras inesquecíveis. São textos deliciosos, cheios de informações preciosas e narrativas delirantes, regadas a pó de pirlim-pim-pim, um "must" lobatiano que assanhava a imaginação dos leitores que queriam voar em direção à aventura do conhecimento, pois a vovó da criançada do Sítio do Pica-Pau Amarelo, Dona Benta, era a mais liberal de todas as avós…

Então, em pleno século XXI, bem longe dos primeiros filósofos gregos, meia dúzia de burrocratas, travestidos de Jecas Tatus a soldo do Leviatã, todos egressos do pântano da miséria humana, resolvem censurar (Ai, que falta de imaginação!) o livro Caçadas de Pedrinho sob o pretexto absolutamente cretino de "preconceito racial", um das obsessões mais caras aos fanáticos do politicamente correto. É muito, muito cansativo aturar idiota!...

Sabe o que mais? Vão lamber sabão!!! E tenho dito!
Assinado: Emília de Rabicó!

Marx, o Groucho, relendo Os doze trabalhos de Hércules...


Mais seres racionais: outro texto e tanto...




Brasil aprova a ficha suja
Guilherme Fiúza, O Globo, 30/10/10
Seja qual for o resultado das eleições presidenciais, 2010 ficará marcado como o ano do movimento cívico que aprovou a ficha suja na política brasileira.
A opinião pública, distraída como sempre, está eufórica com a Lei da Ficha Limpa — que barra candidatos com maus antecedentes, como o lendário Jader Barbalho. Sem querer estragar a festa, é preciso dar a má notícia: Jader, Roriz e companhia são gotas no oceano diante dos métodos políticos que estão sendo aprovados, ao mesmo tempo, pela mesma opinião pública, na campanha presidencial.
A imprensa fez a sua parte. Mostrou, de forma quase didática, o jeito Dilma de governar. Não se trata de uma denúncia aqui, ou um escândalo ali. Trata-se de uma cultura. O que o Brasil viu — ou deveria ter visto — acontecer na Casa Civil ou na Receita Federal não foi uma coleção de deslizes. Foi um método de ação, um plano de governo. Sucessora de José Dirceu, afastado pelo mensalão, Dilma Rousseff trouxe Erenice Guerra. Investiu tudo nela, e promoveu sua ascensão meteórica de funcionária obscura a ministra mais importante da República.
A eficiência de Erenice é incontestável. Montou uma rede de tráfico de influência no ministério em menos de seis meses. Pode-se imaginar o que faria em quatro anos, como principal ministra de Dilma.
Ao fundo, a espionagem na Receita a serviço do comitê da candidata do PT — mesma Receita que já havia sido fustigada por Dilma, segundo a exsecretária Lina Vieira, para aliviar um processo contra o filho de Sarney. O Estado é deles. Se não fosse, qual seria a graça de pegar o poder?
As agências reguladoras, criadas justamente para despolitizar o Estado — quem foi o louco que inventou isso? —, foram retomadas pela sanha partidária. E devidamente desmoralizadas. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), importante referência na análise conjuntural, foi convertido em propagador de ideologia petista. Os Correios, pilar da unificação continental brasileira, mudaram de prioridade: antes da entrega de cartas, a entrega de cargos. Ali também chegou um dos tentáculos de Erenice, a fiel escudeira de Dilma e do PT.
Diante dessa colonização da máquina pública, chega a ser comovente o grito genérico do povo contra as privatizações. O brasileiro teme a alienação do patrimônio estatal. Não toquem nos nossos parasitas.
Lula tem toda a razão quando diz que não se pode reclamar de falta de liberdade de imprensa no seu governo. De fato, a imprensa mostrou a farra toda. E mostrou fartamente quem é, ou melhor, quem não é Dilma Rousseff, além de uma testa de ferro desse projeto de sucção partidária do Estado. Não viu quem não quis. E a massa de votos apontados para a madrinha de Erenice, outdoor do assalto “progressista” à coisa pública, não deixa dúvidas: a ficha suja é um sucesso no Brasil.
A miopia é mesmo um grande tranquilizador de consciência. O eleitor de Dilma ainda se sente à vontade para patrulhar os outros. Afinal, Dilma é Lula, e Lula é o pai dos pobres. No Rio de Janeiro, capital nacional da esquerda festiva, já brota uma certa hostilidade moral contra os que não apoiam a “presidenta”. O politicamente correto continua sendo o melhor disfarce para o intelectualmente estúpido.
Esse Brasil supostamente solidário — ficha suja e cara limpa — ama Lula pelo motivo errado. O governo que se encerra foi positivo em um aspecto crucial: garantiu a estabilidade política, com as instituições funcionando normalmente, artigo raro numa República que marcha aos trancos e barrancos. Isso se deveu em grande medida à ampla representatividade de Lula, e à sua habilidade pessoal. Esta foi a base da manutenção da estabilidade econômica — e do progresso social advindo dela — que o Brasil resolveu acreditar ser obra do governo bonzinho de um presidente pobre.
E onde brota a mistificação, como se sabe, a ignorância e a má-fé se confundem. A comparação de indicadores econômicos do último ano de Fernando Henrique com números atuais não é honesta. Circula na internet um comentário do jornalista Joelmir Beting comparando PIB, juros, inflação etc. de 2002 e 2010, como argumento para a aposta em Dilma. Uma fraude.
O governo anterior tirou a economia brasileira do pântano. Controlou a inflação, apesar da oposição do PT. Mesmo abalroado pelas duas maiores crises financeiras dos últimos 20 anos (dos Tigres Asiáticos e da Rússia), deixou as bases institucionais para o crescimento. Os indicadores de 2002 refletiam essa conjuntura de transição, além do risco Lula — que só desapareceu quando ele comprometeu-se com a política econômica de FH.
Em sua campanha, Dilma apropriou-se do feito de Pedro Malan, da foto de Norma Benguell e da assinatura de Ruth Rocha, entre outras licenças poéticas. Mas o que é genuinamente seu, até o momento, é o legado de Erenice. Cada um com a sua ficha.
GUILHERME FIÚZA é escritor.

