Talvez nosso blog seja um dos poucos, em Língua Portuguesa, a insistir sobre o assunto desinformação - A Furiosa será, em breve, referência obrigatória sobre o tema, hehehe... -, mas o fato é que fica impossível abordar a catástrofe que se abate sobre Banânia, como resultado óbvio da que ronda o planeta, sem falar sobre uma das técnicas mais fundamentais de dominação ideológica já engendradas pelos totalitaristas de plantão. Se vocês fizerem uma pesquisa, encontrarão pouquíssimas informações a respeito disso, comparativamente a outros tópicos da "moda intelectual", com nome, sobrenome, local e data, digamos assim. No entanto, aqui, já informamos aos nossos fanáticos leitores que há um livro dificílimo de ser encontrado nas livrarias (na ótima Cultura, de Sampa, até o ano passado, ele podia ser encomendado. Agora, sumiu...), da autoria de Vladimir Volkoff, indispensável a quem quiser entender do riscado em pauta: Pequena história da desinformação. (post introdutório ao assunto, neste blog, aqui.).
Pois bem, aí vai mais bala na agulha, por conta da nossa obsessiva insistência: visitem este site francês - sob o título Sémantique de la désinformation -, que cita enfaticamente o nosso Volkoff, referência de leitura obrigatória quando o tema é desinformatzia, e aprendam mais detalhadamente sobre a importância crucial dessa matéria na estratégia da política revolucionária mundial.
Em suma, este é o verdadeiro "segredo de Tostines": aprofundamento dos estudos lingüísticos, especialmente na área semântica, de onde partem todas as diretrizes para uma eficaz manipulação das massas, o que podemos observar exemplarmente no seguinte trecho-aperitivo do supradito site:
"Discussion avec François-Bernard Huyghe*Par Pierre-Marc de Biasi, émission « Lexique de l’actuel » France Culture
PMB — (...) On s’y perd. François-Bernard Huyghe, que veut dire vraiment le mot “ désinformation ” ?
FBH — D’abord le sens le plus technique : ici le concept de désinformation existe bien avec un sens très précis. Dans les domaines de la cybernétique, des sciences de la communication, on parle de la désinformation comme d’un trouble de la communication : une mauvaise réception de données. En allant un peu plus loin, Watzlavick, fait des expériences en laboratoire sur la désinformation.
Paul Watzlavick, chercheur au Mental Research Institut, est considéré en France comme le chef de file de l’école de psychothérapie de Palo Alto dont les fondements sont diamétralement opposés à la psychologie traditionnelle et à la thérapie freudienne : Une logique de la communication, Seuil, 1974 ; Changements, paradoxes et psychothérapie, Seuil 1980.
Sa démarche, pragmatique, consiste à « manipuler » les patients en modifiant leur vision du monde et des autres, jusqu’à restaurer un état stable de leurs relations avec autrui et leur donner la sensation d’être guéris. Certaines écoles de commerce, y compris en France, enseignent les méthodes de Paul Watzlawick pour les appliquer aux relations commerciales et aux relations d’entreprise.Il s’agit d’étudier la réaction de cobayes, animaux ou humains, face à des expériences truquées : on propose par exemple à des sujets humains des séries de chiffres auxquelles il faut trouver un sens ; il n’y a en réalité aucun sens dans ces séries, mais si les sujets feignent d’en trouver un, et ils sont encouragés à cette fausse lecture par des récompenses. Le but est de mesurer comment le cerveau humain est capable de créer un système d’interprétation cohérent mais délirant à partir de données arbitraires et aléatoires. (...)"
PMB — (...) On s’y perd. François-Bernard Huyghe, que veut dire vraiment le mot “ désinformation ” ?
FBH — D’abord le sens le plus technique : ici le concept de désinformation existe bien avec un sens très précis. Dans les domaines de la cybernétique, des sciences de la communication, on parle de la désinformation comme d’un trouble de la communication : une mauvaise réception de données. En allant un peu plus loin, Watzlavick, fait des expériences en laboratoire sur la désinformation.
Paul Watzlavick, chercheur au Mental Research Institut, est considéré en France comme le chef de file de l’école de psychothérapie de Palo Alto dont les fondements sont diamétralement opposés à la psychologie traditionnelle et à la thérapie freudienne : Une logique de la communication, Seuil, 1974 ; Changements, paradoxes et psychothérapie, Seuil 1980.
Sa démarche, pragmatique, consiste à « manipuler » les patients en modifiant leur vision du monde et des autres, jusqu’à restaurer un état stable de leurs relations avec autrui et leur donner la sensation d’être guéris. Certaines écoles de commerce, y compris en France, enseignent les méthodes de Paul Watzlawick pour les appliquer aux relations commerciales et aux relations d’entreprise.Il s’agit d’étudier la réaction de cobayes, animaux ou humains, face à des expériences truquées : on propose par exemple à des sujets humains des séries de chiffres auxquelles il faut trouver un sens ; il n’y a en réalité aucun sens dans ces séries, mais si les sujets feignent d’en trouver un, et ils sont encouragés à cette fausse lecture par des récompenses. Le but est de mesurer comment le cerveau humain est capable de créer un système d’interprétation cohérent mais délirant à partir de données arbitraires et aléatoires. (...)"
Marx, o Groucho, comendo biscoito com Bollystolly...
3 comments:
bem que minha mãe tinha razão, quem não mandou estudar francês.
Estou voltando a ler o blog após um período fora do ar e vejo que continua bom. Este livro que vocês sugeriram não vai ser fácil de encontrar, pelo que já pude constatar. Interessante é que acabei de ler um livro do Martin Amis ("Koba, the dread") e estou lendo outro ("Double lives", do Stephen Koch), que abordam também essa questão da desinformação. No caso, a desinformação plantada pela esquerda, desde os tempos de Lênin e principalmente Stalin. Pena que não tenha os exemplos aqui pra dar e a minha memória senil já não sirva pra nada. Mas os casos impressionam, pela magnitude, por serem fazerem parte de uma rede intricada, por envolverem táticas sórdidas etc. E uma das características que mais se destacam é justamente o fato de o objetivo oculto às vezes ser totalmente oposto ao objetivo declarado. Um dos casos citados, se não me falha a mardita, é o da frente popular contra o fascismo, nascida como instrumento de propaganda esquerdista lá nos anos 30, que, segundo demonstrado pelo Koch, serviu não só a propósitos comunistas como nazistas, ou seja, eliminar adversários políticos. Ele cita inclusive casos de trabalho conjunto entre comunistas e nazistas. PS: meu inglês de Praça Mauá não me permitiria ler esses livros, mas sou obrigado a recorrer aos estrangeiros porque não encontramos tradução de livros como esse, ou de Robert Conquest etc, aqui pelo Brasil.
Gente furiosa...
Há tempos eu não passava por aqui.
Então olhando nos meus links quem eu não visitava, passei pra ver as novidades.
Tudo continua crítico por aqui. Do jeitinho que eu deixei da última vez que estive aqui.
Abraços!
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