Wednesday, January 16, 2008
Projeto de lei TAIJETO: quem se habilita?
Projeto de lei TAIJETO: todo ser humano que não demonstre ser "humano" deve ser atirado de um despenhadeiro suficientemente alto para sacramentar sua morte instantânea (em caso de sobrevivência, o Estado deverá garantir o tratamento pelo SUS).
São enquadrados nessa categoria:
1 - os fetos considerados não-pessoas-ainda por cientistas cujas teses servem de base a movimentos abortistas em geral;
2 - anencéfalos de todos os "graus";
3 - pessoas desenganadas pelas mesmas teses dos mesmíssimos cientistas - ou congêneres - que sabem exatamente o que é um ser humano e quando termina seu prazo de validade sobre a face da terra, como consta em bula de remédio;
4 - pessoas contrárias a sistemas totalitários cujos dirigentes querem sempre ser mais iguais que os outros, usufruindo do erário em nome da inclusão social de seus apaniguados;
5 - alcólicos irrecuperáveis, segundo as teses daqueles mesmos supraditos cientistas;
6 - drogados irrecuperáveis, segundo as teses daqueles mesmos supraditos cientistas, uma vez mais;
7 - pessoas com síndrome de homem-elefante e outros tantos que apresentem horrendas deformidades físicas que incomodem os olhos dos verdadeiros seres humanos, o que inclui a falta de dedos, por exemplo;
8 - xifópagos, pois eles vivem brigando;
9 - sogras que incomodam seus genros em regime de azucrinação permanente;
10 - maridos que estejam atrapalhando a vida boa dos amantes de suas mulheres e assemelhados;
11 - chefes de facções ligadas ao tráfico de drogas que estejam atrapalhando o comércio de seus concorrentes, prejudicando-lhes os ganhos;
12 - todos os corintianos rebaixados à segunda divisão - incluindo-se, por questão de justiça, o presidente da República, autodeclarado torcedor desse time;
13 - por questão de ordem, incluam-se nessa lista os judeus e os católicos, que não conseguiram provar até hoje a existência de seu deus único, segundo aqueles mesmos cientistas que sabem exatamente, pelo menos, o que vem a ser "um ser humano".
14 - todos os homems comprovadamente descendentes de macacos que, afinal das contas, não são considerados "seres humanos" pelos mesmos cientistas de sempre (afinal, descendentes de judeus eram considerados judeus na Alemanha nazista e quem usava óculos era intelectual burguês no Cambodja, hehehe...);
Revogam-se as disposições em contrário, se é que sobrou alguém para contestá-las, como se pode deduzir a partir do último item, posto que será difícil para os cientistas provar sua origem extraterrestre;
Imagem: monte Taijeto, de onde os espartanos arremessavam os seres que não eram considerados "humanos"...
Marx, o Groucho, fantasiado de Rudolf Mengele, prontinho para o carnaval.
Tuesday, January 15, 2008
Anencefalia, em todos os níveis, só em Banânia...
Fantástico e comovente o caso da pequena Marcela de Jesus Ferreira, que, anencéfala, já completou um ano de vida - vejam o artigo do MSM aqui: Sorrisos de uma menina anencéfala - contra todas as previsões da divina medicina que nos cerca, alardeadas por alguns poços de ego boçal e totalitário, os "árbitros da vida alheia", que nem sequer sabem de onde ela vem ou para onde ela vai...
Enquanto isso, o bom senso nos diz, segundo a observação sagaz de minha irmã, que "estepaiz" é um milagre que contraria sistematicamente, em todos os níveis, do delirante ao real (como se pode constatar na introdução feita acima), as sábias previsões da ciência: todos os anencéfalos sobrevivem em Banânia, está mais do que provado! Eles votam, eles elegem petralhas, eles fazem e desfazem as leis, eles usam toga, eles usam droga, eles dão autógrafos, eles ministram aulas, eles estão por aí, felizes e "bombando", e ninguém PERCEBE nada, exatamente porque a maioria esmagadora nasceu sem cérebro, cresceu e se multiplicou! Mais um milagre brasileiro!
Isso é ficção científica em estado puro, só perdendo para a teoria da abdução, hehehe...
Imagem: conteúdo de uma casca de noz, ou de nós...
Marx, o Groucho
Enquanto isso, o bom senso nos diz, segundo a observação sagaz de minha irmã, que "estepaiz" é um milagre que contraria sistematicamente, em todos os níveis, do delirante ao real (como se pode constatar na introdução feita acima), as sábias previsões da ciência: todos os anencéfalos sobrevivem em Banânia, está mais do que provado! Eles votam, eles elegem petralhas, eles fazem e desfazem as leis, eles usam toga, eles usam droga, eles dão autógrafos, eles ministram aulas, eles estão por aí, felizes e "bombando", e ninguém PERCEBE nada, exatamente porque a maioria esmagadora nasceu sem cérebro, cresceu e se multiplicou! Mais um milagre brasileiro!
Isso é ficção científica em estado puro, só perdendo para a teoria da abdução, hehehe...
Imagem: conteúdo de uma casca de noz, ou de nós...
Marx, o Groucho
Saturday, January 05, 2008
Síndrome de Pinocchio..
Esperamos que nossos pontualíssimos e queridos leitores tenham tido uma excelente passagem de ano. Vamos continuar por aqui, furiosamente, até quando Deus quiser ou a censura que está-se instalando em Banânia permitir...
Aí vai, para começar 2008 com um ótmo texto, uma adequadíssima análise de Ipojuca Pontes sobre o Complexo de Pinochio que assola Banânia, matéria que vem ao encontro de várias observações psicológicas que temos insistentemente feito neste blog.
