Colaborando com o Pedro Sette Câmara, de O Indivíduo, aí vai um link para o imperdível site do Museu do Comunismo. É bom para petralhas - que obviamente passarão ao largo... - e para curiosos, bem intencionados, que simplesmente queiram aperfeiçoar sua cultura geral, adquirindo melhores argumentos no combate à abdução vermelha que foi implantada em Banânia.
O texto do site é em Inglês, essa abominável língua imperialista!...
Como aperitivo, aí vai um trecho da página principal - os grifos são nossos:
"Never again." The tyranny and atrocities of Nazi Germany have been justly condemned by world opinion for over 50 years. But it is only recently that Communist despotism has begun to receive remotely similar attention.
It would be a great tragedy if Communism disappeared from the earth without leaving behind an indelible memory of its horrors. Communism was not essentially about espionage, or power politics, or irreligion. Rather it was a grand theoretical synthesis of totalitarianism... a theory which millions of people experienced as the practice of murder and slavery.
The roots of Communism lie squarely in the works of the philosopher Karl Marx. But at the same time, as we shall see, the tradition of Czarist absolutism also became an important source of Communist inspiration. The first exhibit to open explores the Marxist and Czarist origins of the Communist movement."
3 comments:
Valeu a dica.
No livro "Gulag", da Anne Aplebaum, ela cita na abertura justamente esse tratamento diferente que é dado aos horrores do nazismo e aos do comunismo. Ela conta que estava na Praga pós-comunista e viu turistas ocidentais comprando lembrancinhas com ícones do antigo regime. E destaca que ninguém ali vestiria uma camiseta com a suástica. No entanto, as pessoas não se importavam de fazer o mesmo no caso do comunismo. Anne apresenta algumas explicações, entre elas a própria propaganda da esquerda, a falta de acesso aos arquivos (só recentemente liberado) e uma que achei particularmente interessante: a percepção generalizada de que a Segunda Guerra Mundial foi uma guerra justa. Fica difícil admitir, por exemplo, que, ao mesmo tempo que se celebrava o fim dos campos de concentração nazistas, um aliado (a URSS) mantinha em seu território os seus próprios campos de concentração, por onde passaram cerca de 18 milhões de pessoas, pra citar uma das estimativas. Outra citação interessante feita por ela. Heidegger jamais foi perdoado por ter apoiado o nazismo no começo. Já Sartre manteve seu prestígio, apesar dele, já no pós-guerra, sabedor do terror na URSS, continuar apoiando Stalin. Ela cita uma carta de Sartre, acho que pro Camus, em que ele diz que também acha abomináveis os campos de concentração soviéticos, mas considera ainda mais abominável o uso que a imprensa burguesa fazia deles. Eu não sei nada disso. Mas ainda bem que nunca consegui ler um livro do Sartre! (achava chato)
Osvjor:
Essa da comparação entre Heidegger e Sartre é quente. É sempre assim, dois pesos e duas medidas quando se trata de atribuir ao nazismo os horrores do genocídio e ao comunismo "os enganos pessoais" de seus líderes. É uma calhordice só, tipicamente esquerdopata, pois foram eles que inventaram que o nazismo era de "direita"...
Marx, o Groucho
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