Marx, o Groucho, tirando uma soneca...


Friday, October 29, 2010

Ah, ainda há seres racionais em Banânia!



Texto impecável!
Comparem o texto abaixo, independente do tema que ele aborda, com o discurso lulo-dilmês que os "intelequituais" de Banânia - mestres, doutores e pós-doutores de araque - tanto prezam. Trata-se de uma carta, dirigida a Reinaldo Azevedo, por uma professora de Direito da USP, Janaína Paschoal. Impecável, sobretudo, porque finalmente alguém soube explicar com clareza fulminante o que é o tal do "Estado laico", esse esotérico enunciado que tem escorrido a cântaros, nestes tempos de treva, pela baba bovina dos colunistas políticos, em sua maioria, cândidos amantes do jabá estatal.
Reparem na fluência, na coesão, no resultado convincente da argumentação empregada, que não resulta de uma boçal e histérica "vontade de poder" (ops…), mas do exercício correto das prerrogativas ensejadas pelo pensamento verdadeiramente racional e, por óbvio, honesto. Aí está a diferença fundamental entre quem se EXPRIME e quem se ESPREME...
"Caro Reinaldo,
Sou advogada e professora de Direito Penal na USP. Quando da apreensão dos folhetos contrários ao aborto, revi toda a legislação eleitoral e posso AFIRMAR categoricamente que não há qualquer dispositivo que justifique a censura sofrida pelos católicos. Também nada justifica a intervenção da Polícia Federal, ou de qualquer órgão ligado à Justiça Penal. Quando das apreensões, cheguei a enviar e-mails para alguns jornais, dando meu humilde parecer nesse sentido, mas não obtive resposta. Desenvolvi, na Faculdade, em sede de pós- graduação, a disciplina Direito Penal e Religião. Chegamos à conclusão de que os “intelectuais” confundem Estado laico com Estado ATEU. E, em termos de censura, a Igreja Católica, na atualidade, é a mais perseguida. Falo isso com tranquilidade, até por não ser católica. Neste país, temos liberdade de falar, desde que seja para concordar. Simples assim. Parabéns pelo excelente trabalho que tem feito ao Brasil. Logo mais, estarei no Largo São Francisco (do lado de fora, conforme manda a lei) para engrossar a caminhada a favor de Serra e contra tudo o que a opositora representa de atraso e ilegalidade. Abraço grande, Janaina Paschoal."
(grifos nossos)
Imagem: well... deixa pra lá, ?
Marx, o Groucho, lendo o Código Penal.