Cada povo tem a neura que lhe cabe neste latifúndio psíquico...
A CRUCIFICAÇÃO DA VERDADE
por Ipojuca Pontes
"Actions lie louder than words" – Carlyle
O agente do Bureau Federal of Investigation (FBI) Joe Navarro - autor do livro "Hunting Terrorists: a look at the psychopathology of terror" (Charles O. Thomas Editor, NY, 2004), especialista no estudo da mentira - declarou em recente entrevista concedida à revista Veja que o brasileiro mente muito e mente mal. E mais: no ato de mentir, se denuncia fácil: "As pessoas no Brasil abusam dos gestos e expressões faciais para expressar seus sentimentos" – um sintoma de que nós, brasileiros, como os italianos, de resto, mentimos espetacularmente – concluo eu.
Navarro não é qualquer um. Nascido em Cuba (terra da mentira), trabalhou para o FBI durante 25 anos e se fez o mais categorizado contra-espião do mundo, rastreando pistas e ajudando a desmascarar, com vasto conhecimento da matéria, centenas de terroristas, agentes secretos, funcionários, diplomatas e mentirosos de todo escalão. (No momento, Joe Navarro também se dedica à rendosa tarefa de treinar jogadores profissionais de pôquer, de ordinário, especialistas em camuflar os próprios sentimentos).
A partir da longa experiência, o agente naturalizado americano, hoje instrutor da FBI, faz revelações pertinentes. Diz Navarro: "Quem mente mais mente melhor", visto que a construção da mentira é, para ele, "engendrada na região da mente ligada à razão – e não às emoções". Ao compreender como funciona o cérebro, o observador atento estará mais capacitado "para decifrar os gestos comportamentais". Assim, diz ele, poderemos decodificar melhor uma inverdade porque, no ato de mentir, entre outras reações, o mentiroso "morde os lábios, mexe nos cabelos, esfrega as mãos ou entrelaça os dedos".
Nos seus estudos sobre a capacidade humana de mentir, Navarro chega à conclusão de que os políticos e advogados são, de longe, os expoentes universais da arte de sonegar a verdade. Para nós, brasileiros, a revelação do agente americano não traz nenhuma novidade: sabemos todos, na carne, que os "nossos" políticos mentem até quando dizem a verdade (em geral, usada como suporte para coonestar uma meia-verdade, esconder alguma fraude ou cimentar uma mentira ainda maior).
Por exemplo: quando o ministro da Defesa Nelson Jobim (Laden), diante do cancelamento e atraso de mais de 650 vôos afirma incisivo, no Natal, que "não há caos aéreo nenhum" e que os passageiros "podem viajar tranqüilos, tomando chimarrão"; quando o ministro da Saúde José Gomes Temporão, defensor intransigente do aborto, sustenta com cara de pau que a prática (assassina) não é contra a vida; e quando o ministro da Educação Fernando Haddad, marxista low profile, manda distribuir livros didáticos em que ditadores sanguinários do porte de Mao Tse-tung e Fidel Castro aparecem como exemplos admiráveis de conduta humana; ou quando Inácio da Silva (apud dom Luiz, o bispo de Barra) garante, dedo em riste, que não há motivo para elevação da carga tributária ao tempo em que a equipe econômica planeja aumento de impostos via operações financeiras e incidência de taxação sobre o uso do cartão de crédito - simplesmente estão todos crucificando a verdade, ou mentindo adoidado, de acordo com as observações do agente Navarro.
Sim, os nossos políticos são mentirosos tradicionais, vigorosos e diligentes – mas a sociedade, que lhes dá teúda e manteúda, não fica atrás. No Brasil, por exemplo, o professor universitário finge que ensina e o aluno, por sua vez, finge que aprende. O clérigo, nas suas homilias, fala em nome de Deus, mas reza a cartilha atéia de Karl Marx. O policial pago para dar segurança e manter a lei, é, muitas vezes, o primeiro a transgredi-la. Já o marido que jura fidelidade à esposa, cobiça ou possui a mulher do próximo. No mesmo compasso, o sujeito que estende a mão para você e diz hipocritamente "muito prazer", no íntimo quer vê-lo morto e sepultado. E o artista que chora e protesta contra a fome e a pobreza (nordestina, em geral), não dá esmola, come a melhor comida e bebe a melhor bebida, tem chofer, mansão e passa temporadas em Nova York, Roma ou Paris.
A pior forma de mentira, no entanto, é a mentira utópica, produto das mentes fantasiosas que prometem aos deserdados da vida uma sociedade perfeitamente justa, igualitária e feliz, enquanto abiscoitam, no presente, aqui e agora, salários supimpas, benesses de toda ordem e honrarias as mais diversas. Nikolai Bardiaev, o escritor russo que se insurgiu contra as mentiras industrializadas por Lenin, escreveu com dose de elevado bom senso que a humanidade, cedo ou tarde, haveria de encontrar "meios de evitar as utopias e de voltar a uma sociedade não-utópica, menos ‘perfeita’ e mais livre¨. Corretíssimo. São palavras sábias de um homem que viveu durante muito tempo no olho do furacão socialista!
(E convém não esquecer que outro utópico, Adolf Hitler, com suas promessas de grandeza e felicidade, na linha do socialismo nacionalista, levou o povo alemão à ruína. Ele mesmo, em privado, gostava de afirmar que as massas são mais facilmente seduzidas por uma mentira grande do que por uma mentira pequena – no que estava coberto de razão).
No Brasil atual, conforme as evidências, a arte maior do político consiste em fazer o povo acreditar na mentira que prega, nem sempre inconsciente de que, com ela, está crucificando a verdade.
Marx, o Groucho, tomando Prosecco...
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