Já ouviram falar em não dêem pérolas aos porcos, uma das muitas exortações exemplares de JC? Pois é. Parece que existem pérolas e parece que existem porcos, todos perfeitamente metafóricos, não é mesmo? O que serão os porcos e as misteriosas pérolas? Por que aqueles vivem se esfregando na lama e essas vivem nas profundezas do mar, literalmente no ostracismo? Ora bolas, o sentido é óbvio, mas nestes tempos "mudernos" o entendimento, a interpretação de um texto, por mais simples que seja, torna-se uma manobra mental tão dolorosa quanto acertar um dedo com o martelo. É um parto, às vezes, uma primorosa diarréia neuronal. Ninguém quer doer assim, ninguém quer se esforçar tanto, pois, afinal, a língua só serve para dizer aquilo que já se sabe, o comezinho, o rotineiro, o diálogo sem viço, sem surpresa, sem horizonte algum à vista, o repeteco do repeteco, uma espécie de buraco negro que traga sem dó nem piedade qualquer chance de conexão com a realidade, a única fonte de energia vital.
A partir desse triste panorama, neca de ar fresco, neca de excitação, neca de paisagens novas. Para isso, há as drogas, o simulacro estupefaciente e sinistro do que poderia ser uma vida autêntica. Vive-se hoje exatamente isto, o "lado negro da força", sem direito a um sabre de luz, a uma katana básica, a uma elegante pena sobre um papel de linho, nele desenhando-se, talvez, a elegância do logos…
Um povo que considera relevante, engraçadinho, fofo, o discurso de um presidente energúmeno - segundo Dona Marilena, a "intelequitual" aplaudida de pé nas universidades do Oiapoque ao Chauí, quando Lula abre a boca, o mundo se ilumina! Essa criatura extraordinária, proclamada "filósofa", conseguiu fazer a luz andar em curva ao descrever o mito da caverna de Platão em um de seus livros, sempre amplamente divulgados no meio "loucadêmico"- e cogita eleger sua balbuciante, oligofrênica herdeira, pertence, sem dúvida, à estirpe dos porcos. Não adianta explicar nada a essa gente, não adianta argumentar com eles, não adianta pedir-lhes um pouco de atenção para um diálogo honesto, uma troca justa de palavras com peso e medida. Não adianta. Eles costumam pisotear a verdade. São porcos. Que chafurdem sem pérolas.
Imagem: Chanel, elegantérrima, e suas indefectíveis pérolas.
Marx, o Groucho
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