Desconstruindo a fala da candidata que NÃO existe...!


A gente baixa o sarrafo no linguajar dessa gente linda e, muito a propósito, vem sempre um furibundo por aqui, naquele tom respeitoso característico de petralha anencéfalo, berrar por "explicações" nossas a respeito da lógica que NÃO EXISTE no que eles dizem. Pois bem, por pura pachorra e muito sadismo, vamos à "desconstrução" de uma fala patética, recentissima, da divina dama de vermelho:

"É a crença dele e ele está recomendando uma orientação... Ele veio a público e falou a posição dele." (a dita cuja "candidata", tecendo brilhantes comentários sobre a recomendação do Papa aos seus Bispos.)
Lá vai bala: 

1 - a crença "dele", até o ato público em Aparecida, parecia (Ah, esse verbo terrível!) ser também a sua, certo, Didi? É a batalha das amnésias súbitas!

2- a crença "dele" é só a de mais de um bilhão de pessoas, entre as quais incluem-se brasileiros - não é estranho, Didi? Reconheça aqui a sutileza da argumentação estatística, tão invocada pelos seus pares e ímpares quando se trata de "aprovação do governo" em 120%  etc e tal. É a batalha dos números!

3 - a crença é dele e ele está recomendando uma orientação: sabendo-se que "ele" é o Papa, cuja função é exatamente "orientar" (a expressão vem de oriente, também conhecido como leste, ponto cardeal, ok? "Tipo assim", bússola…), não seria esquisito que ele estivesse se dirigindo a pessoas de outros credos? Que tal aos islâmicos?
Esse Papa é muito, muito "desorientado", não é mesmo, Didi? 

3 - "Ele veio a público"… Oh, não seria melhor que ele tivesse dito isso em caráter privado? Para as paredes da Capela Sistina, por exemplo, num papo papal com a pintura de Michelangelo?

4 - "…e falou a posição dele"  Ora, ele deveria ter discorrido sobre a posição dela, do PT, não é mesmo? Ou do Obama? Ou da Rainha Elizabeth? 
Ao mais, vê se pára de FALAR e DIZ algo que preste, ó pá!!!
Como pode-se perceber, não será por falta de humor que Banânia morrerá à míngua nos próximos quatro anos se a criatura (toc,toc,toc!) emplacar.

Sugerimos que a ilustre criatura passe a comentar os jogos do Santos - lembrem-se de como ela gostava de olhar o Ganso! - ou, melhor ainda, comece a narrar as corridas do Jóquei Clube Brasileiro. Nesse último caso, ela teria um pequeno problema: vai ter de correr junto para evitar o "delay"…



Imagem 1: Woody Allen, deprimido com a eleição em Banânia.
imagem 2: Groucho, o próprio, igualmente deprimido com a eleição em Banânia...

Marx, o Groucho, indo ao cinema para ver Chico e Harpo...





Wednesday, October 27, 2010

Trambique velho, novas notícias - e ninguém diz nada...





Mais do mesmo. Eles não têm imaginação nenhuma: a onipotência é tanta que as coisas vão, digamos assim, acontecendo com a naturalidade de uma criança brincando num parquinho de diversões, sem ninguém dar bola para suas travessuras. Não é lindo???



O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal e ex-defensor dos direitos humanos, muito ligado ao presidente Lula e à cúpula do PT, é apontado como o lobista que ajudou a empresa Oi a adquirir a Brasil Telecom (BrT). Custo da comissão: US$ 260 milhões.
Esta informação consta dos autos da ação popular movida na 8ª Vara Federal de Fortaleza contra a União, o presidente Lula, a Anatel, a Comissão de Valores Mobiliários e as empresas de telefonia envolvidas na transação, concretizada em 22 de dezembro de 2008, mediante uma série de favorecimentos concedidos pelo governo federal, que envolveram até mudança na legislação e financiamentos com recursos públicos do Banco do Brasil e do BNDES.
Para que a compra da Brasil Telecom pela Oi pudesse ser realizada, o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT, teria agido junto à Casa Civil e ao Palácio do Planalto para obter a mudança na legislação das Telecomunicações por meio de decreto, que foi assinado pelo presidente Lula, com o único e exclusivo objetivo de facilitar a  aprovação do negócio pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em apenas 27 dias.
A aprovação do negócio (ou negociata?) foi conseguida em tempo recorde para que a empresa Oi não fosse penalizada  com multa de R$ 490 milhões, caso a venda não se efetivasse.
Para o sucesso da operação, o Banco do Brasil e o BNDES emprestaram aos sócios controladores da nova supertele a quantia de R$ 7 bilhões. Tudo perfeitamente sincronizado.
O preço da intermediação de Luiz Eduardo Greenhalgh, segundo a ação que corre em Fortaleza, teria sido de US$ 260 milhões. As gravíssimas informações referentes ao tráfico de influência implementado e “à assessoria empresarial-governamental” posta em prática e bem sucedida, integram petição elaborada pelo advogado Manuel Gomes Filho, que representa o autor da Ação Popular nº 0010389-37-2008.4.05.8100, o também advogado José Carlos Martins Mororo de Almeida.
A ação tramita na 8ª Vara Federal de Fortaleza. A citação do presidente Lula e de outros réus foi determinada pela juíza Elise Avesque Frota. No site da Justiça Federal surge como advogado da União Federal o procurador-chefe da Advocacia Geral da União em Fortaleza, José de Arimatéia Neto. O nome do defensor do presidente Lula não foi relacionado ainda, apesar de o chefe do Poder Executivo já ter apresentado sua defesa.
O Ministério Público Federal foi chamado a se manifestar sobre o pedido de suspensão e nulidade da transação (compra da BrT pela Oi), que sem dúvida foi realizada em completa ofensa ao ordenamento jurídico e à moralidade administrativa. Como nos autos há relato de ocorrência de suposto crime, por certo, tráfico de influência, o procurador federal deverá requerer o envio de cópia do processo para que possíveis ilícitos penais sejam apurados na esfera competente.
Pelo seu vulto, singularidade e estranheza, essa “apressada e nebulosa transação” também chegou ao Congresso Nacional, onde o deputado Marcelo Itagiba defendeu a abertura de uma CPI. Segundo ele, a lei de outorga foi modificada para atender a um interesse comercial.
“Não tenho a menor dúvida de que houve tráfico de influência. Acho que seria fundamental que o Congresso Nacional apurasse essa fusão. O dinheiro público está sendo utilizado para patrocinar interesses privados. Foi mudada uma lei por encomenda de empresários que desejavam fazer um grande negócio. Isso não pode ser admitido”, advertiu o parlamentar.
As críticas do deputado lastream-se em informações publicadas pela imprensa, destacando que um dos controladores da empresa Oi, Sérgio Andrade, proprietário da construtora Andrade Gutierrez, foi um dos maiores doadores de recursos ao PT na campanha presidencial de 2006. Além disso, a Oi é sócia do filho mais velho do presidente da República, Fábio Luis da Silva, na empresa GameCorp, onde logo de início investiu R$ 5 milhões.
Para saber maiores detalhes desse eletrizante caso, que envolve não somente o presidente Lula, que assinou o decreto, mas também a Casa Civil, que conduziu todas as negociações, basta acessar na internet www.teletime.com.br/arqs/Outro/2804.pdf, para tomar conhecimento da íntegra da petição inicial da ação popular."

Por CARLOS NEWTON


Marx, o Groucho, em total depressão...

Monday, October 25, 2010

O grande Oswaldinho e a retórica perfeita...


Oswaldo Cruz tentou erradicar as mazelas do Rio de antanho, que era assolado por epidemias de todos os tipos, da varíola à febre amarela - os políticos já infestavam, também, a antiga capital da República, mas eram MUITO menos infecciosos dos que os atuais, é claro…

Vovó foi contemporânea do grande médico sanitarista e, por conta desse testemunho histórico, contava um monte de peripécias sobre o que o pobre coitado teve de aturar na tentativa de ensinar higiene à população, sem direito a twitter, orkut, facebook, e-mail e rede de televisão, tadinho! A coisa era mesmo feita na marra, no muque, no berreiro, no corpo a corpo, com muito suor e dedicação, coisas raras de se ver hoje em dia, exceto quando dedicadas à sublime causa eleitoral do projeto nossa-mão-na-chave-do-erário. Destarte, Oswaldinho, ao perceber que palavras polidas e discursos técnicos não atingiam a mente das pessoas sujeitas às moléstias que deveriam ser urgentemente erradicadas sob pena de mortalidade maciça, apelou para o bom senso retórico: pegou um megafone (parecido com aquele da logomarca da "RCA Victor", com o cachorrinho falante. Alguém lembra dele?) e saiu pelas ruas dos bairros mais infectados da cidade, a berrar, impávido: NÃO CAGUEM NO CHÃO, LAVEM AS MÃOS ANTES DE COMER, NÃO CAGUEM NO CHÃO!!! 


Esse era o jeito certo, o único meio, o óbvio, a única coisa sensata a fazer. Objetividade, clareza de idéias, palavras adequadas ao nível educacional da maioria das pessoas daquela época, justamente as mais vulneráveis às doenças infecto-contagiosas - como atualmente ainda o são, devido à explosão populacional e ao magnífico estado de coma em que se encontra a saúde em Banânia, aquela, a "quase perfeita", segundo as sábias palavras do Poderoso Chefão, sempre se pavoneando do alto de sua empáfia megalomaníaca.

Em suma: Oswaldinho sabia falar, tinha repertório verbal, conhecia o destinatário de seu discurso de intenções profiláticas. Ele estava REALMENTE interessado em salvar, das pragas da época, a população mais desvalida, ensinando a todos eles, em caráter de urgência, a higiene que se fazia necessária, pela via mais prática, mais direta, mais contundente, mais eficaz.
Por inspiração de Oswaldinho e em respeito à sua memória, a pergunta fundamental a se fazer à oposição, nesta reta final de campanha eleitoral, é esta:  vocês acham que conseguiram falar ao povo brasileiro com a linguagem adequada, tendo em vista a erradicação da epidemia de estupidez mortal que se abate há oito anos sobre a confusa, dividida, entorpecida e desmemoriada cabeça do eleitorado? Oswaldinho diria que não. Afinal, a epidemia pegou a todos, com raríssimas exceções, não é mesmo?…
Depois disso, ainda vem gente "politicamente correta" a este blog, vomitando indignação-clichê e proclamando que burrice não existe. Jung explica...

imagem 1: o cachorrinho bom de papo, da "RCA Victor", fazendo a propaganda eleitoral que a oposição não sabe fazer.


imagem 2: selo da "RCA Victor" em um disco de 78 rotações, com a gravação de uma música cujo título é, digamos, perfeito para este post!

Marx, o Groucho, fantasiado de mosquito sem dengue...







Saturday, October 23, 2010

Será que as pessoas entendem isto?

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Em tempos de caos deliberado, orquestrado pelos adestradores de focas anencéfalas, é importante demonstrar que muita gente escapou, por enquanto, da lavagem cerebral epidêmica que devasta estas plagas. Na vigência do maquiavélico "discurso da confusão", o que nos resta fazer é divulgar os enunciados que ainda primam pela coerência interna e transparência verbal. Vamos aos antídotos contra o "lulês" e o "dilmês:


Exemplos de gente lúcida 1

Alguns ótimos trechos do texto "bota pá quebrá", de Arlindo Montenegro, no blog Alerta Total -

Nunca alguém da minha geração acreditaria que o Brasil e suas instituições fossem tomadas de assalto por um bando de psicopatas sem o mínimo respeito humano, crentes de suas próprias mentiras. Se for dada aos brasileiros a oportunidade de reconstruir os valores culturais e materiais distorcidos e roubados, a tarefa vai durar muitos e muitos anos. 
(…)

Aqui nas Américas e especialmente no Brasil, o "chefão" deve ter ordenado a infecção de toda a população com algum virus desconhecido, que mantém a gente abilolada, incapaz de reagir aos grupos de extermínio ideológico. Incapaz de perceber a realidade. A boa notícia é que uma parte parece curada e começa a pensar e agir. Antes tarde do que nunca!
(…)

A nação desinformada e enganada parece vacilar, sem perceber que o movimento pendular – esquerda, direita, rotativo – foi paralisado, e a força bruta de uma tropa de militantes fanáticos aplica as técnicas das escolas do comunismo e nazismo para impedir qualquer oposição à continuidade dos que usufruem as vantagens econômicas e políticas de um poder sem limites.


Exemplos de gente lúcida 2


Trechos de um post de Reinaldo Azevedo com o texto da Mitra Diocesana de Guarulhos, enviado ao TSE com o pedido de revogação da liminar  que provocou a apreensão, por parte da Polícia Federal, dos impressos sobre o aborto, manobra administrada pelo PT - os grifos são nossos.






"Depois de todas as etapas deliberativas e administrativas,  o documento “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” foi aprovado e determinada a publicação, por emails, no site do Regional Sul-1, em 31.07.2010 (does. 28/29).

Ao contrário do que afirma a representante Dilma e a Coligação Para o Brasil seguir Mudando, não se trata de um “panfleto”, mas de um documento da Igreja Católica. E o documento é verdadeiro.

Tanto é verdadeiro que a própria CNBB-Regionai Sul-1, contratou a impressão dos primeiros 100 milheiros, no formato A-4, frente e verso, na empresa Artes Gráficas Prática Ltda-ME, através da nota fiscal n. 2955 (does. 30/31).

Depois disso, a CNBB-Regional Sul-1 franqueou o documento para ampla divulgação, como escrito na NOTA, para todas as outras Dioceses e Movimentos de Defesa da Vida que quisessem distribuir para seus fiéis, interessados e defensores da vida, evidentemente no formato e na quantidade que achassem melhor e mediante o custeio das despesas pelas mesmas interessadas.
(...)

O serviço de impressão, inclusive, foi solicitado na MESMA GRÁFICA UTILIZADA PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES, PORQUE TINHA O MELHOR PREÇO E CAPACIDADE PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO (Does. 32/33 ).

Destarte, É UM DOCUMENTO OFICIAL DA IGREJA CATÓLICA E DA CNBB-REGIONAL SUL-1, que compreende todo o Estado de São Paulo e tem autoridade para deliberar e expedir documentos em seu nome, orientando os fiéis.
(…)

A Mitra Diocesana e o Bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini não apoiaram nenhum candidato a deputado estadual ou federal, senador, governador ou presidente. Estão defendendo o Evangelho e a Doutrina Cristã e acompanhando a pregação e orientação do Papa Bento XVI que, desde o início de seu Papado, está alertando os católicos sobre o relativismo.

Relativismo é, por exemplo, votar em algum político que “rouba mas faz”. Se ele rouba, não poderia ser candidato. É mandamento cristão: “NÃO ROUBAR”. Em obediência ao mandamento, os católicos não devem votar em quem rouba.

Relativismo é, por exemplo, aceitar e votar num partido ou político que está empenhado na liberação do aborto. Cristo defende a vida. A Igreja Católica defende a vida. Os católicos defendem a vida. Os cristãos defendem a vida. A vida é o bem maior de todos os seres humanos. “NÃO MATAR” é um mandamento.

O aborto, para os cristãos, consiste na retirada de um ser humano em formação - que será depois uma criança, um jovem, um adulto, um idoso, até chegar à morte - do útero de uma mulher e jogá-lo na privada, no lixo ou no esgoto.

A Igreja Católica Apostólica Romana segue o Evangelho de Jesus Cristo. Ela e seus sacerdotes - padres e bispos - fazem profissão de fé e estão obrigados a defender esses princípios em todos os momentos de suas vidas.

Além da questão do aborto, o Código de Direito Canônico obriga o bispo a propor e explicar aos fiéis as verdades.
(...)

A vida é dom de Deus, bem indisponível, em qualquer tempo, tanto que auxiliar alguém a suicidar-se é crime capitulado no art 122, do Código Penal. Ninguém pode atentar contra nenhuma vida.

A apreensão dos documentos pertencentes à Mitra Diocesana de Guarulhos, autorizado pela CNBB-REGIONAL-SUl-1, é uma ação discriminatória da candidata Dilma Rousseff e da Coligação para o Brasil Seguir Mudando, que está perseguindo e tentando impedir a Igreja Católica e seus membros de expressar suas convicções religiosas.

Assim, requer se digne V. Exa de revogar a liminar e determinar a devolução de todo o material apreendido, por respeito à Constituição Federal e aos direitos constitucionais pétreos da requerente e de seus membros."






Imagem: militantes petistas praticando a democracia como manda o figurino bolchevique.


Marx, o Groucho, vestido para a guerra!


Friday, October 22, 2010

Combate à barbárie ou: o raio que os parta!



Ignorantes vomitando arrogância. Bandidos, canalhas, gentalha de último escalão moral. Não há adjetivo que dê conta dessa quadrilha que está, há oito anos, mandando o país para o esgoto da História, em nome do BOLSO próprio, em nome do vale-tudo outorgado pelo poder, tudo isso e mais um pouco disfarçado sob a capa ideológica de política "favorável aos pobres", de militância por um "mundo melhor" e "justiça social". Essas ratazanas aviltam os valores, abastardam o idioma, vulgarizam a estética do bem, do belo e do bom, se é que alguém ainda sabe o que é isso... Raio que os parta!

Eles conseguiram, realmente, melhorias fantásticas em termos de domínio mental sobre os imbecilizados "destepaiz": a alma dos cidadãos está rota, as instituições estão de joelhos, a mentira tornou-se sinônimo de fato consumado, a lógica foi estuprada por um batalhão de debilóides e espertos. Onde está Tolkien com suas metáforas no Senhor dos Anéis? Precisamos dos hobbits, precisamos de Gandalf, precisamos de Frodo, precisamos de um pouco de heroísmo ante à barbárie que nos assola…


O pior de todo esse triste panorama é que o rumo estava claramente traçado, os sinais já haviam sido decodificados, os passos em direção aos arreganhos do monstrinho em pele de ursinho Teddy já eram pegadas claríssimas marchando em direção à ditadura que vem por aí, a ditadura do ódio, da ignorância espiritual, do esbulho insolente da coisa pública -  a RES PUBLICA - em favor da "coisa particular", das contas em paraísos fiscais, do plantio desenfreado de imensos pomares, repletos de laranjas, tangerinas, mangas, abacaxis e otras cositas más. Não se trata, nunca se tratou, de apenas uma batalha política a mais em época de eleições. Trata-se, novamente e SEMPRE, do confronto entre escolher entre a democracia e o totalitarismo, opção que implica necessariamente o conhecimento das premissas que sustentam os dois conceitos: o que é moral e o que não é, sem concessão alguma, é claro, aos relativismos pilantras que costumam embaralhar os claros limites entre a luz e a sombra. É isto: Banânia tornou-se um país cinzento. Se Orwell estivesse vivo, aplaudiria de pé a plena realização de sua profecia em 1984.

Nosso Grande Irmão está preparando o último ato da tragédia, cuja característica inegociável é a inconsciência, exemplar e cinicamente projetada na frase-emblema desses oito anos de escuridão: "Eu não sei, eu não sabia, eu nunca soube"…


Imagem: Frodo Balseiro -  personagem de perfil quase crístico na concepção literária de Tolkien - na  ótima trilogia cinematográfica de Peter Jackson.

Marx, o Groucho, convocando por telefone todos os heróis das histórias em quadrinhos porque os da realidade já foram todos enterrados.